Pronunciamento de João Pedro em 19/10/2009
Discurso durante a 184ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Registro da queda de helicóptero, no Rio de Janeiro, alvejado por traficantes, matando três policiais em ação no combate ao tráfico de drogas. Alegria pela agenda que o Brasil deverá cumprir ao sediar diversos eventos internacionais, tais como: Copa das Confederações, em 2013; Copa do Mundo, em 2014; e Olimpíadas, em 2016. Necessidade de se combater a violência no país e manifestação de apoio ao governador do Estado do Rio de Janeiro.
- Autor
- João Pedro (PT - Partido dos Trabalhadores/AM)
- Nome completo: João Pedro Gonçalves da Costa
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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SEGURANÇA PUBLICA.:
- Registro da queda de helicóptero, no Rio de Janeiro, alvejado por traficantes, matando três policiais em ação no combate ao tráfico de drogas. Alegria pela agenda que o Brasil deverá cumprir ao sediar diversos eventos internacionais, tais como: Copa das Confederações, em 2013; Copa do Mundo, em 2014; e Olimpíadas, em 2016. Necessidade de se combater a violência no país e manifestação de apoio ao governador do Estado do Rio de Janeiro.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/10/2009 - Página 52472
- Assunto
- Outros > SEGURANÇA PUBLICA.
- Indexação
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- GRAVIDADE, EXPLOSÃO, HELICOPTERO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), MORTE, POLICIAL, VIOLENCIA, COMBATE, CRIME ORGANIZADO, TRAFICO, DROGA, APRESENTAÇÃO, HOMENAGEM POSTUMA, PESAMES, FAMILIA.
- SAUDAÇÃO, ESCOLHA, BRASIL, SEDE, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL, OLIMPIADAS, REGISTRO, DIVULGAÇÃO, IMPRENSA, AMBITO INTERNACIONAL, RISCOS, SEGURANÇA PUBLICA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), MANIFESTAÇÃO, ORADOR, APOIO, GOVERNADOR, CONTINUAÇÃO, COMBATE, CRIME ORGANIZADO, MELHORIA, APARELHAMENTO, POLICIA, DEFESA, DEMOCRACIA, ESTADO DE DIREITO.
- DEFESA, VALORIZAÇÃO, COMUNIDADE, FAVELA, TRABALHO, ESTUDO, POPULAÇÃO, SEPARAÇÃO, REPUTAÇÃO, CRIMINOSO, CONCLAMAÇÃO, VITORIA, ERRADICAÇÃO, VIOLENCIA.
- ANUNCIO, AUDIENCIA, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), SOLICITAÇÃO, PROVIDENCIA, VIOLENCIA, REGIÃO, MUNICIPIO, TABATINGA (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), FRONTEIRA, PAIS ESTRANGEIRO, COLOMBIA, HOMICIDIO, BRASILEIROS, ESPECIFICAÇÃO, JUVENTUDE, PEDIDO, AMPLIAÇÃO, PRESENÇA, POLICIA FEDERAL, ALTERAÇÃO, EXERCITO.
SENADO FEDERAL SF -
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O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Jefferson Praia, Srªs e Srs. Senadores, Deputada renomada deste Congresso que está visitando o Senado e conversando com o grande Senador do Piauí, o Senador Mão Santa, quero registrar com tristeza a imagem da queda do helicóptero no Rio de Janeiro nesse final de semana, com policiais que estavam no combate a esta chaga da sociedade brasileira que é o narcotráfico, no combate à violência que acompanha o tráfico de drogas. Enfim, a queda do helicóptero, para mim, é simbólica: é o Estado sendo alvejado.
Quero destacar, primeiro, a coragem desses homens que enfrentam grupos armados e bem armados. Ao mesmo tempo em que exprimo meu pesar aos familiares, esposas, filhos dos policiais, que choram hoje a perda - e hoje faleceu o terceiro policial -, eu quero dizer da minha alegria, por conta da agenda internacional que o Brasil tem, não só a agenda, mas a responsabilidade de fazer eventos internacionais, como a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014 - Manaus, no nosso Estado, será uma das cidades-sede da disputa -, e essa alegria que explodiu em todo o Brasil, por conta da decisão do Comitê Olímpico Internacional, definindo o Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016.
O que aconteceu no final de semana, já por conta de 2016, repercutiu na Europa como um todo: Espanha, França, Inglaterra. Um grande jornal, na Inglaterra, estava já ligando, fazendo da queda do helicóptero um link, questionando a segurança de 2016, nas Olimpíadas.
Não é o primeiro confronto e, com certeza, não será o último. Mas nós precisamos tirar lições, e a principal é a do Governador Sérgio Cabral e da sua equipe de segurança: não esmorecer! Com certeza, para eles, que estão na linha de frente, a queda de um helicóptero com policiais gera um sentimento diferente do nosso. Mas o Estado, o Governador não pode retroagir.
A minha fala é no sentido de apoiar o Governador Sérgio Cabral na continuidade desse combate. E, com certeza, esse combate no Rio de Janeiro é diferenciado dentro do próprio Rio de Janeiro. São focos do tráfico de drogas, como são focos no Brasil... Ainda não derrubaram nenhum helicóptero, mas a violência é grande na fronteira do nosso Estado com a Colômbia, o Peru. A violência chegou, em Tabatinga, no Amazonas, de forma muito cruel, brutal, criminosa, intimidatória.
Mas, vamos ao Rio. Vem de longe o combate, e essa é uma lição que devemos tirar. A polícia do Rio tem que estar preparada de forma diferenciada, melhor equipada para enfrentar os bandidos com armas poderosas. Não é qualquer arma que derruba um helicóptero já preparado para o combate.
E assisti à cena do helicóptero em chamas. O piloto teve muita perícia para descer aquele helicóptero na cidade, num pequeno campo. Não sei se V. Exª conseguiu ver a cena. Tinha que ser no Brasil para ter um campo de “pelada”, senão... Ele conseguiu descer, mas lamentavelmente perdeu parte da tripulação que ocupava o helicóptero.
É preciso dar continuidade, com inteligência, com armas, com competência. Senador Jefferson Praia, tenho consciência do que vou dizer aqui: é necessário fazer o bom combate e um combate duro por conta de que esses grupos são ousados, armados, bem armados, audaciosos.
Agora, ganha o Brasil e ganha o Rio, se vencermos - e vamos vencer essa luta tão dura - nos limites dos marcos de um Estado democrático de direito. Qual o ponto de ser duro - e tem de ser duro - sem comprometer os direitos humanos? Tem de ser duro, tem de estar bem armado, tem de estar bem equipado para fazer esse enfrentamento, mas tem de se encontrar o ponto de equilíbrio dessa firmeza do Estado sem extrapolar, passando para uma ação meramente da violência, do Estado policial.
É profundamente lamentável, porque, às vezes, o comentário generaliza. Parece que, no Morro dos Macacos, só têm bandidos. Quantos homens sérios têm ali, trabalhadores, ajudando o Brasil? Quantas mulheres? Quantos jovens estão ali estudando? Quantas crianças, com sonhos de liberdade, de vencer, de estudar, de viver? Então, este é um outro aspecto no combate ao narcotráfico: não generalizar. É não achar que, no morro, todos são bandidos. Não.
Chego a dizer aqui, na hora deste registro, do apoio ao Governador na continuidade das ações, que, com certeza, a maioria, mas a maioria mesmo das pessoas, são pessoas do bem, são pessoas sérias, são pessoas dignas. São brasileiros e brasileiras que estão ajudando a construir este País, esta economia. São brasileiros que fazem o samba, o carnaval tão bonito do Rio, a poesia do Rio de Janeiro, a beleza do Rio de Janeiro.
Então, fica aqui também a minha solidariedade ao povo, à sociedade do Rio de Janeiro, aos homens e às mulheres desse Estado tão bonito e com tamanho desafio, que é sediar um evento como as Olimpíadas de 2016.
O Estado tem que continuar, quem sabe, fazendo, inclusive, parcerias com o Governo Federal, com a Guarda Nacional. Nós não podemos perder essa luta, esse combate. O tráfico tem que sair derrotado. Essa violência precisa ser derrotada para o bem do povo carioca, para o bem do Brasil. E é claro que essa violência, que ganha a mídia internacional - principalmente no último final de semana -, não está só lá, no Rio. Mas também não é a violência do Rio de Janeiro; é pontual isso.
Quero dizer, Senador Jefferson Praia, que na quarta-feira tenho um encontro com o Ministro Tarso Genro para falar do meu Estado, o Amazonas, e para falar, lamentavelmente, da violência na fronteira do Estado do Amazonas com a Colômbia, com o Peru, mas fundamentalmente entre o Amazonas, Brasil, e a Colômbia, na província de Letícia, na Amazônia colombiana.
A violência tem causado também tristeza do lado brasileiro - são dezenas de famílias brasileiras em Tabatinga, uma cidade de 50 mil habitantes -, principalmente aos jovens da cidade, assassinados. Precisamos - vou dizer isso ao Ministro Tarso Genro - ampliar a presença da Polícia Federal, talvez envolver o Exército, que está presente ali e desempenha um papel importante na fronteira com o Peru e com a Colômbia. Não podemos aceitar a continuidade de assassinatos de grupos que não são brasileiros, assassinando brasileiros, jovens, homens e mulheres, da forma mais cruel e brutal.
Quero, então, neste momento em que presto a minha solidariedade ao povo do Rio de Janeiro e ao Governador Sérgio Cabral, informar aos amazonenses, aos brasileiros, dessa conversa que terei na manhã desta próxima quarta-feira, com o Ministro Tarso Genro, para discutir a situação da violência na fronteira do Brasil, Tabatinga, com a Colômbia.
Sr. Presidente, era o que tinha a dizer, muito obrigado.
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