Discurso durante a 209ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de matéria do jornalista Raphael Cortezão, publicada no Diário do Amazonas, feita com base em dados de recente pesquisa nacional do IBGE, que revela um quadro desfavorável ao Estado do Amazonas no tocante a moradias. Confiança nas providências da Reitora da Universidade Federal do Amazonas - UFAM para que seja restabelecido o transporte fluvial, por parte da Instituição, aos estudantes.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA HABITACIONAL.:
  • Registro de matéria do jornalista Raphael Cortezão, publicada no Diário do Amazonas, feita com base em dados de recente pesquisa nacional do IBGE, que revela um quadro desfavorável ao Estado do Amazonas no tocante a moradias. Confiança nas providências da Reitora da Universidade Federal do Amazonas - UFAM para que seja restabelecido o transporte fluvial, por parte da Instituição, aos estudantes.
Publicação
Publicação no DSF de 13/11/2009 - Página 58451
Assunto
Outros > POLITICA HABITACIONAL.
Indexação
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, DIARIO DO AMAZONAS, DIVULGAÇÃO, DADOS, PESQUISA, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), DEMONSTRAÇÃO, PRECARIEDADE, HABITAÇÃO POPULAR, INSUFICIENCIA, NUMERO, PRESIDENCIA, BAIRRO, PERIFERIA URBANA, ESTADO DO AMAZONAS (AM), CONFIRMAÇÃO, FALTA, ESTABILIDADE, DEFICIENCIA, PLANO, POLITICA HABITACIONAL, BRASIL.
  • DEFESA, NECESSIDADE, PLANO, APROVEITAMENTO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, REGIÃO AMAZONICA.
  • LEITURA, NOTICIARIO, IMPRENSA, ESTADO DO AMAZONAS (AM), DIVULGAÇÃO, DECRETAÇÃO, GREVE, ALUNO, CAMPUS AVANÇADO, UNIVERSIDADE DO AMAZONAS (UAM), MUNICIPIO, BENJAMIN CONSTANT (AM), MOTIVO, RETIRADA, TRANSPORTE FLUVIAL.
  • EXPECTATIVA, REITOR, UNIVERSIDADE DO AMAZONAS (UAM), ADOÇÃO, PROVIDENCIA, RETORNO, EMBARCAÇÃO, GARANTIA, ACESSO, UNIVERSIDADE FEDERAL, ESTUDANTE CARENTE, MUNICIPIOS, ISOLAMENTO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente.

            Presidente, tenho aqui dois pronunciamentos bastante curtos, até porque o Senador Jereissati propiciou um debate macro de extrema riqueza sobre essa questão energética. Eu trato aqui de dois assuntos que têm a ver com o meu Estado.

            O primeiro pronunciamento, Sr. Presidente, diz o seguinte: com base em dados de recente pesquisa nacional do IBGE, o jornalista Raphael Cortezão exibe, em reportagem publicada no Diário do Amazonas, quadro desfavorável ao Estado no tocante a moradias. Nada menos de 212 mil amazonenses, aponta o repórter, sobrevivem em casas inadequadas, construídas de madeira reaproveitada, de palha ou de taipa, a maioria sem banheiro e sem esgotamento sanitário.

            As estatísticas ampliam o quadro de precariedade do Amazonas, com déficit habitacional que aponta não apenas a escassez de moradias, mas também as más condições de grande parte delas, espalhadas por bairros periféricos da capital do Estado.

            Revela ainda a reportagem que em Manaus são comuns moradias erguidas em áreas consideradas de risco, normalmente ocupadas por número excessivo de pessoas.

            Os dados que trago a este Plenário comprovam a fragilidade dos planos habitacionais brasileiros, que nem sempre levam em conta as condições locais.

            De fato, a realidade amazonense difere, e muito, do que se vê, por exemplo, numa megalópole como São Paulo.

            Não é por acaso que sempre sustentei a necessidade de os planos de aproveitamento sustentável da Amazônia - incluindo, é claro, o meu Amazonas - contemplarem, com absoluta prioridade, o homem da região. Este inclusive deve ser ouvido para que eventuais projetos passem a refletir as realidades do lugar.

            O outro pronunciamento, Sr. Presidente, traduz que, apesar da existência de diversos campi da Universidade Federal do Amazonas - UFAM -, fazer o curso superior ainda é muito difícil para os jovens do interior do meu Estado. As grandes distâncias são o problema. Afinal, é difícil e penoso o deslocamento dos estudantes por muitos quilômetros, sempre nas nossas conhecidas voadeiras, um tipo de embarcação de alumínio, quase sempre o mais veloz meio de transporte no Solimões, como nos demais rios da região.

            A UFAM mantinha voadeiras para essas viagens e, graças a elas, os universitários não perdiam as aulas. Agora, no entanto, segundo leio na imprensa de Manaus, os alunos do campus da UFAM em Benjamin Constant, resolveram decretar greve. Alegação: desejam as voadeiras de volta. Estou certo de que a Reitora Márcia Perales, da UFAM, haverá de resolver o problema. A ilustre Mestra sempre demonstrou interesse pelo bom funcionamento dos cursos e sabe que o transporte ora reclamado é importante. Mantenho respeito intelectual e apreço pessoal e público pela Magnífica Reitora.

            Só na Cidade de Tabatinga, 109 acadêmicos necessitam de barcos da instituição para chegar à universidade. Na falta das voadeiras, a alternativa seria a utilização de outras embarcações, mas isso esbarra no preço da viagem. Só de ida, a viagem entre Tabatinga e Benjamin Constant custa R$30,00, portanto, R$60,00 por dia. Impossível para estudantes pobres de Municípios economicamente depauperados.

            Os problemas nas áreas do MEC no meu Estado parecem muito sérios. Recentemente, denunciei desta tribuna o estado de abandono do Hospital Universitário de Manaus, o Hospital Universitário Getúlio Vargas, praticamente fechado ou fechando por falta de recursos. E não permitiremos que isso aconteça.

            Agora, o problema é a falta de transporte fluvial para os estudantes dos campi. Não sei qual a extensão do problema, mas, repito, confio nas providências da Reitora da UFAM e me coloco ao seu dispor para buscar contatos e soluções para o impasse.

            Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/11/2009 - Página 58451