Discurso durante a 159ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao PT e ao Presidente Lula, pelo processo de escolha do candidato do partido à Presidência da República.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA SOCIAL. ELEIÇÕES.:
  • Críticas ao PT e ao Presidente Lula, pelo processo de escolha do candidato do partido à Presidência da República.
Aparteantes
Osvaldo Sobrinho.
Publicação
Publicação no DSF de 18/09/2009 - Página 44792
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA SOCIAL. ELEIÇÕES.
Indexação
  • ANALISE, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, ERRO, REFERENCIA, PREVIDENCIA SOCIAL.
  • APRESENTAÇÃO, SUGESTÃO, MELHORIA, BOLSA FAMILIA, DESCENTRALIZAÇÃO, RECURSOS, GESTÃO, MUNICIPIOS, INTEGRAÇÃO, POLITICA DE EMPREGO, APROVEITAMENTO, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, PREFEITURA.
  • QUESTIONAMENTO, FALTA, CONSULTA, MEMBROS, ESTUDO PREVIO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ESCOLHA, CANDIDATO, SUCESSÃO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, COMPARAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), CRITICA, EXPERIENCIA, MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL, GRAVIDADE, PROBLEMAS BRASILEIROS, PRECARIEDADE, SEGURANÇA PUBLICA, SAUDE, EDUCAÇÃO, EMPREGO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Senador Geraldo Mesquita Júnior, que preside esta reunião de 17 de setembro, parlamentares presentes na Casa, brasileiras e brasileiros aqui, no plenário do Senado, e que nos acompanham pelo sistema de comunicação do Senado, Professor Cristovam Buarque, atentamente, estávamos ouvindo, como todo o Brasil, o pronunciamento de V. Exª. Primeiro, contesto o maior dos parlamentares da Itália, que foi Cícero, e dizem que um grande orador. Ele disse: “Nunca fale depois de um grande orador”. Eu vou falar depois de Cristovam Buarque.

            Então, minha vida, Cristovam, é contestar. Primeiro, vamos fazer uma análise deste Brasil. Entendo... E V. Exª foi muito feliz quando foi buscar o Presidente Barack Obama. O Presidente Barack Obama, Cristovam, publicou só dois livros. Eu já os li. O primeiro, Geraldo Mesquita, em que ele conta - e que eu gosto mais - a biografia dele, a vida dele, a luta dele, cheio de emoções. E o segundo, muito bom, mas muito técnico, que ele fez na campanha. Ele mesmo diz que aconselharam a ele nunca escrever outro livro, porque ele não escreveria um livro tão bom como o primeiro, cheio de emoções, um menino negro que chega à presidência do maior país do mundo.

            Mas, ô Cristovam, contrasta muito, muito. V. Exª estava lendo aí o discurso. Eu vi o primeiro. Aliás, li no livro. O primeiro discurso de Barack Obama está lá. Foi telegráfico. Foi quase como o Pai Nosso, de Cristo. Ele, em uma universidade, acreditando no estudo. Fazia Sociologia. Era uma universidade privada. Os donos dela, os capitalistas, faziam um movimento para angariar fundos para mandar para a África do Sul para manter o apartheid, para manter aquele sistema de racismo da África do Sul. Então, um grupo de negros, entre os quais ele, fez na própria universidade uma manifestação de desagravo. Enquanto os capitalistas ficavam entronados lá dentro, ele, no campus... Deram minutos para o Obama falar, e ele falou da vergonha que tinha de estar ali, buscando o saber, enquanto pegavam dinheiro para combater Mandela. Então, foi o primeiro discurso.

            Mas, Cristovam Buarque, atentai bem, quero dar à história o ensinamento aí que Luiz Inácio não aprendeu. Disse ele, Luiz Inácio, e repetiu em outras palavras, no começo do nosso mandato, que ler um livro dava uma canseira... que era melhor fazer uma hora de esteira. É muita besteira! Essa aí é minha, é complemento. Mais recentemente, ele disse que não gosta mesmo de ler. Eu não posso entender. Ele disse que dá sono. Lê a primeira página e não chega ao fim, porque dá sono. Não precisa nem tomar passiflorine, maracujina, não é? Dá sono. Barack Obama é diferente.

            Então, o nosso Presidente da República teve acertos. Ninguém vai dizer que não teve. Eu votei nele em 1994. Votei. Votei nele. E votei encantado pela mensagem que o partido trazia: os homens eram puros, os homens eram competentes, os homens eram honestos, os homens eram honrados, eram os intelectuais.

           Olha, eu aprendo muito com os velhos. V. Exª se lembra do Mestrinho, ali? Eu gosto de conversar, Neuto De Conto. Eu me aproximei do Mestrinho, bem ali - aliás, eu o chamava de Mestrão. Eu votei nesse povo em 1994. Aí, eu comecei a ver - a ignorância é audaciosa - aquela besteira da medida provisória contra a previdência social. Eu vi que faltava neles estudo, competência e profundidade. Foi uma desgraceira. Ainda hoje, é velhinho sofrendo e se suicidando. Direitos adquiridos! Heloisa Helena, eles quiseram queimá-la em uma fogueira aqui, e nós tiramos - a bichinha está lá em Alagoas -, porque eles botaram foi para queimar a Heloísa Helena. Aí, eu defendi. Eu sei muito da previdência social, porque eu tive a oportunidade de trabalhar e criar um instituto. Fui prefeitinho e, naquela época, foi permitido... nas grandes cidades. A minha era Parnaíba, no Piauí, e criamos. Depois, fui Governador do Estado e dirigi o Instituto. Sou aposentado pelo Instituto.

           Então, foram muitos erros. Tiraram direitos adquiridos, pétreos, como os juristas chamam ainda hoje. Foi tanta besteira, que o Paim teve de minimizar e vir com uma medida provisória paralela. Não é verdade? Para minimizar.

           Mas o que eu quero dizer é o seguinte: o País aí está. Entendo, e entendo bem, ô Neuto de Conto, ô Eurípedes, que eu aqui, pai da Pátria... Estão entendendo? O melhor que ele fez - talvez ele nem saiba, mas se inspirou em Rui Barbosa - foi a valorização do trabalho e do trabalhador, que têm a primazia, vêm antes, já que é quem faz a riqueza. Foi o salário-mínimo, influenciado pelo Paim e por nós. Era menos de setenta dólares, mas melhorou essa distribuição, valorizando o trabalho. Até Deus disse: “Comerás o pão com o suor do teu rosto”. E o apóstolo Paulo: “Quem não trabalha não merece ganhar para comer”. Não sou contra essa Bolsa. Eu não sou contra, porque é uma caridade. Quem vai ser contra a caridade? Fé, esperança e caridade. Caridade que é amor, o próprio apóstolo Paulo.

            Mas eu, Luiz Inácio, sei como melhorar isso. Eu sei. Eu sou pai da Pátria. No dia em que eu não me sentir, eu largo isto aqui, porque só tem esse sentido. Eu fui prefeitinho, ele não foi; eu fui governador do Estado por duas vezes, ele não foi; eu sou médico, tenho todos os cursos imaginados, eu os tenho, e também de Gestão Pública, pela Fundação Getúlio Vargas, e ele não tem. Ele é Presidente? É. Teve mais votos do que eu? Teve. Foi líder sindicalista? Foi. Um mérito. Fundou um partido? Fundou. Mas Frank Delano Roosevelt disse o seguinte, atentai bem, Luiz Inácio: “Toda pessoa que vejo é superior a mim em determinado assunto e eu procuro aprender”. Nesse, eu sou superior. Nesse negócio da Bolsa, com todo o respeito, Geraldo Mesquita.

            Está tocando aqui o negócio da Mão Santa. (Pausa).

           Mas é o seguinte: Eu queria dizer que esse Patrus Ananias é um homem de bem, é um homem correto, é um homem decente. Quer dizer, se não fosse ele, a mazela estava pior. Esse é, viu Geraldo Mesquita. Mas quero orientar o Presidente, Neuto do Conto, para corrigir isso. Eu sei das coisas.

            Eu fui Prefeitinho, e Prefeito é quem sabe das coisas.

            Lá vai o telefone de novo com a música do Mão Santa. (Pausa.).

           Então, é o seguinte: Prefeito é quem sabe das coisas. Eu fui Prefeitinho e digo isso com amor. Neuto do Conto, você já foi Prefeito? Prefeito é quem sabe das coisas, viu Geraldo Mesquita? Eu vou dar um exemplo.

           José Dirceu? Não tenho nada contra nem a favor. Todo mundo sabe que o Gabeira seqüestrou um Embaixador, soltou um bocado de gente, soltou o José Dirceu, e ele foi para Cuba. Isso é só para contar como Prefeito é sabido, Luiz Inácio. Os políticos mais importantes são os Prefeitos.

           Então, quero lhe dizer que o Zé Dirceu voltou, fez plástica, foi lá para o Paraná. Você é de Santa Catarina, não é, Neuto de Conto? E entrou lá no interior, arrumou uma namorada. O Prefeitinho o achou diferente, achou uma figura estranha, desconfiou. E ele namorou uma moça da prefeitura. E o Prefeito? Prefeito conhece. Então, daí o Luiz Inácio não valorizá-lo. Está tudo aí com pires na mão. Aliás, não tem mais pires, não. Já venderam o pires. Estão de cueca, e a cueca não tem dólar. Está tudo lascado. Fiz uma passeata no sol quente, há dez dias, com o Prefeito do Piauí, 40º.

            Então, continuando, o Prefeito achou que ele era diferente. Só bebia um copo de cerveja, muito introvertido e desconfiou. E aí chamou a funcionária. “Olha, aquele está fugindo da normalidade do homem da minha cidade”. E tal, tal. Aí, ela, apaixonada, enganou o Prefeito. “Não, ele é meu primo”. E o Prefeito acreditou, tinha confiança nela. O prefeito, então, Luiz Inácio, o prefeito sabe tudo. O Luiz Inácio pegava essa Bolsa-família e entregava para os prefeitos, dispensava o Patrus Ananias, que pode ser até candidato do Partido dos Trabalhadores, o melhor deles.

            O Sr. Osvaldo Sobrinho (PTB - MT) - V. Exª me concede um aparte?

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Concedo já. Mas deixe-me terminar. Assim o Luiz Inácio não pega essa aula que eu, como Senador da República, o povo do Brasil me paga para ensinar o Presidente.

            Dom Pedro II - ó, Luiz Inácio - deixava a coroa e o cetro - era lá no Rio de Janeiro - e vinha ouvir os Senadores.

            Então, Senador, deixe-me terminar a minha fala porque o povo está me pagando e eu tenho que dar essa de professor.

            Luiz Inácio, você pega esse dinheirão aí. Treze milhões de pessoas é muita gente, Luiz Inácio. Portugal, que é nossa mãe e nosso pai, tem nove milhões de habitantes. Só para comparar. Mas divida isso em 5.560...

            Ô, Neuto do Conto, V. Exª faça de conta que é dinheiro - ele sabe contar muito dinheiro - e divida entre 5.560, que são as cidades. Já diminui. E pegue isso, as Bolsas, e dê para os prefeitos. O prefeito pode aumentar “X”, o governador, “Y” daquele valor que ele dá e ainda vão ganhar. Mas o prefeito, com o serviço social, tem condição de encaminhar aquela gente para o trabalho facilmente. Facilmente, Luiz Inácio! Facilmente! Facilmente! Ele sabe tudo. O serviço social: “Ah, aquela ali cozinha bem? Vai ser merendeira. Aquele ali é fortão? Vai vigiar o grupo escolar. Aquele é mais forte? Vai ser guarda municipal. Aquele é do campo, agricultura? Vamos fazer uma horta na escola municipal.” E encaminha aquela pessoa para o trabalho.

            O trabalho é que dignifica. O trabalho é que dignifica. E eu, como médico, digo que é até terapêutico, olhe.

            Então, nós lutamos aí. Então, nós melhoraríamos. Salário mínimo. Isso é uma caridade, eu não sou contra. Mas tirar uma candidata do bolso - ô, Neuto do Conto - e lançá-la presidente, isso é um desserviço à democracia.

           E o Cristovam, que já saiu,.... Como surgiu Barack Obama? O partido se aproximou do povo, fez as primárias. Ele não era o candidato da cúpula. Não era. Era a mulher do Presidente Bill Clinton. Não é verdade? Barack Obama. O povo aquiesceu, o povo o apoiou, o povo ficou admirado com aquele menino de sabedoria. É formado em Ciência Política, como Fernando Henrique Cardoso; formado em Direito, como Rui Barbosa. Deu aí. E está aí.

            Agora, tirar do bolso uma candidata que não tem traquejo, vivência, sofrimento de política, que não foi prefeitinha, que não foi governadora, que não foi vereadora, que não foi nada, é um desserviço à democracia. Isso se chama, ô Sobrinho, soberba. Olha, o PT tem muita gente boa. Faria as primárias. E o mal exemplo está aí. O meu Partido, o PMDB, está tirando seus valores, seus líderes. Ontem vimos Roriz. Quer dizer, foi um desserviço à democracia. É isso. Não é isso. Fugindo do povo? Tirando do bolso? Não dá.

            Vamos e convenhamos: a segurança. Antes de V. Exª fazer seu aparte, qual é a nota que o brasileiro e a brasileira me dão à segurança do meu País?

            Norberto Bobbio, o sábio teórico da democracia, senador vitalício, diz que o mínimo que tem que se exigir de um governo é segurança à vida, à liberdade e à propriedade. Deem, brasileiros e brasileiras, a nota da segurança. Nós vivemos numa barbárie. Isso não é sociedade cristã. 

            Saúde? Eu sou médico, Luiz Inácio, ninguém pode falar mais do que eu. Olha, ela está muito boa, os médicos são bons, avançaram muito, mas para quem tem dinheiro. Olha, para nós do Senado está boa. A gente vai para São Paulo, faz os exames. Para Dilma, está muito bom, vai lá, checa e tal, o Governo paga. Mas para os pobrezinhos, doutor, esse SUS, que paga uma consulta médica R$2,50, um parto, R$20,00, piorou. Se não tem plano de saúde, se não tem dinheiro no bolso, olhas as filas, olha a dengue, olha a gripe que já matou mais no mundo.

            A gente queria era ser campeão de futebol, mas nós já somos campeões, Luiz Inácio, ganhamos de dengue, e já estamos viciados em ganhar. E agora já passamos. E ninguém tira, ninguém tira, ninguém tira do pódio Luiz Inácio pelo País em que mais morreu gente dessa gripezinha.

            A educação? A educação piorou muito, Luiz Inácio. Eu aqui, eu aqui, eu aqui, Geraldo Mesquita, só um quadro para terminar.

            Geraldo Mesquita, em 1990, o MEC disse que das dez melhores universidades, sete eram públicas e três, privadas. Agora é o seguinte: das dez melhores, oito são privadas e duas, públicas. Então, o pobre está lascado, Luiz Inácio. Uma faculdade de Medicina privada, particular hoje é R$4 mil por mês, Neuto de Conto, por mês.

            E o emprego e o trabalho estão faltando. Mas o pior do Partido dos Trabalhadores está chegando, chegou ao fim, Osvaldo, mas o seu aparte aí. Eu vou contar o fim, que já está chegando. Estão acabando os dias do PT, de Sodoma e Gomorra, acabou. Está chegando.

            Com a palavra Osvaldo Sobrinho.

            O Sr. Osvaldo Sobrinho (PTB - MT) - Meu Senador, na verdade, eu fico entusiasmado quando vejo V. Exª falar sobre o “prefeitinho”. Na verdade, onde está a solução é na municipalidade, que é a célula menor da Federação, aliás, é uma Unidade Federativa pela Constituição de 1988. E, na verdade, eu acredito que é preciso, para valorizar mais esse prefeito, essa prefeitura, esse Município é uma revisão do pacto federativo. Hoje grande parte do bolo vem aqui para Brasília, para o poder central. E o Município, onde estão os problemas, onde o Prefeito tem que atender o doente... Todo tipo de problema bate na porta do Prefeito, cedo, de manhã, de madrugada, mas esse está praticamente... nem pires tem mais, como V. Exª se referiu aqui. Então, é necessário nós começarmos a ver a situação dos Municípios brasileiros. Precisamos mudar essa forma que aí está. Nós temos hoje muitos recursos dispersos, recursos que estão indo em duplicidade para as unidades e, na verdade, não estão atendendo ao povo. Se você tem um Município atendendo saúde, às vezes, o Estado, atendendo muito mal, a Federação... Na verdade, ninguém atende ninguém. O SUS, que era a grande solução para o País, já está hoje desmilinguido porque, na verdade, os recursos são parcos para isso ou, quando têm, são mal utilizados. Então, é necessário começar a rever isso. É o que falei ontem no meu pronunciamento aqui: temos que começar pensar fortemente em fazer novamente uma constituinte exclusiva para resolver problemas macros. O nosso Congresso aqui não tem condições de fazê-lo. Estamos sempre pensando na próxima eleição. Somente com uma exclusiva, com pessoas que não estão aqui dentro, que pode funcionar paralelamente a esse Congresso, poderemos avançar nessas questões que V. Exª coloca, poderemos avançar em uma reforma legislativa para este País, poderemos avançar em uma reforma na parte dos Poderes neste País, poderemos avançar na educação, na segurança e assim sucessivamente. Portanto, Senador Mão Santa, acredito que temos que começar a ser mais progressistas nesse processo aqui, começar a correr mais atrás disso em teses maiores, como V. Exª nos traz todos os dias. Não se canse, não, de bater nesta tecla de que é preciso redistribuir melhor os recursos da Nação. É o Prefeito lá embaixo, lá no Município, lá na comunidade que sabe os problemas nacionais. Aqui em Brasília, você tem o colorido do Brasil; lá, você tem a negritude do processo. Portanto, acredito que V. Exª, na sua pregação didática e pedagógica, traz aqui todos os dias uma conscientização do Brasil que muitos que estão dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário não conhecem. É um Brasil diferente, um Brasil que só aquele que vai na favela e vem no palácio pode conhecer. E é V. Exª que faz isto: vai lá, ouve, sente, conversa e aqui traz para, nesta tribuna, fazer um reflexo daquilo que V. Exª pensa. Parabéns! Concordo plenamente com V. Exª.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Agradecemos as palavras de V. Exª. (Pausa)

            Pois não, Cristovam, quer saudar alguém?

            Agradeço a presença aqui - espera ainda - do nosso Presidente José Sarney. Padre Antonio Vieira disse que palavra sem exemplo é um tiro sem bala. O exemplo arrasta.

            O Presidente José Sarney dá exemplo a todos nós de trabalho. Ele está aqui. Vamos contar quantos nós somos. Hoje, muito cedo, passei várias horas, exaustivamente, comandado por ele em uma Mesa Diretora, a mais responsável da história do Senado, da qual faço parte. E avançamos muito para que este Senado continue o patrimônio maior da democracia deste País.

            O Sr. Cristovam Buarque (PDT - DF) - Sr. Presidente, peço licença ao Senador Mão Santa, por um minuto. Sr. Presidente José Sarney, eu gostaria apenas de comunicar... Sr. Presidente, V. Exª os recebeu há pouco em seu Gabinete. Temos aqui a presença do Presidente da Assembleia Nacional do Timor Leste e do Sr. Embaixador do Timor Leste. S. Exªs já conversaram com V. Exª, mas eu os convidei para conhecer o Plenário da Casa. Eu queria apenas comunicar isso.


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