O SR. ROMEU TUMA (PTB - SP. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, “SAÚDE ONDE HOUVER VIDA”, é o lema das operações de assistência hospitalar realizado pela Marinha do Brasil junto às comunidades ribeirinhas da Amazônia.

            Os NAVIOS DA ESPERANÇA, assim conhecidos pelos ribeirinhos da Amazônia, são os navios da Marinha Dr. Montenegro, Carlos Chagas e Oswaldo Cruz. Os três prestam serviços hospitalares, atendendo milhares de pessoas.

            A Assistência Hospitalar (NAsH) da Marinha do Brasil realiza em média 25 viagens por ano e estima-se que realiza 200 mil atendimentos médico-hospitalares nas comunidades ribeirinhas da Amazônia. Em cada viagem são realizadas, em média, 5.000 ações de saúde, entre eles, atendimentos médicos, odontológicos, cirúrgicos de enfermagem, além de vacinações, exames laboratoriais e dermatológicos.

            Nesse trabalho, para os casos de emergências e também para atender aqueles casos que precisam de tratamento especializado em hospitais, são realizadas evacuações aérea-médicas (EVAM), utilizando os helicópteros da Marinha.

            Trata-se de ações cívico-sociais e assistências hospitalares que são realizadas nas comunidades ribeirinhas onde não há hospital, de acordo com o convênio entre o Comando da Marinha e o Ministério da Saúde. Um trabalho que merece o total apoio do Congresso Nacional e dos Órgãos governamentais, digno de ser elevado ao mais alto grau humanitário.

            Nos últimos dias 5 e 6 de novembro o Comando da Marinha, por intermédio da Assessoria Parlamentar, organizou uma visita institucional em Manaus para mostrar ao Congresso Nacional o trabalho de assistência médica e odontológica, farmacêutica, laboratorial realizado pelos navios da Marinha.

            A visita institucional contou com presença do Excelentíssimo Senhor Senador SADI CASSOL, e pelos Excelentíssimos Senhores Deputados Federais COLBERT MARTINS, GERMANO BONOW, RICARDO TRIPOLI, MAURO LOPES, DR. PAULO CÉSAR e ainda mais cinco servidores do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

            As operações de assistência hospitalar são realizadas cumprindo um planejamento antecipado, cujo o objetivo é um só: “LEVAR ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA AOS PONTOS MAIS DISTANTES DA AMAZÔNIA”.

            Foi visitado o Navio “Carlos Chagas” e é impressionante o verdadeiro hospital ali instalado. Existem, no navio, três salas de cirurgias totalmente equipadas para emergências cirúrgicas, três salas de atendimento odontológico, onde é feito atendimentos como de restauração dentária, laboratório de exames, que possibilita o resultado quase que imediato; farmácia com grande estoque de remédios, mais três salas para atendimento médico diverso como aplicação de soro, medicamentos e outros.

            E o trabalho não se restringe apenas no atendimento direto e emergencial, há ainda um trabalho médico e odontológico de prevenção. Trata-se de aplicação de palestras cívico-sociais, por profissionais médicos, dentistas e farmacêuticos, de prevenção de doenças, cárie, higiene e uso adequado de remédios. Durante a palestra, é distribuído aos ribeirinhos um kit contendo pasta, escova de dente e fio dental. Também, quando necessário, remédios são entregues àqueles que necessitados.

            Nesta oportunidade, trago aqui a reportagem da publicada na Folha de São Paulo, no dia 09 de novembro, cujo título “Defesa quer mais médicos no Serviço Militar”, que trata do Projeto de Lei que o Governo enviou ao Congresso com o objetivo de facilitar a convocação de profissionais da área de saúde para trabalharem em áreas remotas do país, tendo em vista necessidade de suprir a carência de atendimento de saúde nessas regiões.

            É de suma importância que os profissionais de saúde dediquem uma parte de seu tempo às comunidades mais carentes. O Brasil investe muito na formação de médicos, dentistas, e outros profissionais de saúde, principalmente nas Universidades Federais e Estaduais, e é preciso que esses recursos retornem na forma de benefícios àqueles que não possuem meios de acessar os serviços de saúde.

            Prestar atendimento às comunidades ribeirinhas da Amazônia é uma grande oportunidade de crescer não apenas profissionalmente, ampliando seus conhecimentos, mas também humanitariamente. O profissional irá conhecer um Brasil diferente, irá conhecer a realidade de um povo que vive praticamente escondido, excluso às suas necessidades mais básicas, como uma boa alimentação e saúde, contudo constatará que os ribeirinhos da Amazônia é um povo feliz.

            Trago aqui, um filme da Marinha, que entrego à Mesa, solicitando providências para que a TV Senado faça um trabalho de divulgação das operações dos NAVIOS DA ESPERANÇA na Amazônia, com vistas também a informar aos futuros profissionais de saúde a forma como o poderá ingressar e contribuir com esse belíssimo trabalho que vem sendo realizado pela Marinha do Brasil.

            Assim me foi descrito a visita institucional ao Navio de Assistência Hospitalar “Carlos Chagas; e, nesta oportunidade, quero enviar votos de pleno sucesso ao Comandante do 9º Distrito Naval - Vice-Almirante JOSÉ GERALDO FERNANDES NUNES; o Comandante da Flotilha do Amazonas - Capitão-de-Mar-e-Guerra MARCELO FRANCISCO CAMPOS; o Comandante do Navio de Assistência Hospitalar Carlos Chagas - Capitão-de-Corveta RICARDO LHAMAS GUASTINI, que tão bem recebeu a comitiva.

            Destaco, ainda, os oficiais que trabalharam para a realização da visita institucional e acompanharam os parlamentares e assessores: Comandante FLÁVIO - Assessor Parlamentar da Marinha do Brasil, Major SOUTO MAIOR - Assessor Parlamentar do Exército e Primeira-Tenente da Marinha - Rejane Amaral,.

            Muito obrigado.

*********************************************************************************

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ROMEU TUMA EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

*********************************************************************************

Matéria referida:

“Defesa quer mais médicos no serviço militar - Folha de S. Paulo.”

Modelo1 12/1/244:54