Fala da Presidência durante a 81ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração do Dia da Indústria e homenagem ao maior industrial da nossa história, o Barão de Mauá.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração do Dia da Indústria e homenagem ao maior industrial da nossa história, o Barão de Mauá.
Publicação
Publicação no DSF de 26/05/2009 - Página 19526
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, INDUSTRIA, SAUDAÇÃO, VULTO HISTORICO, SUPERIORIDADE, CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, PERIODO, IMPERIO, ELOGIO, GOVERNO, JUSCELINO KUBITSCHEK, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, CUMPRIMENTO, PRESIDENTE, CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDUSTRIA (CNI), FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP), FEDERAÇÃO, ESTADO DO PIAUI (PI).

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Coincidentemente, o calendário internacional comemora o Dia da Indústria. No Brasil, temos que render uma homenagem, sem dúvida nenhuma, ao maior industrial da nossa história que foi Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá.

            Importante é que o Barão de Mauá era gaúcho. Ele ficou órfão. A sua mãe, um bela gaúcha, encontrou um novo romance, mas o amado exigiu que ela se separasse dos filhos. Então, um parente ficou com a irmã dele, no sul, e ele foi, aos nove anos, para o Rio de Janeiro morar com o tio. Ele começou a trabalhar aos nove anos de idade. Sem dúvida alguma, a história nos diz, Senador Raupp, que os dois homens maiores dos anos 1800, século XIX, foi um político, Dom Pedro II, que governou a nossa Pátria por 49 anos, e um empresário, o Mauá. Então, eles tinham uma disputa até salutar, um causando ciúmes ao outro.

            Conta a história que na nossa formação, e todos sabemos, houve o negro, que veio trabalhar e trouxe a alegria e o samba; o nosso índio, o amor à natureza; e o português, a nossa burocracia. Quem mais trabalhava mesmo era o negro. E conta a história que na grande obra dele, a pedra fundamental da ferrovia Mauá, que liga o Rio de Janeiro a Petrópolis, no ato inaugural, no início da construção das obras, ele pegou um carrinho de mão, feito de jacarandá, todo bacana, e se aproximou do coreto das autoridades, no qual estava Dom Pedro II, pediu que este carregasse as primeiras pedras para a construção. Aquilo foi tido como uma afronta, mas a Sua Majestade não pôde contrariar a solenidade e pegou o carrinho de mão e levou.

            Mas o Mauá foi essa figura internacional. O País se desenvolveu muito nas indústrias, principalmente no Governo de Juscelino Kubitschek. O tripé de Juscelino Kubitschek foi a indústria no Sul, Brasília no Centro e a Sudene e Sudam, essas empresas de desenvolvimento regionais. Essas formavam o tripé para tirar a desigualdade. Então, o grande salto industrial também foi de Juscelino.

            Nós também queremos prestar homenagem ao Presidente da Confederação Nacional da Indústria do nosso Brasil, que é Deputado Federal, pernambucano, Dr. Armando Monteiro, e ao Presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Sem dúvida, vamos dizer, é o homem de melhor visão de trabalho deste País. Ele incorpora a história e a grandeza de Mauá, tem tido uma postura de líder que quer o desenvolvimento da tecnologia e do parque industrial do Brasil.

            O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO) - Só a título de contribuição, Sr. Presidente, o Barão de Mauá fundou, também, o Banco do Brasil. Era um banco privado que chegou a ser o banco oficial da República do Uruguai, na época. E, hoje, está aí o Banco do Brasil, que foi estatizado, essa grande empresa que orgulha a todos os brasileiros.

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Já que V. Exª quer saber de Mauá, eu queria dizer que naquele tempo, nos anos de 1850, ele tinha empresas em Manaus, tinha empresa no Uruguai - o Banco do Uruguai era dele -, tinha empresa na Inglaterra. Então, imagine como é que um homem tinha a capacidade de administrar firmas tão distantes sem a comunicação que temos hoje.

            E a homenagem, também, do meu Piauí. O Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Piauí é o empresário Antônio José de Moraes Souza. Ele foi Deputado Federal e é meu irmão.

            O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP) - Senador Mão Santa, eu quero até fazer uma recomendação aqui. Para aqueles que não têm tempo de ler a história do Barão de Mauá, eu recomendo o filme Barão de Mauá, que realmente retrata, resumidamente, toda a importância desse grande brasileiro para a indústria e para o desenvolvimento do País. Muito obrigado.

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Esse filme, eu acho que a Confederação das Indústrias, o Armando Monteiro, o Paulo Skaf, lá no meu Piauí, deveriam fazer chegar a todos os empresários do Brasil. Nós não temos conhecimento de um homem mais arrojado, de visão e de formação moral como o Barão de Mauá.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/05/2009 - Página 19526