Pronunciamento de Marconi Perillo em 24/11/2009
Discurso durante a 219ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Homenagem ao Professor de Jiu-jitsu, Hélio Gracie. Homenagem aos mais de cinqüenta artistas plásticos que participam da quinta edição da Exposição Artistas Brasileiros (novos Talentos - Pinturas), em realização conjunta da Secretaria de Relações Públicas, do Programa Senado Cultural e da Comissão Especial Curadoria de Artes Plásticas do Senado Federal. Considerações sobre o II Concurso de Redação do Senado Federal, sob o tema "Muito Prazer, sou cidadão de uma República chamada Brasil", um incentivo ao hábito da leitura e produção textual para os jovens.
- Autor
- Marconi Perillo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
- Nome completo: Marconi Ferreira Perillo Júnior
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
SENADO.
POLITICA CULTURAL.:
- Homenagem ao Professor de Jiu-jitsu, Hélio Gracie. Homenagem aos mais de cinqüenta artistas plásticos que participam da quinta edição da Exposição Artistas Brasileiros (novos Talentos - Pinturas), em realização conjunta da Secretaria de Relações Públicas, do Programa Senado Cultural e da Comissão Especial Curadoria de Artes Plásticas do Senado Federal. Considerações sobre o II Concurso de Redação do Senado Federal, sob o tema "Muito Prazer, sou cidadão de uma República chamada Brasil", um incentivo ao hábito da leitura e produção textual para os jovens.
- Publicação
- Publicação no DSF de 25/11/2009 - Página 61752
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. SENADO. POLITICA CULTURAL.
- Indexação
-
- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE MORTE, PROFESSOR, DESENVOLVIMENTO, DIVULGAÇÃO, TECNICA DESPORTIVA, LUTA, BRASIL, EXTERIOR.
- SAUDAÇÃO, PINTOR, ESCULTOR, PARTICIPAÇÃO, IMPORTANCIA, EXPOSIÇÃO, SENADO, DIVULGAÇÃO, ARTISTA, BRASIL.
- CONGRATULAÇÕES, DIRETOR, SECRETARIA, RELAÇÕES PUBLICAS, SENADO, REALIZAÇÃO, CONCURSO, REDAÇÃO, INCENTIVO, LEITURA, PRODUÇÃO, TEXTO, JUVENTUDE.
- REGISTRO, DADOS, LEVANTAMENTO, INSTITUIÇÃO DE PESQUISA, COMPROVAÇÃO, MANUTENÇÃO, SUPERIORIDADE, INDICE, ANALFABETISMO, BRASIL, OBSTACULO, CIDADÃO, EXERCICIO, DIREITOS, GARANTIA, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, IMPORTANCIA, INCENTIVO, LEITURA.
- SAUDAÇÃO, ALUNO, PARTICIPAÇÃO, VITORIA, CONCURSO, REDAÇÃO, SENADO, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), ESTADO DE GOIAS (GO).
SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA |
O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a história do Jiu-jitsu no Brasil confunde-se com a história de Hélio Gracie, patriarca da família Gracie, e com a dedicação que esse paraense de nascimento teve no desenvolvimento de um estilo de luta único.
Hélio Gracie, que morreu aos 95 anos de idade, desenvolveu uma técnica baseada na alavanca e possibilitava a lutadores mais fracos fisicamente serem eficientes ao combater adversários mais fortes, mesmo em condições desfavoráveis.
O curioso na história de Hélio Gracie é a origem da técnica que encantou a tantos atletas e foi de fundamental importância para difusão do Jiu-jitsu em todo o mundo.
O japonês Mitsuyo Maeda trouxe o jiu-jitsu para o Brasil em 1914, onde desembarcou no Pará e recebeu ajuda de Gastão Gracie para se estabelecer.
Maeda ensinou a Carlos Gracie as técnicas do combate. Carlos, por sua vez, ensinou a arte a seus irmãos, quando a família já havia se mudado para o Rio de Janeiro.
Pois bem, um dos irmãos, exatamente o saudoso Hélio Gracie, a quem homenageamos nesta Sessão Solene, devido a problemas de saúde e ao corpo franzino, não podia praticar as lutas.
Hélio tem vertigens, desmaios e problemas nas articulações. Assim, é proibido de praticar jiu-jítsu, mas assiste a todas as aulas e depois de um ano se torna excelente professor teórico.
A mão do destino havia colocado uma estrela no firmamento para fazer Hélio Gracie brilhar. Assim, acaba por ter a oportunidade de praticar quando o irmão se atrasa para uma aula.
Recebe infindáveis elogios. Era a luz e a oportunidade que Hélio precisava para começar a colocar em prática a primorosa técnica de combate que havia desenvolvido.
Isso foi de tal sorte importante para o Jiu-jitsu no Brasil e no mundo que essa modalidade viria a ser considerada a mais eficiente arte marcial.
Hélio Gracie luta pela primeira vez aos 17 anos contra o boxeador Antônio Portugal e vence em 30 segundos.
A disputa mais longa da história também é vencida por Hélio Gracie, contra o ex-aluno Valdemar Santana, com duração de 3h45.
É, também, o querido Prof. Hélio Gracie que vai se tornar o primeiro ocidental a derrotar um japonês, em 1932.
Sem dúvida, o Jiu-jitsu jamais teria a expressão que obteve no Brasil e no mundo, sem a mão de Hélio Gracie, este neto de diplomata e descendente de escoceses, a quem homenageamos nesta Sessão Solene.
Muito obrigado!
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como segundo assunto, o Senado é a Casa de Rui Barbosa e, como tal, tem-se distinguido pelo esforço diuturno em debater e aprovar proposições capazes de regular o cotidiano da vida nacional pautado pelos princípios do Estado de Direito.
Em seu espírito grandioso, Rui Barbosa encantou-se com a Exposição Universal de Londres, em 1851, e conseguiu perceber no ensino do desenho e da arte o poder de operar transformação do mundo, sem o derramamento de uma gota de sangue.
De fato, a arte tem em si um inigualável poder de transformar o espírito de quem a produz e de quem a aprecia, porque, nas múltiplas formas de manifestações, traz uma linguagem universalista, que congrega o ser humano em torno do valor estético e da emoção.
Sem dúvida a arte ajuda o homem a crescer, porque o faz mais humano, compreensível e aberto à percepção de outrem. Exatamente por isso, a mostra Artistas Brasileiros 2009 tem um valor singular para esta Casa, que busca sintonia permanente com as manifestações culturais do povo brasileiro em todas as unidades da Federação.
Os mais de cinqüenta artistas plásticos que participam desta quinta edição da Exposição Artistas Brasileiros (Novos Talentos - Pinturas), numa realização conjunta da Secretaria de Relações Públicas, do Programa Senado Cultural e da Comissão Especial Curadoria de Artes Plásticas do Senado, decerto representam a expressão ampla, legítima e democrática da arte em todos os nossos estados, sobretudo porque cada Senador foi convidado a escolher um dos expositores aqui presentes.
Temos certeza de que esta mostra será marcada pelo sucesso absoluto e trará à Casa de Rui um brilho inigualável, caracterizado pelo colorido, traços e contornos exuberantes de cada uma das telas apresentadas. Desejamos que todos possam desfrutar deste momento especial para o Senado Federal.
Muito obrigado!
Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, como terceiro assunto, gostaria de falar sobre o II Concurso de Redação do Senado Federal, que nos traz, este ano, o tema “Muito Prazer, sou cidadão de uma República chamada Brasil” revela-se como um incentivo ao hábito de leitura e produção textual para nossos jovens, que precisam ser diuturnamente guiados ao caminho das letras.
O tema não poderia ser mais oportuno num momento em que o Brasil e a América Latina completam as primeiras duas décadas de reconstrução da democracia e do pleno Estado de Direito.
Sem dúvida, se o desejo for enraizar os valores democráticos e republicanos em nossa sociedade, será necessário construir um novo paradigma educacional que incentive, das mais diversas formas, a leitura como mecanismo de acesso ao conhecimento e a escrita como expressão do pensamento crítico.
Lamentavelmente, levantamento do Instituto Paulo Montenegro, do Ibope, em pesquisa realizada para estabelecer o Índice Nacional de Analfabetismo Funcional (INAF), mostra que 3 em cada 4 brasileiros podem ser considerados analfabetos funcionais, ou seja, não conseguem utilizar a leitura e a escrita na vida cotidiana.
À evidência, esse índice alarmante tem implicações significativas na capacidade de cada cidadão exercer de forma plena seus direitos e garantias preconizados pela Carta Cidadão de 1988. Isso porque o analfabetismo é a pior das trevas.
Incentivar a leitura, portanto, é promover a construção de uma sociedade mais consciente de seus direitos e obrigações; é fortalecer as regras do “jogo da democracia”, título da redação de Simone Maria Gatto, primeira colocada e aluna da Escola Estadual de Ensino Médio Prof. Wilson Luiz Maccarini, da cidade de Casca no Rio Grande do Sul.
Além da primeira, da segunda e da terceira colocada no concurso deste ano, o Senado recebeu os finalistas de cada um dos 27 estados do Brasil, entre os quais, destaco a pessoa de Matheus de Oliveira Mendonça Rosa, finalista do Estado de Goiás e estudante do Colégio Estadual Jandira Bretãs Quinan, em Vianópolis.
Nós desejamos que as premiações ofertadas no concurso, juntamente com o maravilhoso gosto de escrever, sirvam de incentivo para todos os finalistas e participantes desenvolverem o potencial de cada um e buscarem as realizações pessoais e profissionais. Esperamos que a semente plantada pelo II Concurso de Redação do Senado Federal faça florescer em todos a inspiração e a motivação de nossos grandes mestres da literatura.
Que os jovens premiados possam cultivar e explorar o Machado de Assis, o Graciliano Ramos, o Guimarães Rosa, o Jorge Amado, enfim, o Senhor das Letras que começa a brotar no coração de cada um.
Parabéns a todos e, em particular, à Dra. Juliana Maria Guaracy Rebelo, Diretora da Secretaria de Relações Públicas do Senado Federal, responsável pelo concurso.
Muito obrigado!
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