O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, há pouco o Senador Heráclito Fortes mostrou-me um ofício que vai encaminhar a mim, do Diretor Geral da Polícia do Senado, a respeito de algumas pessoas que, na véspera do julgamento do caso Cesare Battisti pelo Supremo Tribunal Federal, encontravam-se em vigília perante o edifício do Supremo Tribunal Federal. Ali estava a Srª Rosa Fonseca, que eu conheço há mais de trinta anos, muito amiga da ex-Deputada e ex-Prefeita de Fortaleza, Maria Luíza Fontenele, de Fortaleza, Ceará; estava a Srª Maria de Lourdes, uma senhora já com cerca de 65 anos ou mais, e diversas outras pessoas. Elas estavam ali, em vigília. E eu, solidariamente a eles, como o meu gabinete tem porta para o lado externo e sabendo da responsabilidade da Srª Rosa Fonseca, emprestei-lhe a minha chave para que aquelas pessoas pudessem realizar a vigília e, se necessário, pudessem, como obviamente aconteceu, utilizar o banheiro de meu gabinete.

            Eu emprestei a chave responsavelmente, a uma pessoa responsável, e, na manhã seguinte, conforme eu combinei, às 8h30 da manhã, ela a devolveu. E, no meu gabinete, tudo se encontrava perfeitamente em ordem. Não houve um papel, ou qualquer livro, qualquer publicação, qualquer cadeira... No banheiro, tudo estava completamente em ordem, ainda que cerca de dez, doze pessoas tivessem utilizado o meu gabinete para ir ao banheiro durante aquela vigília.

            Portanto, eu sou inteiramente responsável e quero dizer isso ao serviço de segurança do Senado. Poderiam ter perguntado a mim. Naquela noite, os Senadores João Pedro e José Nery, quando viram a segurança do Senado preocupada com aquelas pessoas no meu gabinete, explicaram: “O Senador Suplicy emprestou-lhes o gabinete para que pudessem ir ao banheiro”. Meu gabinete nem dispõe de qualquer sofá. Se quisessem descansar, poderiam tê-lo feito até no chão.

            Eu só queria dar esse esclarecimento, que já expus oralmente ao Senador Heráclito Fortes, que me perguntou a respeito. Eu disse essas coisas que estou lhe transmitindo, Presidente Mão Santa.

            Aos jornalistas que me perguntaram, eu disse: “Olha, se vocês quiserem utilizar o banheiro de meu gabinete, eu lhes empresto também”.

            Não há qualquer problema. Não há qualquer irregularidade ou qualquer ameaça à segurança do Senado Federal. A Srª Rosa Fonseca é extremamente responsável.

            Então, era esse o esclarecimento que eu queria dar.

            Agradeço-lhe, Senador Valdir Raupp.