Discurso durante a 104ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Crítica ao governador da Paraíba, Wellington Dias. Análise sobre a classificação pela ANAC, do aeroporto de Teresina como aeródromo.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL. POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Crítica ao governador da Paraíba, Wellington Dias. Análise sobre a classificação pela ANAC, do aeroporto de Teresina como aeródromo.
Publicação
Publicação no DSF de 25/06/2009 - Página 27015
Assunto
Outros > ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL. POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • CRITICA, INEFICACIA, ADMINISTRAÇÃO, GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), AUSENCIA, CONSTRUÇÃO, OBRA PUBLICA, ESPECIFICAÇÃO, BARRAGEM, AEROPORTO, MUNICIPIO, TERESINA (PI), SÃO RAIMUNDO NONATO (PI).
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, DIARIO DO POVO, CRITICA, ATUAÇÃO, GOVERNO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), QUESTIONAMENTO, INCOERENCIA, GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), ANUNCIO, INAUGURAÇÃO, PISTA DE POUSO, AERODROMO, DENOMINAÇÃO, AEROPORTO INTERNACIONAL, ESCLARECIMENTOS, NORMAS, REGULAMENTO, TRAFEGO AEREO, HOMOLOGAÇÃO, DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL (DAC), CONFIRMAÇÃO, AUSENCIA, ATENDIMENTO, REQUISITOS.
  • COMENTARIO, ANALISE, AGENCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC), CLASSIFICAÇÃO, AEROPORTO, MUNICIPIO, SÃO RAIMUNDO NONATO (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), AERODROMO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Mozarildo Cavalcanti, que preside esta sessão de 24 de junho, quarta-feira, Parlamentares na Casa, brasileiros e brasileiras aqui presentes que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, realmente nós temos de, de quando em quando, focalizar as nossas raízes, o nosso Estado. Sem dúvida nenhuma, Sêneca deu esse exemplo. Falando, ele tinha origem em povoado pequeno, ele disse: “Não é um pequeno povoado, uma pequena cidade, um pequeno Estado, é a minha cidade.” Então, é o meu Estado do Piauí.

Nós lamentamos! Agora, nós aprendemos... E eu sou da geração que a gente apanhava até de cinturão, viu, Mozarildo? Você nunca apanhou, não? A gente apanhava. Os pais da gente eram mais severos. E eu ouvi muitas vezes de meu pai que quem mente rouba. Aliás, eu peguei uma surra... era negócio de dentista, para ser sério. É porque vocês não passaram por essa fase. Olha, era aquela broca de pedal. Aquilo doía, arrepiava, nunca vi sofrimento maior. V. Exª se lembra, Mozarildo? Aquela broca de pedal... Olha, dentista era um suplício! Dr. Juvenal. E eu tinha medo do dentista. Menino...! Mas de vez em quando o papai encontrava o dentista: “E aí?” “O Francisco não vai lá. Quatro meses que não vai lá”. Era porque a broca doía. Aí apanhava mesmo. Mas a reza dele que eu passo para os outros era “quem mente rouba”.

Adentra ali o Dr. João Vicente, que é moderno. Hoje os odontólogos são cirurgiões dentistas, não têm mais nem dor. Anestesiam. Mas aquela broca do pedal... A gente se arrepiava todo. Está ouvindo, João Vicente? E às vezes eu falhava o dentista lá. E ele se encontrava com o meu pai: “Ah, não foi, não”. E eu apanhava pelo fato da mentira. E meu pai dizia que quem mente rouba.

Então esse negócio de mentira é um negócio muito sério. E em política é pior, porque ninguém pode mentir, cidadão, homem, mulher... o próprio Cristo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Verdade... A mentira é o oposto.

Talvez, o Governador do Piauí, influenciado... Eu disse aí... Uma vez eu fiz um pronunciamento sobre o livro Mein Kampf, Minha Luta, de Hitler, em que ele falava das galinhas carcarejadoras que ficavam só prometendo obra. E isso tinha se incutido na política atual. O comunicador de Hitler, Goebbels, dizia que uma mentira repetida várias vezes se torna verdade.

Mas isso era naqueles tempos. Hoje, com essa comunicação, mocidade estudiosa, eu fico com a sabedoria popular, que nunca erra. Até na Bíblia tem a sabedoria popular, os provérbios. A mentira tem pernas curtas. E fico com o caboclo do meu Piauí, que diz que é mais fácil se tapar o sol com uma peneira do que esconder a verdade.

Então está aqui. Lamento. agora, hoje, o negócio mudou muito. O governo consegue, não é...? Esses órgãos oficiais de comunicação... Não é opinião pública, é opinião publicada e paga. Começa da Petrobras, que a gente está vendo. É a própria Petrobras que paga, aí os jornais esquecem os escândalos dela e vêm bater em nós, no Senado, hein? Nós, que somos pais da Pátria, não é?

Então, eu queria dizer, mas surge... E a tecnologia botou esses e-mails que estão aí; esses jornais da Internet, os blogs. E está aqui o 180 graus. Esse Alisson Paixão é um cabra danado, eu já tenho visto muito trabalho com a eficiência dele, e um Fábio de Carvalho.

Olha, bota bem grande aí. Faz de conta que é o nosso Aloizio Mercadante, Líder do PT, porque aí tem um carinho especial, hein? É, atende direitinho, porque o PT não manda aqui, não. Nós derrotamos ele aqui, com o Presidente Sarney. Eles podem aí; aqui, ainda não.

Então, é o seguinte, mostra aqui: é o aeroporto. O alopradinho do PT do Piauí fez revistas em todo o Estado. No dia da batalha do Jenipapo, em que se comemora aqueles heróis que expulsaram os portugueses, milhares e milhares de revistas com dezenas de fotos assim de obras. Fazem no computador!

Mozarildo, eu já conheço um bocado de lugar: os Estados Unidos, a França... Olha, esse aeroporto que está aqui é de São Raimundo Nonato. Olha, é muito mais bonito do que o de Miami, muito mais bonito do que o de Denver, do que o de Los Angeles. Ele faz no computador! Aí, bota nos impressos, em revistas, nos jornais. E sai: dois aeroportos internacionais do Piauí. Ô, Mozarildo, um é na minha cidade, na Parnaíba. Não tem nem teco-teco. O aeroporto que tem lá foi feito no tempo da ditadura militar. Era Ministro João Paulo Reis Velloso. Eu fui à inauguração. Era Dirceu Arcoverde. Evidentemente, todos os governadores melhoramos, pintamos, mantemos, ampliamos e tal. Aí ele botou logo que era internacional; o aloprado, o aloprado mentiroso. Não tem nem teco-teco. E eu era menino e ia lá da Parnaíba para o Rio de Janeiro de avião. Saía.

Nunca antes, como diz o nosso Presidente Luiz Inácio, ou nunca dantes, como dizia Camões, houve isso, Mozarildo. Mozarildo, eu saía lá da Parnaíba para o Rio de Janeiro. Era bom, porque era interessante. Eu era garoto. Aí, a gente saía, Mozarildo, nas capitais: Paraíba, Teresina; ia a Natal, João Pessoa. E eu saltava em todos, porque, naquele tempo - o João Vicente não tinha nascido -, era um tal de DC-3, Douglas. A gente saltava, a gente saltava, para dizer que conheceu. Não conhecia nada, não; só ia ao aeroporto, tomava um guaraná e dizia: ó, conheci a capital, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió. A última era Salvador. De Salvador para o Rio de Janeiro, demorava quatro horas exatamente, Mozarildo. Quatro horas, no Douglas. Eu sei que, de tardezinha, a gente chegava lá no Rio de Janeiro, no aeroporto do Rio de Janeiro, aquele do centro do Rio de Janeiro. E sempre teve, nunca deixou de ter avião. Agora, não tem nem teco-teco, nem teco-teco, nem teco-teco. Eu estou falando é para o Piauí, para minha cidade.

Agora, São Raimundo Nonato é a cidade no sul, todos nós sabemos, queríamos e desejávamos. Agora, está muito pior, muito pior, muito pior. Fernando Henrique Cardoso, esse estadista, resolveu comemorar os 500 anos do Brasil. A primeira comemoração, no início de janeiro, foi no Piauí, em São Raimundo Nonato. Tinha pista. Fernando Henrique pousou. E Presidente é com segurança. Esses aviões da nossa Aeronáutica. Comemoramos lá e tal. Então, o Governador bota e anunciou que, em junho, inauguraria. Está aqui. Olha aqui. E olhe o que tem lá. Está aqui a foto. É do Portal 180 graus.

Sim, um quadro vale por dez mil palavras. Mas, mais do que um quadro, é a verdade. O Piauí é amante da verdade. E eu disse e digo para a imprensa: aprendam, aprendam aí, jornalistas e jornais. O jornalista e o jornal valem pela verdade que dizem. Se eles não dizem verdade, não valem nada. Pode ser de qualquer capital. O jornal e o jornalista valem pela verdade que dizem. Se eles não dizem verdade, não têm nenhum valor. Pode ter milhões de exemplares, capital, mas não tem... o povo vai acostumando.

Perdeu.

Era assim que Cristo dizia: “em verdade, em verdade, eu vos digo”. Agora, no Piauí, nós somos orgulhosos. Nós somos a melhor gente do Brasil. E nós estamos endireitando este Senado aqui. Nós não temos culpa desse negócio, não. Nós estamos é trabalhando, e muito. E quis Deus estar presidindo esta sessão o João Vicente, que traduz este Piauí novo, de estudo, de trabalho, de dedicação e de estoicismo.

Atentai bem: esses jornalistas têm que aprender com o Piauí - Carlos Castello Branco. Nós - falo aqui orgulhoso - temos a ensinar. Em momentos difíceis da democracia, não havia dois, não; havia só um, só um, só um tinha coragem e era acreditado: Carlos Castello Branco, com a “Coluna do Castelinho”. Ele era do Piauí. É...na Ditadura, isto aqui era fechado, era limitado, cerceado... Falou demais, eu já estaria cassado. Um jornalista representava os anseios democráticos do povo do Brasil: Carlos Castello Branco.

E eu quero dizer o seguinte: hoje eu fazia um paralelo de Rui Barbosa com Antonio Carlos Magalhães e dizia ali como a personalidade de um parecia com a do outro, descrito pelo próprio Rui, diante de seu filho. A coragem, a luta, o ideal, o amor à Bahia. Dito por Rui. Antonio Carlos Magalhães veio cem anos depois - não vem com conversa, eu procuro estudar e compreender as coisas.

Senador João Vicente, este Parlamento vai para 200 anos. Ô homem de coragem! Como administrador, todo mundo sabe que ele modernizou a Bahia. A Bahia é um país, se engrandeceu. E fez os seus discípulos. Todo mundo sabe. Mas ele deu grandeza.

A democracia é para um Poder controlar o outro. Ele fez a CPI do Judiciário e mostrou muitos projetos executados na área física, essas estruturas físicas, supervalorizados. Ele mostrou os “lalaus” para o Brasil.

Então, eu queria dizer que, assim como Rui Barbosa, a mesma coragem, na campanha civil contra a ditadura d Marechal Hermes, que foi duro, duro, duro, duro, que ele teve que se exilar. Depois de 100 anos, deu. Também nós perdemos o nosso Carlos Castello Branco, mas está aqui Zózimo Tavares. Rapaz, até se parecem fisicamente. Mas é um cara de vergonha, é um jornalista, é da Academia de Letras, é um intelectual, é de valor.

Eu acho que tem, Senador João Vicente... V. Exª é uma realidade, não é mais esperança. Na política, renova, e tem que ter a juventude. Eu quero dizer o seguinte: temos que se pensar em o Zózimo ingressar na política. Esses homens não podem se omitir, não.

Então, eu vim aqui e não vou falar da minha cabeça, não. Vou falar da melhor cabeça do Piauí. Ele é intelectual, autor de vários livros, é da Academia de Letras, além do fato de o jornal Diário do Povo nos orgulhar. “Nas asas da mentira” - olhem a manchete - de Zózimo. Isso aqui é uma lapada, porque não é qualquer um, não; é o Zózimo Tavares, que tem tradição no Piaiuí, de uma imprensa de verdade. “Nas asas da mentira. É feliz quem vive aqui” - Zózimo Tavares, editor-chefe: “Até parece implicância, dirão alguns. Eu mesmo às vezes me pego pensando também que se trata de marcação contra o governo.”

Por isso que eu não estou nesse Governo. Por isso que eu não estou no PT. Não tenho nada contra Luiz Inácio nem contra Zé Dirceu. Eu cutuquei o Zé Dirceu, desde aqui, eu disse: “Zé Maligno, Zé Maligno”, porque eu estava envolvido, eu votei no Luiz Inácio. Eles me mandaram indicar alguém para companhia energética, e lá tinha mesada, tinha um custeio e eu não queria ser o pai disso, porque, se ele ficasse... Eu raciocinei rápido, eu sou cirurgião. Eu digo: quando chegar o dinheiro... A luz santa não teve mais. O Luz para Todos acabou-se. O nome da empresa - um nome até estrangeiro... qual é? Parece com Buda. Eu sei que foi uma corrupção doida. Então, eu tinha de me livrar, porque eu ia ser como um pai. Eu que tinha indicado! Quem é que ia dizer que eu não estava envolvido? Todo mundo lá recebia mesada. Era uma vergonha. E o Zé Dirceu, na segunda vez em que o chamei de “Zé Maligno”, ele chamou, mostrou autoridade e o exonerou. Agradeço a Zé Dirceu. Pelo menos, estou livre, e o Piauí sabe que não tenho nada com a corrupção que há na companhia.

Corrupção, desmando e destruição, tudo de uma vez só! E eu... Quer dizer, eu até agradeço ao Zé Dirceu. Eu o chamei porque não tinha mais jeito; eu estava sendo gozado. O homem estava mais forte do que eu. Todo mundo estava querendo mesada na companhia energética. Aí ele o tirou, e o povo do Piauí disse: “Não, o Mão Santa não tem nada com isso, não”. A Gautama esteve lá. Telefone e tudo. Então, eu tenho é de agradecer ao Zé Dirceu. Foi a única maneira que eu vi, porque o homem estava muito forte lá.

E Zózimo prossegue:

Mas não é isso. É que esse governo erra demais, erra tanto que eu fico até constrangido em ficar apontando todos os seus erros. E, na arte da dissimulação, ele é imbatível. Então, faço vista grossa para muita coisa. Mas outras, infelizmente, não podem passar ao largo, pois saltam aos olhos. É o caso, por exemplo, do Aeroporto de São Raimundo Nonato, que será oficialmente inaugurado na próxima segunda-feira, na abertura do Festival Internacional de Arte Rupestre.

Olhem aí. Olhem a foto do prometido, do proclamado, do cantado. Sete anos, e o que temos? Muito menos do que tínhamos. Prossegue o artigo: “Primeiro, o governo disse que se tratava de um aeroporto internacional.”

Aliás, não é um, não; são dois: o de Parnaíba, que não tem mais nem teco-teco, e esse. Fui a Belém, povo do Pará, rico. Não há mais aeroporto internacional. Olhe a dificuldade. O Prefeito é o grande Duciomar, o Dudu, que perguntou por você. Ô, João Vicente, PTB! Cheguei, estava lá o Secretário do Mário Couto. Não, o negócio dele é à noite, casamento. O Dudu num carrão, me levou, me deu um almoço, conversamos. Ô, cabra bom! Falou muito de você. Perguntou. Eu disse: “Rapaz, é um homem tem perspectiva invejável, do PTB”. O Dudu é do PT. Eu não sabia que ele era Dudu. Era Duciomar. Mas ô homem querido! Está simpático, está lá, ganhou.

Fui com o Secretário de Turismo, o Khayat, a essas festas juninas. Também no Piauí, o Governador acabou. Antes era o centro de convenção, do tempo de Dirceu. Eu reformei. Foram lá mexer, o Ministério Público parou a obra pela corrupção. Depois, houve a Poticabana, de Alberto Silva. É uma obra que lembra Copacabana, tem onda. Há 20 anos, tem a alegria da festa de São João. Rapaz, está interditada a Poticabana. Não tem mais nada. Não tem nem São João.

Vocês só ouvem falar de São João ali na Paraíba. Em Teresina tinha, estava crescendo. E Teresina é bem melhor do que Caruaru, é bem melhor do que Campina Grande. Explodia. E conseguiu acabar.

Mas é o caso do exemplo do aeroporto. Prossegue o artigo:

“Primeiro, o governo disse que se tratava de um aeroporto internacional. Mas não é nem um aeroporto, muito menos internacional. Trata-se, na verdade, de um aeródromo.”

Olhem aí: aeródromo! Isso é uma vergonha, como diz o Bóris Casoy. É uma lástima, como dizia outro grande jornalista.

“Aeródromo e aeroporto são coisas parecidas, como peba e tatu, mas muito diferentes, também, como peba e tatu. Veja as definições de ambos, segundo o Regulamento de Tráfego Aéreo para Vôos, de Paulo Roberto Almeida, publicado pela Escola de Aperfeiçoamento e Preparação da Aeronáutica Civil, homologada pelo DAC (Departamento de Aviação Civil): ‘Aeródromo - área definida sobre terra ou água, destinada à chegada, partida e movimentação de aeronaves. Aeroporto - aeródromo público dotado de instalações e facilidades para apoio de operações de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.’

Trocando em miúdos: em São Raimundo Nonato, não existe aeroporto. Há um simples aeródromo.”

O que isso quer dizer? Isso é uma molecagem. Ô, Luiz Inácio, eu tenho pena. O Luiz Inácio é gente boa. E ele dizia: trate meu filho bem. Mas o filho é alopradinho, mentiroso, Luiz Inácio! Eu não dava jeito não, veja se você dá. Eu lá quero... “Meu filho”, como é que pode?

“Trocando em miúdos: em São Raimundo Nonato, não existe aeroporto. Há um simples aeródromo. É só uma pista, sem torre de controle de tráfego, estação meteorológica, segurança de vôo, casa de passageiros (...).”

Tem que atender no mato as suas necessidades. Ô, Luiz Inácio, não diga mais que ele é seu filho, não. Não dá para ser irmão do seu filho. Dona Marisa não podia ter um negócio desse. Olha aí. É só uma pista, sem torre de controle, estação meteorológica não tem, segurança de vôo. Casa de passageiro não tem. Como é que vai com uma palhaçada dessa? Não tem, está aqui:

“(...) sem balcões de atendimento, lanchonetes, cabines telefônicas, sanitários. É pura improvisação. E é aí que vão receber pesquisadores e turistas de 39 países. Uma coisa é certa: poucos ainda voltarão ao Piauí!”

Quem for lá, se for, o Governo pagando, não vai para um negócio desse.

“E mais: que história é essa de ‘aeródromo privado’? Pelo visto, não passa de uma gambiarra para conseguir para conseguir a autorização da Anac. Nunca esse aeroporto foi apresentado como particular. E onde está a licitação para entregar de mão beijada, a uma empresa privada, o ‘aeroporto’ construído com recursos públicos?”

Disse que está administrando uma empresa privada, porque a Anac pulou fora. A Anac classificou como aeródromo.

“A tragédia de algodões resultou de uma sucessão de malabarismos midiáticos como esses. O governo se procupou mais em fazer pantomimas do que em fazer os consertos da barragem e pôr as famílias em segurança. Deu no que deu!”

Deu no que deu.

Então, queria dizer o seguinte: por que estamos aqui? Esta é a Casa, Magno Malta, que preside, esta é a Casa que garante a democracia. Eduardo Gomes, que tirou o País da primeira ditadura civil disse que o preço da liberdade democrática é a eterna vigilância. Nós estamos vigilantes pela democracia, Magno Malta. Atentai bem, e por quê? A democracia nos proporciona a alternância do poder. Então, povo do Piauí vê essa perspectiva, essa aurora, essa esperança, essa esperança de alternativa de poder. Então, é isso, o Piauí está vivendo dessa esperança.

Está aí o João Vicente. O João Vicente, outro dia me perguntaram, eu digo, não, eu o conheço, homem independente. Evidentemente que a família dele é uma família vitoriosa. Lá, no Pará, tem, rapaz, empresa. João Vicente eu vi lá, um sucesso em qualquer lugar. Mas é danada mesmo, a empresa dele.

Tenho um amigo gago, eleitor bacana. O Magno Malta conhece isso. Aí, ele é gago e pede para falar. Mas ele é gago, mas é meu amigo. Ele sobe e diz, o discurso dele que me trouxe para cá, ele gago, mas aí a turma: Como é que o gago vai falar? Aí disse assim: “O Mão Santa é como o Armazém Paraíba, faz um sucesso em qualquer lugar”. E é aplauso e ponto.

Então, até no Pará vocês tem lá. Eu vi agora. Então, esse grupo... Mas o João Vicente, com essa história empresarial vitoriosa que passou, e Deus me abençoou, porque ele foi secretário de Indústria e Comércio do meu governo e implantou mais de 200 indústrias. Só fábrica de castanha, 27. Essa fábrica de cimento, bicicleta... E ele criou um partido, não vou dizer que criou, foi Getúlio Cargas que criou o PTB, mas, ele renasceu e é um partido de muito respeito no Piauí.

Então, o povo lá do Piauí está vivendo, fugindo da mentira e na esperança da verdade que a democracia vai proporcionar ao Piauí: a alternância do poder.

Eram essas as minhas palavras.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/06/2009 - Página 27015