Discurso durante a 210ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Reflexão sobre os resultados do apagão elétrico ocorrido na última terça-feira em diversas regiões do país, e críticas à "arrogância" do governo federal no episódio.

Autor
Heráclito Fortes (DEM - Democratas/PI)
Nome completo: Heráclito de Sousa Fortes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Reflexão sobre os resultados do apagão elétrico ocorrido na última terça-feira em diversas regiões do país, e críticas à "arrogância" do governo federal no episódio.
Aparteantes
Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 14/11/2009 - Página 59251
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • DENUNCIA, OMISSÃO, GOVERNO FEDERAL, INTERRUPÇÃO, FORNECIMENTO, ENERGIA ELETRICA, INSUFICIENCIA, INVESTIMENTO, AGRAVAÇÃO, ONUS, SETOR, PRODUÇÃO, COMERCIO, CRITICA, UTILIZAÇÃO, FUNDO DE PREVIDENCIA, USINA HIDROELETRICA.
  • CRITICA, ATUAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL, QUESTIONAMENTO, DEFESA, GOVERNO FEDERAL, FAVORECIMENTO, CANDIDATURA, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
  • ELOGIO, GOVERNO, FERNANDO COLLOR, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, INCENTIVO, INDUSTRIA AUTOMOBILISTICA, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE.
  • REPUDIO, COMPORTAMENTO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, AUSENCIA, RESPONSABILIDADE, IMPUNIDADE, CORRUPÇÃO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Fernando Collor, Srs. Senadores, é evidente que não há outro tema a ser tratado hoje desta tribuna que não seja o apagão ocorrido esta semana e que atingiu 40% da população brasileira. Quero crer até que esse assunto já teria entrado na rotina e caminhado para o esquecimento, não fosse a arrogância com que o Governo tratou de tirar das suas responsabilidades este fato.

            V. Exª, Senador Fernando Collor, foi Presidente da República e sabe que é praticamente impossível um fato dessa natureza ocorrer sem a responsabilidade do Governo. Não que o Governo seja o causador; o Governo até pode não ter cometido omissão, mas o Governo é o gestor do setor elétrico, foi o responsável pelo não investimento, ao longo desses tempos, na expansão e na modernização das redes. E os dados que começam a aparecer dão conta, de maneira bem clara, que apenas 30% do necessário foi investido ao longo deste tempo.

            Querer tratar esse episódio como um microincidente ou um microacidente é debochar do povo brasileiro. Senador Fernando Collor, pode ser que, para nós, que estamos aqui em Brasília e não fomos atingidos pelo blecaute, ou para que os que estão vivendo em regiões onde o apagão não chegou, o fato não tenha grande importância, mas não podemos subestimar as pessoas que foram vitimadas por esse episódio.

            Ontem, vimos, pelos jornais televisivos, o que foi a rotina quebrada de moradores de importantes cidades brasileiras; contudo, esse fato atingiu também o setor produtivo, desde as grandes multinacionais - veja o caso da Volkswagen, que teve a sua linha de montagem paralisada - às pequenas fábricas que produzem autopeças e que dão suporte ao parque industrial brasileiro em vários setores. O que vimos, ontem, foram os seus proprietários ou os seus diretores desesperados, avaliando o prejuízo que tiveram, porque a falta de energia, Senador Mão Santa, provoca o desaquecimento de máquinas, tira do ar o computador, hoje usado maciçamente nessas indústrias modernizadas. De forma que esse fato não pode ser esquecido.

            Senador Mão Santa, e aqueles que sobrevivem do pequeno comércio, da quitanda, da bodega, que perderam seus estoques: carne, leite e derivados, produtos perecíveis?

            Portanto, esse não é um assunto de brincadeira. Por que é que o Governo peca, e peca muito? Por ter politizado o setor energético do Brasil. Vamos ser claros! O telespectador que estiver me ouvindo vai perceber o que estou dizendo. As empresas de energia, em quase sua totalidade, são dirigidas para acomodações políticas. Talvez, se os membros do Governo não tivessem se dedicado tanto tempo a fazer acomodações incorretas no fundo de pensão de Furnas, no famoso Real Grandeza, que ocupou tantas páginas de jornais - e, na semana passada, finalmente, os jornais noticiam como grande vitória a acomodação partidária dos que dão sustentação ao Governo -, ou seja, se não tivessem perdido tanto tempo nessa acomodação imprópria, nessa acomodação política, poderiam ter se dedicado a medidas preventivas que evitariam esse apagão.

            Sabemos que o sistema não é perfeito, que o sistema é passível de falhas. Falhar faz parte da natureza humana, e a máquina não sobrevive, a máquina não funciona sem a mão do homem. Se tudo isso é verdade, por que esse comportamento arrogante e prepotente do Governo, que, agora, chega e diz: “Este assunto acabou, este assunto é passado”? Não! Esse assunto deixou marcas, deixou feridas e, acima de tudo, causou prejuízos ao bolso de pessoas que, para sua sobrevivência, dependem, fundamentalmente, de um bico de luz na sua casa, no seu estabelecimento.

            Portanto, lamento esse tipo de comportamento arrogante. O Governo tinha que ter instalado, imediatamente, um comitê de crise para fazer uma avaliação profunda e para dar satisfação à sociedade brasileira.

            Quem está colocando, por exemplo, a Ministra Dilma Rousseff no centro das questões é o próprio Governo, ao tentar blindá-la. A Ministra foi, é verdade - não podemos esquecer disso -, Ministra das Minas e Energia lá atrás. Mas, se hoje há preocupação com a blindagem de S. Exª, é pelo fato de que ela, por ser do setor, exerce influência predominante no setor, participando de conselhos e sendo responsável por indicações. Todavia, essa blindagem exagerada deixa o povo brasileiro desconfiado do por quê.

            De repente aparecem pessoas que nunca vimos; técnicos que, desesperadamente, de maneira atabalhoada, vão para a televisão justificar erros. E aí, Senador Collor, começa o festival de baboseiras!

            Vi o Deputado Fernando Ferro num debate, ontem, com o Deputado Aleluia - por sinal, num debate desproporcional. Vamos reconhecer. O Deputado Aleluia foi Presidente da Chesf, é um homem do setor; e o Fernando Ferro, por mais correto que seja, como cidadão, é um curioso na matéria. É um curioso! Até se esforçou para justificar o injustificável, mas se saiu com uma lapidar: “Esses acidentes ocorrem. É como desastre de avião; o avião é seguro, mas, de vez em quando, cai”. Ele se esqueceu de dizer que, em 85%, aproximadamente, dos desastres, a culpa é do piloto. É preciso, pois, apontar quem é o piloto que comandava esse desastre, e o Governo não quer.

            O fato está aí. Se a comparação é com avião, vamos comparar para o bem e para o mal. É preciso que se apresente quem é o piloto ou, então, dizer que foi a máquina que quebrou, onde quebrou e por quê!

            E aí está havendo uma coisa interessante, Senador Mão Santa.

            Se é para visitar obras como a do rio São Francisco, a Ministra Dilma serve; se é para anunciar obras do PAC, quem vai é a Ministra Dilma; se é para ir para a Dinamarca, quem vai é a Ministra Dilma. Mas, na hora do apagão, escondem a Ministra Dilma para quê?

            Ora, se estão preparando, Presidente Collor, a Ministra Dilma para ser candidata, é preciso que as pessoas se conscientizem de que Presidente da República tem que enfrentar o bom e tem que enfrentar o ruim. Se vão blindá-la, é preciso, então, que o PT lance dois candidatos: um para as inaugurações, para as festas e outro para as crises. A Constituição brasileira não o permite.

            Acho até que é momento de treiná-la, e não de poupá-la. É momento de mostrar à Nação que S. Exª está preparada para o bom e para o ruim, e não de escondê-la.

            Não sei, mas parece que já deve ser dedo desse Marco Aurélio Garcia, que, depois de fazer tanto mal à política externa brasileira, principalmente no âmbito da América Latina, estreia e se vangloria de ser o coordenador da campanha da Ministra Dilma. Não sei quem será o candidato da oposição, mas que o candidato da oposição fique absolutamente tranquilo, porque, com um coordenador desse, Senador Collor, não é preciso ter muita preocupação, porque ele vai fazer uma bobagem atrás da outra; pela arrogância, pela prepotência.

            V. Exª se lembra do comportamento do Sr. Marco Aurélio com relação aos cubanos?

            Pessoalmente, comandou a volta dos boxeadores cubanos para a Ilha, utilizando os aviões do Sr. Chávez e, depois, fazendo correr uma versão de que aquilo foi espontâneo.

            Lembra-se da ação desastrada do episódio do “top, top”, pelo qual ele ficou conhecido, subestimando a imprensa brasileira? Lembra-se das viagens que fez no episódio da libertação da Senadora colombiana, fazendo viagem, anunciando que o assunto estava resolvido? Foram umas três ou quatro vezes.

            É um desastrado! Talvez já seja produto da sua lavra essa história de poupar a Ministra Dilma. Agora, é muito difícil, Senador Mão Santa, você trabalhar com quem quer ser candidato a Presidente da República, mas que só assume o que é bom: visita os Estados para as obras do PAC, que não existem, que são miragem; vai ao São Francisco, mas, na hora de uma crise dessas, é poupada, é protegida, é escondida. Assim não dá para entender!

            Senador Mão Santa, com o maior prazer, escuto V. Exª.

            O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Heráclito Fortes, temos acompanhado a história. Entendo que o Presidente da República deveria ter mais humildade. “A humildade une os homens; o orgulho divide os homens”. Não fui eu quem o disse, foi La Cordelle, Presidente Collor. Ontem, todo mundo ficou chocado, porque, num pronunciamento, ele disse que há 123 anos não se constrói tanto no setor energético. Por que 123 anos? E fui interpretar - gosto de história -, para aprender, para me guiar, para ser luz. Presidente Collor, aí eu vi o raciocínio: 120, depois de amanhã, nós vamos fazer de República, e 123 para pegar os dois últimos mandatários brasileiros. Então, ele enquadrou todos os mandatários, porque ele é o super, é o campeão. Todos, porque, antes, em governo de unidade, comando e direção, nós tivemos o português D. João VI e o seu filho Pedro I. Então, pegou com os três anos, 123 anos de República, mais o Pedro II e a sua filha Isabel. Então, todos os grandes governantes que fizeram a grandeza do Brasil foram degolados numa frase só: “há 123 anos, ninguém!” Mas eu quero dizer que, nessa complicação da história, cada um teve o seu momento: o do português Pedro I foi a independência; o de Pedro II, o grande, a unidade deste País, grandão; o da filha dele, a liberdade dos escravos; e aí foram se sucedendo. Todos tiveram suas participações. O último, o monstro, o próprio Sarney teve a sua missão na redemocratização. O Presidente Collor vai ficar na história como um homem de visão de futuro e ousado. Foi ele que teve essa visão de mundo, de competitividade industrial. Ninguém pode tirar isso, está na história, e nós a estamos recontando. O Presidente Fernando Henrique, com o Itamar Franco, a inflação. Então, todos estiveram seus momentos, para construir essa grandeza do setor elétrico. O Fernando Henrique foi o herói da inflação e da estabilidade econômica, ninguém pode negar, foi estadista, mas ele teve muita coragem nesse negócio. Eu quero dar o testemunho, porque eu governava o Estado do Piauí e houve o apagão. Quem tem bastante luz não precisa diminuir ou apagar as luzes dos outros. Olha que ele chamou um dos melhores brasileiros que eu já conheci, que teve a coragem de falar a verdade: Pedro Parente. Vocês se lembram de Pedro Parente? Pedro Parente é filho de piauiense, daí as qualidades dele. Ele liderou. Passou de Rodolpho Tourinho a José Jorge aquele Ministério, naquela complicação. Mas, essa grandeza, a adversidade é que faz isso. Eu quero dar testemunho. Eles tiveram de tomar aquelas medidas de racionamento que todos nós conhecemos, mas Pedro Parente planejou. Eu vi, eu sou testemunha, eu era Governador do Piauí na hora, fui chamado para o racionamento, mas vi as preocupações deles com as termelétricas, com essas energias eólicas que estão aí. Então, eu quero crer nisso. É lógico que, quando você está no comando, tem de aparecer, mas não adianta fazer essas comparações. O Brasil foi feito por muita, muita gente boa. Nós estamos aqui porque as coisas funcionavam. Nós fomos educados por esses que nos antecederam. Eu, por exemplo, Presidente Collor, apesar de meu avô ter sido industrial, ter tido dois navios, fui educado em escola pública, em faculdade de Medicina federal e fiz cirurgia num hospital público. As coisas do Governo funcionavam. Então, eu quero crer que nós temos de ter isso. O que vem depois sempre tem mais chances. Tem de compreender. Eu lembro que uma psicóloga criticou Freud em um congresso. Aí, o professor disse a ela: “Você ousa criticar Freud e ver mais do que ele, o pai da psicanálise?” Ela disse: “Ouso, sim, porque eu estou vendo acima da corcunda de Freud. Eu estou vendo o que ele fez e tudo”. Então, essa é a situação do Presidente Luiz Inácio: ele está vendo e está vivendo aquela construção da grandeza do País feita por todos esses abnegados e competentes ex-Presidentes da República.

            O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM - PI) - Agradeço o aparte de V. Exª.

            Quero dizer que o próprio, então Presidente, Fernando Collor cunhou uma frase de que “o homem era senhor da razão”. Usou essa frase e essa frase ecoou, durante algum tempo, para o bem e para o mal, mas o homem é o senhor da razão.

            V. Exª há de convir que alguns fatos marcaram a passagem do nosso companheiro Senador pela Presidência da República, como a revolução provocada na indústria automobilística no momento em que ele deu um murro na mesa e disse que nós vivíamos num País onde os carros eram carroças.

            Nós tivemos dois momentos na indústria automobilística: o do lançamento feito pelo Juscelino e aquele em que tivemos, ato contínuo, as multinacionais refazendo seus parques industriais, porque o que havia aqui, antigamente, é que as matrizes de carro que não serviam mais para os outros países, de maneira muito especial para os Estados Unidos, vinham para cá. Era humilhante ver a qualidade do carro nacional comparada com a do carro estrangeiro. Nós estávamos na época jurássica. Esse é um fato relevante.

            O segundo fato foi a moralização da conta bancária. O Brasil era um horror. Brincava-se com números, com nome de fruta, qualquer coisa valia para se ter uma conta e não havia fiscalização alguma sobre esse fato, produto da gestão do hoje companheiro que preside esta sessão.

            Um fato que considero da maior importância foi a Eco92. Naquela época, salvo engano, 182 chefes de Estado vieram ao Brasil. Discutiu-se aqui, talvez, com aquele volume de chefes de Estado, e deu-se o primeiro sinal de alerta a essa crise que, hoje, é lugar comum nos debates mundiais. Naquela época, não.

            O que me causa espécie é que o Governo forma comitivas - Governo de cuja base o próprio Fernando Collor, hoje Senador, faz parte - e não tem a humildade de convidá-lo, Presidente Collor, para comandar, para fazer parte dessa delegação que vai a Copenhague. Essa é uma das maiores injustiças que se comete. Mas V. Exª será convidado pela União Interparlamentar para fazer parte dessa delegação, o que será, a meu ver, um ato de justiça para com um cidadão que lá atrás teve essa visão.

            Nós tivemos aqui, no atual Governo, encontros envolvendo os países árabes, com seu lado positivo, mas não foi um encontro de integração mundial. A semente plantada na Eco92 é o que vem gerando hoje, Sr. Senador Collor, que preside esta Casa, todo esse debate. Foi o que acordou o mundo, foi o que o alertou para o perigo do aquecimento global.

            Naquela época, ouvia-se falar de El Niño, mas ainda era um mistério. E o Brasil teve o privilégio de sediar aquela série de debates. O que veio depois foi conseqüência. Daí por que eu acho que o Governo comete uma indelicadeza, comete uma injustiça, num momento como este, em que eu vejo um oba-oba desmedido: pessoas querendo aparecer sem terem dado um dedo sequer de colaboração para esse episódio. Daí por que eu faço esse registro aqui, publicamente, porque acho que é necessário e é preciso.

            Mas, Sr. Presidente, eu vou encerrar este pronunciamento dizendo que o Presidente precisa ser humilde. Excesso de confiança por índice de popularidade às vezes se transforma em risco. Essa declaração dele de que foi vítima de uma cilada no episódio do mensalão é hilária. A questão do mensalão é muito clara. Os envolvidos no mensalão são todos do Governo; são todos do Governo. Os denunciados estão aí; o processo está aí. Eu espero, eu torço, eu faço força para que muitos dos que estão indicados se justifiquem e demonstrem ser inocentes. Mas não se pode dizer que o mensalão foi armação de quem quer que seja. O mensalão é fruto da cobiça, da ganância de pessoas que assumiram o poder sem nenhum preparo para aquilo, e que resolveram formar caixas eleitorais para eleição futura. Eu não tenho nenhuma dúvida disso, e o futuro está aí mostrando.

            Ora, por que é que ele teve de afastar Ministro? Por que é que ele teve que afastar assessores? Então, ele cometeu injustiça com os que afastou! Ele não foi correto, ele não foi solidário com o companheiro! Porque, se ele sabia que aquilo era um ato de sabotagem ao seu governo, ele teria de proteger os inocentes amigos seus que foram caluniados naquele momento. Gente, será que o dólar na cueca daquele rapaz lá do Ceará foi um ato preparado por alguém? Não. Essas coisas precisam ser avaliadas de maneira clara. O Presidente tem de ser humilde. Aliás, acho até um erro, uma bobagem ele falar nisso. Ele teria que dar o calado como resposta.

            O mensalão foi um ato inaugural. Tivemos,, a partir do mensalão, uma série de atos comprometedores que colocam a imagem do Governo muito ruim, embora o Presidente até agora tenha conseguido separar a sua imagem da imagem do seu partido e muitas vezes da imagem do próprio Governo. Mas daí dizer que o mensalão é um ato de sabotagem ao seu Governo?! É preciso que o Presidente medite um pouco.

            Não quero chegar ao ponto que chegou o Ronaldo Caiado de dizer que isso é uma crise de Alzheimer, mas chega perto.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/11/2009 - Página 59251