O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - V. Exª me faz afirmar com toda convicção que este é um dos melhores Senado da história da República. Presidindo a CAE, V. Exª é uma luz para o Poder Executivo, buscando experts da economia, empresários, economistas e mostrando a realidade. Eu buscaria um quadro a somar-se com o que V. Exª citou. Ô Garibaldi, eu sou cirurgião e cirurgião é muito prático, prático como Juscelino, basta termos noção que nós temos que juntar a população da França, da Inglaterra e da Itália - e essa é a do Brasil. Atentai bem à renda per capita deles. Nós vamos ter essas dificuldades e temos que enfrentar essa realidade que V. Exª mostra ao Governo brasileiro.

            Tanto é verdade o que V. Exª afirmou, que eu recebi um artigo de um blog... um negócio extraordinário, a liberdade de comunicação, a verdade, ninguém compra esse negócio, eles estão aí livre. Não adianta o Governo querer manipular órgãos poderosos de comunicação que fogem da verdade. Um órgão de comunicação vale pela verdade que diz. Está aqui um blog que reafirma as observações de Garibaldi. Ele é lá do cerrado do Piauí. É de uma rádio comunitária Rio Taquara FM, Santa Filomena do Piauí. José Bonifácio, grande jornalista e radialista. Ele diz: “Apagão logístico: produtores constroem estrada para escoamento da safra”. Atentai bem: produtores! V. Exª disse: são os empresários que estão ajudando. Aquilo que V. Exª advertiu. O empresário não é um vilão. Ele é uma vítima. Ele é um herói anônimo nessa guerra cruenta deste País da mais alta carga tributária.

Apesar dos discursos populistas em épocas de campanha eleitoral e das promessas extraordinárias de alguns políticos um tanto quanto precipitados, os produtores agrícolas da região de Santa Filomena continuam enfrentando obstáculos quase intransponíveis para escoar a safra de grãos, numa verdadeira”‘via-crúcis” que consome grande parte da renda final desses bravos empresários.

É o fiel retrato do desleixo estratégico, incúria que atinge em cheio uma das áreas de maior produção/produtividade do agronegócio piauiense, a qual ainda permanece no estágio primitivo de ver a pavimentação da estrada Santa Filomena/Gilbués como única solução.

Importante pólo de desenvolvimento da cultura da soja, por oferecer solo e clima propícios, o sudoeste do Piauí sobrevive a esse lamentável “apagão logístico”, expressão que tem sido utilizada constantemente para indicar as mazelas da infraestrutura de transportes e dificuldades de escoamento da produção rural.

Essa falta de condições favoráveis para o transporte da safra, aliada ao complicado processo de regularização fundiária são, seguramente, fatores que estão dificultando a vinda de mais produtores de outros Estados para empregar capitais nos Cerrados.

Mas é evidente que nem tudo está perdido. Para tanto, se faz necessário que o governo Estadual e/ou Federal promova ações emergenciais, mandando recuperar o trecho em caráter de urgência, fazendo sua lição de casa, que está muito atrasada.

            Aqui, ele coloca uma marca.

            Tudo bem que o início da obra da mencionado BR-235 esteja prevista para maio vindouro [...]. [Mas, do PAC, só conversa.] Acontece que a produção agrícola não pode esperar meses na Fazenda, seja em nome de exigências burocráticas “kafkianas” ou de outras complexas interfaces de funcionamento. Os produtores precisam honrar seus compromissos junto a fornecedores e, de quebra, se prepararem para o plantio da safra seguinte, tendo em vista o zoneamento edafoclimático.

Conforme já foi exaustivamente publicado na mídia, o trecho de aproximadamente 140 quilômetros da BR-235/PI (entre Santa Filomena e Gilbués), por onde deverão trafegar cerca de 7 mil carretas, levando mais de 200.000 toneladas de grãos, se encontra intrafegável e sem nenhum vestígio de obras, apenas crateras. Por causa do abandono, e objetivando fugir desse gargalo operacional, mais uma vez, os ruralistas estão sendo obrigados a se quotizarem na tentativa de arrecadarem fundos para bancarem a manutenção da própria rodovia federal.

            O dinheiro é gasto só com mídia, publicidade e mentira.

            Cada um deles contribui como pode

            Cada um deles contribui como pode, obviamente. No caso da Fazenda Galileia, pertencente ao Grupo Insolo, a cota já ultrapassa os R$300 mil, pois teve que investir na construção nada mais nada menos que 37 quilômetros de estrada, sob pena de ver toda sua produção encalhada.

            Eis, portanto, um exemplo do custo Brasil na vertente logística. O agricultor, que passa quatro meses à mercê dos fatores climáticos, ainda é compelido a subsidiar o transporte e compensar a deficiência de obras estruturantes que viabilizem o escoamento dos cereais.

            Assim como está, francamente, não dá para pensar em desenvolvimento. Igualmente, enquanto os níveis de produtividade alcançados pelo setor não encontrarem correspondência na logística e no transporte, não dá para ser feliz (de verdade) vivendo e produzindo aqui.

            Então, essa é a verdade. É o caos administrativo do Estado do Piauí, que é Brasil.