Fala da Presidência durante a 119ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Leitura da manifestação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de solidariedade à Fundação José Sarney pela importância da organização da biblioteca presidencial.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
POLITICA CULTURAL.:
  • Leitura da manifestação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de solidariedade à Fundação José Sarney pela importância da organização da biblioteca presidencial.
Publicação
Publicação no DSF de 14/07/2009 - Página 32012
Assunto
Outros > POLITICA CULTURAL.
Indexação
  • LEITURA, CORRESPONDENCIA, AUTORIA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELOGIO, JOSE SARNEY, SENADOR, CRIAÇÃO, FUNDAÇÃO, ORGANIZAÇÃO, BIBLIOTECA, DOCUMENTAÇÃO, IMPORTANCIA, PRESERVAÇÃO, MEMORIA NACIONAL, PERIODO, EXERCICIO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, POSSIBILIDADE, ACESSO, ESTUDO, HISTORIA, PATRIMONIO PUBLICO.

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - V. Exª será atendido na forma do Regimento.

            Esse foi o Senador Mozarildo Cavalcanti, que representa o PTB e o Estado de Roraima, advertindo o Governo, o Poder Executivo, através do Presidente Luiz Inácio, dos gastos sem prioridade. O exemplo que S. Exª citou foi uma desnecessária reforma no Palácio do Governo, que daria para fazer milhares de casas populares, bem como a precariedade do sistema de saúde do Brasil.

            Há uma correspondência que chegou à Mesa da Secretaria que dirijo. É a manifestação do Presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a Fundação José Sarney. Fernando Henrique Cardoso, sem dúvida nenhuma, é um estadista deste País, um homem acreditado pelo seu saber em todo o mundo.

            Diz S. Exª:

“Um País e uma Nação se formam com muitos elementos. Um deles é a memória, é saber o que aconteceu. Nesse sentido, as bibliotecas presidenciais são fundamentais e eu ‘acho’ que o que aconteceu no caso do Brasil, feito pelo Presidente Sarney, foi muito importante. Talvez foi ele o primeiro Presidente que tenha juntado seu material e tenha preservado a memória do seu Governo. Memória não é para fazer auto-elogio. Memória é para que os outros, depois, possam estudar, possam ver o que aconteceu, para que realmente se recupere uma dimensão que é importante na formação do País e que permite uma visão mais adequada, até mesmo uma expectativa de futuro.

Não foram muitos os Presidentes que guardaram documentos, e menos ainda os que fizeram disso alguma coisa acessível demais. Aí, no Convento das Mercês, foi o que aconteceu. Eu acho muito importante, porque eu visitei, eu conheço a Biblioteca do Presidente Sarney. Agora estou tentando organizar uma biblioteca presidencial aqui em São Paulo.

Outros Presidentes deixaram seus documentos aos cuidados de outras instituições. Eu acho que é muito importante que haja essa preservação. Eu visitei algumas bibliotecas presidenciais e mandei uma assessora minha visitar muitas bibliotecas no mundo afora. É algo que é difícil fazer e quando é feito deve ser aplaudido, deve ser mantido e deve ser preservado.

Gostaria de dar minha palavra não apenas de solidariedade ao Presidente Sarney, mas, mais do que isso, da importância para o Brasil da memória dos Presidentes, e nesse caso, especificamente, da biblioteca e da fundação que o Presidente Sarney organizou e que hoje é patrimônio nacional e deve ser preservada.”

            Essas são as palavras e a manifestação do Presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a Fundação José Sarney.

            Há oradores inscritos.

            O orador seguinte é o Senador Geraldo Mesquita, mas S. Exª cedeu para o Senador Papaléo Paes.

            Estas sessões de segunda-feira são para que os Senadores da República manifestem suas teses e os reclamos da população ao País. E aqui, não tendo nada a votar nas segundas-feiras, S. Exªs podem defender suas teses com maior tempo. É necessário dizer que Rui Barbosa fez discurso, neste Plenário, de quatro horas. Ali ele está, como patrono. E eu recebi um e-mail dizendo - está vendo, Mozarildo, como é positiva a TV e a Rádio Senado? - que Carlos Lacerda fez um de seis horas. E eu informaria que Paulo Brossard era useiro em discursar por três horas, e talvez tenha sido tão importante, que S. Exª foi um dos ícones da derrocada do poder ditatorial no Brasil.

            Convidamos Papaléo Paes para usar da palavra pelo tempo que achar conveniente. Papaléo Paes representa o Amapá. S. Exª representa também a classe médica. E pela admiração no exercício da sua profissão, o povo o fez prefeito e, de prefeito, satisfeito com a sua administração, mandou representá-lo aqui, com a grandeza dele e do Estado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/07/2009 - Página 32012