Discurso durante a 156ª Sessão Especial, no Senado Federal

Solidariedade ao governo e ao povo cubano pela perda do líder Juan Almeida Bosque, falecido dia 11 do corrente.

Autor
Jorge Afonso Argello (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/DF)
Nome completo: Jorge Afonso Argello
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Solidariedade ao governo e ao povo cubano pela perda do líder Juan Almeida Bosque, falecido dia 11 do corrente.
Publicação
Publicação no DSF de 16/09/2009 - Página 43668
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, LIDER, COMANDANTE, POLITICO, ESCRITOR, MUSICO, PAIS ESTRANGEIRO, CUBA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, CONTRIBUIÇÃO, REVOLUÇÃO, PROMOÇÃO, CULTURA.

O SR. GIM ARGELLO (PTB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) Senhor Presidente, Senhoras Senadoras e Senhores Senadores, Como Parlamentar e como cidadão brasileiro não poderia deixar passar em branco a morte de um dos maiores líderes do povo cubano, nação amiga do Brasil e que merece todo o nosso respeito e admiração.

Refiro-me ao Comandante Juan Almeida Bosque, falecido em Cuba na última sexta-feira, 11 de setembro,

vítima de uma parada cardiorespitaratória.

Nascido em 1927 numa área empobrecida de Havana, Juan Almeida trabalhava como pedreiro em um bairro modesto da capital e cursava Direito na Universidade de Havana, quando conheceu e se tornou

amigo próximo de Fidel Castro.

Inconformado com o sucesso do golpe de estado que levou ao poder o ditador Fulgencio Batista, em 1952, resolveu ingressar na guerrilha urbana e participou junto com Fidel, do assalto ao quartel Moncada

em 1953, em Santiago de Cuba.

Preso e exilado no México, retornou a seu país, juntamente com Che Guevara e os irmãos Fidel e Raúl Castro, por ocasião da expedição do Iate Granma, em que era comandante de um dos três esquadrões. Foi

um dos 16 guerrilheiros que sobreviveram ao desembarque em Sierra Maestra.

Homem de fibra, exímio e atirador de elite, foi nomeado comandante da Terceira Frente de Guerrilha e da Coluna de Santiago do Exército Revolucionário.

Após a vitória da Revolução, em janeiro de 1959, continuou colaborando como um dos líderes do processo revolucionário, tendo sido nomeado general das forças armadas e agraciado com o título de Comandante da Revolução.

Era membro do Comitê Central do Partido Comunista Cubano e, portanto, do poderoso birô político do país, além de Deputado e Vice-Presidente do Conselho de Estado. Antes de sua morte, dedicava-se firmemente ao trabalho na Associação de Combatentes da Revolução Cubana, instituição que presidia desde a fundação em 1993, e que desejava se tornar um dos bastiões da nação.

Juan Almeida também era músico e escritor, atividades às quais se dedicava com o objetivo maior de promover a cultura cubana. Compôs mais de 300 músicas e escreveu uma dúzia de livros!

Gostaria neste momento de expressar minha solidariedade ao governo e ao povo cubano por essa enorme perda. Com toda certeza, a memória de um homem do quilate e da fibra de Juan Almeida jamais se apagará, mas permanecerá gravada na memória e na história do povo de Cuba.

Muito obrigado, Senador Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/09/2009 - Página 43668