Discurso durante a 128ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração do centenário de nascimento de Jaime Câmara.

Autor
José Agripino (DEM - Democratas/RN)
Nome completo: José Agripino Maia
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração do centenário de nascimento de Jaime Câmara.
Publicação
Publicação no DSF de 12/08/2009 - Página 35280
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, CENTENARIO, NASCIMENTO, JAIME CAMARA, EX-DEPUTADO, ELOGIO, ATUAÇÃO, VIDA PUBLICA, IMPORTANCIA, CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO, MODERNIZAÇÃO, REGIÃO CENTRO OESTE, CRIAÇÃO, EMPRESA, EMISSORA, RADIO, TELEVISÃO.

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            O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Marconi Perillo, Srs. familiares do meu conterrâneo Jaime Câmara, Srs. Jornalistas, minhas senhoras e meus senhores, que coincidência curiosa.

            Não sei se V. Sªs sabem, mas esses Câmaras são uns danados. João Câmara, que foi contemporâneo de Dinarte Mariz, José Augusto de Medeiros e grandes figuras do meu Estado e que certamente é parente de Jaime Câmara, foi um ícone na política e no empreendimento do meu Estado.

            Quem não conhece ou não conheceu a fama do algodão Seridó, fibra longa do Rio Grande do Norte, comparável ao algodão do Egito? O algodão de fibra longa Seridó era cultivado muito longe de João Câmara. João Câmara fica na região do Mato Grande, mais próxima ao litoral, na dobra do continente sul-americano. O algodão do Seridó era cultivado na região do Seridó, lá para dentro, no interior do Rio Grande do Norte. Mas quem fez a fama do algodão Seridó foi a industrialização feita por João Câmara. É aquela história: os mitos acontecem pela capacidade de oferecer, de expor o produto. Dinarte Mariz era de Caicó. Ele produzia algodão. Mas quem fez o Seridó conhecido foi João Câmara, que terminou Senador. Foi uma figura absolutamente singular na história do meu Estado.

            E os Câmaras são uns danados, porque mandaram Jaime Câmara para Goiás. Senador Marconi Perillo, V. Exª foi Governador de um Estado que conheço. Lá vou com alguma frequência e sinto-me em casa. É um Estado poderoso, e não o era há 100 anos.

            O Estado de Goiás, como o Centro-Oeste inteiro, foi em grande medida colonizado, foi ocupado por gente que veio do Brasil inteiro, do Nordeste, do Centro-Sul, e, por essas coincidências da vida, um conterrâneo nosso, parente de um ícone chamado João Câmara, Jaime Câmara, foi jovem ainda para Goiás.

            Goiás, que foi no começo um grande celeiro, produzindo com excelentes índices de produtividade agricultura e pecuária, hoje é sede de montadora de automóvel. Isso não acontece por um acaso, isso acontece pela politização, pelo debate promovido, pela maturidade da sociedade, pela comunicação, pela ilustração, pela elevação do padrão de vida do povo, e quem faz isso é o veículo de comunicação.

            E é aí onde eu quero dar destaque especial à presença de Jaime Câmara no Centro-Oeste, inicialmente num pequeno município, num pequeno lugar de Goiás, e depois produzindo o que hoje é Brasília, Tocantins e Goiás. Trinta veículos de comunicação: rádio, tevê e jornal.

            Eu era adolescente em Natal, em Mossoró, e já ouvia falar em João Câmara, em Jaime Câmara, nos veículos de comunicação de Goiás que um potiguar tinha implantado num Estado que já era poderoso.

            A história de Jaime Câmara começa pelo Rio Grande do Norte mas termina neste plenário, onde figuras importantes do Centro-Oeste, de Goiás, a começar pelo ex-governador Marconi Perillo, pela Senadora Lúcia Vânia, pelo Senador Demóstenes Torres e por todos aqueles que do Centro-Oeste aqui vieram à tribuna para falar. E esparrama-se por aqui, porque Goiás, que é em grande medida um pedaço importante do Centro-Oeste, evoluiu, amadureceu por aquilo que Jaime Câmara trouxe e plantou: a troca de informações, o debate de ideias, a formação cívica, o respeito à cidadania. Isso não acontece de graça, isso acontece pelo debate de pessoas, pelo confronto de ideias, pela comunicação, pela ilustração, pela educação. Tudo isso acontece muito e em grande medida pelos veículos de comunicação, que são a grande vertente para que isso aconteça.

            E por essa razão é que Goiás está prestando, neste momento, a homenagem ao centenário de Jaime Câmara. Goiás sabe muito bem da importância, não é do homem que fazia caridade, não é apenas do empreendedor, é do homem que na sua raiz significou muito para que Goiás fosse o que é hoje, porque trouxe maturidade, trouxe consciência cívica.

            As pessoas tomaram conhecimento de Goiás pelos veículos de comunicação. Muito gaúcho, muito paranaense chegou em Goiás porque a notícia correu, e ela correu por conta do trabalho de Jaime Câmara, um potiguar que o Rio Grande do Norte deu a Goiás e de quem muito se orgulha e me traz à tribuna nesta manhã para homenagear e cumprimentar. (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/08/2009 - Página 35280