O SR. AUGUSTO BOTELHO (Bloco/PT - RR. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr. Presidente Mão Santa.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, fico feliz de poder anunciar aqui, do plenário desta Casa, do Senado, que uma emenda de minha autoria, no valor de R$1 bilhão, possibilitou o início da construção do primeiro abatedouro de animais de pequeno porte em Boa Vista. Aliás, no Estado de Roraima. Mas vai ser localizado na capital, em Boa Vista.

            A obra já foi iniciada e ficou sob a responsabilidade da Prefeitura de Boa Vista, do Prefeito Iradilson Sampaio - que também é veterinário, Mão Santa; o nosso Prefeito lá de Boa Vista é veterinário -, que recebeu os recursos por meio do Ministério da Agricultura.

            Além do abatedouro, a Prefeitura também vai construir o prédio da Ceasa - nós não temos Central de Abastecimento em Roraima -, e será feito próximo ao abatedouro de pequenos animais. Os dois prédios serão construídos nas imediações da estrada do Passarão, que o Senador Mozarildo conhece muito bem, e vão complementar a Zona de Processamento de Exportação do Estado de Roraima, de Boa Vista, fazendo um fomento à produção industrial do meu Estado.

            A construção desse abatedouro, Sr. Presidente Mão Santa, é uma grande vitória, pois é uma reivindicação muito antiga da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Roraima, que, aliás, é uma das associações mais bem organizadas que eu conheço de produtores rurais, lá do Estado de Roraima.

            Além disso, o abatedouro é fundamental para evitar o abate clandestino e garantir carne de qualidade para a população de nosso Estado. E, possivelmente, assim que a produção permitir, vai possibilitar que se exporte também carne de qualidade de pequenos animais: bode, carneiro, porco etc. São produtos em grande quantidade lá no nosso Estado.

            O abatedouro funcionará como uma unidade processadora de carne de ovinos, caprinos e suínos, garantindo assim a qualidade da alimentação da gente do meu Estado.

            O objetivo é aumentar o consumo desse tipo de carne entre a população, melhorando o valor comercial do produto. A unidade de processamento de carne terá capacidade para abater até 100 animais por dia.

            Estamos investindo na consolidação da ovinocultura no Estado de Roraima, pois, além dos recursos trazidos para a construção do abatedouro, recentemente iniciamos a distribuição de mais de sete mil ovinos que foram adquiridos pela Secretaria de Agricultura de Roraima, por meio de uma emenda minha, no valor de R$2,5 milhões, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

            Os ovinos começaram a ser entregues aos agricultores familiares de sete Municípios de Roraima. Rorainópolis foi o primeiro. Foram entregues ovinos a 200 famílias de lá. Os próximos serão Mucajaí, Iracema, Caracaraí, São João da Baliza, São Luiz do Anauá e Caroebe.

            As pessoas dos outros Municípios perguntam por que nós disponibilizamos para esses Municípios. Porque foi a única janela que conseguimos, dentro do orçamento, para disponibilizar por meio do Territórios da Cidadania. Por isso que o Territórios da Cidadania, do sul do meu Estado, abrange esses Municípios cujas pessoas estão sendo agraciadas com seis ovelhas e um reprodutor de boa qualidade, diga-se de passagem. O projeto foi muito bem elaborado. Os animais, quando chegam a Boa Vista, são avaliados pelos veterinários da Secretaria de Agricultura e passam por uma quarentena entre 30 e 40 dias até serem entregues aos produtores.

            A distribuição das matrizes de ovinos e a construção do abatedouro ajudarão a ampliar as possibilidades de comercialização e beneficiamento dos produtos roraimenses, aumentando a renda dos produtores familiares e incentivando a geração de novos postos de trabalho.

            Lá, no sul do Estado, a produção de banana já é uma atividade rentável, com produtos de boa qualidade. Os produtores de banana precisam se organizar para agregar valor à banana, para fazer pequenas fábricas - não precisa ser fábrica grande, fábricas feitas nas propriedades mesmo -, a fim de industrializar o produto, pois, na época da safra, os atravessadores compram três cachos pelo preço de um cacho de banana, prejudicando seriamente os produtores rurais.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, era apenas isso que eu queria comunicar, pois é uma coisa pequena para os outros Estados, mas, para nós, de Roraima, é de grande significado ter um abatedouro de pequenos animais. É mais uma conquista do povo da minha terra, Roraima.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.

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