Fala da Presidência durante a 62ª Sessão Especial, no Senado Federal

Convida o Sr. Antônio Prado, gerente do BNDES, escritório de Brasília, para fazer parte da Mesa, na homenagem aos 90 anos de criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Autor
Aloizio Mercadante (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Aloizio Mercadante Oliva
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Convida o Sr. Antônio Prado, gerente do BNDES, escritório de Brasília, para fazer parte da Mesa, na homenagem aos 90 anos de criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Publicação
Publicação no DSF de 01/05/2009 - Página 13840
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • CONVITE, GERENTE, BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL (BNDES), ESCRITORIO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), PARTICIPAÇÃO, MESA DIRETORA, ELOGIO, TRABALHO, EXPECTATIVA, AUMENTO, FINANCIAMENTO, MANUTENÇÃO, CRESCIMENTO, NUMERO, EMPREGO.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, AUTORIA, ORADOR, JORNAL, JORNAL DO BRASIL, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ANALISE, DIALOGO, LEONEL BRIZOLA, EX GOVERNADOR, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), PRESIDENTE DA REPUBLICA, HOMENAGEM, DIA, TRABALHADOR.
  • SAUDAÇÃO, JEFFERSON PRAIA, SENADOR, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA (PDT).

            O SR. PRESIDENTE (Aloizio Mercadante. Bloco/PT - SP) - Muito obrigado, Senador Adelmir Santana, que tem a rica experiência de dirigente da Confederação Nacional do Comércio e tem participado de encontros da OIT.

            Convido também para fazer parte da Mesa o Sr. Antonio Prado, que é Gerente do BNDES, Escritório de Brasília - Norte e Nordeste, e, com este gesto, não apenas o homenageio pelos muitos anos de atuação no mundo do trabalho, mas também tento sensibilizar ainda mais o BNDES para que olhe bastante para a OIT e que, em seus financiamentos, na gestão do FAT, esteja sempre preocupado com a manutenção e a geração de empregos, que deve ser uma dimensão fundamental do BNDES - como inscrito no “S” da sigla BNDES. E como o Sr. Antonio Prado faz parte, dentro do Banco, desse setor que luta pelo “S” - que não é muito forte não, mas há alguns -, o BNDES cumpre um grande papel no Brasil, mas precisa ter essa sensibilidade com o mundo do trabalho.

            Agradeço a sua presença aqui hoje.

            Passo a palavra, agora, ao Senador Jefferson Praia, pela Liderança do PDT, que também tem tido um mandato destacado, defendendo a modernização das relações de trabalho e a distribuição de renda, e que representa aqui toda essa longa história do trabalhismo.

            Senador Jefferson Praia, antes de V. Exª iniciar, quero dizer que escrevi um artigo, que deve ser publicado neste domingo no JB, em que fiz uma inconfidência e relatei uma passagem que assisti, uma conversa entre Leonel Brizola e o Presidente Lula, em 1989. Como estava muito difícil o Brizola apoiar o Lula, nós fomos conversar. Ele estava cheio de resistências: “Não, não dá. Nós empatamos nas eleições”. E o Lula: “Como empatamos? Eu já ganhei, já foi promulgado em primeiro turno”. E ele: “Perdas internacionais...”. Fez um longo discurso, mas, ao final, ele disse: “O trabalhismo começou com Getúlio, que fez a CLT, o salário mínimo, criou a Petrobras, empresas como CSN, Vale do Rio Doce, teve um papel fundamental na construção do desenvolvimetismo. Quando Getúlio deixa a vida para entrar na História, como diz na Carta testamento, ele passou o bastão da História para o Jango. O Jango levou o trabalhismo durante todo aquele período, até 64, no golpe militar, quando fomos para o exílio. E o Jango passou o bastão do trabalhismo para mim; e eu, no exílio, fui organizar a resistência e o trabalhismo. Mas eu acho, Lula, que está na hora de eu passar o bastão. Então, vai você para o segundo turno. Está aqui o bastão da História”. Essa, a forma como ele construiu a passagem para o segundo turno de 89, que foi uma coisa muito bonita.

            Lembrei-me disso e escrevi um artigo sobre o dia 1º de maio, retomando essa passagem na hora em que o Presidente Lula vai lançar o Polo de Tupi, no Rio de Janeiro, que é muito semelhante aos movimentos que o trabalhismo fazia nos anos 40, em que eram lançados os grandes programas econômicos e sociais.

            Por isso, também aqui uma homenagem ao Governador Leonel Brizola, na sua pessoa.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/05/2009 - Página 13840