Pronunciamento de Flávio Torres em 28/10/2009
Discurso durante a 190ª Sessão Especial, no Senado Federal
Comemoração do centenário de criação do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS.
- Autor
- Flávio Torres (PDT - Partido Democrático Trabalhista/CE)
- Nome completo: Flávio Torres
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
- Comemoração do centenário de criação do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 29/10/2009 - Página 55233
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
- Indexação
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- HOMENAGEM, CENTENARIO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS (DNOCS), IMPORTANCIA, IDENTIFICAÇÃO, REGIÃO NORDESTE, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DO CEARA (CE), PRIORIDADE, APROVEITAMENTO, RECURSOS HIDRICOS, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO, INCENTIVO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, SAUDAÇÃO, SERVIDOR.
- PROPOSIÇÃO, INCLUSÃO, ORÇAMENTO, PERCENTAGEM, RECURSOS, DESTINAÇÃO, MANUTENÇÃO, OBRAS, ANTERIORIDADE, EXECUÇÃO, DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS (DNOCS).
SENADO FEDERAL SF -
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O SR. FLÁVIO TORRES (PDT - CE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Inácio Arruda, demais membros da mesa, meu caro amigo Viana, com quem compartilhamos de muitos eventos, científicos e de outras naturezas, eu não ia falar, porque, como sou da academia, acho que, para falar, tinha de ter trazido aqui um pronunciamento sobre o Dnocs, estudado, com dados. Mas eu soube desta reunião hoje de manhã, Senador Inácio, quando acordei e vi a programação do Senado de hoje. Mas eu fui chamado e eu vou dizer o que fala o coração; não vou dizer o que fala a cabeça, porque não tive tempo de fazê-lo.
Eu acho que o Dnocs é a instituição que mais se identifica com o Nordeste e com o Ceará. Na minha memória de cearense, não é de pesquisador, realmente o Dnocs está presente em todas as etapas da vida cearense. Quando o Dnocs completa 100 anos, tenho a sensação de que não é uma hora de festa. É festa porque durou 100 anos, e quem completa 100 anos tem que ter uma festa, mas eu sinto - e peço desculpas se eu tiver errado - que a importância do Dnocs no Nordeste tem diminuído, porque a instituição não está sendo dotada do que precisaria, não tem a dotação orçamentária de que precisaria e não tem a renovação de que precisaria. Então, quero aproveitar essa comemoração de 100 anos para fazer um balanço e para concordar com o que outras pessoas certamente já disseram, ou seja, que o momento é de festa, mas o momento é de concentração, de reafirmação da importância que o Dnocs tem na nossa terra. O que seria de nós, o que seria do Ceará sem o Dnocs?
Entre os esportes que eu pratico - e está aqui o comandante Ariston - um deles é voar de aviãozinho pequeno, essas avionetas, ultraleve. A gente voa no final de tarde e, no Ceará inteiro, olha aqueles reflexos: é quase um espelho d’água. Isso tem muito a ver com o Dnocs, porque essa política de açudagem do Ceará, para mim, é uma redenção. A gente não sobrevive sem água. E isso se deu graças à política de açudagem, que deve vir acompanhada de uma política de democratização do uso da terra, de fazer com que o Estado possa aproveitar os recursos hídricos e o pouco solo que tem para produzir para a nossa população.
Então, Senador Inácio, agradeço a oportunidade de vir aqui abraçar as pessoas que no Dnocs permanecem, às vezes até heroicamente, com baixos salários, com poucas perspectivas, vendo as coisas acontecerem. E não há recursos para se fazerem a manutenção dos açudes.
Inclusive o Dr. Hipérides Macedo... Eu estou passando um tempo aqui no Senado, mas vou deixar uma sugestão do Hipérides, que vem insistindo nisso há muito tempo e inclusive publicou no jornal, recentemente, um artigo; ou seja, a gente vota todos os anos o Orçamento, e não se tem dinheiro para a manutenção das obras realizadas. (Palmas.).
É impossível você fazer funcionar, você gerir um sistema em que se podem fazer novos açudes, mas não se pode dar manutenção àquilo que a gente sabe que precisa, porque tem erosão, tem mil problemas naquilo que o Dnocs trabalha. Então, eu vou tentar deixar essa contribuição, de incluir uma porcentagem do Orçamento necessariamente voltada para a manutenção daquilo que o Dnocs já fez.
Meus amigos, parabéns, apesar de todas as questões, pelos 100 anos do Dnocs. E, muito por causa dos funcionários que estão lá, ainda não se acabou com ele; a Sudene, por exemplo, já se acabou com ela. Então, é graças a vocês que o Dnocs conseguiu fazer esses 100 anos.
Meus parabéns!
Muito obrigado.
(Palmas.)
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