O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como registra o Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando de Queiroz Monteiro Neto, no Relatório Anual de 2008 do IEL - Instituto Euvaldo Lodi, este órgão foi criado com o propósito de ser o duto, para as indústrias, do conhecimento gerado por universidades brasileiras e estrangeiras.

            Ao longo das quatro décadas desde a sua instituição, em 1969, o IEL auxiliou o setor empresarial a transformar-se em um grande gerador de conhecimento e indutor de temas próprios para pesquisas acadêmicas. Assim, o IEL responde também pela criação da necessária ponte entre setores vitais para a dinâmica social e o desenvolvimento econômico brasileiro, como a indústria e a universidade.

            Logo, foi com muita satisfação que li este substantivo Relatório do Instituto Euvaldo Lodi, que mostra à sociedade nacional o que realiza a CNI em favor da formação de melhores e mais capacitados quadros para a nossa promissora indústria.

            Como bem sublinha, na apresentação do documento, o Diretor-Geral do IEL e Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Paulo Afonso Ferreira, o Instituto tornou-se igualmente imprescindível para a formação e qualificação de gestores e empreendedores para a indústria.

            Aliás, empreendedorismo e gestão são desde sempre essenciais para conferir vitalidade, inovação e prosperidade ao mundo empresarial. E a iniciativa privada, convém lembrar, torna-se cada vez mais imprescindível, como parceira do Governo e da sociedade, para gerar e sustentar o desenvolvimento social e econômico de uma nação. Esse papel ganha ainda especial relevância em países como o Brasil, que desponta como um dos principais mercados mundiais e incrementa vigorosamente sua inserção internacional.

            O relatório que me chegou às mãos merece, portanto, destaque na medida em que evidencia com números a importância do Sistema Indústria na formação de recursos humanos em nosso País.

            No que se refere a estudantes-estagiários, em um lapso de apenas 11 anos, entre 1998 e 2008, verifica-se um enorme salto no quantitativo do programa de estágio. Enquanto no ano-base, 1998, o IEL proporcionou pouco mais de 20 mil estágios, no ano passado alcançou a expressiva marca de 106.631 novas colocações.

            Apenas em 2008, o programa de estágio contou com a mobilização de 96 escritórios do Instituto Euvaldo Lodi, 46.926 empresas conveniadas, 10.778 instituições de ensino parceiras e 600 encontros realizados em 22 Estados e no Distrito Federal. Esses dados conferem ao IEL o título de recordista na inserção de estudantes em empresas.

            Com relação às bolsas educacionais, incluídas no Programa de Iniciação Científica para Micro e Pequenas Empresas (Bitec), houve um crescimento sensível no número de estudantes anualmente contemplados. Na última edição, em 2008, foram ofertadas cerca de 600 bolsas; um crescimento de 20% em relação a períodos anteriores. Em 12 anos, 3.365 estudantes foram beneficiados em todo o País, sendo que 46% das bolsas destinaram-se a projetos da Região Nordeste, 18% da Sudeste, 16% da Norte, 11% da Sul e 9% da Região Centro-Oeste.

            No que tange ao desenvolvimento empresarial, o Relatório 2008 do Instituto Euvaldo Lodi revela que mais de 20 mil gestores e executivos participaram de cursos promovidos pelo IEL em parceria com universidades do Brasil e do Exterior.

            Dando ênfase à política de parceria no campo da formação de executivos, junto com o Sebrae, até dezembro do próximo ano, o Instituto deverá capacitar mais 1.500 gestores. Convênio firmado em 2008 também com o Sebrae, e com a intervenção do Ministério da Ciência e Tecnologia, prevê a capacitação em gestão da inovação, até o final do próximo ano, de mais 3.900 empresários e administradores de todo o País.

            Outra iniciativa bastante significativa em 2008 refere-se ao convênio assinado entre o Sistema Indústria e o BID -- Banco Interamericano de Desenvolvimento. A meta é melhorar a competitividade das micro e pequenas empresas de pólos industriais. Em 4 anos, serão investidos 6,6 milhões de dólares.

            Enfim, como se vê, a Confederação Nacional da Indústria, por meio do Instituto Euvaldo Lodi, aderiu ao conceito de formação permanente e aposta decididamente na era da informação e do conhecimento, como, aliás, se vem tornando uma feliz rotina na iniciativa privada e na esfera pública brasileira.

            Gerar conhecimento e qualificar quadros, em articulação com o meio acadêmico nacional e estrangeiro; abrir espaço e transmitir novas habilidades a milhares de jovens brasileiros; apostar sempre na inovação. Esta a via segura para proporcionar ainda maior robustez e competitividade ao formidável setor industrial brasileiro.

            Parabéns ao Instituto Euvaldo Lodi na celebração de seus 40 anos, à CNI e a todo o Sistema Indústria. Parabéns ao Brasil, que conta com lideranças empresariais lúcidas e esclarecidas.

            Muito obrigado.

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