O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. S/Partido - PI) - Brasília, 30 de setembro de 2009. Trinta e dois parlamentares, segundo o painel, estão presentes na Casa. Esta é uma Sessão Especial do Senado da República.

            Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

            A presente Sessão Especial destina-se a comemorar o 45º aniversário do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, de acordo com os Requerimentos nºs 319 e 1.240, de 2009, do Senador Paulo Paim e outros Srs. Senadores e Srªs Senadoras.

            Convidamos para compor a Mesa o Exmº Sr. Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea, Sr. Marcio Pochmann. (Palmas.)

            Já está aqui o autor do requerimento desta Sessão Solene, a comemorar o 45º aniversário do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea. Esta é a 170ª Sessão Especial do Senado da República.

            Em nome do Presidente José Sarney, lerei suas palavras de saudação, meus senhores e encantadoras senhoras do meu Brasil:

A realização desta Sessão Especial em comemoração ao 45º aniversário de criação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea não poderia ter vindo em melhor momento.

Em primeiro lugar, homenagear uma instituição do porte e da relevância do Ipea é tarefa das mais gratificantes, tendo em vista o trabalho de excelência que desenvolve no planejamento

Ipea não poderia ter vindo em melhor momento.

Em primeiro lugar, homenagear uma instituição do porte e da relevância do Ipea é tarefa das mais gratificantes, tendo em vista o trabalho de excelência que desenvolve no planejamento estratégico governamental.

Em segundo lugar, vivemos um momento muito especial na economia brasileira, que é a retomada do crescimento após os efeitos da crise econômica mundial. Este ponto de inflexão é, sem dúvida, uma grande oportunidade para uma melhor inserção de nosso País no cenário econômico mundial, tarefa da qual, tenho certeza, nos desincumbiremos muito bem com a ajuda do Ipea.

Gostaria, então, de felicitar o Senador Paulo Paim, nobre representante do Estado do Rio Grande do Sul nesta Casa, por ter encabeçado o requerimento que deu origem a esta Sessão Especial, evento mais do que oportuno tanto pelo momento econômico que vivemos quanto pela importância do Ipea para a pesquisa econômica e para a análise das políticas públicas no Brasil.

O Ipea foi criado em 1964, primeiro ano do regime militar, com o nome de Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada. Justiça seja feita, os militares sempre atribuíram ao planejamento estratégico importância máxima, razão pela qual, já em 1967, o órgão passou a vincular-se ao Ministério do Planejamento e a chamar-se Ipea. Hoje, faz parte da estrutura da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Durante toda a sua história, o Ipea teve forte atuação na formulação da política econômica brasileira, tendo inclusive participado da elaboração de alguns planos econômicos. Desde seu primeiro Presidente, Doutor João Paulo dos Reis Velloso...

            É com muita emoção que cito o nome de João Paulo dos Reis Velloso. Nasceu na minha cidade, na cidade de Parnaíba. Aos nove anos de idade começou a trabalhar, assim como Mauá, que começou a trabalhar também com nove anos, no século XIX, juntamente com Pedro II: o maior líder empresarial e o maior líder político. João Paulo dos Reis Velloso, com nove anos, abria as fábricas do meu avô. Filho de carteiro e de costureira. Tinha mania de primeiro lugar, Harvard. Quero dizer orgulhosamente, como piauiense, que foi o maior Ministro do Planejamento da história deste País. Durante o período revolucionário, conquistamos muitos avanços na tecnologia. A luz, o farol a guiar aquele regime foi João Paulo dos Reis Velloso. Ele deu a este País o primeiro PND, o segundo PND, Plano Nacional de Desenvolvimento.

            Senador Paulo Paim, senhores economistas, ele deu uma lição muito atual para os dias de hoje. Sendo a luz, o farol a guiar o regime militar, em 20 anos, nenhuma indignidade, nenhuma corrupção. Que belo exemplo aos dias de hoje!

Desde seu primeiro Presidente, Doutor João Paulo dos Reis Velloso, até o atual, Doutor Marcio Pochmann, o Ipea nunca se afastou do objetivo primordial de aprimorar as políticas públicas e contribuir para o planejamento do desenvolvimento brasileiro.

Nos dias de hoje, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada vive um momento especial. Por décadas, seus técnicos contribuíram com pesquisas, estudos e projetos para melhorar a realidade social brasileira, tarefa intimamente ligada à prosperidade econômica com distribuição de renda. Agora, veem os resultados!

É bem verdade que ainda não atingimos os níveis ideais de distribuição de riqueza e bem-estar social. Mas é verdade, também, que nosso País nunca teve indicadores econômicos e sociais tão positivos quanto os que temos visto nos últimos tempos. A cada dia que passa, mais e mais pessoas deixam a esfera da pobreza e ingressam na classe média, realidade que produz um círculo virtuoso de consumo, crescimento econômico e maior geração de empregos e renda.

O sucesso e o reconhecimento do Ipea, tanto no Brasil como no exterior, se deve a uma política séria de capacitação de seus profissionais e de intercâmbio com instituições estrangeiras, pilares de um serviço público de excelência que deveriam ser adotados em todos os órgãos e esferas governamentais.

O resultado prático dessa política foi o estabelecimento de um produtivo intercâmbio com instituições estrangeiras renomadas, cujos principais exemplos são a Universidade da Califórnia-Berkeley e a Universidade de Londres, entidades nas quais vários profissionais do IPEA se formaram doutores.

Capacitação, competência e planejamento: essa trilogia garantiu o sucesso do Ipea nesses 45 anos de história!

Ao encerrar, gostaria de cumprimentar o Dr. Marcio Pochmann, em nome de quem cumprimento todos os funcionários e pesquisadores do Ipea.

Que o Instituto não apenas repita o sucesso dos últimos 45 anos, mas amplifique-o doravante. São os votos do Senado da República e de todos os Senadores e Senadoras neste momento de homenagem.

Muito obrigado. (Palmas.)