Questão de Ordem durante a 147ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentário ao discurso da Senadora kátia Abreu sobre o desvio de recursos públicos pelo MST.

Autor
Alvaro Dias (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PR)
Nome completo: Alvaro Fernandes Dias
Casa
Senado Federal
Tipo
Questão de Ordem
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), REFORMA AGRARIA.:
  • Comentário ao discurso da Senadora kátia Abreu sobre o desvio de recursos públicos pelo MST.
Publicação
Publicação no DSF de 03/09/2009 - Página 41171
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), REFORMA AGRARIA.
Indexação
  • QUALIDADE, PRESIDENTE, ANTERIORIDADE, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, INFORMAÇÃO, RELATORIO, DENUNCIA, DESVIO, RECURSOS, ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG), ALEGAÇÕES, REFORMA AGRARIA, DETERMINAÇÃO, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU), RESSARCIMENTO, QUESTIONAMENTO, SUGESTÃO, RENOVAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), DEFESA, NECESSIDADE, FISCALIZAÇÃO, CUMPRIMENTO, EXIGENCIA, SOLICITAÇÃO, PROVIDENCIA, CONGRESSO NACIONAL, ACOMPANHAMENTO, PROCESSO, RECUPERAÇÃO, CONFIANÇA, FUNÇÃO FISCALIZADORA, LEGISLATIVO.

            O SR. ALVARO DIAS (PSDB - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é para esclarecer, em razão do discurso da Senadora Kátia Abreu, porque presidi a CPMI da Terra nesta Casa.

            Acho que nós temos sempre que preservar o Senado e destacar os seu feitos, já que as suas mazelas nós temos quem destaque.

            Então, essa CPI que eu presidi revelou, além do que a Veja... E a matéria é oportuna, porque ela rememora; não é um fato novo, é um fato revelado pela CPMI da Terra, mas que a Veja em boa hora rememora; é uma parte do que revelou a CPI.

            Na verdade, a CPI, que terminou em 2005, revelou que R$18 milhões foram desviados em três entidades: a Anca, a Concrab e o Iterra. E o Tribunal de Contas confirmou a constatação da CPI e determinou o ressarcimento. O que nos cabe agora é cobrar se o ressarcimento foi realizado, se o Governo cumpriu o seu papel de exigir o ressarcimento em função do desvio de finalidade.

            A constatação feita pela Veja e aqui revelada pela Senadora Kátia Abreu de que o Governo repassava mais recursos no momento das invasões foi também uma constatação da CPI. A CPI revelou que quando ocorriam as invasões a propriedades de terra no País, o Governo estava liberando os recursos, portanto, financiando com dinheiro público a afronta à legislação do País com a invasão de propriedades produtivas.

            Eu creio, Sr. Presidente, que muito mais do que fazer uma nova CPI é importante cobrar providências em relação à CPI já feita e concluída.

            O apelo que nós fazemos nesta questão de ordem à Presidência da Casa é neste sentido: de que, com a autoridade de Presidente do Congresso Nacional, o Presidente desta Casa procure cobrar das autoridades competentes e responsáveis as providências que foram tomadas, para informar que providências não foram adotadas. Porque nós ouvimos sempre: “a CPI termina em pizza”. Não é a CPI que termina em pizza; a pizza vem depois. A pizzaria não está aqui; a pizzaria muitas vezes está em outra parte. Está no Executivo...

(Interrupção do som.)

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Senador Alvaro Dias, pela ordem. Conclua, por favor.

            O SR. ALVARO DIAS (PSDB - PR) - Vou concluir, Sr. Presidente.

            A pizzaria às vezes está em outra parte, num outro Poder, não aqui. Uma CPI é um instrumento para proporcionar transparência, para dar publicidade aos fatos, para fazer o diagnóstico, para revelar as mazelas e para encaminhar ao Ministério Público, a quem cabe a responsabilização civil e criminal.

            Essas providências não cabem à CPI. Por isso, nós temos que resgatar a credibilidade neste instituto, que é a Comissão Parlamentar de Inquérito, fundamental para que o Congresso Nacional possa cumprir o dever de fiscalizar.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/09/2009 - Página 41171