O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Brasília, 10 horas e 5 minutos. Esta é a 136ª sessão, especial, destinada a homenagear a Maçonaria Brasileira pelo transcurso do Dia do Maçom.

            Sob a proteção de Deus, iniciamos esta sessão especial para homenagear a Maçonaria Brasileira.

            Declaramos aberta a sessão.

            Convidamos para compor a Mesa do Senado da República do Brasil o primeiro signatário desta homenagem, o Exmº Sr. Senador Mozarildo Cavalcanti - o Senador Mozarildo Cavalcanti representa o Estado de Roraima e o Partido Trabalhista Brasileiro.

            Convidamos o Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Sr. Marcos José da Silva. Convidamos o Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal, Sr. Jafé Torres. Convidamos o Grão-Mestre Rubens Ricardo Franz, Vice-Presidente da Comab (Confederação Maçônica do Brasil).

            O Senado da República do Brasil vive hoje um dia de grandeza. Ele homenageia esta instituição, a Maçonaria, que é secular. Nosso eficiente Secretário-Executivo traz, mostrando a eficiência dele, um discurso escrito, que eu não vou falar. O que eu vou falar vem do coração, pelo que eu sinto e pelo que eu acompanhei a Maçonaria.

            Essa instituição secular é ligada, como este Senado da República, aos mais importantes movimentos libertários de nossa Pátria. Se não fosse Gonçalves Ledo, maçom, talvez ainda pertencêssemos a Portugal. Se não fossem os líderes maçons e os líderes deste Senado da República, inclusive o nosso patrono, Rui Barbosa, maçom, talvez os negros ainda fossem escravos. Se não fossem os maçons e as lideranças deste Senado da República, talvez não tivesse havido o grito de liberdade, igualdade e fraternidade, neste governo que entendo ser a maior obra de nossa civilização: a democracia - como foi definido, o governo do povo, pelo povo e para o povo e que se foi aperfeiçoando, sendo hoje não mais aquela democracia direta, impossível, que era pregada e vivida nas praças de Atenas. Ela passou a ser a democracia representativa, simbolizada na grandeza do país do renascimento, em que um senador da república dizia e falava “O Senado e o povo de Roma” - assim falava Cícero. Assim falo eu, assim falamos nós, os Senadores da República do Brasil: o Senado e o povo do Brasil. Nós somos o povo, nós somos filhos do voto e da democracia. Um quadro vale por dez mil palavras...

            Nós nos curvamos aos votos e à liderança do nosso Presidente, Sua Excelência Luiz Inácio. Ele teve 60 milhões de votos. Aqui há 80 milhões de votos. Aqui é a Casa do povo. Se um tem o poder executivo, o poder material, outro a Justiça, que é divina, lembro que, acima daquele gesto de Deus, entregando as leis para Moisés, acima do discurso do Filho de Deus - “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” -, o Poder Judiciário é feito de homens, não é divino; é feito de homens. Eles têm o poder de punição, e esta Casa tem o poder maior. Esta Casa tem a sabedoria. A sabedoria vale mais do que ouro e prata - está no Livro de Deus.

            E foi assim que, no desespero do maior líder que Deus colocou sobre o povo, Moisés, que, quando, desesperado, quebrou o bezerro de ouro e quis desistir, Deus disse: “Não. Busque os mais velhos e os mais sábios, e eles o ajudarão a carregar o fardo do povo”. Nasceu o Senado, nasceu a Maçonaria para servir. E nós estamos nesta homenagem. e o importante é o passado para nos inspirar. Mas o presente nos dá a certeza de que o futuro deste País, com o Senado da República e a Maçonaria, será mais lindo.

            Aqui há vários Senadores seguindo o exemplo de Rui Barbosa; maçons, que engrandecem o dia a dia desta Casa, o Poder Legislativo, a democracia. Então, agora, concedemos a palavra ao Mozarildo Cavalcanti, primeiro subscritor do requerimento e que representa tão bem o seu Estado, Roraima, a Amazônia, a nossa classe médica, que nos orgulha, e a Maçonaria. Com a palavra, o Senador e maçom Mozarildo Cavalcanti.