O SR. ALVARO DIAS (PSDB - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, na ausência do Senador Sérgio Guerra, como seu colega de Partido e Vice-Líder, eu devo dar as explicações que caberia a ele, se aqui estivesse, oferecer à Casa.

            Eu sou testemunha da forma responsável com que o Presidente do meu Partido, Sérgio Guerra, conduz-se neste processo e sei o quanto lhe custa ser duro, ser rigoroso. Não é do seu temperamento. Ele próprio aqui inúmeras vezes destacou que não gosta desse tipo de enfrentamento. Ele não age embalado por seu interesse pessoal. Não é a sua vontade pessoal que o motiva. Ele age institucionalmente. As suas ações dizem respeito ao Partido que preside: o posicionamento político adotado pelo Partido, pelo qual fala com autoridade de Presidente.

            Neste caso, não fez nenhum prejulgamento. Eu discordo do Presidente Sarney, já que o Senador Sérgio Guerra apenas pediu que se investigue, que se esclareça. Não vejo mal nisso. As denúncias formuladas devem ser esclarecidas. É a responsabilidade da função que exerce o Presidente do Senado Federal que o exige.

            Portanto, pedir investigação não é prejulgar. E foi essa a atitude e o comportamento do Senador Sérgio Guerra.

            Quando fui indagado a respeito no final de semana, eu me recusei a fazer avaliação, exatamente porque não conhecia os elementos necessários para uma avaliação justa. Por isso, eu me recusei! Havia ouvido ocasionalmente, na Rádio CBN, um depoimento do Deputado José Sarney Filho. E o Deputado apresentou os seus esclarecimentos.

            Por isso, quando indagado, não respondi.

            No entanto, o Senador Sérgio Guerra, na condição de Presidente Nacional do PSDB, indagado a respeito e sem ter outros elementos para a avaliação, pediu que se investigasse. Acho que cumpriu o seu dever, e o cumpriu muito bem.

            Por isso os esclarecimentos que apresento aqui. Certamente nós somos solidários à posição que ele adotou neste assunto. Obviamente, com os esclarecimentos prestados pelo Presidente Sarney, nós não temos por que exigir investigação, a não ser que fatos novos relevantes ocorram a respeito desta questão. Mas o Senador Sérgio Guerra, repito, cumpriu o seu dever.