O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Senador Zambiasi, eu gostaria primeiramente de registrar a presença de um grupo de Vereadores do meu Estado, o Espírito Santo, que estão aqui. Alguns Vereadores, acompanhados do Presidente, são do Município de Marilândia, do Senador Gerson Camata.

            Todos nós estamos vivendo dias difíceis, a crise que assola os Municípios...Existem projetos e convênios do Governo Federal que foram empenhados e esses vereadores vêm, de fato, na militância de buscar o interesse dos seus Municípios. E eu os recebo com muita felicidade, até porque Marilândia é o Município onde eu comecei a fazer palestras sobre drogas em 1990. Chegava lá com uma Brasília velha, com dez drogados se recuperando comigo, para fazer palestras sobre prevenção às drogas nas escolas de Marilândia, e sempre tive muito carinho daquele povo. Por isso eu tenho muito apreço e recebo esses vereadores com muito carinho, com muito apreço. Sejam bem-vindos a esta Casa e levem o nosso abraço a Marilândia.

            Encerro, Sr. Presidente, fazendo o registro de que amanhã eu farei um pronunciamento dando um relatório da minha estada, como Presidente da CPI da Pedofilia, nos Estados Unidos. Fui acompanhado de um grupo de cidadãos do Ministério Público Federal, do Estadual, da Polícia Federal, de dois juízes do Brasil de casos emblemáticos - o juiz de Roraima que prendeu aquele desgraçado daquele procurador que abusava de criança todo dia e o juiz aqui de Niquelândia que conseguiu condenar vereadores, secretários e a família do prefeito, que abusavam das mesmas duas meninas o tempo da sua cabeça, das suas taras doentias; dois juízes valentes - e de um grupo de assessores da CPI. Juntos, cumprimos uma agenda com o Departamento de Segurança americano, com o FBI, com o Departamento de Justiça americano, e o NCMEC, essa importante ONG americana que trata da questão de crianças nos Estados Unidos.

            Nós trouxemos do Senado americano e da Câmara de Deputados americana principalmente o projeto - V. Exª, Sr. Presidente, que integra comigo a CPI da Pedofilia - que criou o banco de pedófilos americanos e os projetos de lei que lá foram aprovados para proteger a criança americana, os projetos de lei para punir americanos que saem para cometer crime de pedofilia em outros países. E o crime não é o ato da conjunção com a criança; o fato de sair do País com essa intenção já é crime.

            Então, o que estamos trazendo é o que nós recebemos de aprendizado e aquilo que já foi produzido, virou lei e deu certo nos Estados Unidos e que certamente também dará certo para nós, que vivemos uma situação inusitada, feia, horrorosa. O abuso de drogas no Brasil já é absolutamente menor do que o abuso de crianças por predadores, doentes mentais, aqueles que anarquizam a família brasileira, os aspectos moral, espiritual e psicológico de uma criança; predadores, pedófilos, que nós, aqui no Senado... Aliás, quando ouvia tanta crítica ao Senado brasileiro, eu de lá pensava “meu Deus, o Senado brasileiro, com essa CPI da pedofilia, conseguiu acordar a nação brasileira e o mundo, tem trabalhado tanto para a sociedade brasileira, e ninguém toca nesse trabalho que está sendo feito para fazer um contraponto àquilo que estavam falando”. Mas amanhã, Sr. Presidente, eu farei um relatório.

            V. Exª, que é membro dessa CPI - e tenho orgulho disso -, que é uma peça importante nas demandas, nas convocações, naquilo que se tem que assinar, V. Exª é primeiro lugar. Quando eu necessito, recorro ao seu gabinete rapidamente, e agradeço ao Rio Grande do Sul por isso, pela sua disponibilidade e pela sua coragem.

            Mas nós voltamos, Sr. Presidente, para cumprir uma agenda que estava posta. Eu volto a Niquelândia para fazer reconhecimento. E amanhã vamos votar, mais uma vez, para que sejam trazidos, coercitivamente, o médico e o usineiro de Niquelândia, que desapareceram para não deporem na CPI, e dizer a eles que eles virão à CPI sim. Iremos, eu e o Senador Tuma, juntamente com a juíza de Niquelândia, digo, de Catanduva, interior de São Paulo - desculpem-me -, para fazer o reconhecimento. As crianças, mais uma vez, agora protegidas de uma forma verdadeira - não de brincadeira, como a delegada fez com as crianças, mas protegidas -, vão reconhecer seus predadores. De lá vamos a dois outros Municípios do interior de São Paulo, onde predadores já estão presos - parabéns para a Polícia de São Paulo -, e reformar o dia da nossa ida a Manaus é a próxima agenda da CPI da Pedofilia.

            Dessa maneira, faço esse relato agradecido ao Brasil, agradecido à imprensa brasileira e às famílias brasileiras, à classe política brasileira, aos empresários brasileiros, ao cidadão mais desconhecido deste País que se juntou a nós nessa cruzada de todos contra a pedofilia, e registro que faremos, no dia 1º, Sr. Presidente - e encerro aqui -, um grande ato em Vila Velha, que começará às duas horas da tarde, no meu Estado, na cidade de Vila Velha, do Prefeito Nelcimar. Um ato chamado “Todos contra a Pedofilia”, um evento que vai até às onze da noite.

            No dia 11, faremos, em Cachoeiro do Itapemirim, um fórum, para o qual virão adidos americanos, do FBI, pessoas da Interpol e da embaixada americana, pessoas da nossa Polícia Federal e assessores da CPI da Pedofilia, que lá estarão palestrando sobre uma nova legislação, sobre técnicas de legislação e sobre como proteger nossas crianças. Isso durante o dia. E à noite teremos um grande evento também chamado “Todos contra a Pedofilia” - quero fazer esse registro e encerrar minha fala -, com a presença de César Menotti e Fabiano, a presença do KLB, a presença de Cristina Mel, de Rayssa e Ravel, de Fernanda Brum, do Tempero do Mundo, de Karla Malta, de PG, uma série de artistas num só evento, num ato contra a pedofilia, em Cachoeiro do Itapemirim. Isso no dia 11.

            Assim, faço esse registro, agradecendo a V. Exª, Sr. Presidente, a paciência e a benevolência que teve comigo.