O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador. ) - Obrigado, Presidente.

            Srªs e Srs. Senadores, venho, nesta manhã de sexta-feira, registrar a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Manaus no dia de ontem. O Presidente Lula esteve em Manaus acompanhado do Ministro Alfredo Nascimento, acompanhado da Ministra Dilma Rousseff, dos diretores da Petrobras. Estava lá também o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. Em um ato solene na Petrobras na manhã de ontem, Sr. Presidente, foi inaugurada uma obra que considero relevante, obra realizada para trazer o gás de Urucu, que é uma localidade no município de Coari, na região do rio Solimões, até Manaus.

            Primeiro, eu quero destacar a audácia, a coragem, mas fundamentalmente a tecnologia empregada na realização dessa obra. Fazer um gasoduto na Amazônia é superar desafios e, neste caso, trata-se de uma obra de engenharia num percurso de mais ou menos oitocentos quilômetros, um duto ao longo desse percurso.

            Ontem eu assisti a um DVD institucional de dois minutos sobre essa obra. Como fazer o duto? Como colocar os tubos de ferro nas áreas alagadas? A obra começou em 2006 e chegou até Manaus. Está faltando uma outra etapa, que é transformar, fazer a conversão dos motores a diesel para o gás.

            A posição do Governo sobre essa situação é até setembro do próximo ano, fazer a conversão dos motores a diesel até essa data para trabalhar com o gás vindo lá do Urucu.

            Pois bem, foi um desafio para a engenharia fazer essa obra. Ora a região estava alagada - não poderia ser diferente, nós estamos na Amazônia -, ora a região estava sem água, mesmo assim os desafios foram enfrentados na construção do duto. A obra custou em torno de R$4,5 bilhões, uma obra grande portanto. Foi um desafio transportar para a mata os tubos de ferro em helicópteros. Foi uma obra de engenharia desafiadora, Presidente Mão Santa, mas chegou: é um bem do povo amazonense o petróleo, o gás.

            Quero dizer que essa reserva de petróleo e gás, tirando a do pré-sal, é a segunda do Brasil, depois de Campos. Espero que o gás se transforme em energia, e essa energia possa melhorar a qualidade de vida dos amazonenses.

            Eu quero destacar aqui que o duto, o gasoduto, essa obra perpassa, saindo de Coari, alguns municípios do nosso Estado. Aliás, na solenidade de ontem, estava o Prefeito Mitoso, de Coari, uma cidade importante da calha do rio Solimões, assim como os Prefeitos de Iranduba, Caapiranga, Manacapuru e Anori. O Presidente Lula, evidentemente, estava feliz pela obra, porque a discussão para a construção do gasoduto em Manaus vem desde o final dos anos 80, atravessa todos os anos 90, e foi uma obra que o Presidente Lula iniciou e concluiu. Ela está concluída!

            Falta a segunda fase, que é fazer essa conversão dos motores para distribuir o gás na cidade de Manaus, que é a capital do nosso Estado, do Amazonas, uma cidade que tem uma concentração populacional significativa - nós temos quase dois milhões de habitantes em Manaus: 1,8 milhão.

            Então, trata-se de uma cidade que carece dessa nova matriz energética. E eu quero destacar este aspecto: vamos sair do diesel para o gás, uma matéria-prima que temos no Estado e que é um bem que o povo, que a sociedade, que a residência, que o táxi podem e devem utilizar.

            Então, a mudança da matriz energética em Manaus é muito importante, principalmente na hora em que estamos discutindo um tema que é internacional, que é o tema de mudanças climáticas. E haverá uma convenção que se vai realizar agora em Copenhague, com Brasil assumindo compromissos. E deve assumir e deve perseguir compromissos assumidos no sentido de reduzir a emissão de gases que contribuem com o aquecimento global.

            Portanto, essa mudança chega na hora em que a sociedade brasileira, a sociedade civil está discutindo mudanças climáticas, o aquecimento global, a emissão de CO₂, a emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global.

            Então, Sr. Presidente, quero destacar essa mudança na matriz energética no meu Estado. E espero que possamos fazê-la o mais rápido possível.

            O Estado do Amazonas como o Estado de Roraima não estão ligados ao sistema nacional da rede elétrica. Só agora temos uma obra para interligar com Tucuruí. Essa obra do Governo Federal, ou seja, a conclusão dessa rede que chega até Manaus e que vai ligar Tucuruí a várias cidades do rio Amazonas, que terão acesso a essa rede, evidentemente resolvendo a questão da energia em cidades importantes, está planejada para o final de 2011. Quero destacar a minha cidade, que é Parintins, mas há cidades como Itacoatiara, Maués, Barreirinha, Juriti e Óbidos, no Pará, enfim, cidades que compõem toda essa calha da margem esquerda e da margem direita do rio Amazonas.

            Então, quero parabenizar e me associar à alegria do povo amazonense, no dia de ontem, pela inauguração do gasoduto, uma obra da maior relevância para o Amazonas, para Manaus, a capital do meu Estado, que foi inaugurada pelo Presidente Lula.

            Sr. Presidente, faço este registro e destaco a importância da mudança da matriz energética que se está processando no meu Estado, na Amazônia e na capital do Estado do Amazonas, que é Manaus.

            Então fica aqui este registro. Agradeço as palavras de V. Exª no início da minha fala e encerro o meu pronunciamento nesta manhã.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

Modelo1 5/19/241:17