Discurso durante a 170ª Sessão Especial, no Senado Federal

Critica o uso político da Embaixada Brasileira de Honduras. Defende que o Rio de Janeiro seja o escolhido para a realização das Olimpíadas.

Autor
Eduardo Azeredo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
Nome completo: Eduardo Brandão de Azeredo
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA EXTERNA. ESPORTE.:
  • Critica o uso político da Embaixada Brasileira de Honduras. Defende que o Rio de Janeiro seja o escolhido para a realização das Olimpíadas.
Publicação
Publicação no DSF de 01/10/2009 - Página 48529
Assunto
Outros > POLITICA EXTERNA. ESPORTE.
Indexação
  • CRITICA, UTILIZAÇÃO, NATUREZA POLITICA, EMBAIXADA DO BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, HONDURAS, DEFESA, NECESSIDADE, GOVERNO BRASILEIRO, COBRANÇA, DESOCUPAÇÃO, INSTALAÇÕES, DEFENSOR, RETORNO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • EXPECTATIVA, ESCOLHA, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), SEDE, REALIZAÇÃO, OLIMPIADAS, DEFESA, IMPORTANCIA, ESPORTE, FORMAÇÃO, JUVENTUDE, INCENTIVO, ECONOMIA, PAIS.

            O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG. Pela Liderança. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero abordar aqui a questão do esporte, mas antes disso quero dizer que, pelo que estou vendo da discussão do Senador Heráclito e do Senador Mercadante, sou mais velho que os dois, porque cheguei a participar da resistência ao regime militar ainda na época da faculdade, na época da escola, participando de diretório acadêmico. Faço essa constatação.

            Mas há um fato importante em relação a Honduras que quero ainda trazer. Ontem ouvimos o Ministro Celso Amorim por quase quatro horas, e um ponto permanece sem solução: o uso político da Embaixada brasileira. É evidente que esse uso está acontecendo e que o Governo brasileiro deve insistir mais na desocupação das nossas instalações por esses sessenta adeptos de Zelaya que lá estão. A notícia de hoje é que já houve uma redução gradual. Não se sabe quantos permanecem. Mas o fato é que estes dois pontos - a permanência do número elevado de pessoas dentro da Embaixada, fazendo manifestações políticas, e o uso da Embaixada - são pontos que ainda seguram, eu diria assim, a razão para o Governo brasileiro.

            O Governo está correto, como já dissemos anteriormente, em dar o abrigo. Acreditamos na palavra do Ministro Celso Amorim de que o Governo brasileiro não teve conhecimento prévio. Mas é importante que esse outro obstáculo, que permanece, seja afastado, para que, aí sim, possamos ter a busca da solução por intermédio da ação da OEA. Não é razoável que o Governo brasileiro chame para si um problema que é da Organização dos Estados Americanos, que não é nosso, que é, talvez, do Presidente Hugo Chávez.

            Mas fico satisfeito de ver também aqui a preocupação com a questão das rádios que são fechadas em Honduras, porque, se essa preocupação vale para Honduras, evidentemente vale para a Venezuela. E amanhã vamos discutir, na Comissão de Relações Exteriores, o relatório do Senador Tasso Jereissati a respeito da entrada da Venezuela no Mercosul.

            Sr. Presidente, quero voltar ao tema que me propus a falar aqui hoje, que diz respeito ao esporte. Daqui a dois dias, teremos a decisão sobre a realização das Olimpíadas. O Brasil compete, como todos sabem, por intermédio do Rio de Janeiro, com Chicago, com Madri e com Tóquio. Essas Olimpíadas já foram realizadas nos Estados Unidos por três vezes - duas vezes em Los Angeles e uma vez em Atlanta -, já foram realizadas na Espanha - uma vez em Barcelona -, já foram realizadas em Tóquio. Mas nunca foram realizadas aqui na América do Sul - já o foram no México. E acredito que é importante para o esporte brasileiro, é importante para o País como um todo que essa decisão seja favorável.

            É evidente que é uma decisão sobre a qual não se pode dizer nada até este momento. Mas a torcida é no sentido de que as Olimpíadas sejam realizadas no Rio de Janeiro, dando seguimento à realização do Panamericano, que foi realizado aqui com sucesso - e agora teremos ainda a Copa do Mundo em 2014.

            O esporte continua sendo um ponto de união, um ponto de ocupação da juventude.

            O Brasil tem muito por avançar ainda, especialmente na área dos esportes olímpicos. Vemos agora um renascimento do basquete nacional. O futebol, como sempre, seja masculino, seja feminino, vem avançando com novas conquistas. Portanto, este é um momento em que nós devemos, além de continuar discutindo as questões referentes à política internacional, também acompanhar com atenção a evolução da decisão sobre as Olimpíadas.

            Sobre esporte, quero ainda, Presidente, voltar-me para a minha terra, Minas Gerais, falando das providências que estão sendo tomadas em relação à Copa do Mundo de 2014.

            Pelo Governo do Estado, teremos recursos para uma grande recuperação, uma grande reforma no Mineirão, Estádio de Minas Gerais, Estádio Governador Magalhães Pinto. Teremos ainda, como opção, enquanto o Mineirão é reformado pelo Governo do Estado, o Estádio Independência, do meu time, o América mineiro, que será todo reformado.

            Há ainda uma obra do Governo do Estado na cidade de Sete Lagoas, reformando o Estádio do Democrata. Estes dois, tanto o Estádio de Sete Lagoas quanto o Independência, estão em obras do Governo do Estado para que o futebol mineiro possa continuar durante o período de reforma do Mineirão.

            Sobre o América mineiro, estou apresentando um requerimento de congratulações. O time conquistou a série C do campeonato brasileiro e saiu grande campeão. Esse requerimento eu também apresento.

            Sr. Presidente, queria trazer aqui, finalizando minhas palavras, esse chamamento à valorização permanente do esporte como uma forma sadia de divertimento, de atuação da juventude e, ao mesmo tempo, de motivação econômica do País. É sabido como o turismo movimenta a economia, gerando empregos como um todo.

            Portanto, a valorização de eventos internacionais, como a Copa do Mundo e, quem sabe, as Olimpíadas no Brasil, são da maior importância. E eu quis trazer isso hoje para a reflexão dos Srªs e Srs. Senadores, ao mesmo tempo em que mantemos as nossas atenções com a busca de uma solução para o problema que acabou sendo chamado pelo Brasil em relação a Honduras.

            Era o que eu queria trazer hoje, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/10/2009 - Página 48529