Discurso durante a 110ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Voto de pesar pelo falecimento do Deputado Federal e médico José Aristodemo Pinotti.

Autor
Romeu Tuma (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Voto de pesar pelo falecimento do Deputado Federal e médico José Aristodemo Pinotti.
Publicação
Publicação no DSF de 02/07/2009 - Página 28929
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MEDICO, DEPUTADO FEDERAL, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), LICENCIAMENTO, EXERCICIO, CARGO PUBLICO, SECRETARIO ESPECIAL, MULHER, PREFEITURA, MUNICIPIO, SÃO PAULO (SP), ELOGIO, COMPETENCIA, CAPACIDADE, TRABALHO, MEDICINA, EDUCAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, POLITICA, MANIFESTAÇÃO, PESAMES, FAMILIA.

            O SR. ROMEU TUMA (PTB - SP. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente José Sarney, Senador Mão Santa, Srªs e Srs. Senadores, vários oradores - até tive o cuidado de anotar um por um - se manifestaram em homenagem ao Professor José Aristodemo Pinotti, ilustre Deputado Federal licenciado para exercer o cargo de Secretário Especial da Mulher da Prefeitura Municipal de São Paulo.

            Presidente Sarney, sei que V. Exª veio hoje abrir a sessão, às 14h, em razão dos fortes laços de amizade e respeito que V. Exª tinha pelo Prof. José Aristodemo Pinotti. Tenho certeza absoluta, pelo que sei, pelo conhecimento, pela vivência com o Prof. Pinotti, que o mesmo ele sentia por V. Exª. Em todos os momentos em que nós tivemos oportunidade de conversar, quer no campo político, quer no campo pessoal ou profissional, referências elogiosas ele sempre fez a V. Exª. E com justiça, porque V. Exª sempre soube ter a dignidade do cargo que exerce e o respeito às amizades que cultua com todo carinho. Eu me sinto feliz por me julgar um amigo de V. Exª.

            O Senador Mão Santa fez um histórico do currículo do Prof. Pinotti, assim como o Senador Marco Maciel, que, ao abrir esta sessão, teve a cautela de ler todo o currículo do Professor.

            Nós estivemos juntos no PFL e, posteriormente, no atual DEM, e ele sempre foi uma pessoa respeitada politicamente e admirada. Aceitávamos todos os seus conselhos na direção política. Desde que o então Governador Orestes Quércia o nomeou Secretário de Saúde ao tempo em que era Governador de São Paulo. Seguiram-se Mário Covas, o atual Governador José Serra, Geraldo Alckmin e o Prefeito Kassab, que sempre confiaram na capacidade e na competência do Prof. Pinotti não só na área médica, mas também na área administrativa e, principalmente, na área de educação, em que ele teve um papel bastante importante.

            Eu aqui sentia dele um grande amor pelo Hospital Pérola Byington. Até quanto foi afastado, houve uma tristeza enorme manifesta por ele, Senador Mão Santa. E hoje descobri, no levantamento feito sobre a sua vida, por que ele tinha tanto amor ao Pérola Byington, hospital de São Paulo especializado na saúde da mulher: porque lá ele fez a residência e deu os primeiros passos na especialização em ginecologia. Então, ele criou esse amor, até que chegou a diretor do hospital, onde iniciou, praticamente, a sua vida profissional. Eu fiquei sensibilizado, porque ele sempre falava do Hospital Pérola Byington. Quando saiu do hospital, ele sentiu um baque muito grande de tristeza por se afastar de um hospital onde praticamente construiu sua vida profissional de especialização em câncer, principalmente de assistência à mulher.

            No ano passado, Presidente Sarney, Senador Mão Santa, eu tive uma funcionária meio desesperada, porque foi descoberto um nódulo cancerígeno, e ela me pediu que a ajudasse a encontrar um caminho. O que eu fiz? Imediatamente, liguei ao Prof. Pinotti. Ele não perguntou nada, absolutamente nada. Nem quis saber quem era: “Tuma, bota ela no avião e manda para cá. Vou vê-la agora, e vamos decidir”. E, então, fez o tratamento. Até hoje, ela estava se tratando com ele, quando ele teve de internar-se para tratar do próprio câncer; e seus assistentes continuaram o tratamento com sucesso absoluto.

            Tantas pessoas do nosso conhecimento e desta Casa mesmo, esposas de Senadores e Senadoras, foram tratadas por ele. O Senador Arthur Virgílio disse que ele é o médico da sua esposa. Então, ele sempre teve uma dedicação muito forte às suas clientes com o tratamento, podendo ou não ressarci-lo pelo que merecesse seu trabalho. Ele tinha uma humildade e um carinho muito grande, espiritualmente perfeito, para cuidar das pessoas.

            Deus, quando dá a virtude a alguém de ser médico, Senador - por isso, gosto de ser seu amigo -, é a imitação de Cristo permanente. Tenho um filho que também cuida de oncologia, de câncer neurológico, e era muito ligado ao Prof. Pinotti, não por amizade de profissão, mas pela admiração e pelos conselhos que recebia na profissão.

            Então, realmente fiz um requerimento na parte da manhã. A Drª Cláudia ajudou, inclusive, a fazer algumas modificações em razão da necessidade de suspender a sessão, para que se fizessem apenas as homenagens ao Dr. Pinotti.

            Eu queria, Presidente Sarney, que ficasse registrado meu pedido de condolências à família, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus netos e a todos aqueles a quem ele se ligou durante sua vida profissional e sua vida político-partidária.

            Agradeço a V. Exª e, com muita tristeza, deixo esta tribuna.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/07/2009 - Página 28929