O SR. ROMEU TUMA (PTB - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mário Couto, Senador Jefferson, eu ouvi com atenção os discursos de V. Exªs e perguntei à Secretaria da Mesa, agora, Presidente Mão Santa, uma vez que há uma pilha de projetos sobre a mesa, na expectativa de serem votados...

            Senador Jefferson Praia, eles me disseram que provavelmente não haverá votação porque não houve acordo. Eu não vou entrar no mérito das discussões, das acusações e de todas as digladiações que estão acontecendo neste plenário, apesar de estar acompanhando de perto. Por ser Corregedor, qualquer manifestação minha será suspeita, poderá ser levantada sob suspeita amanhã. Mas não tenho deixado de acompanhar, quer pelos noticiários quer pelos depoimentos - peço as notas taquigráficas -, para que, se necessário, a Corregedoria, dentro do que determina o Regimento Interno, venha a fazer qualquer investigação preliminar, em colaboração ao Conselho de Ética. Estarei pronto para fazê-lo.

            Mas tem uma coisa que me amargura, Senador Jefferson Praia, Senador Pedro, Senador Tião Viana, Senador Tasso Jereissati: nós estamos perdendo uma coisa que é a dignidade que cada um de nós tem, que é o próprio nome, é a sua história.

            Infelizmente, nós somos Senadores com adjetivos. Nós não podemos deixar que a indignidade possa ferir o princípio da história de cada um de nós.

            Senador Mário, V. Exª tem usado da tribuna com um vigor imenso. Comprei até o tambor que eu prometi para V. Exª. Está lá em casa. Eu vou trazer esta semana. Porque, de vez em quando, tem que dar um murro na mesa, como V. Exª faz mesmo.

            Eu não quero entrar o mérito de acusações e defesas, porque eu já disse que não poderia fazê-lo, mas nós temos de nos acautelar. Essa guerra de palavras e guerra de papel poderá trazer, sem dúvida nenhuma, uma intranquilidade imensa, que já vem trazendo a este Plenário.

            O direito à defesa é um princípio inerente ao Direito, ao ordenamento jurídico brasileiro. Cada um de nós, se acusado, tem o direito de se defender. Não poderá ser julgado sem o amplo direito de defesa. E, para isso, há o fórum competente, o Conselho de Ética.

            Então, vamos tirar daqui, de dentro deste plenário, essa discussão, para levarmos a cabo as discussões que se fazem presentes lá. Ou a própria Presidência da CPI que tão bem hoje o Presidente, Senador Pedro abriu, sem nenhuma discussão que pudesse ferir o andamento jurídico e respeitoso do Regimento da Casa dentro da CPI, já com um programa preestabelecido pelo Relator, deverá trazer, sem dúvida nenhuma, os esclarecimentos que são oriundos das dúvidas dos Srs. Senadores sobre esse assunto.

            Então, o apelo que faço, como bem disse Mão Santa: Deus nos ajude a vencer este momento, e que cada um possa manter a sua história de vida, a sua dignidade e o porquê chegaram a esta Casa como representantes de boa camada do povo.

            É isso.

            Pedi cinco minutos para falar sobre um acontecimento importante em Minas Gerais, Belo Horizonte, presidido pelo Governador de Minas Gerais que realizou anteontem, na segunda-feira, congresso internacional sobre o aquecimento global. Foi tão brilhante que foi presidido praticamente pelo Governador Aécio, mas esteve presente um senhor que foi agraciado com o Prêmio Nobel sobre o meio ambiente e que fez algumas referências sobre a importância de o Brasil participar ativamente desse segmento de proteção do meio ambiente contra o aquecimento central.

            Diz o Senador...

            Não consegui captar bem as referências em inglês que foram feitas pelos presentes em razão de o sistema de som não funcionar naquele momento, mas nós entendemos que é uma luta dinâmica. Inclusive o Primeiro-Ministro do Japão, através de sua embaixada, me mandou um ofício em que fez um quadro da evolução da diminuição de gases poluentes que o Japão tem emitido, e já graduaram até 2020 a diminuição, provavelmente, fazendo com que melhore o meio ambiente.

            V. Exª é médico e sabe que, se nós não protegermos o meio ambiente, é crime contra a natureza e crime contra a saúde pública, não é verdade, Presidente?

            Eu vou fazer uma discussão num congresso médico, nesta semana que entra, sobre a influência do clima na saúde pública do cidadão, como ele é prejudicado no que diz respeito à emissão de gases e, provavelmente, à própria destruição da natureza.

            Nós passamos da idade de sobrevivermos a doenças que nos acometem em razão do meio ambiente, mas temos os netos, os filhos que temos de proteger e por que lutar, e esta Casa é importante para isso.

            Dizia o Governador Aécio que:

“A boa política e a boa ciência - e para aqueles para quem as duas atividades não podem ser relativizadas por adjetivos, eu diria a Política e a Ciência têm em comum - ou deveriam ter - a preocupação e o compromisso com a sociedade e com o tempo em que vivemos.

Por isso, deveriam estar mais próximas.

Afinal, no mundo da ciência repousa o saber capaz de apontar o caminho, [Senador Wellington].

No da política, repousa o poder de decisão capaz de construí-lo.

Por isso deveríamos cultivar mais confiança, partilhar mais responsabilidades”.

            Eu diria: este Senado também.

            Outros caminhos poderíamos seguir na discussão.

“Diria que não podemos permitir que, em pleno século XXI, o desmatamento e as queimadas respondam por percentuais tão altos das emissões de gases de efeito estufa em nosso país.”

        Foi apresentado um vídeo do trabalho do Governo de Minas Gerais sobre todos os programas que tem apresentado para diminuir o emprego de energia fóssil e, sim, energia substituível, ou através do álcool, ou através da eólica e outras tantas que foram apresentadas durante o Congresso no Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas Globais, que ficou internacional.

            E o cidadão que representava a entidade internacional disse que, por decisão de toda a comunidade, foi escolhido o Brasil, e Belo Horizonte, Minas Gerais, como o início de uma jornada importante para se criarem os líderes internacionais com respeito à proteção do meio ambiente.

        E esse é o State of the Word Forum, cujo presidente foi Jim Garrison, que fez uso da palavra, trazendo uma série de elementos importantes sobre o que se está fazendo no mundo a respeito desse problema.

            A própria Organizações Globo, na pessoa de José Roberto Marinho, que lá estava presente, se envolveu nesta causa e já tem duas apresentações de programas de televisão, duas projeções de propagandas, de como se deve comportar na luta contra a agressão ao meio ambiente e o aquecimento ambiental.

            Eu fiz um requerimento, Senador João Pedro, à Comissão de Aquecimento Central pedindo a investigação profunda do lixo que foi largado aqui pela Inglaterra. Um país que deveria respeitar o meio ambiente jogou, nos portos brasileiros, toneladas de lixo não reciclável e tem que pagar o preço. Primeiro, fiz o relatório da não importação de pneus para recuperação, porque também eram considerados lixo e trazem várias doenças quando abandonados.

            Não podemos abrir as portas para o Brasil não virar o lixo do mundo naquilo que diz respeito à degradação do meio ambiente.

            Muito obrigado, Sr. Presidente. Senador Heráclito Fortes, peço desculpas.

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