O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu gostaria de informar que estou inscrito regularmente e aguardando a minha vez, o meu direito de falar ainda na sessão de hoje.

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - V. Exª está utilizando a palavra pelo art. 14.

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Sim; neste instante.

            Eu gostaria de dizer que tenho tratado o Senador Flexa Ribeiro sempre com o maior respeito, ainda que, com frequência - às vezes, três vezes por dia -, ele tenha provocado ações como a de há pouco, tanto nas comissões, como aqui no plenário, por vezes para tentar fazer com que eu esteja inteiramente atento às suas palavras e provocando para que eu possa inclusive oferecer algum aparte. Ocorre que, depois de provocar, ele resolveu não me conceder o aparte. E eu prestei atenção, ainda que também tivesse que estar dando atenção a um de meus 8.896.803 eleitores.

            Tenho sido procurado por todos os programas de televisão, por todas as emissoras de televisão, inclusive o “Pânico”, o “CQC”, mas, por vezes, o “Jô Soares”, por vezes a Rede Globo, a Rede TV, a Rede Record, a Rede Cultura, a Rede Bandeirantes, enfim, todas as emissoras, porque veem em mim uma pessoa que tem o que dizer e, sobretudo, porque represento, de cada dois eleitores em São Paulo, praticamente um, ou seja, 48% do eleitorado votou em mim nas últimas eleições.

            Fui eleito, pela primeira vez, quando aqui cheguei, em 1990, com 4,201 milhões, com 30% dos votos. Em 1998, tive 6,716 milhões, com 43% dos votos. E, em 2006, com 48% dos votos, sempre mais e mais.

            Então, tenho procurado aqui realizar ações, como, inclusive, a de ser uma pessoa com afinidade com os movimentos sociais, os que lutam pela moradia, pela saúde, pelo direito de todos os brasileiros viverem com dignidade, com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e, sempre - e o Senador Flexa Ribeiro é testemunha, assim como o Senador José Nery -, sempre sou solidário ao MST, solidário e presente no ato em que se prestou homenagem à memória dos que foram mortos em Corumbiara, em Eldorado dos Carajás; sempre procurei estar presente e sempre recomendei a eles, e fui convidado por eles para fazer cursos e palestras, em que sempre lhes dizia: “Procurem sempre seguir as recomendações, tais como as de Martin Luther King Júnior. Procurem jamais tomar do chá do gradualismo daqueles que acham que as coisas vão mudar com o tempo, porque se as mudanças não vierem logo, então vamos viver um novo verão abrasador, com tanta provocação de atos de violência, como ocorreram na época. Vamos sempre procurar evitar tomar o cálice do veneno, do ódio, da guerra e da violência! Vamos sempre procurar confrontar a força física com a força da alma, da razão, da busca da verdade, porque assim alcançaremos a justiça”.

            Sr. Presidente, peço para que, no horário...

(Interrupção do som.)

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