Discurso durante a 177ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação com a aprovação, hoje, pela Comissão de Constituição e Justiça, da criação do Banco do Desenvolvimento do Centro-Oeste.

Autor
Osvaldo Sobrinho (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/MT)
Nome completo: Osvaldo Roberto Sobrinho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Satisfação com a aprovação, hoje, pela Comissão de Constituição e Justiça, da criação do Banco do Desenvolvimento do Centro-Oeste.
Publicação
Publicação no DSF de 08/10/2009 - Página 50408
Assunto
Outros > BANCOS. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, APROVAÇÃO, COMISSÃO, SENADO, PROJETO, CRIAÇÃO, BANCO DE DESENVOLVIMENTO, REGIÃO CENTRO OESTE, LONGO PRAZO, LUTA, BANCADA, CONGRESSISTA, IMPORTANCIA, GESTÃO, RECURSOS, FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO CENTRO-OESTE (FCO), IMPLEMENTAÇÃO, POLITICA, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
  • COMENTARIO, CRESCIMENTO ECONOMICO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), INICIATIVA, EMPRESARIO, IMPORTANCIA, INCENTIVO, ECONOMIA, BANCO DE DESENVOLVIMENTO, REGISTRO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, JAYME CAMPOS, SENADOR, TITULAR.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. OSVALDO SOBRINHO (PTB - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje, foi aprovado, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, o Banco do Desenvolvimento do Centro-Oeste, um Banco que, indiscutivelmente, foi a luta ferrenha, durante mais de vinte anos, de todos os representantes do Centro-Oeste nesta Casa e na Câmara dos Deputados. Foi também uma luta seguida e falada todos os dias pela Senadora Lúcia Vânia, que pegou essa bandeira e que, em nenhum minuto, largou-a no meio do caminho. Lutou, quebrou todos os laços e teias que existiam e foi buscar seu ideal, foi buscar seu objetivo, foi fazer com que valesse sua vontade e a vontade do povo do Centro-Oeste. Hoje, numa sessão memorável, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, S. Exª e todos nós conseguimos aprovar a criação desse Banco, para que pudéssemos, então, incrementar e fomentar o desenvolvimento do nosso Centro-Oeste.

            Lembro-me bem de que o Senador Jayme Campos, meu amigo e meu companheiro, ex-Governador de Mato Grosso, Prefeito por três vezes de Várzea Grande, desta tribuna, por várias vezes, defendeu a criação desse Banco. Salientava o Senador Jayme Campos que esse Banco seria a mola propulsora do desenvolvimento do Estado de Mato Grosso e do Centro-Oeste como um todo.

            Hoje, há o Fundo do Centro-Oeste (FCO), criado na Constituição de 1988, com a luta de 292 Senadores do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste, que se uniram em uma bancada homogênea nesta Casa para fazer com que esses recursos fossem criados. Por meio de um trabalho forte, de um trabalho duradouro, de um trabalho consentâneo, de um trabalho real em termos objetivos regionais, conseguimos criar o FCO, o Fundo do Nordeste e o Fundo da Amazônia. Esse Banco foi colocado em pauta para ser criado depois, por lei ordinária. Lastimavelmente, ao longo desses anos todos, apesar do trabalho empreendido, não se conseguiu mover muita coisa, porque os Estados pobres sempre têm dificuldade de colocar suas ideias, de buscar seu ideal e de fazer com que se concretizem as ideias daqueles que pensam no melhor para esses Estados.

            A Bancada do Centro-Oeste é pequena, pouco pode fazer, mas, ao longo desse período todo, pela voz da Senadora Vânia e de outros companheiros, conseguiu fazer com que se chegasse a um ponto pelo menos mais adiantado hoje na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Fico feliz por isso, porque, na verdade, agora, haverá um organismo oficial em que poderão ser depositados todos os recursos do FCO, e ali poderão ser feitas as políticas que precisamos para desenvolver nosso Estado.

            O que tem sido feito em Mato Grosso, principalmente nos últimos anos, tem sido alcançado mais pela força, pelo trabalho, pela consciência do empresariado, daqueles que acreditaram em Mato Grosso, que se deslocaram de todos os recantos do Brasil e que para lá foram construir riquezas, que para lá foram produzir e que transformaram campos hostis em verdadeiros canteiros de produção. Transformaram aquelas matas bravias em um verdadeiro jardim no meu Estado. E, hoje, Mato Grosso é, indiscutivelmente, um dos campeões na produção de alimentos, principalmente, na produção de soja, de milho, de carne. Isso ocorre em todas as linhas de alimentação. Hoje, na verdade, isso alimenta nossa balança de pagamentos.

            Portanto, Sr. Presidente, essa é uma felicidade para nós. E tenho a certeza de que o Senador Jayme Campos, onde está agora, lá em Mato Grosso, deve estar muito contente, porque conseguiu ver seu sonho também realizado. Jayme Campos tem nos falado sempre que, com esse Banco, poderemos dar um pulo, um salto para o futuro, um salto que vai, indiscutivelmente, dar tranquilidade, para que nossa riqueza, para que a riqueza de Mato Grosso possa realmente se expandir. Assim, poderemos dar um pulo de qualidade naquilo que aqui fazemos.

            Tenho a certeza de que esse não é um sonho só de Jayme Campos, mas de todos nós, que almejamos a isso, que tudo fizemos por isso, que trabalhamos nesse sentido. É o sonho da Senadora Serys Slhessarenko, é o sonho do Senador Gilberto Goellner, é um sonho meu, de todos nós que, na verdade, nele acreditamos e que precisamos que o Governo Federal olhe para nossas riquezas, para que possamos ajudar o Brasil a crescer e a se desenvolver.

            Fico muito feliz, muito contente, neste momento, de aqui trazer as palavras de Mato Grosso, a palavra do povo do meu Estado, a palavra do Senador - que representa o pacto federativo - de que agora, na verdade, nós demos um passo adiante na busca do nosso destino, na busca dos nossos ideais.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, falo aqui com a emoção da alma; falo aqui com a emoção de um mato-grossense que acompanhou a história do meu Estado por longos anos, mesmo após a divisão, quando ficou uma parte para o sul e outra para o norte. Nós enfrentamos a realidade, transpusemos todos os obstáculos e conseguimos fazer de um Estado que era praticamente só florestas, campos e cerrados um jardim em flor, um Estado produtivo, um Estado que respondeu ao trabalho, ao capital e ao entusiasmo e amor daqueles que lá trabalham e que conseguiram confiar, para ali realizarem suas esperanças e conseguirem suas utopias.

            Já tarde da noite, depois de tantos oradores que passaram por esta tribuna, mais uma vez venho aqui, para colocar meu depoimento, minha profissão de fé na riqueza do meu Estado, a profissão de fé nos homens que trabalham, a profissão de fé naqueles que acreditam que, por meio do trabalho e da luta, podemos remover montanhas.

            Quero, neste momento, dedicar este meu pronunciamento e o trabalho de todos os Senadores que ainda estão neste plenário e daqueles que lutaram para a criação do Banco do Centro-Oeste, e dizer que valeu a pena a luta. Valeu a pena. Se era utopia, agora é realidade. Mas temos que ter utopias, precisamos acreditar, ter esperança. Precisamos acreditar no futuro. Quem não tem utopia não tem motivo de viver. E eu diria, como disse o poeta: para que me serve a utopia, se, quando a quero, ela está sempre 20 passos à minha frente; e, olho de novo, ela está num horizonte bem mais distante. E aí ele mesmo responde: Se de nada serve a utopia, pelo menos serve para me fazer caminhar. E é assim que caminhamos.

            Nós, Estados pobres, como o Piauí, Mato Grosso, o Pará de V. Exª e assim sucessivamente, temos que ter utopia, temos que acreditar, temos que, na verdade, pensar que, se não conseguimos hoje, conseguiremos amanhã ou depois. Com luta, trabalho, perseverança, buscando atrás, quebrando paradigmas, conseguiremos atingir nossos objetivos e nossos ideais.

            Sr. Presidente, aqui fala um mato-grossense feliz; aqui fala um representante do meu Estado que, no pacto federativo, está feliz, porque, verdadeiramente, conseguimos ultrapassar os nossos limites.

            Hoje, Mato Grosso tem um órgão oficial que, tenho certeza, muita alegria vai dar àqueles que trabalham e àqueles que acreditam no Estado do Mato Grosso.

            Baseado nisso, agradeço aos Srs. Senadores que me concederam esta oportunidade e que, até esta hora, estão aqui para nos ouvir. Digo que, juntos, haveremos de fazer um Brasil melhor, e tenho certeza de que Mato Grosso vai dar sua parcela de colaboração, porque lá há homens bravos, que trabalham, que lutam e que fazem a diferença neste País imenso e neste Estado que se chama Mato Grosso.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Que Deus nos abençoe a todos.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/10/2009 - Página 50408