Discurso durante a 180ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem a todos os médicos do país, especialmente os de Roraima, pelo transcurso, em 18 de outubro, do Dia do Médico.

Autor
Augusto Botelho (PT - Partido dos Trabalhadores/RR)
Nome completo: Augusto Affonso Botelho Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Homenagem a todos os médicos do país, especialmente os de Roraima, pelo transcurso, em 18 de outubro, do Dia do Médico.
Publicação
Publicação no DSF de 14/10/2009 - Página 51510
Assunto
Outros > HOMENAGEM. ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • HOMENAGEM, MEDICO, BRASIL, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DE RORAIMA (RR), OPORTUNIDADE, COMEMORAÇÃO, DIA, COINCIDENCIA, DATA, SANTO PADROEIRO.
  • DEFESA, NECESSIDADE, ATENÇÃO, QUALIDADE, CURSOS, MEDICINA, QUALIFICAÇÃO, VALORIZAÇÃO, MEDICO, MELHORIA, CONDIÇÕES DE TRABALHO, HOSPITAL, SETOR PUBLICO.
  • MANIFESTAÇÃO, DISPOSIÇÃO, LUTA, MELHORIA, SAUDE PUBLICA, EFICACIA, ATENDIMENTO, POPULAÇÃO, PAIS.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. AUGUSTO BOTELHO (Bloco/PT - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o meu assunto vai ser justamente o Dia do Médico, Senador Mão Santa. No próximo domingo, dia 18 de outubro, será comemorado o Dia do Médico e aproveito para fazer daqui da tribuna uma justa homenagem aos médicos e médicas de todo o Brasil, especialmente os que atuam em Roraima.

            Vários Senadores, como eu e o Presidente Mão Santa, são médicos e conhecem os desafios da profissão. Os médicos são responsáveis não só pela saúde física mas também pela saúde mental dos indivíduos, se configurando como um dos profissionais mais importantes da atualidade.

            Além disso, Srªs e Srs. Senadores, no Brasil, por força de nossa história, a função do médico teve de ultrapassar os limites da medicina para ocupar espaço na política brasileira. Desse modo, além do cuidado com a saúde da população, os médicos brasileiros também estão totalmente preocupados com o corpo social e com o corpo político do nosso País.

            E esse é o papel que represento aqui no Senado hoje. Sou médico mas estou Senador. Eu e vários outros Senadores que, além de exercer a medicina, representamos nossos Estados e defendemos os direitos do povo brasileiro nesta Casa. Temos hoje mais de 250 mil médicos em atividade no Brasil, e a cada ano são formados 12 mil novos profissionais. É um contingente respeitável, Presidente Mão Santa, um número, na verdade, que nos lança, aos próprios médicos e à sociedade, alguns desafios grandiosos.

            Em primeiro lugar, há que se zelar pela qualidade dos cursos e pelo gabarito dos profissionais que deles saem. Há também de se buscar o necessário equilíbrio entre a competência técnica e o humanismo para que nossos médicos sejam não apenas profissionais altamente capacitados, mas também cidadãos conscientes da realidade social do nosso País e das necessidades da nossa gente.

            Há que se estimular, com certeza, uma distribuição mais homogênea dos médicos entre as regiões, os Estados e os Municípios para que, em alguns lugares, não haja oferta excessiva de serviços e, em outros, a insuficiência de atendimento. Há quase três mil Municípios brasileiros que não têm a presença do médico permanente. Há de se lutar pela valorização dos profissionais que se dedicam ao setor público para que, pressionados pela necessidade de manter uma vida minimamente digna, tenham de trabalhar em três ou mais lugares paralelamente.

            Srªs Senadoras e Srs. Senadores, quero aproveitar a oportunidade do tema para lembrar que o Dia do Médico coincide com a data em que, no calendário cristão, se comemora o Dia de São Lucas, padroeiro dos médicos. O santo nasceu na Antióquia, atual Turquia, numa família pagã, e converteu-se ao cristianismo. Segundo as histórias, era médico e fez muitas curas nas pessoas nos locais por onde passou.

            Apesar da importância do médico na vida de todos nós, esse é um profissional que tem sido muito maltratado, principalmente pelos governantes. Um exemplo disso é a péssima condição de trabalho que os médicos encontram em vários hospitais públicos de todo o Brasil, principalmente no Norte e Nordeste, Senador Mão Santa, com falta de material, de remédios e de pessoal especializado.

            O Conselho Federal de Medicina tem chamado a atenção da sociedade brasileira para esses graves problemas que os médicos têm enfrentado.

            Quero me solidarizar com meus colegas que enfrentam tantas situações e condições adversas, e reassumir, desta tribuna, o compromisso que assumi com minha gente de Roraima desde o início do meu mandato, de lutar para que a saúde pública melhore, que atenda todos os cidadãos e cidadãs do Brasil, indistintamente. Quero dizer que essa luta nos sensibiliza - porque ainda a vejo no meu dia a dia - e nos mobiliza para as mudanças necessárias.

            Desde janeiro de 2008 tenho, disponível no Orçamento da União, uma verba de 16 milhões para começar a construção de um hospital na zona oeste de Boa Vista. Esse hospital, provavelmente, será licitado nos próximos meses, Presidente Mão Santa.

            Para concluir, ao passar em revista a Medicina, o médico e sua história no Brasil, presto singela homenagem ao profissional de saúde, com a convicção de que, além da nobreza humanística na arte de curar, sua relevância para a construção de um povo melhor e mais produtivo é de inegável valor político, Senador Mão Santa.

            Em especial aos demais Senadores médicos presentes, reitero minhas congratulações pela passagem da data, exaltando a imensa contribuição que o conhecimento médico tem, historicamente, emprestado ao Senado Federal nas formulações, nos debates e nas votações de nossas leis.

            Sr. Presidente Mão Santa, V. Ex.ª tem o nome pela sua dedicação e humanismo no exercício da sua profissão e pela qualidade dos seus serviços, Mão Santa é o seu apelido por causa das suas mãos que ajudaram em muitas curas no seu Estado. São muitos os desafios com que se defronta a classe médica brasileira, ressaltada, aqui, a qualidade na formação dos nossos futuros profissionais. Tenho certeza, porém, de que serão superados e que o nosso povo poderá, cada vez mais, orgulhar-se da capacidade, da dedicação e do patriotismo de nossos profissionais da Medicina.

            Era o que tinha a dizer. Muito obrigado, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/10/2009 - Página 51510