Discurso durante a 137ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Benefícios econômicos, sociais e ambientais trazidos pela Zona Franca de Manaus e pelo Polo Industrial de Manaus (PIM). Registro de encaminhamento de expediente ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior solicitando informações acerca de contingenciamento da receita gerada pela Suframa por meio das empresas ali localizadas.

Autor
Jefferson Praia (PDT - Partido Democrático Trabalhista/AM)
Nome completo: Jefferson Praia Bezerra
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Benefícios econômicos, sociais e ambientais trazidos pela Zona Franca de Manaus e pelo Polo Industrial de Manaus (PIM). Registro de encaminhamento de expediente ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior solicitando informações acerca de contingenciamento da receita gerada pela Suframa por meio das empresas ali localizadas.
Publicação
Publicação no DSF de 21/08/2009 - Página 37727
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • IMPORTANCIA, ZONA FRANCA, POLO INDUSTRIAL, MUNICIPIO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), INCENTIVO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, DESENVOLVIMENTO, MEIO AMBIENTE, RESPONSABILIDADE, SUPERINTENDENCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (SUFRAMA), VINCULAÇÃO, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO EXTERIOR (MDIC), COORDENAÇÃO, PLANEJAMENTO, TRABALHO.
  • QUESTIONAMENTO, INCOERENCIA, GOVERNO FEDERAL, RETENÇÃO, VOLUME, RECURSOS, RECEITA, SUPERINTENDENCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (SUFRAMA), IMPEDIMENTO, APLICAÇÃO, PROJETO, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO, ESTADO DO AMAZONAS (AM).
  • ENCAMINHAMENTO, REQUERIMENTO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO EXTERIOR (MDIC), SOLICITAÇÃO, ESCLARECIMENTOS, SITUAÇÃO, COBRANÇA, PROVIDENCIA, GARANTIA, EFICACIA, TRABALHO, SUPERINTENDENCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (SUFRAMA).

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. JEFFERSON PRAIA (PDT - AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, por várias vezes, já ocupei esta tribuna para enaltecer os imensos benefícios econômicos, sociais e ambientais trazidos pela Zona Franca de Manaus e pelo seu Polo Industrial (PIM) para o povo do meu Estado do Amazonas e da região amazônica, especialmente da sua força ocidental nos seus 42 anos de existência.

            Tenho orgulho de compartilhar com os nobres colegas (e também com a legião de brasileiros que acompanham nosso trabalho por intermédio do sistema de comunicação social do Senado Federal) informações que, infelizmente, não chegam aos cidadãos de outras regiões e de outros Estados pela chamada grande imprensa. Um bom exemplo recente são os estudos econométricos, conduzidos por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e da Universidade Federal do Amazonas, que evidenciam os decisivos efeitos do dinamismo econômico do Polo Industrial de Manaus na prevenção do desmatamento no meu Estado. Graças às alternativas de emprego e trabalho oferecidas pelo polo, o Amazonas retém, hoje, mais de 90% da sua cobertura vegetal original.

            Ora, Sr. Presidente, o planejamento estratégico e a coordenação geral, em apoio a esse benéfico processo de criação de riqueza e democratização de oportunidades e de bem-estar social estão a cargo da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), uma autarquia federal hoje vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior.

            A fonte de financiamento de suas atividades são os recursos derivados do recolhimento das taxas de serviços administrativos, pagas à Suframa pelas empresas do Polo Industrial de Manaus. A sua arrecadação, hoje, supera a marca dos R$350 milhões/ano.

            Graças a eles, a Suframa custeia o seu próprio funcionamento e aplica cerca de R$40 milhões, anualmente, no desenvolvimento de projetos estratégicos para a permanente atualização das capacidades do polo em face dos sempre novos desafios e exigências colocados pela economia do Estado, da região e do mundo globalizado, tais como o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), o CT-PIM (Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação), inserção internacional e capacitação de mão de obra.

            Ocorre, infelizmente, Sr. Presidente, que o desempenho da missão da Suframa vem sendo sistematicamente comprometido pelo contingenciamento de boa parte desses recursos, decretado todo ano pela área econômica do Governo Federal com a finalidade de aumentar o superávit primário das contas públicas. Atualmente, a maior parte desses recursos está contingenciada. Estão lá, parados, nos cofres da União. No corrente ano, o valor bloqueado é de R$130 milhões. No acumulado dos exercícios anteriores, a soma chega a aproximadamente R$700 milhões.

            Em um cenário ideal, livre de contingenciamento, em que os recursos da Suframa não ficassem, como hoje, congelados nos cofres da União, a Suframa poderia financiar projetos de investimentos, apresentados pelos Municípios e Estados na esfera da Amazônia Ocidental (e não somente no meu Estado, o Estado do Amazonas), que montam a R$900 milhões, os quais não podem sair do papel enquanto o dinheiro permanece prisioneiro do Tesouro Nacional.

            Sr. Presidente, estou concluindo.

            No exato momento em que o Brasil e o mundo cobram de nós, amazônidas, uma forte participação na defesa desse imenso patrimônio natural, soa como uma amarga ironia o fato de o Governo Federal reter grande volume de recursos que a Suframa precisa aplicar em iniciativas de sustentabilidade ambiental e desenvolvimento socioeconômico local.

            Quero, antes de encerrar, enfatizar um ponto importante: o dinheiro contingenciado não pertence ao Orçamento da União, nem proveio dos tributos pagos pelos contribuintes de todo o País. Trata-se de receita gerada pela Suframa, no Amazonas, através das empresas ali localizadas.

            Assim, é uma questão elementar, ou melhor dizendo, Sr. Presidente, de elementar justiça que essas receitas se destinem ao cumprimento da missão econômica, tecnológica, educacional e social da Superintendência da Zona Franca de Manaus.

            Sr. Presidente, estou encaminhando um requerimento ao Ministro de Desenvolvimento,da Indústria e do Comércio Exterior, solicitando providências em relação a esse assunto.

            Muito obrigado,Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/08/2009 - Página 37727