Discurso durante a 118ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Enumeração de 21 importantes obras inacabadas no Estado do Piauí, contrastando com a propaganda governamental, ao ensejo da visita da Ministra Dilma Roussef, ontem, ao Estado.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Enumeração de 21 importantes obras inacabadas no Estado do Piauí, contrastando com a propaganda governamental, ao ensejo da visita da Ministra Dilma Roussef, ontem, ao Estado.
Publicação
Publicação no DSF de 11/07/2009 - Página 31977
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • REGISTRO, VISITA, ESTADO DO PIAUI (PI), MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL, MANIPULAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, ANUNCIO, OBRAS, ANTECIPAÇÃO, CAMPANHA ELEITORAL.
  • DETALHAMENTO, OBRA PUBLICA, AUSENCIA, CONCLUSÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), REITERAÇÃO, REIVINDICAÇÃO, PROVIDENCIA, BENEFICIO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Geraldo Mesquita, que preside esta reunião de sexta-feira - nunca antes o Senado da República se reuniu às sextas-feiras. Aqui, nós, Senadores, falamos para o Brasil, para os brasileiros e brasileiras; fazemos denúncias e mostramos as necessidades do povo. Senadores presentes, brasileiras e brasileiros que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, o Senador Geraldo Mesquita mostrou suas preocupações com a agricultura no seu Estado e a falta de modernização, denunciando a falta de ação do Governo há dez anos em relação aos trabalhadores. Estamos a menos tempo, mas sei o que é isso.

            O Piauí, ontem, recebeu a visita da Ministra, candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, e de alguns outros Ministros.

            Agora, entendo, Senador Geraldo Mesquita, quando, ali, sofri agressões do mundo ao abrir o livro Mein Kampf - Minha Vida -, de Hitler, e fui aperteado por Jefferson Péres, que está no céu. Até no nome, o partido de Hitler tem “trabalhador” no meio. E eu mostrava as semelhanças. Eles tinham, vamos dizer, uma filosofia: uma mentira repetida se torna verdade. Foi isso que fez Hitler forte. Deu no que deu! Deu no que deu! Hoje, estamos advertidos para isso. E eu adverti ali. O livro dizia... Aliás, quero até que o Corregedor me devolva, o Romeu Tuma. Mostrei que eu tinha lido o livro. Era o livro que dizia que o Hitler tinha o que chamamos, agora, de militante, cabo eleitoral - eles vão na frente -, e ele chamava de galinha cacarejadora. Aí, eu disse que estava havendo muito cacarejo da Ministra. Olha, galinha e tal, e foi confusão muita! O Eduardo Suplicy disse que eu tinha que tirar a expressão “galinha”, ou que pelo menos mudasse para “galo”. Eu disse: “Galo não põe ovo! Como é que vai ficar isso na história do Senado?. Não dá, porque a galinha é que cacareja”. Então, era o autor do livro.

            Agora, eu vi, ela foi ao Piauí fazer isto: cacarejar. Obras.

            Primeiro, João Pedro, com todo respeito, e não vou negar a liderança do Presidente Luiz Inácio. Não precisa o McCain nos ensinar, ao dizer: “Barack Obama é nosso Presidente”. Luiz Inácio é nosso Presidente. Mas é um retrocesso.

            Nosso modelo democrático, queiramos ou não, foi trazido por este homem aí. Este homem foi perseguido, Rui Barbosa, pelo Marechal de Ferro, Floriano, e teve que se exilar. Saiu, correu, escondeu-se na Argentina e, depois, foi morar na Inglaterra. Lá, ele viveu. Lá, ele, que já dominava o francês, dominou o inglês. Depois, ele teve sorte: acabou o governo do Marechal, e ele pôde voltar. O Marechal era durão, muito mais do que o Médici, o Marechal de Ferro. Perseguiu-o, e ele não quis nem mais terminar o mandato, mas insistiram. Aí, já havia mudado. Havia outro Presidente: Prudente de Morais. E, inspirados pelo Barão do Rio Branco e por Joaquim Nabuco, pediram-no que nos representasse em Haia. Daí ele estar aí.

            Então, Geraldo Mesquita, temos a democracia da Inglaterra e a do seu filhote, os Estados Unidos. É esta a nossa democracia: começou na Grécia, foi melhorada em Roma, passou para a França, onde nasceu a democracia. E esse é o nosso modelo, tanto é que a Inglaterra é bicameral. Lá, eles chamam o Senado de Casa dos Lordes; e a Câmara, de Casa dos Comuns. Nos Estados Unidos, o sistema é igual ao nosso.

            Então, ela sai aí... Acho que isso é um retrocesso do Luiz Inácio, e estamos aqui é para ensinar. O Senado só tem essa razão de ser. Os pais da Pátria - hoje, está melhorado: é pai e mãe, porque há Senadoras brilhantes!

            Dom Pedro II, culto, ficava na antessala; deixava o cetro e a coroa e ficava aqui ouvindo, para aprender. E assim se procede, mas o Luiz Inácio...

            Então, eu queria dizer o seguinte: o Piauí, que represento... É muito cacarejar. Foi lá e lançou a candidata. Primeiro retrocesso de Luiz Inácio. Nosso modelo é inglês e americano. Como surgiu Barack Obama? O partido abriu-se, aproximou-se do povo, o que Ulysses Guimarães nos ensinou: “Ouça a voz rouca das ruas”. Então, Barack Obama surgiu; foi o povo que o fez Presidente. A candidata do bolso, dos donos do partido era Hillary Clinton. Era essa a verdade, mas, nas primárias, o povo vai vendo aquele jovem bem formado, formado em Ciência Política - Fernando Henrique Cardoso -, formado em Direito - é um Rui Barbosa, um Geraldo Mesquita -, então deu Barack Obama para todos nós.

            O Luiz Inácio não vê nem isso! Está certo que ele mesmo disse: “Dá uma canseira ler uma página! É melhor fazer uma hora de esteira”. Foi o que ele disse, e eu respeito; ele gosta de fazer esteira. O Barack está bem aí.

            O que ele fez? Vejam o retrocesso: tirou uma candidata do bolso, que ninguém sabe, ninguém conhecia, até o episódio do cacarejamento. Tirou do bolso. Por que ele não aproximou o Partido dos Trabalhadores do trabalhador e do povo? Aí, podia dar um Paim, podia dar um Delcídio Amaral, um João Pedro, um Tarso Genro. O partido tem mais joio do que trigo, mas tem uns trigos, que citei. Tirou do bolso. Então, é um retrocesso.

            E ela foi lá! Esse negócio de lançar campanha... E adentra João Durval. Satisfação do cumprimento da missão. Um homem que ama, com Ieda, dá os bons frutos. O filho dele é o extraordinário João Henrique.

            Mas, atente bem V. Exª, que foi prefeitinho, que foi extraordinário Governador e Senador: esse negócio de cacarejar obra... Jornais, imprensa, o diabo! Tem 21! Por que botei 21? Botei 21 porque estamos no século XXI. Mas há centenas de obras inacabadas no Piauí. Federais! E vou citá-las.

            Aí, vai lá e lança um bocado de PAC! PAC, hoje, caiu no ridículo! PAC: “Programa de Aumento do Currículo da Candidata”. Já começou escrevendo a mais vergonhosa história. Ela aumentou o currículo. Ela diz que é doutora, que é mestrada, e as universidades disseram que é tudo mentira! É feio, é feio, é feio, é feio! PAC, hoje significa “Programa de Aumento de Currículo”. Eu, não! Sou médico-cirurgião e tenho todos os cursos imagináveis de cirurgia, e Deus me permitiu ainda passar pelos cursos da Fundação Getúlio Vargas e ter curso de Gestão Pública. Daí eu apresentar-me como Senador, igualando-me a Geraldo Mesquita, a João Durval, a João Pedro, a esses luminares!

            Vinte e uma obras inacabadas, que pincei rapidamente. Foi feito ali, enquanto os oradores estavam falando. Vinte! Tem 100! Mas é 21? Por que botou 21? Ferro Costa, grande jornalista e psicólogo, por que 21? Porque nós estamos no século XXI.

            Começa: Porto de Luís Correia - eu coloquei 21 porque é secular -, foi começado por Epitácio Pessoa. Em 1918, já tinha engenheiros descrevendo. Ela mandou um Ministro aqui... Um Ministro! João Pedro, começou dizendo que o Piauí tinha 58 quilômetros. Eu fique calado. Aí, quando ele disse que essa obra tinha 30 anos... Eu ouvi Getúlio, em agosto de 1950, dizendo que ia concluí-la, eu ouvi Joaquim Ferreira Pinto, Senador em 1954, já em cima das pedras lá lançadas. Então, está aqui o Porto de Luís Correia. Por que não terminam? Eu botei as minhas emendas.

           Estrada de Ferro Central do Piauí. O Alberto Silva... É interessante a história. Ele disse que ia ser Senador e eu disse: “Estou com você. Estou com você”. Esse João Vicente Claudino é gente boa, é um empresário. Veio atrás de mim e eu disse: “Não, rapaz, eu lamento, mas eu vou votar no velhinho”. E quando eu vi, o meu partido foi todo para o PT e eu fiquei só. E eles se ofendem, lá, estão todos ofendidos, ofendidos, dizendo que é infidelidade, porque eu disse que o João Vicente Claudino tem perspectiva invejável na política do Piauí. Ele foi meu Secretário de Indústria e Comércio, levou 200 indústrias para lá, a fábrica de cimento, a fábrica de bicicletas, a Bunge, 27 castanhas. É zeloso com a coisa pública. Eu sou fiel, estou reconhecendo a verdade, e o Alberto foi porque eles prometeram, e eu ouvi prometendo, na campanha, Luiz Inácio, o Governador e o Prefeito do PT de lá. “Sessenta dias, estamos em Luís Correia”. É a praia, 15 quilômetros. Quatro meses, em Teresina.” Já vai fazer quatro anos e os mentirosos, os aloprados não tocaram num dormente. O dormente é aquele pau que segura o ferro. Duas obras.

            A Universidade do Delta, aprovada aqui e tudo. Paulo Renato. Na minha cidade, tem um campus avançado, toda a estrutura física feita pelo João Paulo dos Reis Velloso, aprovado. Ali, Paulo Renato, ex-Ministro. Aqui, no Senado, o Relator foi o nosso Alvaro Dias. Passou aqui, passou na Câmara, e nada.

            Ponte de Luzilândia, parada.

            Aeroporto de Parnaíba, internacional. Olha, na minha cidade, eles mentem. Aquilo foi construído pelo Governo revolucionário. Eu estava lá na inauguração. Eram João Paulo dos Reis Velloso, filho da terra, Dirceu Mendes Arcoverde. Agora, não tem... V. Exª foi de carro lá, porque não tem avião. Eu teria comprado uma passagem para o amigo chegar com a encantadora esposa. Não tem nem teco-teco. Só na mídia, nas páginas, aeroporto internacional.

            Fábrica de leite em pó. Isso é um projeto antigo. Eu continuei aqui, não é? No Ministério do Interior, na Funasa e tudo. Botamos recursos para lá. Da bacia leiteira do norte, da indústria delta, fábrica de leite em pó. Nada.

            Gasoduto. Este aqui é vergonhoso. Eu, quando governava o Piauí, gasoduto... Aí, veio o projeto, foi feito. Vamos ligar as duas capitais. Está ouvindo, Geraldo Mesquita? Olha a vergonha! Fortaleza e São Luís. Eu digo: “Ótimo, a reta é a menor distância”. Passava por Parnaíba, e de Parnaíba eu via as escavações por Teresina. Acabaram tudo.

            Eu criei a Gaspisa. O primeiro presidente foi o meu segundo suplente, Severo Eulálio, cujo nome é o mesmo do Deputado Severo Eulálio, que foi dos autênticos do PMDB, um dos melhores políticos. Olha, hoje, é o Xavier Neto, Deputado que indicou... E ele disse que tem gravação, que tem um DVD e que a Ministra é contra o Piauí, a Ministra não deu um passo, a Ministra foi contra, disse que o Piauí é pobre. E a Ministra foi lá. Deputado Xavier Neto, Presidente do PR. Ele foi Secretário de Segurança de Alberto Silva. Esse PR é um importante Partido. Disse: “Eu estou com o DVD. A gente não pode apresentar aqui, mas, para quem quiser, está no meu gabinete”. O Deputado disse que essa Ministra é inimiga do Piauí, que ela acabou com todo o programa e com o gasoduto que se fez. O Deputado, Presidente do PR, é formado em Farmácia, em Direito, é bravo, é líder da cidade de Regeneração e o seu partido é muito forte. Em Parnaíba, tem um Vereador, Gerivaldo, meu amigo. Gasoduto. Ele acusa, o Deputado Xavier Neto, que a Ministra é inimiga do Piauí.

            Indenização dos prejuízos do arrombamento. Aí, tem vários e-mails. O Governo enganou o povo, não indenizou nada, só mentira.

            No rio Pirangi, reconstrução do açude. Não está lá? Tem de ter. Está tudo parado.

            Aftosa. Esta aqui é uma vergonha. Isto é uma vergonha! Ô Boris Casoy, isto é uma vergonha! Lá, tem o Deoclécio Dantas, que diz: “Isso é uma lástima”. Olha, risco desconhecido. Risco desconhecido! Vergonha, sem-vergonhice conhecida, porque é isso. Olha o que acarreta isso: a situação do boi do Piauí... O boi, hoje, custa R$780,00, comercializando. O de lá custa R$250,00 porque não pode ser comercializado em nenhum Estado vizinho. E a mesma coisa é com o bode, com o carneiro. É o diabo. Então, isto é uma vergonha, Ministro: aftosa, risco desconhecido.

            Hospital universitário. Olha, todo Estado tem. Fizeram um ambulatório. Nada do hospital. Todos os Estados têm. Tinha uma Vereadora, Trindade, que morreu, já, por derrame, talvez porque era do PT e não conseguia explicar como ela lutava comigo por esse hospital universitário.

            Metrô de Teresina, iniciado por Alberto. É um de superfície. O trem, paradão, só confusão.

            Modernização do aeroporto de Teresina. Aí, tem um e-mail dizendo que Congonhas tem um burro... Lá está cheio de urubus. O Heráclito disse que devia mudar o local, fazer outro, Anac e tudo, mas o aeroporto está do jeito que os militares entregaram. Só eu, no meu Governo, gastei naquele tempo R$800 mil, que me pediram para baixar a torre de controle. Não fizeram nada. Só demagogia. Os militares entregaram aqueles aeroportos que tem no Brasil todo, o caixão, mas a torre de controle fui eu, o Governador do Estado.

            ZPE, Sarney! Tivemos que já prorrogar por duas vezes. Não tem nada, não tem terreno, não tem nada, só demagogia. Foi liberada pelo Sarney quando Presidente. Já caducou duas vezes. Uma, eu aqui, por desencargo de consciência, ampliei e, agora, pedi ao Francisco Dornelles. Não tem! Só tem mentira! Eu ampliei agora. Era o Francisco Dornelles o responsável, o Relator, e eu pedi, pelo amor de Deus, pelo amor do piauiense, pelo menos para ampliar o prazo. Mas foi uma das primeiras. O Presidente Sarney foi Presidente de 85 a 90. Quase 20 anos, e nada!

            Ponte de Santa Filomena, no sul do Estado. O Heráclito injetou um bocado de recursos, como eu injetei um bocado de recursos no Porto de Luís Correia.

            Transcerrado. Eu fui agora. O Piauí mudou. No sul, eles chamam até de “piúcho” o gaúcho que nasce no Sul. Em um dia só, eu fixei 300 famílias numa colônia, Nova Santa Rosa. Hoje, há tanto gaúcho, tanto paranaense e pessoas de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul que moraram... Eu estive, agora, lá. O Prefeito - aí, vão querer me expulsar do partido - é do partido do João Vicente. Ele me mandou, e o caro é simpático. Ô Prefeito simpático. Eles ficam doidos. É doutor, é médico, Alcindo Benvindo. Aí, eles ficavam gritando, lá, e eu autografando aquele livro. Dei quase 500. E diziam: “Só tem dois homens...” Aí, eles estão tudo... Que eu estou traindo..... Nada. Não estou traindo nada. Eu nunca traí nem a Adalgisa. Eu sou fiel ao PMDB. Eu defendo a candidatura própria.

            Eu defendo que o PMDB vá na cabeça e a Dilma seja o nosso rabo. É!

O Michel Temer é um candidato; o Requião bom; o Geraldo Mesquita; eu. Ela fica atrás, nossa vice. Não tem o nosso currículo, não tem a nossa credibilidade, não tem a nossa história. Está aí o Michel Temer. Leve este partido às primárias. Isso, Michel Temer! Ó Michel Temer! Ó Michel Temer! Faça. Está aí o bravo. Leve, leve. Eu estarei lá na primária. Comece as primárias! São Paulo, seu Estado! Não é verdade? Por que nós... Ela dá, a gente aceita que indicasse o PT, e tem outros, né? Se fossem escolher, escolheriam um Paim, um Delcídio, um João Pedro, mas...

            A Transcerrado, a que liga o cerrado, os gaúchos me pediram. Não tem nada, é um atoleiro. Eles mesmos é que a fazem.

            Décima oitava obra parada, e cacarejando lá novas obras: Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato. Teve uma reunião, para ver a infraestrutura, o coronel, a encantadora Solange, uma mulher muito bonita, e outras autoridades do sistema. Eles disseram que lá é aeródromo; aeródromo. Não é nem aeroporto ainda. Não tem as condições. Eles disseram que é um aeródromo. Aeródromo é uma pista só, mas não tem anexo às casas de passageiro. Quer dizer, os passageiros internacionais vão atender na moita, hein? Fazer coco e xixi na moita. Isso é um deboche. Isso é um deboche, hein? Ela assim o classificou como não sendo aeroporto não!”. É, não tem nada. E dizer que isso é internacional!

            Aí, vamos dizer o seguinte: o Governador... O que nós queríamos mesmo era uma refinaria de petróleo lá em Paulistana. Tem esse projeto. Ó João Durval, a Petrobras tem esse projeto. Parece loucura? Não. É correto. Tem na Petrobras um projeto, eu o vi: refinaria em Paulistana! “Não, não tem.” Justamente. Paulistana é o sul do Piauí - olha o mapa na cabeça, nós que estudamos -, portanto, equidistante de todas as capitais: Boa Vista, Macapá, Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Aracaju e Salvador. Então, a refinaria, em que o maior déficit é no Norte e no Nordeste, foi para Manaus. Aí, dizem: “É mais cara”. É mais cara! É mais cara, Luiz Inácio. É mais cara. Ó aloprados, Brasília foi mais caro. Podia ter sido Goiânia, não podia ter sido a capital? Anápolis. Não era no centro? Brasília foi mais caro. Mas ela que integrou. Hoje, o Brasil é Brasil. O Brasil só era Rio de Janeiro e São Paulo. Ou não é, João Durval? Bahia, porque Dom João VI errou o caminho, não foi pro Rio de Janeiro e acabou lá. Passou um bocado, porque o Brasil começou em 1808. Esta é a verdade. Quando fugido, Dom João VI trouxe a estrutura partidária. Antes, o progresso era muito lento.

            Mas ele errou o caminho, a mulher foi lá, caiu no rio, e ele deu uma passada e deu uma sacudidela, não é? Então, é essa a verdade: Brasília foi mais cara. Então é isso, Luiz Inácio. Eu acredito que Paulistana, como refinaria, seria mais cara, mas integrava, centralizava, porque é equidistante de todas as capitais. Tem um projeto na Petrobras. Esse é de quem tem visão de futuro. Mas os aloprados do Piauí não são míopes, não, eles são é cegos! Eles são é cegos! Agora, eles são danados é para saberem onde está o dinheiro público. Aí eles têm uma visão danada. Então, essa daí é a décima nona.

            A vigésima. O Governador dizia: “Vou fazer cinco hidroelétricas”. Cinco! Foi por isso que eu me afastei quando ele disse isso. Ele disse isso lá numa cidade chamada São José do Peixe, do Valdemar, que é Presidente; do PPS. Estava lá, do meu lado, o Deputado Federal Marcelo Castro. “Vou construir cinco hidroelétricas”. Quando ele disse aquilo, eu perdi a esperança. Cinco hidroelétricas! O Piauí tem a metade de uma, pois falta a eclusa. Está incompleta. Por que é que ele não terminou a que tinha? Aí ele dava navegabilidade.

            E a vigésima primeira: a Transnordestina de que falam pode estar por aí - eu não sei, talvez no Ceará -, mas no Piauí nunca fizeram nada.

            Eu apenas botei 21 obras porque estamos no século XXI, e essas obras eu tenho medo de que fiquem seculares, como a do Porto Luís Correia.

            Então, Presidente Luiz Inácio, eu venho aqui e abro o Livro de Deus: “Pedi e dar-se-vos-á”. Venho pedir que Vossa Excelência, ao invés de mandar alguém cacarejar as obras que vão fazer, termine as obras inacabadas do Governo Federal no nosso Estado, o Piauí. Está escrito: “Pedi e dar-se-vos-á”.

            Em nome do povo do Piauí, que sempre o prestigiou, Presidente Luiz Inácio, que sempre acreditou em Vossa Excelência, que, mesmo perdendo, teve extraordinárias votações no Piauí.

            Então, como representante do Piauí, com a visão de futuro dos homens do Piauí, isso é o que reivindicamos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/07/2009 - Página 31977