O SR. ALVARO DIAS (PDT - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, estou encaminhando à Mesa um voto de pesar.

            O Paraná perdeu na manhã do último sábado uma figura que conquistou seu lugar na história do Estado. E o conquistou exclusivamente graças a sua determinação empreendedora, profunda e passional dedicação ao bem comum e muita ousadia. Estou me referindo ao jornalista e empresário João Milanez, que se foi aos 85 anos, vítima de diversos problemas de saúde.

            João Milanez foi um homem que, como ele mesmo gostava de lembrar, saiu do cabo da enxada, conheceu o mundo inteiro e foi recebido por reis e presidentes. Suas realizações, no campo do patrimônio pessoal, chegaram a construir um pequeno império de comunicação: o jornal Folha de Londrina; TV Tarobá, que criou em Cascavel e as rádios Folha AM e FM, que fundou em Londrina onde também adquiriu as rádios Cruzeiro AM e FM.

            Sr. Presidente, há aqui um relato do o itinerário percorrido por João Milanez. Gostaria, apenas, de resumi-lo dizendo: era um trabalhador destemido, empreendedor, ousado, sonhador, irreverente e cordial; apesar da irreverência, era um homem cordial.

            A história de João Milanez se mistura com a história de Londrina e do Paraná, especialmente de Londrina. É impossível escrever a história de Londrina sem reservar páginas fascinantes à vida de João Milanez.

            O meu voto de pesar com condolências à família pelo falecimento desse amigo - posso chamá-lo de amigo - que era chamado por todos carinhosamente de patrão e ele retribuía sempre com a expressão “seu desgracido”; ele chamava todos os seus amigos de “desgracidos”, Senador Mário Couto. Era uma figura notável, fantástica mesmo.

            Registro esse voto de pesar e manifesto minha solidariedade a todos os amigos de João Milanez.

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