O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paulo Paim, que preside esta reunião de sexta-feira, 12 de junho, parlamentares presentes na Casa, brasileiras e brasileiros aqui no plenário e que nos assistem no Brasil todo através do fabuloso sistema de comunicação do Senado.

A televisão, cada vez, tem a audiência aumentada. É impressionante! Tanto porque aqui se leva a verdade. Entendo que um órgão de comunicação vale pela verdade que diz. Então, é impressionante a audiência. Além do sistema de rádio AM/FM e ondas curtas, temos o jornal diário e o semanário e a agência de notícias do Senado.

Senador Adelmir Santana, o Senado se atualizou. Erros administrativos, ninguém vai negar que tenhamos, mas o Senado, com esse sistema de comunicação... E, diga-se, devemos muito a Petrônio Portella, que é do Piauí. Ele que fez nascer essa tipografia modernizada, viu, Paulo Paim? E ao Presidente Sarney, homem de visão e de futuro, um estadista. Não adianta! A inveja e a mágoa corrompem os corações. Ele teve essa visão em toda a sua vida de estadista. Esse sistema de televisão é impressionante.

Ali está o Zambiasi, homem de comunicação, a força. Todos nós nos lembramos da cadeia da legalidade, da Rádio Guaíba. E lá eu estava, estudando Medicina em Fortaleza, sintonizado naquela solidariedade do Brizola, legalidade.

Então, a comunicação é essencial. E temos que nos atualizar. Essas reuniões são essenciais e fundamentais. Eu me orgulho de ter sido um dos que fizeram. O Sarney era o Presidente, o Paulo Paim era o Vice, que representa o PT do bem. O Paulo Paim é do bem. Ele era o Vice e, motivado, nos dava todo apoio. Apenas o Partido dos Trabalhadores tinha uns que não queriam, como na história, que isto abrisse às segundas e sextas. Adelmir Santana, então vínhamos para cá. É como o Padre Antonio Vieira disse: um bem nunca vem só, vem acompanhado de outro bem. E nós vínhamos para cá. A idéia, de Efraim Morais, Arthur Virgílio, Antero Paes de Barros, aquele jornalista e Mão Santa. E, regimentalmente, eles, mais experimentados aqui no Senado, chegavam e diziam: o Mão Santa vai presidir. Viu, Adelmir Santana? Porque eu sou um pouquinho mais velho que eles, está no Regimento. Então, é um fato interessante esses mil discursos. Vamos, já, já, já, já, dar um impacto.

Eu me lembro de Fernando Henrique Cardoso, eufórico, comemorando os quinhentos anos do Brasil. Começou no Piauí, ao meu lado, na Serra da Capivara, lá tinha aeroporto e tudo. Quinhentos anos do Brasil. Nós vamos comemorar, já, já, Paulo Paim, as quinhentas vezes em que eu presido este Senado. Então, se o Brasil comemorou quinhentos anos, é muito justo que o Piauí comemore, através do meu trabalho, as quinhentas vezes em que presidi este Senado. Viu, Adelmir Santana? Já está perto, já mandei catalogar. Mas o fato é que funciona.

Agora, por que isso é bom, Adelmir Santana? Aqui está um livro sobre Rui Barbosa, do Senador Luiz Viana Filho. Já tinha lido alguns, mas Marco Maciel me disse que este era o melhor, vamos dizer, da literatura estilo biografia. Ele fez a do Nabuco, ele faz a do Rio Branco e fez a de Rui Barbosa. O Marco Maciel, que é intelectual... E eu passei a ler. É maravilhoso! Mas, Paulo Paim, Rui Barbosa tem um discurso aqui que durou quatro horas, na sua vida parlamentar. Quatro horas!

Então, são legítimas essas reuniões, para que justamente os Senadores tenham um tempo mais prolongado para aprofundar, como Mozarildo Cavalcanti, as suas teses sobre a Amazônia, sobre a verdadeira vida do povo brasileiro de hoje, iniciada por Darcy Ribeiro naquele estudo, não é? A verdadeira formação do povo brasileiro. Então, que tenham tempo para as suas teses!

Outro dia, fiquei presidindo e cheguei a perder o avião, porque o Pedro Simon se aproximou das duas horas. Que beleza! Que pronunciamento que ele fez ao País, fazendo prestação de contas, demonstrando sua luta, sua vida!

Então, nessas sessões, nós somos mais flexíveis quanto ao tempo. Não é verdade, Mozarildo? E não está sendo nada demais, não.

Então, Rui Barbosa, em um dos seus pronunciamentos aqui, bateu o recorde de quatro horas. Então, é lícito que um Senador... Às segundas e sextas-feiras, há uma flexibilização do tempo. Aqui, são discutidas as melhores teses, as maiores denúncias do País. E o próprio nome diz: Parlamento. É para parlamentar. Como Teotônio Vilela dizia: “Resistir falando ou falar resistindo”. Essa é uma das nobres funções do Senador.

Mas o que eu queria dizer seria breve. Primeiro, Mário Couto, lá vai o meu Governador ganhando o troféu da sua Governadora. O meu é pior. Aí, o Mário Couto vai chegar, segunda-feira, dizendo que é a do Pará, viu, Mozarildo? É uma disputa para saber qual o pior Governador: a do Pará ou o do Piauí. Lá vai o Piauí e passa na frente. O Mário Couto vai chegar, segunda-feira, com outro fato. E, aí, vai um passando na frente de quem é pior.

            Atentai bem: Acesse Piauí. E este bicho aqui tem muita simpatia pelo Governo. Tem até um jornalista placa branca que, de vez em quando, mete o pau em mim. Não há aqueles do Governo? Esse é simpático. Mas, aí, de vez em quando, a realidade mostra.

PI é um dos estados com menor taxa de conclusão do Ensino Fundamental (Acesse Piauí)

Coloque bem grande. Olhe aí, Mário Couto: lá vai o Piauí de novo para o pódio de pior governante! Está aqui.

Agora, ele consegue manipular os jornais oficiais, a imprensa oficial e a rádio. Mas esse negócio de Internet e de blog... Isso aí é que está. É como o caboclo lá do meu Piauí que dizia: “É mais fácil você tampar o sol com uma peneira do que esconder a verdade”.

Então, eu só vou ler isso. O Governador do Piauí merece estar no pódio de pior governador. A do Mário Couto fica em segundo lugar, com a medalha de prata.

Por Pollyanna Carvalho. Primeiro, a mulher; a mulher sempre diz a verdade, é mais verdadeira do que os homens. Os homens abandonaram Cristo. As mulheres: foi a mulher de Pilatos; foi a que enxugou o rosto de Cristo, Verônica; foram as três Marias; a que estava no sepulcro anunciando que Ele ressuscitou. E está aqui, Polyanna Carvalho:

A pesquisa Situação da Infância e da Adolescência Brasileira 2009, realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), aponta o Piauí como um dos estados com menor taxa de alunos que concluem o Ensino Fundamental, no país.

É a verdade. Não tenho nada contra o Luiz Inácio, mas é porque o governo dos alopradinhos de lá é ruim demais. Eu votei em 1994 e o Luiz Inácio tem carreado recursos, mas os aloprados os fazem desaparecer. Está aqui, nunca visto.

Dos 121.727 alunos matriculados na primeira série do Ensino Fundamental, no estado, apenas 43.660 chegam a concluir essa etapa de ensino.

            “Isso é uma vergonha!”, como diz o Boris Casoy. Como dizia o jornalista Deoclécio Dantas do Piauí: isso é uma lástima! Está aqui, é ruim. Ô Mário Couto, não tem jeito, esse troféu de pior governador do PT, o Piauí ganha. É nosso.

Esse número corresponde a apenas 35,8%.

Isso é uma vergonha! Luiz Inácio... A Serys me disse:“Cuide do meu menino”, mas não tem jeito, Luiz Inácio! Só se botar numa Bemfam dessas aí. Não tem aquele reformatório? Está aqui, essa é a verdade. Ele chegou e disse: “Mão Santa, cuide do meu....”. Que diabo, não tem! Isso tem de passar num... Olha aí: só 35%. Agora, é mentira, é mentira, é o senhor mentira das pesquisas e tudo. Está aqui. Com isso, o Piauí fica na frente de todos, na Região Nordeste, como o pior Estado na educação do Governo.

Já no Ensino Médio, dos 84.370 que se matriculam na primeira série, apenas 36.105 concluem essa etapa do ensino, o que corresponde a 42,8%...

O que é uma vergonha, o que é uma lástima, mas o Ensino Médio está melhor do que o Ensino Fundamental. Essa é a verdade. Por isso que o caboclo do Piauí diz: “É mais fácil você tampar o sol com uma peneira do que esconder a verdade”.

Agora, lá, o menino do nosso Presidente Luiz Inácio é da escola de Goebbels: uma mentira repetida, repetida se torna verdade.

Mas está aqui o sol: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. É como Cristo dizia: “Em verdade, em verdade, vos digo...”.

Maria Xavier, superintendente institucional da Secretaria de Educação e Cultura do Estado (Seduc), [réu confessa] esclarece que um dos motivos que levam a esse alto número de abandono nas séries do ensino fundamental e médio seriam, de forma geral, questões socioeconômicas.

            É por isso que nós questionamos: Só Bolsa Família? Esses R$90,00 não vão resolver a vida de cada família do Piauí. Faltou visão de futuro. Faltou buscar obras de infraestrutura, como uma refinaria em Paulistana, que é equidistante de todas as capitais e daria um salto de grandeza.

“Os alunos quando chegam a essa idade, geralmente entre 13 e 17 anos, precisam trabalhar para ajudar nas despesas de sua casa. Eles geralmente estudam a noite e quando chega o horário de irem para escola já estão cansados e acabam desistindo”, disse.

Mas, enfim, eu vou terminar, mas quero dizer que o Piauí tem essa miséria de governo, mas não é só miséria. Hoje, a cidade de Pedro II, a única nossa cidade serrana, que tem a melhor emissora, a Rádio Imperial do Estado, que tem um povo culto, faz um festival de inverno, lembrando o inverno de vocês - mas, no nosso, a temperatura lá quando dá frio é de 20º. Mas, de qualquer jeito, nós vamos tomar um vinho lá da Casa Valduga hoje e vamos à festividade. Lá estarão vários artistas do Sul. É uma cidade realmente civilizada. Ela tem a melhor rede.

Eu, quando vi aquele casamentão, conversando com a Adalgisa. Estava lá o Adelmir Santana. “Adalgisa, e o nosso?” Nós fugimos, aí teve um padrinho, Dr. João Silva, irmão do Alberto Silva, que nos deu uma rede de Pedro II. Aí, nós nos embolamos nessa rede, a rede rasgou e estamos há 44 anos embolados. Então, a melhor rede do Piauí é a rede de Pedro II. E tem a opala.

Com a palavra, o homem cuja naturalidade está sendo discutida, disputada entre o Maranhão e o Piauí.

            O Sr. Adelmir Santana (DEM - DF) - Senador Mão Santa, eu queria...

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Adelmir Santana, então, V. Exª, para Senador, tem que ter... Dos piauienses, V. Exª acreditou. Tem que ir atrás desses maranhenses para consagrarem o nome, porque ele ainda não sabe se nasceu... Ele nasceu bem no meio do rio, na canoa, bem no meio.

O Sr. Adelmir Santana (DEM - DF) - Senador Mão Santa, estou ouvindo atentamente o discurso de V. Exª, mas, quando faz referência a Pedro II, ao Festival de Inverno, eu queria lembrar que é exatamente neste Festival de Inverno que se faz presente naquele Estado a figura do Sebrae estadual, o Sebrae do Piauí, incentivando a questão local...

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Da opala.

O Sr. Adelmir Santana (DEM - DF) - Exatamente.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - É uma terra rica em opala. Mas a maior riqueza lá é a gente boa. Mulheres bonitas danadas.

O Sr. Adelmir Santana (DEM - DF) - Bom, isso fica a critério de V. Exª. Mas eu queria fazer referência à participação...

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Elas não ganham da Adalgisa, mas empatam.

O Sr. Adelmir Santana (DEM - DF) - Eu queria fazer referência à atuação do Sebrae no que diz respeito ao artesanato regional. O Sebrae participa desse festival e desenvolve técnicas voltadas para o artesanato local, inclusive na opala, nas redes, como V. Exª fez referência. Enfim, aquela região é dotada de grandes recursos nessa área do artesanato regional e eu queria parabenizar V. Exª pela referência que faz ao festival. Quero, neste instante, também fazer referência à posição do Sebrae naquele Estado, que tão bem vem desenvolvendo essa questão do artesanato. Bem recentemente, o Sebrae do Piauí fez uma exposição de artesanato de todo o Estado e lá estavam algumas produções de Pedro II. Em São Paulo, parece que pelo sétimo ano consecutivo, fazem essa exposição num grande shopping daquela cidade, num centro comercial importante. E eu tive a oportunidade de presenciar a abertura desse evento, em que se faziam presentes o Governador do Estado, o Prefeito da capital, Teresina, bem como o Governador do Estado de São Paulo, o Vice-Governador do Estado de São Paulo e os componentes do Sebrae do Piauí e do Sebrae do Estado de São Paulo. Um sucesso absoluto! Todo o artesanato piauiense foi vendido rapidamente, grandes encomendas, o que demonstra a qualidade do que se pratica naquele Estado em termos de artesanato. Parabenizo V. Exª pela referência que faz ao Município de Pedro II.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI ) - Eu quero dar o meu testemunho da atuação desse Senador Adelmir Santana. Não é aqui, não; eu já o vi atuar lá na Suíça, em Genebra; lá na França, e senti orgulho. Então, o que eu tenho a dizer aos habitantes da Brasília nossa, porque Brasília é nossa, tem trezentos mil piauienses: o Brasil quer Ademir Santana como Senador da República. Brasília não pode decepcionar. Os piauienses que aqui moramos já entendemos isso.

Mas, enfim, e do lado, eu vou com a Adalgisa acompanhar a procissão - o Piauí é muito cristão - de Santo Antônio, em Campo Maior. Campo Maior foi a cidade onde se deu a Batalha do Jenipapo, a mais honrosa batalha do Brasil, em que nós expulsamos os portugueses, garantindo esta grandeza e esta unidade. O País ia ser dividido em dois: Pedro II ficaria com o Brasil, e o norte seria de Portugal. Então, foi lá, nessa cidade, cujo patrono é Santo Antônio, que é patrono do amor. Eu vou agradecer a Santo Antônio por ter me mostrado Adalgisa.

Então, eu agradeço a todos. Vou ter que pegar o avião, mas vou sintonizado no rádio, ouvindo estes extraordinários Senadores, que revivem Rui Barbosa para a democracia do Brasil.

Era o que eu tinha a dizer.

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