Discurso durante a 145ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Voto de pesar pelo falecimento de Abdias José dos Santos e de Amélia de Oliveira Dutra.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Voto de pesar pelo falecimento de Abdias José dos Santos e de Amélia de Oliveira Dutra.
Publicação
Publicação no DSF de 01/09/2009 - Página 39876
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, EX-CHEFE, SINDICATO, METALURGICO, FUNDADOR, CONSELHO NACIONAL DE TRANSPORTES (CNT), PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), AMIZADE, ORADOR, ELOGIO, LUTA, MOVIMENTO TRABALHISTA, DEFESA, APOSENTADO.
  • HOMENAGEM POSTUMA, MÃE, OLIVIO DUTRA, EX GOVERNADOR, PRESIDENTE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), ELOGIO, PARTICIPAÇÃO, POLITICA PARTIDARIA.

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, conversei com o Senador Tião Viana, que está inscrito, e ele permitiu que, antes do pronunciamento dele, eu encaminhasse à Mesa dois votos de pesar. São duas laudas que eu gostaria de ler, rapidamente, neste momento.

            Sr. Presidente, nos termos do art. 218, inciso VII do Regimento Interno do Senado Federal, requeiro voto de pesar pelo falecimento do meu amigo, do Rio de Janeiro, Abdias José dos Santos. Eu o chamava de Abdias. Tinha a minha idade. Abdias faleceu nesta madrugada às 3h30. O sepultamento será hoje às 16 horas no cemitério São Miguel, em São Gonçalo, local em que seu corpo está sendo velado, na Capela A, neste momento.

            Ex-dirigente sindical metalúrgico e um dos fundadores, comigo, da Central Única dos Trabalhadores e também do Partido dos Trabalhadores. Exerceu vários cargos de direção no PT.

            Estive na fundação da CUT, logo depois em que fomos empossados - fui empossado como Secretário-Geral e o Abdias, 1º Tesoureiro, em 1983 -, fomos à Europa conhecer o movimento sindical, junto com João Paulo, de Monlevade. Foi uma experiência na qual aprendi a respeitar e a ter um carinho especial ainda pelo meu inesquecível amigo Abdias.

            Abdias sempre abrilhantou a luta de todos os trabalhadores e também dos aposentados e pensionistas, atividade a que se dedicava nesse momento, época do seu falecimento.

            Para tanto, gostaria que o presente voto fosse enviado para a Srª Noêmia Lessa dos Santas, viúva de Abdias, que tive a alegria de conhecer no endereço: Rua Maris Nardeli, lote 03, Quadra “F”, bairro Maria Paula, São Gonçalo, Rio de Janeiro.

            Sr. Presidente, permita-me ainda, infelizmente, nos termos do mesmo artigo 218, inciso VII, do Regimento Interno do Senado Federal, requerer voto de pesar pelo falecimento de Amélia de Oliveira Dutra.

            Mãe do também grande amigo meu, ex-Governador e atual Presidente do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra.

            Amélia Dutra morreu às 21 horas de sexta-feira, no Município da região das Missões, vítima de falência múltipla de órgãos. Ela completaria 89 anos agora no dia 25 de setembro.

            Amélia era dedicada ao Partido dos Trabalhadores e sempre estava presente em todas as mobilizações das eleições. Lembro-me que, numa época, eu e o Olívio, ambos candidatos a Deputado Federal, andávamos lá por Bossoroca e ela ia com nós dois, pedindo voto: “Vote no meu filho, mas, se não quiser, vote no Paim”. Então, eu tenho um carinho muito grande pela mãe do Olívio. Diria que o grande momento de orgulho da Dona Amélia Dutra ocorreu em 1998, quando o seu filho, nosso amigo, foi eleito Governador do Estado do Rio Grande do Sul.

            Na manhã da eleição, eu me lembro - e o Olívio contava isto -, ela, já com idade avançada, vestiu uma roupa clara e foi votar, ao meio-dia. Quando perguntaram o porquê da roupa clara - toda branca -, ela argumentou que queria afastar qualquer influência negativa na votação do seu filho.

            Viúva de Cassiano Xavier Dutra e com cinco filhos, a petista morava sozinha, mas tinha o acompanhamento de sua filha Marlene, que é enfermeira e que vivia numa casa anexa à da mãe.

            Sr. Presidente, mediante tudo isso, gostaria que o presente voto fosse enviado para o Sr. Olívio Dutra e família, naturalmente os irmãos, sobrinhos, netos, filhos, à Rua Ramiro Barcelos, 330 - bairro Floresta, Porto Alegre, onde conheci Olívio há mais de 30 anos.

            Ele mora no mesmo apartamentozinho no bairro Floresta, em Porto Alegre. Quando falo isso, é para mostrar um pouco da caminhada e da história do meu querido amigo Olívio Dutra, que perdeu sua mãe, infelizmente, nesse fim de semana. E também a história do Abdias, companheiro de longas jornadas em defesa dos trabalhadores.

            Agradeço a V. Exª.

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/09/2009 - Página 39876