O SR. MARCO MACIEL (DEM - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) - Sr.ª Presidente Serys Slhessarenko, Srªs e Srs. Senadores, serei breve.

            Venho hoje registrar um fato relevante ocorrido na Academia Pernambucana de Letras, uma das mais antigas e prestigiosas academias estaduais do País. Dela fizeram e fazem parte vários acadêmicos da Academia Brasileira de Letras, entre eles eu citaria o escritor, cientista e pesquisador Mauro Mota.

            Sua inseparável esposa, Marly Mota, acaba de tomar posse na Academia Pernambucana de Letras, e essa é a razão da minha vinda à tribuna para registrar o fato e cumprimentá-la pela posse. Ela sucede na Academia outra grande poetisa, Maria do Carmo Barreto Campelo.

            Marly Mota é uma artista da palavra, poetisa, cronista e pintora, com livros de valor reconhecido pela crítica, entre eles A Janela, O pátio da matriz, Além do Jardim, O mundo e o carrossel, e também com consagradas incursões no campo das artes visuais.

            Marly Mota se define literariamente: “Meu estilo é mais memorialista, saudosista, mas a gente sempre muda para melhor. São crônicas de memórias, lembranças de infância e do meu convívio com Mauro Mota, dentro e fora do Brasil, e com outros escritores”.

            É admirável a fidelidade de Marly Mota às suas raízes pernambucanas, no seu Bom Jardim, sua terra natal, e por onde passou a caminho do Recife e do mundo.

            O mesmo se diga de sua pintura, com seus quadros inspirados tanto em Casa-Grande & Senzala, uma das obras de Gilberto Freyre, quanto nos livros do grande escritor português Eça de Queiroz. Marly Mota tem poesia telúrica em tudo que escreve e pinta, com sentimentos visualizáveis pelas palavras e cores. A saudade é que lhe toca o coração. A escritora e pintora, que ela é, logo a transmite, inclusive a quem não provém dos mesmos passos de vida.

            Marly Mota é alma nordestinamente irmã de Mauro Mota, seu pranteado marido. Os caminhos deles se encontraram e continuam para sempre juntos, como se vê nos próprios títulos e temas dos ensaios do Mauro Mota: Província e Academia, Imagens do Nordeste e na tese O Cajueiro Nordestino, aprovada em concurso para professor do Instituto de Educação de Pernambuco, um dos colégios mais bem reputados da área de ensino do Estado.

            Por seus livros consagrados e na constante presença ao lado de Mauro Mota, ela mesma reconhece ter sido natural que fosse lembrada e até convocada pela mais que centenária Academia Pernambucana de Letras. O programa acadêmico de vida de Marly Mota diz tudo: “Espero que a Academia Pernambucana de Letras seja cada vez mais de letras e cada vez mais pernambucana”.

            Encerro, Sr. Presidente, minhas palavras solicitando que seja transcrito nos Anais do Senado Federal o discurso que a escritora Marly Mota proferiu por ocasião de sua posse na Academia Pernambucana de Letras, para que, através da referida transcrição, possam os Anais da Casa abrigar o discurso de Marly Mota, que tanta repercussão alcançou ao se empossar como integrante da Academia Pernambucana de Letras.

            Era o que tinha a dizer, Srª. Presidente.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MARCO MACIEL EM

SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art .210,inciso I e §2º do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“Discurso de posse da Srª Marly Mota na Academia Pernambucana de Letras”.

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