Discurso durante a 219ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o Relatório 2009 da Confederação Nacional da Indústria, que traz observações de grande interesse para os empresários do setor.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA NACIONAL.:
  • Considerações sobre o Relatório 2009 da Confederação Nacional da Indústria, que traz observações de grande interesse para os empresários do setor.
Publicação
Publicação no DSF de 25/11/2009 - Página 61757
Assunto
Outros > ECONOMIA NACIONAL.
Indexação
  • IMPORTANCIA, RELATORIO, CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDUSTRIA (CNI), CONFIRMAÇÃO, EFICACIA, RESULTADO, ECONOMIA NACIONAL, SUPLANTAÇÃO, CRISE, SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL, CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), REFORÇO, MERCADO INTERNO, AUMENTO, CONSUMO, FAMILIA, EFEITO, POLITICA, SETOR PUBLICO, TRANSFERENCIA, RENDA, ESPECIFICAÇÃO, BOLSA FAMILIA, SALARIO, CREDITOS, PESSOA FISICA, DEFESA, NECESSIDADE, IMPLEMENTAÇÃO, REFORMA TRIBUTARIA, ADAPTAÇÃO, SISTEMA, ARRECADAÇÃO, PADRÃO, AMBITO INTERNACIONAL, IMPEDIMENTO, COMPROMETIMENTO, CAPACIDADE, EXPANSÃO, EMPRESA, INCENTIVO, EXPORTAÇÃO, INVESTIMENTO, REDUÇÃO, ECONOMIA INFORMAL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Confederação Nacional da Indústria acaba de rever suas previsões para o desempenho da economia brasileira no ano em curso. De acordo com o Informe Conjuntural daquela entidade, em sua edição do terceiro trimestre, divulgada no último dia 30, o Produto Interno Bruto, para o qual se previa até então uma retração de 0,4%, deverá ter crescimento zero, igualando-se ao resultado do ano passado, na estimativa daquela instituição.

            Essa, Sr. Presidente, é uma previsão auspiciosa, que se soma a outros indicativos veiculados pela mídia, com base em dados e informações de órgãos oficiais, de que o Brasil vem superando a grave crise financeira internacional. Na análise da CNI, o fortalecimento do mercado interno foi decisivo para o enfrentamento da crise, que, se não está ainda superada, vem perdendo fôlego, e mais rapidamente nos países emergentes do que nos países ricos.

            O consumo das famílias, de acordo com a CNI, superou os impactos da crise e atingiu nível recorde, se considerado dessazonalizado, ou seja, sem os efeitos sazonais e de calendário. Não há dúvida de que esse maior consumo das famílias se deve, em grande parte, às políticas públicas de transferência de renda, especialmente o Bolsa Família. Além desse, outros fatores vêm contribuindo para a reação da economia brasileira, como o aumento da massa salarial e a expansão do crédito para as pessoas físicas.

            Essas ponderações coincidem, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, com a divulgação, pela CNI, do seu Relatório Anual 2008, no qual se destacam as medidas implementadas pelo setor - o mais afetado da economia nacional - para vencer esse momento crítico. O relatório da CNI chama a atenção para a ocorrência de dois períodos distintos, em 2008, no que respeita ao desempenho da economia: os três primeiros trimestres, que apresentaram ritmo de intensificação da economia e apontavam para uma expansão total de 6,4% em comparação com o mesmo período de 2007; e o último trimestre, que revelou todo o impacto da crise internacional sobre a economia brasileira, e que levou o PIB a recuar 3,6% em relação ao trimestre anterior. Apesar disso, o crescimento do ano foi de 5,1% em comparação com 2007, superior ao crescimento mundial de 3,8%.

            A queda do PIB naquele último trimestre foi influenciada principalmente pela indústria, bastando dizer que o PIB industrial recuou 7,2%. Entretanto, o emprego no setor não foi afetado, fechando 2008 com uma taxa de 6,8% - apenas 0,6% menor que o índice de dezembro de 2007.

            A manutenção da atividade produtiva e o fortalecimento da economia, em que pesem as boas notícias divulgadas recentemente, exigem, de acordo com a CNI, a implementação de uma reforma tributária que possa adequar nosso sistema de arrecadação aos padrões internacionais. Essa medida poderá evitar o comprometimento da capacidade de expansão das empresas e estimular as exportações e os investimentos, além de reduzir o elevado grau de informalidade da economia. A CNI propõe, também, reduzir os gastos correntes do governo e privilegiar os investimentos públicos em infra-estrutura; aperfeiçoar o marco regulatório do meio ambiente; reduzir os encargos e a insegurança jurídica nos contratos de trabalho; e promover a agenda da produtividade e da inovação.

            O Relatório 2008 da Confederação Nacional das Indústrias traz outras observações de grande interesse para os empresários do setor, para o setor produtivo em geral, para os economistas e para os formuladores das políticas públicas. Além de destacar a competitividade do setor e a diversificação do nosso parque industrial, a publicação traz informações importantes para todos os que almejam o incremento da produtividade, a inovação tecnológica e o desenvolvimento sustentável.

            Muito obrigado!


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/11/2009 - Página 61757