Discurso durante a 164ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração ao Dia Mundial do Turismo.

Autor
Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. TURISMO.:
  • Comemoração ao Dia Mundial do Turismo.
Publicação
Publicação no DSF de 25/09/2009 - Página 47134
Assunto
Outros > HOMENAGEM. TURISMO.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, TURISMO, OPORTUNIDADE, DEFESA, DIVERSIDADE, RECURSOS NATURAIS, ESTADO DO PARA (PA), ATRAÇÃO, TURISTA, AMPLIAÇÃO, OFERTA, EMPREGO, RENDA, REGIÃO.
  • SAUDAÇÃO, SECRETARIO GERAL, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE TURISMO (OMT), EMPENHO, PROMOÇÃO, SETOR, TURISMO, MUNDO.
  • CONVITE, AUTORIDADE, PRESENÇA, SESSÃO, PARTICIPAÇÃO, FESTA, SANTO PADROEIRO, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO PARA (PA).

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Presidente Senador Mão Santa, quero saudar o Dr. Nelson de Abreu Pinto, Presidente da Confederação Nacional do Turismo.

            Srªs e Srs. Senadores, minhas senhoras e meus senhores, há pouco, ouvimos o Senador Nery, do meu Estado. Também como representante do Estado do Pará, eu não poderia deixar de subir à tribuna neste momento em que homenageamos o Dia Mundial do Turismo.

            V. Exª, Senador Mão Santa, fez, há pouco também, um pronunciamento, colocando o nosso querido Estado do Piauí, com as suas belezas naturais, como um dos roteiros turísticos do nosso País.

            Quero aqui fazer, também desta tribuna, o destaque do meu querido Estado do Pará nesse segmento tão importante da economia mundial e brasileira. Isso porque o meu Estado responde por 26% da Região Amazônica e abriga algumas das mais belas paisagens deste imenso Brasil, possuindo enormes potencialidades turísticas ainda por serem exploradas.

            Quando falo em potencialidades turísticas, não estou me referindo apenas à nossa capital, Belém. É certo que lá existem diversas atrações que merecem ser vistas por todos os brasileiros, como, por exemplo - e foi citado há pouco pelo Senador José Nery, e cito novamente -, ex-Prefeito de Abaetetuba, nosso amigo João de Deus, a procissão do Círio de Nazaré, que ocorre todo segundo domingo do mês de outubro, mas temos o mercado do Ver-o-Peso, o belíssimo Teatro da Paz, a Estação das Docas, o complexo Feliz Lusitânia, o Mangal das Garças, entre tantas outras atrações. Quero destacar aqui o Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, um centro que deu a Belém um novo segmento do turismo: o turismo de negócios, que movimenta bilhões por todo o mundo.

            Mas, além da capital, o turista interessado em conhecer as belezas do Pará poderá visitar Santarém, no oeste paraense, onde ocorre o encontro das águas do Rio Amazonas e do Tapajós. É nessa região também que se encontra uma das praias mais belas do País, que é a praia de Alter do Chão, reconhecida como o caribe brasileiro, o caribe da Amazônia, que foi distinguida pelo jornal inglês The Guardian como uma das praias mais belas do Brasil.

            Também na região oeste, temos de ressaltar o Festival do Sairé, que citei, inclusive, semana passada, como uma das maiores expressões de nossa cultura, unindo o cristianismo com elementos indígenas. Também durante o Sairé, ocorre a disputa entre os Botos Tucuxi e Cor-de-Rosa, garantindo, portanto, mais uma demonstração da nossa diversidade cultural.

            Outra disputa sadia e que promove a região acontece em Juruti, também no oeste do meu Estado, na região do Tapajós. Lá, ocorre, todos os anos, o Festival das Tribos, com uma disputa que divide a cidade entre os seguidores dos Mundurucus e dos Muirapinimas.

            Também o turista pode conhecer, no Pará, o Município de Altamira, um dos principais corredores de pesca esportiva do Estado, com belas praias de água doce. Ali, o visitante poderá conhecer o belo Rio Xingu, com corredeiras e diversas atrações. Temos também o Rio Araguaia, com suas praias. Na época da seca, as praias, em São João do Araguaia e em Conceição do Araguaia, e as suas cachoeiras dão ao sul do Pará um atrativo especial ao turismo.

            No extremo norte, temos a famosa Ilha de Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, com inúmeras atrações voltadas para o turismo ecológico, onde búfalo é até usado como meio de transporte e como guarda montada da Polícia Militar. A cultura única da ilha possui já uma boa estrutura para receber os visitantes e é destino obrigatório para quem quer conhecer a Amazônia em todo o seu esplendor, devendo passar pelos Municípios de Soure e Salvaterra, entre tantos outros. E, é claro, muita gente conhece a famosa cerâmica marajoara, que vem também da cultura indígena da região.

            Também temos vários Municípios na região polo Araguaia-Tocantins, polo que concentra atrações como o torneio anual de pesca, que acontece no lago da usina de Tucuruí.

            Além de todos esses destinos encantadores, Sr. Presidente, o turista poderá desfrutar da saborosa culinária paraense.

            Aliás, a mais brasileira das culinárias. Nossos pratos são sempre destaque nos programas de televisão do País e do mundo por sua exuberância de sabores. Nossa culinária é a mais brasileira, pois possui, em sua maior parte, elementos indígenas. E os índios são a origem deste País de tanta mistura positiva, reunindo gente de todo o mundo, formando um povo único: o brasileiro.

            Temos iguarias como Pato no Tucupi, o Tacacá e a Maniçoba, as nossas frutas regionais, e também comprovar como é acolhedora a nossa gente. Gente que toma o açaí de uma forma única, in natura, apreciando o verdadeiro sabor dessa frutinha, que hoje é tão reconhecida por suas propriedades energéticas no mundo inteiro.

            Por tudo isso, senhoras e senhores, não é de se espantar que o turismo no Estado do Pará tenha registrado, em 2008, um incremento da ordem de 5,4% em relação ao ano anterior, segundo dados fornecidos pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur).

            Esses são os frutos de uma semente que foi plantada em janeiro de 1995, há 14 anos, com o início da gestão de Almir Gabriel e do PSDB no Pará. Hoje, apesar dos equívocos do Governo do PT no Estado, a população colhe os frutos plantados durante os Governos Almir Gabriel e Simão Jatene. Dividiram o Estado em polos turísticos e promoveram nossas potencialidades no País. Incrementaram Belém com tantas atrações e criaram um novo paradigma. A força do turismo no Pará, inegavelmente, deve muito ao que foi plantado há alguns anos.

            Lá, foi incentivado o que hoje se chama de indústria sem chaminé.

            Uma indústria limpa, que preserva nossas matas nativas, fortalece nossa cultura e artesanato, promove nossa culinária e apresenta ao planeta um verdadeiro Pará, um País que se chama Pará. Como diz o poeta na sua canção, com uma gente acolhedora, rica, plural e que o mundo ainda tem muito a conhecer.

            É esse o sentido do turismo visto como deve ser: um negócio rentável, que valoriza o que temos de maior: nossas raízes. Propicia ao turista cultura e lazer por um lado e, por outro, gera emprego e renda; duas faces da mesma moeda.

            O turismo é um segmento que, como disse, movimenta bilhões e bilhões de dólares anualmente em todo o mundo, ao qual devemos voltar nossos melhores esforços, não apenas porque gera renda, mas porque se trata de uma indústria com um dos menores índices de impacto ambiental.

            Quero, portanto, nessa oportunidade, Senador Mão Santa, cumprimentar o Senador Leomar Quintanilha, autor do requerimento para que realizássemos esta sessão solene que comemora o Dia Internacional do Turismo, pela oportunidade com que nos brinda de refletir sobre esse assunto tão importante para todos os brasileiros.

            O tema deste ano, como sabemos, é “Celebrando a Diversidade”. De fato, uma das motivações para o turismo e, talvez, a mais importante, é a diversidade. Se tudo fosse igual em nosso planeta, se não houvesse diferenças, por qual motivo viajaríamos para conhecer lugares idênticos aos que já conhecemos, idênticos aos locais onde vivemos? É essa diversidade que nos impulsiona, que nos inspira a conhecer novos e encantadores destinos mundo afora.

            Já concluindo, Sr. Presidente, saúdo o Secretário-Geral da Organização Mundial do Turismo, o Sr. Taleb Rifai, na pessoa da Coordenadora-Residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Srª Kim Bolduc, pelos esforços que vêm empreendendo para promover o segmento turístico em todo o mundo.

            E, por fim, aproveito para convidar todos os presentes, e aqueles que nos assistem pela TV Senado e nos ouvem pela Rádio Senado a visitar o Pará no próximo dia 11 de outubro, daqui a duas semanas, quando o Pará celebra o Círio de Nazaré, o de nº 216. Esta romaria começou em 1793, e é uma festa de fé dos paraenses à sua padroeira, Nossa Senhora de Nazaré.

            Senador Mão Santa, nós, do Pará, dizemos que o Pará é uma terra tão abençoada que tem Belém como sua capital e pode festejar dois natais: o Natal, que comemoramos em todo o mundo no dia 25 de dezembro, festejando o nascimento de Cristo; e o natal dos paraenses, que é o Círio de Nazaré, que se comemora sempre no segundo domingo do mês de outubro e que, neste ano, será no próximo dia 11 de outubro.

            Serão mais de dois milhões de pessoas nas ruas de Belém. Além do turismo religioso, o visitante poderá ter acesso a toda efervescência cultural que é promovida na capital paraense, com diversas atrações que, certamente, vão encantar o brasileiro e o estrangeiro que forem conhecer nossa terra.

            Com essas palavras e este convite, Sr. Presidente, encerro este pronunciamento.

            Muito obrigado. (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/09/2009 - Página 47134