O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - A Mesa Diretora acaba de receber um portal, o GP1, do Piauí, primeiro grande portal, GP1. E recebi telefonemas também exigindo que eu lesse, porque se trata de um trabalho do jornalista Tomaz Teixeira. A fonte é o Diário do Povo do Piauí. Tomaz Teixeira, um bravo jornalista da história do Piauí, foi Deputado Estadual algumas vezes, foi Líder do Governo Alberto Silva. Aliás, a grande história política de Alberto Silva deve-se à liderança de Tomaz Teixeira, que era o Líder maior. E Tomaz Teixeira também foi Presidente do PMDB.

            Então, o GP1, o primeiro grande portal do Piauí, diz, segunda-feira, 14 de setembro:

Wellington Dias corre o risco de ser cassado também, diz jornalista” [Tomaz Teixeira, um dos mais históricos e acreditados jornalistas do Piauí].

A grande imprensa do Piauí não tem procurado mostrar a realidade [diz Tomaz Teixeira] sobre o processo de cassação que envolve o governador Wellington Dias e seu vice... O Governador do Piauí, a exemplo de todos aqueles que foram cassados, também tropeçou no quesito conduta vedada. As provas são semelhantes às que cassaram o Governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB).

Wellington Dias e o PT aprovaram, já no mês de janeiro do ano da reeleição (2006), uma Lei que fez doações gratuitas de carteiras de motorista (CNH).

Para ter validade legal, a Lei teria que ter sido votada no ano anterior ao da eleição e sua execução a partir do início do ano, consequentemente, possuindo dotação orçamentária legal para tal.

Desavisados e despreparados, os assessores do Governador, pensando em buscar eleitores, fizeram a doação gratuita de milhares de carteiras de motorista, numa Lei de autoria da Deputada Flora Izabel. O Governador Cássio Cunha Lima, da Paraíba, também criou um programa social que destinava recursos para famílias pobres fazerem recuperação e melhorias de residências. Pisou na conduta vedada e foi um dos primeiros a ser cassado.

Wellington vai também a julgamento. Se for para fazer justiça e não decidir com dois presos e duas medidas, o Governador do Piauí está na mira para ser cassado pelo TSE. O crime é o mesmo e a jurisprudência não pode ser diferente.

Caindo Wellington e Wilson Martins - e eles parecem que caíram da rede e estão brincando com as varandas - a história da política do Piauí vai ter uma reviravolta inesperada. Em política, tudo é possível.

Se cair, quem ascenderá politicamente será o Presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Temístocles Filho (PMDB), que, além de assumir o Governo do Estado, pode ser candidato na escolha a ser feita pela Assembléia dentro de 30 dias.

Após essa eleição, poderá dizer: “Bem agora que sou governador com mais de um ano de mandato, sou candidato a reeleição”. E daí? E daí é que a política do Piauí vai dar uma guinada de 360º, deixando muita gente de calça na mão.

O governador e seu vice podem ser cassados, sim, embora já tenha um parecer do relator a seu favor e de seu vice. E o plenário do TSE vai aceitar esse parecer que parece mais coisa de encomenda?

Quem conhece o processo e vem acompanhando as decisões com cassações de governadores, pelo PSE, sabe o risco que correm Wellington Dias e Wilson Martins. A cassação do governador de Tocantins, Marcelo Miranda, deve servir de alerta para Wellington.

            O jornalista Tomaz Teixeira acha que o manto protetor do PT será incapaz de proteger o Governador do Piauí.

            Diário do Povo, Tomaz Teixeira, jornalista.