Discurso durante a 164ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração ao Dia Mundial do Turismo.

Autor
Mão Santa (S/PARTIDO - Sem Partido/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração ao Dia Mundial do Turismo.
Publicação
Publicação no DSF de 25/09/2009 - Página 47129
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, TURISMO, OPORTUNIDADE, REGISTRO, SITUAÇÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), BRASIL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (S/Partido - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador José Nery, que preside esta sessão destinada a comemorar o Dia Mundial do Turismo, líderes do turismo no Brasil, peço-lhes permissão, pois são tantos e tão importantes que eu poderia esquecer algum nome, o que, mesmo involuntariamente, seria imperdoável, para saudar a todos na pessoa do Sr. Nelson de Abreu Pinto, que preside a Confederação Nacional do Turismo, Parlamentares presentes, brasileiras e brasileiros aqui e os que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, realmente é feliz o Senado, nesta 164ª Sessão Especial, quando comemora o Dia Mundial do Turismo.

            Presidente Nery, nós, filhos de Deus, viemos ao mundo, e Ele disse “Comerás o pão com o suor do teu rosto”, mas Deus-Pai é bom e Ele nos deixou ser feliz. E se há um trabalho que proporciona riqueza e felicidade é o turismo. Então, temos de entender quem quer construir um mundo melhor.

            Está presente, e quero saudá-lo, Sílvio Leite, que está ao telefone para o mundo. Ele é muito diligente, acho até que Goebbels e Duda Mendonça perdem para ele, porque ele trabalha no Governo do Piauí, que é muito sofrível e tem muito pouca visão, mas ele consegue defender quase o indefensável.

            Mas, no Brasil, temos algumas dificuldades. Vou retratar, porque aqui represento, com muito orgulho, o Piauí. Queria, então, dizer da grandeza do Estado, simbolizando o Piauí.

            Conheci o Embaixador Clark, piauiense, descendente de ingleses. A família dele foi muito poderosa no comércio, e eles tiveram a Casa Inglesa, com filial até em Niterói. Sílvio Leite, eles são donatários justamente daquela Ilha do Caju, uma das mais belas do Delta. Mas um deles, o Embaixador Clark, teve câncer. Aí ele resolveu, Heráclito Fortes, morrer em Parnaíba, naquele prédio da Casa Inglesa, que hoje é um hotel. Eu era médico recém-chegado, e o médico que o assistia era o Dr. Odval Resende, que também já faleceu. Mas, algumas vezes, fui chamado e conversei com ele, que me deu um livro.

            Ô, Sílvio Leite, V. Sª tem feito relevantes serviços à comunicação desde quando era comunicador do poderoso grupo Claudino. Mas há esse livro que tem de ser reproduzido. Está ouvindo, Heráclito?

            Esse Embaixador foi muito forte, porque foi amigo de Osvaldo Aranha. Ele só residiu em cidades grandes, ajudou a ser reconhecido o Governo de Charles de Gaulle quando ele voltou. Então, ele foi a Paris, esteve em Londres, no Vaticano, em Buenos Aires. No fim, ele quis terminar em Parnaíba. Sílvio Leite, ele tem um livro em que diz o seguinte: “As duas cidades mais belas do mundo começam com a letra P [ele conheceu o mundo, foi Embaixador e descendente de inglês]: Paris e Parnaíba.” Parnaíba foi a cidade em que nasceu João Paulo Reis Velloso, Evandro Lins e Silva; e eu tive esse privilégio.

            Eu até, José Nery, sou diferente: confesso-me aqui, neste Dia Mundial do Turismo, PT. Olhe, José Nery. Acho que as duas melhores cidades do Brasil são Parnaíba e Teresina. Parnaíba já foi justificada pelo Embaixador. A nossa capital tem perspectivas turísticas invejáveis. Primeiro, o histórico cultural. Estamos em Brasília, pois a inspiração foi Teresina. Teresina foi a primeira capital planejada deste País. Aí está um baiano, Rui Barbosa, a nos orientar. E foi um administrador português, Saraiva, Primeiro-Ministro desse País depois da Guerra do Paraguai, e um homem inspirado, de visão, baiano como Rui Barbosa, tirou de Oeiras e colocou lá: mesopotâmica, entre dois rios. No coração do Piauí, é a única capital do Nordeste que vocês vêem que não é litorânea. Então, já foi a diferença.E ele a planejou e ele a construiu. A primeira capital.

            Então, sem esse ato heróico de inspiração, de sensibilidade e de visão futura, não teria vindo as outras: Goiânia, Belo Horizonte, a nossa Brasília, que vai fazer 50 anos - Teresina tem 158 -, e a própria filhote dessa ideia, que é Palmas. Teresina já é diferente, é planejada para capital no meio do Estado.

            O Piauí, apesar do Governo brasileiro... Esta Casa é para fazer reflexão, é para orientar o Presidente da República; essa é única finalidade do Senado. O Pedro II ficava lá fora, deixava a coroa e o cetro e vinha escutar os Senadores. Olha a diferença! Eu sempre digo: a ignorância é audaciosa. Assim, fazia Pedro II: deixava a coroa e o cedro, adentrava e ouvia os Senadores.

            Então, eu diria que o turismo aqui é difícil, porque Deus fez a parte dele, o Brasil todo e nós, brasileiros. Mas, com essa falta de segurança, é difícil o turismo no Brasil, por causa da violência. Sou pai da Pátria, e não vou falar do Primeiro Mundo, que também conhecemos; vou bem ali, em Buenos Aires. Isso aqui não é uma civilização. Ô Luiz Inácio! Isso é uma barbárie! E não era assim não. Isso é de agora!

            Fernando Henrique Cardoso, queiramos ou não - não sou do partido dele -, ele é um estadista. A inveja e a mágoa corrompem os corações. E vi quando ele passava o Governo, em uma entrevista, e disse: “Olha, não podemos resolver tudo, mas eu resolvi a inflação”. E foi uma verdade. Era um monstro a inflação. Nós nos lembramos. E FHC também disse: “O Presidente que vai entrar, o Luiz Inácio, tem que se dedicar à segurança e ao combate à violência”. Isso não é normal; é uma barbárie! E bem ali, em Buenos Aires... E eu sou garoto do Rio de Janeiro, estudei lá, no Ipase, em Sacadura Cabral, Hospital dos Servidores do Estado, Praça Mauá. Olha, não tinha esse negócio, não! No Rio de Janeiro e no nosso País, havia malandros. Era até divertido, mas esse negócio de bandido é de agora, aumentou agora.

            Está ali o Sílvio Leite, que representa, aliás, ele é a salvação do Governador do Piauí. Ai, o que seria do Governador sem esse homem? Ele estaria morto. Mas vou dizer, e ele está aí. Fui Governador do Piauí até 6 de novembro de 2001. Eu saía de casa, na Praia do Coqueiro, e ia a pé até Atalaia, repetidas vezes, todos os domingos. Eu pegava, fazia uma agenda para inaugurar no norte - ouviu, José Nery? - chegava domingo... Daquele negócio de Governador andar com segurança, com um bocado de homem, nunca gostei; eu gosto é de andar com Adalgisinha, de mãos dadas. Então, de madrugada, eu acordava e saía para fazer o meu cooper. Olha, dá mais ou menos dez quilômetros. Está aí o Secretário de Turismo. Nunca - foram muitos anos - ninguém tentou nada contra mim. Porque podiam pegar o Governador sozinho. A Adalgisa ficava dormindo, eu saía às 6 horas, sem segurança, porque não é bom negócio andar com os homens ao lado. Embora seja a minha terra, a minha região, mas nunca... Eu me lembro, ô, Sílvio Leite, um dia eu ia chegando, um domingo, ô, professor Bacelar, e havia uns familiares desse Ciro, porque Sobral é pertinho, e eu estava jogando vôlei na praia ali, tinha vindo a pé, e eles vieram me perguntar se eu era mesmo o Governador, porque eu andava sozinho e já estava na praia popular, na Praia do Coqueiro, onde há um menor número habitantes.

            Mas não é só isso, não, Sílvio! Atentai bem! Vocês fazem muita propaganda, e eu acredito no seguinte: o mentiroso, hoje, é o homem de maior coragem do mundo, porque, aí, com relação a essa terceira comunicação, não adianta comprar os grandes veículos. Há a Internet, esses blogs, esses portais; há o Twitter - até pensei que fosse um instrumento musical -, que até fizeram um para mim. Nessa parafernália da terceira comunicação, da terceira onda de Alvin Toffler, já se previa a desmassificação da comunicação. Então, mentiu; chega ali e há a verdade.

            Quero dizer que não era só em Parnaíba não, Sílvio Leite. Aí, às vezes, eu tinha que viajar, então, eu tirava um dia da semana, em Teresina, para fazer um cooper e saía às 11 horas da noite do Palácio. Da avenida ia para a residência do Governador, na Ladeira do Uruguai, às 11 horas da noite; ia só com um companheiro. Eu passava, e as pessoas no ônibus ficavam dizendo “Titio! Titio!”. Às vezes, por curiosidade, eu deixava a avenida e entrava no bairro. Nunca houve esse negócio de sequestro! Agora, está inviável.

            É no Brasil todo, é em Teresina. Até o defunto tem que ser enterrado logo. Se morreu às 5 horas, enterra logo, porque, se fizer o velório em casa, vai ser assaltado.

            Eu vou à minha cidade e não a conheço mais. Outro dia, eu fui procurar a casa de um amigo, Dr. Valdir Oliveira. Não a encontrei. Eu era acostumado a ver o jardim, a casa; agora, é tudo muro alto. Todas as casas na Parnaíba têm muro alto. As que não têm aquela corrente elétrica em cima, porque são pobres ou médios, têm cacos de vidro. E essa é a violência.

            Se nós temos medo, imagine o turista, ô, Sílvio Leite! Eu andando na Espanha, aí o cara disse: “Brasil, brasileiro. Brasil é bom, o futebol, o Pelé, o samba, o carnaval, ‘pu’, mata”. Rapaz, eu tomei até um susto: “‘pu’, matou”; é assim a concepção na Europa. Bem ali, em Buenos Aires, quatro horas da manhã, eu com a Adalgisinha, de mãos dadas, entrando nas livrarias, dançando tango no meio da rua. Então, temos que advertir o Governo com relação a essa violência.

            Outro problema: o transporte aéreo - não vai haver turismo aqui - piorou, mas piorou muito, muito, muito; no meu Piauí, é que foi uma desgraceira total. Há anos, este País tinha uns 400 aeroportos funcionando; hoje, tem uns 100. Atentai bem! O que tem que ser feito para ir da minha Teresina à vizinha capital São Luís - e vão porque há muitos interesses comerciais, e de São Luís para Teresina vão em busca de saúde. Teresina é uma das cidades mais evoluídas em ciência médica. Eu coloquei aquele Estado na era dos transplantes - transplante cardíaco. Eu incentivei os primeiros tirando o coração. Isso é a visão de futuro. Mas - atentai bem! - o que sai doente lá de São Luís vem para Brasília - olha o mapa, deve ser uns trezentos e poucos quilômetros - e fica aí no aeroporto esperando a fila. Aí, se for doente do coração, morre no meio do caminho. E o comerciante, o empresário, que vai de Teresina para São Luís, que perda de tempo! Time is money - “ Tempo é dinheiro”, velho ditado. E os prejuízos... Mas não existe mais, não, para você ver a desgraceira. E eu era menino de Parnaíba. O resto é conversa fiada, é mentira.

            O mentiroso hoje é o maior corajoso do mundo. Porque antigamente deu certo com Hitler, com Goebbles, porque ele dizia: “Lá vai Hitler com dez mil soldados”. Hitler ia com dois mil. “Lá vai Hitler com vinte”, ele ia com quatro. Aí o povo ia temendo, e deu no que deu.

            Hoje, não adianta mentir, porque vem aí os “twitters” não sei mais o que, essa parafernália aí de comunicação. Mas um provérbio nunca falha: “A mentira tem pernas curtas”. Aprendi, José Nery, que é mais fácil você tapar o sol com a peneira do que a verdade.

            Então, a segurança, transporte aéreo precário. Quando eu era menino, eu saía da Paranaíba, ô, Flexa Ribeiro, com todo respeito que eu tenho ao Pará, mas é só para gravar, nós pegávamos a Panair, Aerovias, Aeronorte, Cruzeiro, e tinha a Paraense Transporte Aéreo, a PTA. Aí, caíram alguns aviõezinhos e a turma dizia: “Prepara Tua Alma”. Mas saíamos, Sílvio Leite: Parnaíba, Fortaleza, Natal - saltávamos no aeroporto, não conhecíamos, não; tomávamos só uma Coca-Cola ali - o último era Salvador, mas chegava ao Rio no mesmo dia, Sílvio. Aprendia até geografia. Hoje, não há nem teco-teco na minha cidade! Teco-teco é aquele avião pequenozinho de uma hélice. Então, é muito difícil! E os serviços especializados, sobre os quais já se falou aqui. Isso tem que ter. Olha, os serviços especializados. Mas Deus fez a parte no Piauí.

            Além do Embaixador - eu me lembro, e isso é oportuno -, a maior inteligência deste País, o melhor Ministro do Planejamento deste País foi o parnaibano João Paulo Reis Velloso. Ele foi a luz, o farol do regime militar, que trouxe muito progresso a este País. E o farol, a luz. E ele - ô, José Nery - João Paulo Reis Velloso, filho de carteiro com costureira, aos nove anos, abria a fábrica de meu avô. Trabalhou cedo, como o Mauá. Mas quero dizer, depois Harvard, mania de primeiro lugar. Eu me lembro, ô, Sílvio Leite - quero auxiliar o seu trabalho - em 1970, eu, médico, na minha cidade, fui a uma inauguração dos Correios e, lá, João Paulo Reis Velloso lançou um selo: era o Farol da Pedra do Sal. E ele dizia lá: “Aqui vai ser o terceiro polo turístico”. E eu, tomando um copo de uísque, balancei e disse: “O homem está delirando”. Não era, não. Ele é que tinha visão. Ele era competente e eu era ignorante. Estava chegando. E carimbou o selo. Esse selo eu reproduzi quando governei o Estado do Piauí. João Paulo Reis Velloso sabia que Deus colocou lá, nos 66 quilômetros de litoral, verdes mares bravios, ventos que nos acariciam, sol que nos tosta o ano inteiro, brancas dunas, rios que nos abraçam. O Piauí tem 19 rios, seis perenes, 100 lagoas. Olha, se você comparar a nossa lagoa do Portinho com a baiana Abaeté, olha, rapaz... Eles têm lá os poetas que cantaram a lagoa deles, mas Deus caprichou foi na nossa. Essa é a verdade. Mas o rio Parnaíba, ô, Osvaldo Sobrinho, é o seguinte: quando ele se lança no mar, ele não se lança burramente como o Amazonas, uno; ele se abre, se abre em cinco rios. Ele se abre assim como uma mão, em cinco rios - com certeza, mão santa -, que formam 78 ilhas, dois terços do Maranhão, um terço do Piauí, mas a maior, a mais bela, que tem essa praia da Pedra do Sal, é da Parnaíba. Nela nasceu o único brasileiro que pode estar do lado ali de Rui Barbosa: Evandro Lins e Silva, que dá a essa Corte Suprema uma inspiração de grandeza moral e firmeza. Feliz os que não precisam buscar exemplos em outros Países, na história. Evandro, Presidente do STF, no período militar, dando habeas corpus. O Miguel Arraes me disse que já pensava em ser devorado por um tubarão na praia de Fernando de Noronha, que era presídio antigamente, quando chegou o habeas corpus de Evandro Lins e Silva.

            Então, é essa grandeza que quero dizer.

            Só há três deltas em mar aberto no mundo. Na Argentina, há um delta, mas não é em mar aberto. Ele se abre também, o Rio Tigre, na cidade de Tigre, em vários, mas se lança no Mar Del Plata, que é um rio - antigamente se chamava mar. Só existe o nosso aqui, no Piauí, em mar aberto, no Nilo e na África, o Mekong. É melhor usufruirmos aqui. São 78 ilhas. A mais profunda, a mais nativa, a mais ecológica é a ilha do Caju, daqueles ingleses que citei, que têm uma neta que trabalha até com o nosso Sílvio Leite - encantadora, não é?

            Esse é o nosso Piauí. O sul do Estado... O estadista Fernando Henrique Cardoso comemorou os 500 anos do Brasil, e foi escolher o Piauí no dia 1º de janeiro.

            Isso é conversa, é balela. Já existia aeroporto. Só sei que ele pousou lá com três aviões. Eu era o Governador. E Presidente da República não iria num lugar inseguro, não. Pousaram três.

            Nos quinhentos anos de Brasil, a primeira comemoração foi lá, onde dizem os estudiosos e uma pesquisadora, professora Niède Guidon, premiada pela Sorbonne, que lá é o berço do homem americano, não é? Há aquelas inscrições rupestres que provam uma civilização há mais de quarenta anos. Para quem gosta, existe turismo ecológico.

            Então, era isso que queríamos dizer. E lembrar justamente o seguinte: o dever do Governo, com a melhoria da segurança, do transporte aéreo e serviços de educação especializada, desde a língua e tudo. E nosso Piauí, ô, Sílvio Leite! O Piauí vive hoje de esperança. Já há uns cinco candidatos a Governador do Estado.

            E o povo, confiando naquilo que nós garantimos, que nós defendemos aqui: a divisão do poder. Nós que freamos os outros Poderes. Fomos nós, aqui. Divisão do poder. Daí não deixarmos o PT tomar a Presidência do Senado, porque aí ele iria ficar com os Três Poderes. No próprio Judiciário, ô José Nery, de onze ele já vai nomeando nove. Não existe isso. Nós advertimos. Não estou culpando ninguém; estou salvaguardando a democracia, que tem divisão e alternância de poder.

            Honduras! Aqui não é Honduras. Queriam o terceiro mandato. O Senado recebeu pancada porque aqui ele não passou. Pode ter cooptado toda a sociedade, mas o Senado, não. Nós aprendemos com o grande militar Eduardo Gomes, que combateu o primeiro regime de exceção, que disse: “O preço da liberdade democrática é a eterna vigilância”. Nós que vigiamos, nós que não deixamos, porque aqui não é Cuba, aqui não é Venezuela, aqui não é o Equador do Correa, do menino Correa, não é a Bolívia do índio Morales, não é o Paraguai do padre reprodutor. Aqui não é Nicarágua e aqui não é Honduras, que sofreu um contragolpe, graças ao Senado da República.

            Eu aqui fui um deles. Fomos nós que salvaguardamos a divisão do poder e a alternância do poder. Alternância é que garante, é a esperança. Ernest Hemingway, no seu livro O Velho e o Mar, diz: “A maior estupidez é perder a esperança”. E o povo do Piauí já tem cinco bons candidatos. E o povo vive dessa esperança, de uma alternância de poder no Piauí e no Brasil, pela democracia. Um Governo que ofereça isso.

            Deus fez a parte dele. O Brasil, o mais belo do mundo. Muitas são as maravilhas da natureza, mas a mais maravilhosa é a gente, a gente brasileira e do Piauí. Somos maravilhosos...

            O SR. PRESIDENTE (José Nery. PSOL - PA) - Senador Mão Santa...

            O SR. MÃO SANTA (S/Partido - PI) - E é para encerrar. Já vamos encerrar. Mas o Governo tem que fazer a sua parte, reconhecer o caos da segurança, o caos do transporte aéreo, a falta de profissionais civilizados. E o nosso Brasil, o petróleo mais caro do mundo. Isto daí não entra na cabeça de ninguém, que um tanque de um carro seja R$5,00 lá na Venezuela, do Chávez, e que um bujão de gás seja R$4,00 lá e R$40,00 aqui.

            Sílvio Leite, leve isto aqui, porque sirvo para isso, e vai-se tendo a visão do futuro: a gasolina do Brasil é cara e a do Piauí é mais cara, principalmente no Delta. Por quê? Porque a gasolina vai de Fortaleza para Teresina e volta, vai de São Luís para Teresina e volta. Então, isso dificulta o nosso...

            O SR. PRESIDENTE (José Nery. PSOL - PA) - Senador Mão Santa, com toda satisfação, não só ...

            O SR. MÃO SANTA (S/Partido - PI) - Não, já terminei. Já está terminado. É o the end. Pode botar.

            Ó Deus, ó Deus, agradecemos pelas belezas do Brasil.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/09/2009 - Página 47129