Discurso durante a 106ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Manifestação em defesa do Presidente José Sarney. Sugestão ao Presidente Lula do nome do economista piauiense Raul Velloso para compor uma pasta de seu governo.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Manifestação em defesa do Presidente José Sarney. Sugestão ao Presidente Lula do nome do economista piauiense Raul Velloso para compor uma pasta de seu governo.
Aparteantes
Geraldo Mesquita Júnior.
Publicação
Publicação no DSF de 27/06/2009 - Página 27777
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, JOSE SARNEY, PRESIDENTE, SENADO.
  • SUGESTÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, NOME, ECONOMISTA, ESTADO DO PIAUI (PI), COMPOSIÇÃO, MINISTERIO, GOVERNO.
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, EXCESSO, GASTOS PUBLICOS, MANUTENÇÃO, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), GOVERNO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Mozarildo Cavalcanti, que preside esta sessão de sexta-feira; Srªs e Srs. Senadores presentes; brasileiros e brasileiras que aqui estão e os que nos acompanham pelo sistema de comunicação do Senado; Senador Wellington, a esse negócio de casta, de classe social - brâmane, dalit -, nunca fui ligado, mas sou ligado àquela novela, que é boa mesmo! Novela é bicho bom! Há um negócio de “lamparinas do juízo”. Dizem que o juízo tem de ter a lamparina acesa, Marina Silva. Quero lhe dizer, aqui, que quem teve as lamparinas mais acesas nesses debates dos problemas administrativos do Senado foi o Geraldo Mesquita, que, há pouco, estava ali como Presidente. S. Exª, Mozarildo, disse que o que queriam fazer aqui era um golpe. Era um golpe, um golpismo.

A Mesa Diretora foi eleita. Nós a representamos. O meu é o segundo nome do PMDB na Mesa Diretora, e Sarney é o Presidente da Mesa Diretora. No dia em que meu nome entrou em votação, havia aqui 74 Senadores, e 71 votaram em mim. Então, quando estou aí substituindo o Presidente Sarney, estou dentro da legalidade, da moralidade. Inclusive, tenho de dizer que quem fez a campanha para o meu nome foi o Geraldo Mesquita.

Quero dizer que este é um colegiado. O Presidente Sarney... A inveja e a mágoa corrompem os corações. Havia dois lugares no PMDB. Olha que cedi por que S. Exª tinha mais estrutura do que eu. Quero ser é Presidente! Eu quero é o lugar do Luiz Inácio! Isso é normal. Todo seminarista quer ser Papa. Todo soldado quer ser general. Pode até ser que eu não o seja, mas estou preparado para ser o Presidente da República deste País.

Então, atentai bem à interpretação do Geraldo Mesquita: é um golpe. Foi eleito, e este é um colegiado. O Presidente Sarney foi tão estadista, que S. Exª podia ter feito chapa batida e ganhava todos os cargos. São sete os que dirigem o Senado. Somos sete. S. Exª podia ter ganhado - obteve 49 votos -, mas, na sua vivência, na sua tolerância, buscando harmonia, abriu vaga para os outros partidos. Abriu vaga! Isso é que tem de ser visto. Aí o PT foi buscar um dos melhores nomes. A Professora Serys Slhessarenko está na Mesa. Para a Vice-Presidência, acho que os do PSDB indicaram o melhor nome que eles têm: o ex-Governador de Goiás por duas vezes, o Senador Marconi Perillo. Está na Mesa. Não votou nele, não, nem a Serys. Para o cargo de 1º Secretário, o DEM colocou um nome seu. Votou no Presidente Sarney. A 2ª Secretaria era minha na composição, mas cedi para o PTB, para votar. Ele buscou o nome de um jovem empresário, que foi meu Secretário de Indústria e Comércio. É um jovem, cuja família tem muito êxito nas empresas do Piauí e do Brasil. João Vicente, que é um administrador, está lá. Eu - a segunda vaga era defendida pelo Geraldo Mesquita, pelo Pedro Simon, pelo PMDB todo - obtive os dezenove votos do PMDB na primeira eleição interna. E, naquele dia, 74 Senadores estavam aqui, e 71 votaram em mim. E fomos buscar o Presidente Sarney. O PDT não votou nele. Acho que o PDT botou o melhor nome que tem, a Patrícia Saboya, uma mulher pura, simples. E nós, aqui, dirigimos de maneira aberta. Este é um colegiado. Então, quando estou ali no lugar do Mozarildo, estou representando o Presidente Sarney.

Mas o que quero dizer sobre este Senado... O Senador Cristovam Buarque, que não votou no Presidente Sarney, tem suas razões. Vocês estão vendo o que se está passando no Irã. Houve eleição mesmo, não é?

Houve interesses múltiplos. Defendemos a nossa tese de que não devíamos entregar e não podíamos, eu e o Geraldo... Aliás, houve momentos em que ficamos só nós dois defendendo essa tese de que não podíamos entregar, porque aí o PT teria o Presidente da República, que já tem com mérito, com voto. Ninguém está contestando isso. O modelo permitiu isso. É o Poder Judiciário. O Presidente já indicou sete, muitos partidários, fichados, filiados há mais de vinte anos ao PT. Duas vagas estão por surgir, e, então, ele vai ficar com nove de onze. Se ele ficasse aqui, voltaríamos ao absolutismo, a Mussolini, a Hitler. Fizemos isso por essa divisão do Poder. Não erramos, não!

O nome mais experiente era o do Presidente Sarney.

Se eu fosse mais do que ele, teria tomado o lugar dele. É porque, no momento, ele tinha mais história, mais experiência. E queria lembrar o que o Cristovam disse: “esta Casa é interessante. Vem essa crise econômica, e vi há dois anos o Mão Santa dizendo que isso não estava certo”.

Abraham Lincoln já dissera: “não baseie sua prosperidade com dinheiro emprestado”. E o que vemos? Essa loucura de dinheiro emprestado no mundo e no Brasil. Quantas vezes denunciamos os empréstimos consignados dos velhinhos? Olha, tinha mais casa do que cabaré no Nordeste emprestando dinheiro. Os velhinhos aposentados, doentes da vista, porque na velhice - sou médico - temos presbiopia, que se chama vista cansada. A mídia dizendo que era coisa boa e os bancos descontando 40% dos velhinhos.

Eu cheguei até a dizer: olha, o Luiz Inácio é gente boa, votei nele em 1994, ele é pai dos pobres, mas tem sido a mãe dos banqueiros. Mãe é melhor do que pai. Mãe é mais. Nós somos pais, mas mãe é mãe. Essa é que é a realidade.

Os banqueiros estão aí. E até os bancos internacionais que andaram falindo aqui tiveram lucro. Esse é um fato contundente. Esses bancos internacionais que faliram nessa crise, as suas agências, no Brasil, tiveram lucro. Então, essa é a realidade. E quero trazer a minha contribuição de pai da Pátria.

Fui prefeitinho, nosso querido Presidente não foi. Fui governador de Estado, nosso querido Presidente não foi. Fui secretário de saúde. Então, eu sempre dizia: Bill Clinton...

Outro dia, houve uma eleição de quem deveria ser Presidente do mundo. O da África do Sul, como é o nome, Mozarildo? Mandela. Está ouvindo, Marina Silva, eu vi um estudo: Mandela. Ele estava até no jogo, ontem. Mandela. Em segundo lugar: Bill Clinton. Então, não temos que negar. Quando ele foi governar, Luiz Inácio, depois de ter sido quatro vezes governador do Arkansas - quatro - ele pediu os melhores economistas, Ted Gaebler e David Osborne, que fizeram um livro Reinventando o Governo. Democracia é complicada. Resumindo, ele disse: olha, o governo não pode ser grande demais, não. Tem que ser pequeno, um Learjet, tem que ter mobilidade. Se for grande demais, como o Titanic, afunda. E nós advertimos isto: tem ministro demais, tem DAS demais. Sessenta mil nomeados. Um DAS-6 é R$10.548. Nomeados, tem mais do que muriçoca, mais do que o mosquito da Dengue. Sessenta mil. Um DAS-6 é R$10.548. No governo de Estado não tem, só tem até DAS-4, mas a República tem. Então imaginem quantos entraram pela porta larga, sem concurso, como está na Bíblia, da facilidade. Pensem! Está acontecendo.

Queria o Presidente Luiz Inácio, nosso Presidente, todos nós queremos que ele tenha êxito. O que eu não queria é o terceiro mandato, que é contra a democracia; esta Casa é para salvaguardá-la.

Nós não somos Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai e nem Nicarágua. A nossa História é mais ligada à História grega, da democracia; a de Roma, em que se dizia: “O Senado e o povo de Roma”; a da França, onde nasceu a democracia com divisão de poder e alternância; e as democracias da Inglaterra e dos Estados Unidos, buscadas para nós por Rui Barbosa; essa é que é a nossa História, essa é que é a nossa cultura.

Então está aqui a realidade, e eu queria dar uma sugestão. O meu Partido... Existem muitos que só vão atrás de boquinha, só de lugar. Luiz Inácio, convide este rapaz: Raul Velloso, economista e especialista em contas públicas. Eu o conheço, é da minha cidade: Parnaíba do Piauí. O seu irmão mais velho, João Paulo dos Reis Velloso, com nove anos começou a trabalhar na fábrica de meu avô, abrindo as portas. Fez Caixeral, saiu, mania de primeiro lugar, Harvard, foi o melhor Ministro do Planejamento deste País, fez o primeiro e o segundo PND - Plano Nacional de Desenvolvimento - e, Mozarildo, deu um grande ensinamento, muito atual: nenhuma imoralidade, nenhuma indignação e nem corrupção. João Paulo dos Reis Velloso. Ele teve um irmão, Francisco, que também trabalhou na fábrica do meu avô, morreu num desastre. Antônio Augusto Velloso, terceiro irmão, que também trabalhou na fábrica de meu avô, foi do Banco Central e, hoje, é conselheiro desses bancos privados, uma inteligência. E este mais novo, que é mais ou menos da minha idade, Raul Velloso, de Harvard. Luiz Inácio, está aí uma pessoa boa, Vossa Excelência que não deu um Ministério para o Piauí, faça isso. Às vezes, tinha 10, 12, 16 Ministérios, Petrônio foi Ministro, Freitas Neto foi Ministro, Evandro Lins e Silva foi Ministro, está na hora de pegar um piauiense.

Esse jovem, Raul Velloso, é economista, especialista em conta pública. Olhe o que ele diz, olhe a seriedade: “Sinal amarelo foi aceso na política fiscal”. Correto, filho de carteiro com costureira, trabalhou na fábrica do meu avô. Atraídos, acreditando no saber, estudaram, mania de primeiro lugar. O irmão dele é o João Paulo dos Reis Velloso, Professor da Fundação, faz fóruns de desenvolvimento econômico. Esse é o irmão caçula dele. Então, Luiz Inácio, está aqui, não vá na conversa desses aloprados. Está aí, chame-o para ser Ministro. O sinal amarelo foi aceso na política fiscal, quer dizer, é o trânsito, não estamos mais em sinal verde. Ele disse que está no amarelo, e, depois é o... Essa é a realidade, essa é a verdade. Raul Velloso... A bandeira do Piauí, Geraldo Mesquita, é mais bonita do que a do Brasil, ela tem as mesmas cores, é o verde, a esperança, o ouro, o azul, o branco, só tem uma estrela, Luiz Inácio, e esta estrela é este jovem, Raul Velloso. Estou aqui.

Então, não vá nas ondas dos aloprados. Está aqui um brasileiro! Então, o especialista Raul Velloso recomenda conter os gastos correntes. Isso é o que dizíamos! E isso é o que o livro Reinventando o Governo, Ted Gaebler e David Osborne, feito por Bill Clinton, ensinava.

Ouço o Senador Geraldo Mesquita Júnior.

O Sr. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - AC) - Senador Mão Santa, é só para lembrar a todos nós aqui que V. Exª foi o primeiro a trazer aqui, revelar aqui, um fato que estava por detrás dos biombos: a alta remuneração dos Conselheiros e dos Diretores da Petrobras. V. Exª traz à luz a opinião de um piauiense que dedicou toda sua vida ao estudo da economia, da administração pública e que faz recomendações. Aliás, o Presidente Lula deveria ouvi-lo mais um pouquinho. V. Exª, por vezes, vem aqui, faz críticas ao Presidente Lula, mas todo mundo percebe que V. Exª gosta do Presidente Lula, que tem simpatia, que tem admiração por ele, que o deveria ouvir mais. Quando V. Exª traz aqui a informação de que... Tentaram, inclusive, desmentir, mas não se sustentou o desmentido, porque os próprios jornais noticiaram, já por dois dias, os altos salários da cúpula da Petrobras, de seus Conselheiros. O Presidente Lula deveria ouvi-lo... Por exemplo, além de reduzir o IPI, deveria baixar medidas no sentido de reduzir esses salários indecentes dos diretores da Petrobras. Para que isso? Isso é uma indecência. Depois, falam aqui sobre o que os Senadores recebem.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - A média de salário de um Diretor da Petrobras é R$80 mil.

O Sr. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - AC) - Olhem aí.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Quiseram até induzir o nosso Presidente Luiz Inácio: “Não. Passe para a Dilma que, depois, peço a Petrobras.” Quer dizer, isso é ridículo.

O Sr. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - AC) - Pois é. O Presidente deveria ouvi-lo, prestar atenção...

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Deveriam era baixar hoje a gasolina, o óleo diesel, o querosene, o gás butano.

O Sr. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - AC) - E baixar o salário desse povo. Seria uma boa contribuição para a contenção dos gastos públicos e das despesas correntes. Seria uma contribuição inestimável dos diretores, não só os da Petrobrás, mas de outras empresas mistas e públicas, nas quais, se levantarem o véu, descobrirão também um bocado de coisas, como essas que V. Exª revelou à Casa. Então, que o Presidente Lula ouça mais, preste atenção no que V. Exª diz. Seria uma medida saneadora o Presidente Lula determinar ao Conselho da Petrobras que reduza drasticamente o valor dos salários desse povo que está lá. Não sei o que fazem, porque tem quatro investigações em curso - Ministério Público, Polícia Federal, TCU e não sei mais quem - em cima da Petrobras. Então, era bom o Presidente Lula se acautelar e ver o que está acontecendo e, como medida saneadora, ouvir o Senador Mão Santa e determinar a redução dos salários desse povo, porque seria uma grande contribuição para o desenvolvimento do País.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Incorporamos todas as palavras de Geraldo Mesquita que, com a sua inteligência e a sua independência, tem enriquecido este Senado. Eu sempre digo que ele é o que mais se aproxima a Rui Barbosa, pela sua firmeza no Direito.

Neste momento levo aquilo que o estadista francês Clemenceau disse: não se pode ter neutralidade entre o crime e o Direito. Nós estamos do lado do Direito. Daí porque V. Exª ser sempre o meu conselheiro aqui nesta Casa.

Eu seria breve. O importante é não deixar relação dívida/PIB subir. Olhe, esse Fernando Henrique Cardoso foi um estadista. Não é do meu Partido, não. Eu nunca votei nele. Eu votei no Quércia. No outro ano, votei no vizinho, Ciro Gomes, de Sobral. Não votei nele, mas ele era um estadista. E vou dizer o porquê. Este País era uma zorra, era uma molecagem, ninguém sabia quanto devia. Ninguém sabia. Tinha uma tal de ARO - antecipação de receita orçamentária. O prefeito perdia as eleições, ia ao banco. Esses banqueiros, aproveitadores, emprestavam. Aí cada um tirava.

Aliás, quando Fernando Henrique acabou com isso, antes de chegar a ordem, tirei US$5 milhões para fazer uma ponte em Wall Ferraz - e a fiz em 87 dias. Eu disse a ele, tomando uísque. “Por que, Mão Santa?” Eu disse: “Olhe, Fernando Henrique, Cristo é seguido não pelos discursos bonitos dele, pelo Pai Nosso que é bonito, é porque Ele fez obras: cego ver, aleijado andar, limpou o corpo dos leprosos, tirou o demônio, multiplicou peixes, pães, vinho. Então, eu vou fazer logo uma obra para o povo acreditar que eu serei um bom governador”.

E fui o último a tirar, mas fiz; está lá. Fiz uma ponte em 87 dias. O Governo está tentando fazer em oito anos e não faz, no mesmo rio, uma ponte com esse dinheiro. Mas tinha. Eu fiz nessa intenção.

Então, eles viram a dívida, renegociaram a dívida e se pagou. Foi duro, mas estamos aqui para contar a história. Mas tinha uma relação: você só podia tirar 2 para 1. Em números, se o seu PIB, a sua riqueza, para facilitar, era de R$1 bilhão, você só podia dever R$2 bilhões. Disso o Malan não abria mão; mas, agora, o aloprado do Piauí, na semana passada, tirou R$600 milhões. Quer dizer, vão pagar.

Eu não estou mais querendo ser governador, mas se for o meu colega ali, o João Vicente, que está em campanha... Mas tirou agora, e dão irresponsavelmente. Antigamente, havia essa relação; acima disso não se tirava. Voltou a zorra.

E o que ele diz? “O importante é não deixar crescer a relação dívida/ PIB”. O alopradinho lá do Piauí, do PT, já quebrou aqui o elo que se mantinha. Era apertado, mas eu consegui fazer essa relação com o sacrifício do povo do Piauí.

“Como o senhor viu a evolução da despesa em maio? O lado ruim é que o gasto corrente também cresce muito, com 15,8% para despesas de pessoal e 11,3% para a Previdência”. Quer dizer, cresceu 15,8% para pessoal. Só gente, só aloprado sendo nomeado, dando despesa permanente.

Esse é o economista puro.

            O gasto corrente é ruim, porque, mesmo criando demanda, ele não traz confiança aos investidores privados, que sabem que não dá para fazer retomada consistente do crescimento econômico com base, principalmente, em crescimento de caixa corrente público.

Ele denunciou, ele prova os números, que está aumentando o gasto com pessoal; aloprados, cabos eleitorais, aloprados criminosos da Petrobras. Tem gente ganhando R$80 mil por mês, e uma Conselheira, a mesma coisa, porque são 10%, mas só se reúne de quatro em quatro meses. Então, são oito, oito, oito e oito. Alopradas ganham, para dar uma assinatura numa reunião, R$32 mil. Vão de quatro em quatro meses. Então, Luiz Inácio, eles o estão enganando!

E aqui diz: “E evitar o aumento tão rápido dos gastos correntes. O Governo deveria suspender tudo que é aumento de pessoal que pode ser supérfluo”.

Isso é a verdade. Cristo dizia: de verdade em verdade, Eu vos digo. E eu lembraria ao Luiz Inácio que eu fui ao México. O México é bom porque o Palácio é na praça. Mozarildo, já foi lá? (Pausa.) Já foi, mas não entrou no Palácio. Marina, foi ao México? (Pausa.)

Na praça, quando a gente entra... Eu entrei, tem uma pintura daquele pintor célebre, e eu vi uma frase, General Oregon. Presidente Luiz Inácio, quando Vossa Excelência for com a encantadora Primeira Dama, Marisa - eu vi umas fotos da pirâmide -, dê uma entrada ali, tem uma frase, General Oregon: eu prefiro o adversário que me leva a verdade àquele aliado aloprado que me mente e me engana.

Estão enganando-o, Luiz Inácio. Busque a verdade no economista Raul Velloso, do Piauí.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/06/2009 - Página 27777