Discurso durante a 93ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Regozijo pela passagem, no dia 7 de abril de 2009, dos 120 anos do nascimento de Manoel José de Paiva Junior.

Autor
Eduardo Azeredo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
Nome completo: Eduardo Brandão de Azeredo
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Regozijo pela passagem, no dia 7 de abril de 2009, dos 120 anos do nascimento de Manoel José de Paiva Junior.
Publicação
Publicação no DSF de 11/06/2009 - Página 23353
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DATA, NASCIMENTO, PERSONAGEM ILUSTRE, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), RESPONSAVEL, PRESERVAÇÃO, PATRIMONIO HISTORICO, DOCUMENTO, COLABORAÇÃO, INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (IPHAN), ELOGIO, VIDA PUBLICA.

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SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs Senadores, trago hoje a esta tribuna o registro do regozijo mineiro pela passagem no dia 27 de abril de 2009, dos 120 anos do nascimento de MANOEL JOSÉ DE PAIVA JUNIOR, um dos primeiros e mais importantes responsáveis pela preservação do patrimônio histórico de Minas Gerais.

Manoel de Paiva Junior pertencia a uma antiga e tradicional família de Ouro Preto, tendo sido Sacristão das Igrejas de Nossa Senhora do Pilar, São Francisco de Assis e Nossa Senhora das Mercês e Perdões. Foi também membro de todas as Irmandades e Ordens Terceiras da cidade, tendo sido secretário em todas elas, exceto a de Nossa Senhora do Carmo.

Seu principal vínculo, entretanto, foi com a Ordem Terceira de Nossa Senhora das Mercês, seguindo antiga tradição de sua família. Seu bisavô, Alferes Caetano Simões de Paiva, sua avó, Veridiana Francisca de Paiva (Dona Simplícia) e seu pai, Manoel José de Paiva, foram todos irmãos dessa Ordem Terceira.

Foi este convívio que despertou seu interesse pela nossa história, tendo sido pessoalmente responsável pela preservação de um grande número de documentos, muitos deles hoje sob a guarda do Museu da Inconfidência em Ouro Preto.

Autodidata, trabalhou como revisor da revista da Semana, no Rio de Janeiro, e posteriormente como bedel da tradicional Escola de Farmácia de Ouro Preto, hoje pertencente à Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP.

Colocado à disposição do Ministério de Educação e Cultura - MEC, prestou serviços como pesquisador do Patrimônio Histórico, onde trabalhou com os primeiros dirigentes do antigo Serviço, hoje Instituto, do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, tendo sido colaborador direto do Dr. Rodrigo Melo Franco de Andrade, com quem manteve intensa correspondência.

Apesar de sua extrema modéstia e discrição, seu trabalho tem sido reconhecido por alguns dos principais estudiosos do Barroco Mineiro, como Germain Bazin, Curt Lange e Manoel Bandeira.

Merecidamente recebeu as medalhas da Inconfidência e do Aleijadinho.

Manoel José de Paiva Júnior, orgulho de todos os mineiros, faleceu no dia 14 de maio de 1976.

Sr. Presidente, pela importância de suas idéias de preservação do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e por minha total convergência com elas, requeiro a Vossa Excelência que o registro deste breve pronunciamento possa constar dos Anais desta Casa.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/06/2009 - Página 23353