Discurso durante a 96ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

A queda na produção de celulares no pólo industrial de Manaus, em janeiro. Regozijo pela notícia de pesquisas realizadas pelo Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico (CDEAM), da Universidade Federal do Amazonas, no sentido da produção de energia elétrica a partir do caroço do açaí. Registro da notícia de que um professor índio está dando aula de informática na língua da etnia Kuriparo, e tomando aula de informática em Português. Registro de matérias publicadas na imprensa nacional referentes a Petrobras. Destaque para a iniciativa do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase - Morhan, presente em 100 comunidades pelo Brasil.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA NACIONAL. POLITICA ENERGETICA. EDUCAÇÃO. SAUDE.:
  • A queda na produção de celulares no pólo industrial de Manaus, em janeiro. Regozijo pela notícia de pesquisas realizadas pelo Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico (CDEAM), da Universidade Federal do Amazonas, no sentido da produção de energia elétrica a partir do caroço do açaí. Registro da notícia de que um professor índio está dando aula de informática na língua da etnia Kuriparo, e tomando aula de informática em Português. Registro de matérias publicadas na imprensa nacional referentes a Petrobras. Destaque para a iniciativa do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase - Morhan, presente em 100 comunidades pelo Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 17/06/2009 - Página 23818
Assunto
Outros > ECONOMIA NACIONAL. POLITICA ENERGETICA. EDUCAÇÃO. SAUDE.
Indexação
  • REGISTRO, REDUÇÃO, PRODUÇÃO, TELEFONE CELULAR, POLO INDUSTRIAL, MUNICIPIO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), MOTIVO, CRISE, ECONOMIA, COMENTARIO, DECLARAÇÃO, PRESIDENTE, EMPRESA MULTINACIONAL, GARANTIA, MANUTENÇÃO, INVESTIMENTO, EXPECTATIVA, RETOMADA, CRESCIMENTO.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, ESTADO DO AMAZONAS (AM), PESQUISA, INSTITUIÇÃO DE PESQUISA, UNIVERSIDADE FEDERAL, REGIÃO AMAZONICA, PRODUÇÃO, ENERGIA, INCINERAÇÃO, FRUTA, AÇAIZEIRO, INICIO, UTILIZAÇÃO, TECNOLOGIA, MUNICIPIO, MANACAPURU (AM).
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, PROFESSOR, AULA, INFORMATICA, UTILIZAÇÃO, IDIOMA OFICIAL, GRUPO INDIGENA, MUNICIPIO, SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), APOIO, EXERCITO, GARANTIA, TRANSPORTE, REGISTRO, AUSENCIA, ALCOOLISMO, INDIO, REGIÃO.
  • COMENTARIO, EDITORIAL, JORNAL, O GLOBO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), DENUNCIA, INICIATIVA, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), DESRESPEITO, LIBERDADE DE IMPRENSA, UTILIZAÇÃO, ENDEREÇO, INTERNET, FORNECIMENTO, INFORMAÇÕES, IMPRENSA, CONFIRMAÇÃO, APOIO, CANDIDATURA, MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL.
  • REGISTRO, DADOS, EXCESSO, CONTAMINAÇÃO, DOENÇA, HANSENIASE, AMBITO NACIONAL, ESTADO DO AMAZONAS (AM), COMENTARIO, ESFORÇO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), REDUÇÃO, QUANTIDADE, DOENTE, IMPORTANCIA, URGENCIA, DIAGNOSTICO, ELOGIO, ATUAÇÃO, ENTIDADE, AUXILIO, TRATAMENTO, REABILITAÇÃO, REINTEGRAÇÃO SOCIAL.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, peço que V. Exª acolha e faça os Anais da Casa acolherem, na íntegra, os seguintes pronunciamentos.

Registro que houve uma queda de 61% na produção de celulares no polo industrial de Manaus em janeiro, o que dá a visão exata do tamanho da crise global. Esses celulares são produzidos em Manaus pela Nokia, pela Semp Toshiba e pela Evadin, representando 32% da produção no mercado brasileiro.

Muito bem. O presidente da Nokia do Brasil, Almir Narcizo, justifica a queda notando que se trata de aspecto global, mas já dá sinal de que a crise será superada. Diz ele: “O Brasil é o oitavo mercado da Nokia, que atua em 150 países. Mesmo com reflexos da crise na produção de celulares, a indústria vai manter os empregos e os investimentos no País”. Então, ele tranquiliza, dizendo que a Nokia, que emprega 1,5 mil pessoas na fábrica de Manaus, está já pronta para retomar o crescimento. Ele, hoje, olha com olhos otimistas a situação da produção de celulares no meu Estado.

Uma notícia muito boa. Na verdade, pesquisas muito importantes do Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico, CDEAM, da Universidade Federal do Amazonas, estão propiciando que, a partir do caroço de açaí, que é uma fruta energética e que serve, está provado agora, também para fornecer energia elétrica, quatro comunidades do Município de Manacapuru poderão contar, a partir de agosto, com o reforço diário de 80kw de energia elétrica produzidos a partir do caroço de açaí, essa fantástica fruta amazonense, tão boa para exportação, inclusive.

E outra coisa que dá muito orgulho também, Sr. Presidente, é o terceiro pronunciamento. Um professor índio está dando aula de informática num laptop em idioma Kuripaco, a língua nativa dessa etnia indígena do Amazonas - a etnia é a Kuripaco. Ele dá aula, também, em Português.

Eu me refiro a Thiago, índio kuripaco, que aprendeu informática em São Gabriel da Cachoeira e, hoje, transmite o que sabe aos jovens das comunidades que formam o povo Kuripaco: São Joaquim, Matapia, Uainambi, Jerusalém, Curaci e Panapanã.

Thiago gosta de dar aulas, é a vocação dele. Eles vivem em harmonia com os chamados brancos e são vizinhos do 3º Pelotão Especial de Fronteiras, que visitei no começo do mês.

O comandante do Pelotão, General Rosa, garante transporte para eles, enfim, dá toda ajuda para que eles possam se orgulhar do fato de que isso é muito importante, Senador Marconi Perillo. Não existe, entre os Kuripacos, nada de alcoolismo. Eles estão construindo, mantendo suas tradições e entrando na disputa pela vida dentro da informatização de suas próprias vidas, também. E zero de alcoolismo. Isso se deve a eles, ao apoio que o Exército lhes dá, a figuras abnegadas como o Thiago Kuripaco.

É fascinante, e deve despertar a admiração do mundo inteiro, alguém tomando aula de informática na língua da etnia Kuripaco, em Kuripaco, e tomando aula de informática em Português, ao mesmo tempo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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SEGUEM, NA ÍNTEGRA, DISCURSOS DO SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO.

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O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em tempo de não-muito otimismo, esta é uma boa notícia. Vem de Manacapuru e informa que quatro comunidades do município passam, em agosto, a contar com reforço diário de 80kilowatts de energia elétrica produzida a partir do caroço de açaí, a fantástica fruta amazonense, hoje exportada em boa escala, sobretudo para os Estados Unidos.

A iniciativa se deve ao trabalho conjunto do Centro de Desenvolvimento Energético do Amazonas-CEDEAM, da Universidade Federal do Amazonas, desenvolvido com recursos do Ministério de Minas e Energia, que liberou para os experimentos R$ 1,3 milhão.

A energia produzida com o caroço de açaí vai resultar, de imediato, na geração de 11 empregos, com aproveitamento de pessoas moradoras nas comunidades de Manacapuru, que são os distritos de Cristo Rei, Pentecostal do Brasil, Nossa Senhora da Conceição e São Francisco do Paraná.

Para viabilizar a iniciativa, foi constituída a CEARA, a Cooperativa Energética e Agroextrativa Rainha do Açaí. A energia a ser gerada começa pela gaseificação do caroço do açaí. Segundo o diretor do Centro de Desenvolvimento Energético do Amazonas, Atlas Bacelar, em seguida à etapa de queima do caroço do fruto, um equipamento gaseificador provoca a combustão da massa formada pelo processo, transformando-a em cinzas, seguido da gaseificação e por fim a distribuição da energia.

A energia produzida, estimada em 80 kilowatts diários, é obtida com a combustão de uma tonelada de caroço de açaí, fruto produzido em larga escala no Amazonas.

Faço o registro pelo significado econômico dessa iniciativa. Já é conhecido o valor nutricional do açaí, a que se junta, agora, a produção de energia elétrica, a partir do aproveitamento do caroço da fruta. Tais resíduos eram antes simplesmente descartados.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

Caroços de açaí geram energia no Amazonas.

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a queda de 61% na produção de celulares no Pólo Industrial de Manaus, em janeiro, dá a visão exata do tamanho da crise global.

Os celulares são produzidos em Manaus pela Nokia, Seamp Thosiba e Evadin, representando 32 por cento da produção no mercado brasileiro.

Embora espante, nem por isso esse forte declínio é motivo de pessimismo. O presidente da Nokia no Brasil, Almir Narcizo, justifica a queda, notando que se trata de aspecto global. O mundo inteiro se vê às voltas com a crise. Para ele, haverá uma retração do mercado global de celulares, “mas o Brasil está preparado para enfrentar a crise”.

O bom é o que adianta o dirigente da empresa:

“O Brasil é o oitavo mercado da Nokia, que atua em 150 países. Mesmo com o reflexo da crise na produção de celulares, a indústria vai manter os empregos e os investimentos no País.”

Narcizo é de opinião que o Brasil tem condições, pelo seu grande mercado interno, de manter empregos e investimentos e sair da crise mais forte do que ao entrar.

As palavras do dirigente da Nokia são oportunas, no momento em que vivemos de incertezas, motivadas pela crise global.

As afirmações de Narcizo são, pois tranqüilizadoras. E com razão: a Nokia emprega 1 mil e 500 pessoas na fábrica de Manaus. Dali saem celulares para todos os países da América Latina.

Faço votos para o breve retorno à normalidade das vendas desses equipamentos produzidos no meu Estado. E faço esse registro, para que passe a constar dos Anais a opinião de dirigentes empresariais, como o diretor da Nokia no PIM, Almir Narciso.

Esse empresário tem motivos para otimismo. Ele tem por base dados que mostram o começo da recuperação do setor.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

Produção de celulares na Zona Franca recua 61%

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, imagine um professor-índio dando aula de informática num laptop, em idioma Kuripaco, a língua nativa dessa etnia indígena do Amazonas! Claro que também em Português. Essa é a rotina de Thiago, o índio Kuripaco, assim mesmo com Th. Thiago Pacheco. Ele aprendeu informática em São Gabriel da Cachoeira e hoje transmite o que sabe aos jovens das comunidades que formam o povo Kuripaco: São Joaquim, Matapia, Uainambi, Jerusalém, Curaci e Panapanã.

Thiago gosta de dar aulas. E faz questão disso, desde que aprendeu a mexer com computadores no Instituto Socioambiental, de São Gabriel da Cachoeira, onde o curso só é possível graças aos computadores do 3º Pelotão Especial de Fronteiras, que visitei no começo do mês.

Os Kuripacos vivem em harmonia com os brancos e são vizinhos do Pelotão, que admiram, embora reclamem que nem sempre conseguem transportar mantimentos nos mesmos aviões que servem àquela unidade do Exército do Brasil. O comandante do Pelotão garantiu-lhes esse transporte, mas nem sempre isso ocorre. E assim os Kuripacos são obrigados a descer o rio Içanã e, em seguida, o Rio Negro, em canoa com motor. Um percurso de sete dias na descida e oito na subida, para o retorno. Passam por oito cachoeiras, sempre que o rio está cheio, como agora. Uma viagem de ida e volta gasta 150 litros de gasolina.

Os Kuripacos diferem um pouco dos outros índios do Amazonas. Já não se pintam com argila ou urucum, como também não cumprem rituais de magia ou assemelhados. A boa notícia é que os índios Kuripacos não têm o hábito de consumir bebidas alcoólicas. Nas aldeias deles, álcool não entra!

As tradições dos Kuripacos permanecem sedimentadas. Pela manhã, o prato que mais agrada aos índios é farinha com água, que eles chamam de Chibé.

Os Kuripacos, que somam 1 mil e 500 índios, vivem no Alto Rio Negro, no município de São Gabriel da Cachoeira, onde estive faz pouco, para conhecer as instalações e conhecer as atividades que o Exército desenvolve na área, com o 3º Pelotão de Fronteiras.

O comandante do Pelotão, General Ivan Carlos Weber, da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, explica que todos os indígenas contam com assistência médica do Exército, que proibiu a comercialização de bebidas alcoólicas na área, para evitar brigas, antes muito comuns, de que resultavam muitos feridos, principalmente mulheres, vítimas da violência causada pelo consumo de álcool.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

Nessa aldeia não entra álcool.

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Congresso Nacional detém a vocação histórica de se opor e lutar contra tentativas de ruptura da democracia e das liberdades fundamentais do cidadão. Essa é postura indeclinável que não admite desvios, afastamentos e da qual, definitivamente, não se pode fugir; é irrecusável, como postura superior dos brasileiros.

Como intérprete maior da vontade deste País, esta é hora de, novamente, lançar alerta, com a contundência que o momento exige, para declarar que o Brasil não admite retrocessos na vida institucional.

A advertência é oportuna. Mais do que isso, necessária! Necessária, sim. Sobre o País voltam a pesar nuvens densas e sombrias, a partir de estranhas manifestações da Petrobrás, que já não cuida apenas de petróleo. Traveste-se de porta-voz não sei de quem, para instilar o que, para ela, seria informação.

Pode até ser. Mas não informação pura e isenta. O que a empresa faz desfilar num blog recentemente lançado são informações dirigidas, manobras, como também adverte a Associação Nacional dos Jornais, que não passam de “tentativas canhestras de intimidar jornais e jornalistas”.

E mais: “Em claro desrespeito aos profissionais de imprensa, significa prática contrária aos princípios universais de liberdade de imprensa.”

Chega a ser inacreditável a sem-cerimônia com que o Presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, se insinua como dono absoluto da verdade, a ponto de pretender dar lições de jornalismo. O tal blog do Gabrielli assemelha-se às práticas de quinta coluna moderno, em suas tentativas de vazar informações de reportagens em apuração pelos meios de comunicação.

Se não é um agente quinta-coluna, bem ao estilo dos tempos do fascismo da segunda grande guerra e da ditadura brasileira dos anos 30, é a ressurreição do velho DIP, o famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda, da ditadura Vargas. Só que agora, em roupagem nova, com a utilização dos meios instantâneos e digitais como a Internet.

Naquele tempo, jornais eram fechados, o rádio era silenciado. E a censura corria solta. Atitudes de quem não se adapta às normas democrática de convivência.

Em seu editorial de hoje, o jornal O Globo salienta:

     (...)O caminho encontrado pela estatal foi publicar em um blog da empresa as perguntas encaminhadas por repórteres dos jornais e respectivas respostas. Com o detalhe, também grave, de que a empresa divulgou na sexta informações que prestara para uma reportagem que seria publicada no GLOBO de domingo, numa assombrosa quebra do sigilo que precisa existir no relacionamento entre imprensa e fonte prestadora de informações. Agira da mesma forma com os outros jornais.

No mesmo editorial, o jornal carioca adverte que “a Petrobras fere a Constituição. Corporação poderosa, com tendência histórica de se descolar de controles públicos, a Petrobras, com a política de aparelhamento do Estado posta em prática por Lula, se tornou, em parte, um bunker nas mãos de correntes de sindicalistas, do PT e sob o jugo dos anseios fisiológicos do PMDB.”

Mais aspas para “O Globo”:

     “De Bernardo Mello Franco:

     Além do blog em que vaza denúncias levantadas pela imprensa sobre a empresa, a assessoria de comunicação da Petrobras agora atua também no Twitter, a rede de comunicação instantânea que virou febre na internet. A estatal aderiu à ferramenta virtual para criticar reportagens dos jornais e divulgar atividades do seu presidente, José Sergio Gabrielli. Ao contestar as investigações, os autores da ideia deixaram escapar a simpatia pela candidatura à Presidência da ministra Dilma Rousseff, do PT. Tudo isso num site com o nome e a logomarca da estatal.

A página da Petrobras no Twitter está no ar desde sábado. Ontem à tarde, o internauta que visitava o site encontrava links para dois perfis em nome da chefe da Casa Civil: "Blog da Dilma" e "Dilma 2010", uma referência explícita ao ano eleitoral. Os endereços estão entre os perfis "seguidos" pela assessoria da Petrobras. Isso significa que os responsáveis pela comunicação da estatal se inscreveram para receber todas as notas publicadas pelos militantes que fazem pré-campanha para a ministra. Também há links para páginas de jornalistas e leitores.”

Srªs e Srs. Senadores, mais do que dever, é absolutamente necessário lançar advertências contra o procedimento da Petrobrás, que, de um momento para o outro, atua e age com propósitos de tumultuar o cenário democrático do Brasil. Agora, volta-se contra a liberdade de imprensa.

Transcrevo, em anexos, notícias publicadas pela imprensa nacional, para que, assim, passem a constar dos Anais do Senado da República.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

- “ANJ acusa a Petrobras de tentar intimidar a imprensa” (Editorial de O Globo).

- “Ataque à imprensa” (Editorial de O Globo).

- “ABI e FENAJ: Cuidado para não vomitar, leitor.”

- “Gabrielli defende blog da Petrobras.”

- “Seguindo Dilma”.

- “Petistas fazem ato contra CPI e defendem blog.”

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, “A decisão da Petrobrás de alterar o sistema de cálculo de imposto retroativamente ao início de 2008, no fim do ano passado, teve aval do governo e dos ministros com assento no Conselho de Administração da estatal. E foi o instrumento encontrado pela cúpula da empresa para viabilizar, no auge da crise, a manutenção de um elevado nível de investimentos.” (O Estado de S. Paulo, 12 maio 2009.)

Na manchete de primeira página, a frase, nua e crua, que mostra, com letras claras e frases objetivas, a verdade como ela é, a qual peço que conste dos Anais do Senado Federal.

Encerro, lamentando, como comecei, o avanço do verbo lixar.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Governo autorizou manobra contábil feita pela Petrobrás”

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/06/2009 - Página 23818