Discurso durante a 221ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre a evolução do Produto Interno Bruto, em 2007, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, concentrando suas observações nos Estados da Região Norte, especialmente no crescimento econômico do Acre.

Autor
Tião Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Sebastião Afonso Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Considerações sobre a evolução do Produto Interno Bruto, em 2007, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, concentrando suas observações nos Estados da Região Norte, especialmente no crescimento econômico do Acre.
Publicação
Publicação no DSF de 26/11/2009 - Página 61827
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • ANALISE, DADOS, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), ESTADOS, COMPARAÇÃO, REGIÃO NORTE, ESTATISTICA, AMBITO NACIONAL, SAUDAÇÃO, EVOLUÇÃO, ESTADO DO ACRE (AC), CUMPRIMENTO, TRABALHO, GOVERNADOR, EX GOVERNADOR, REDUÇÃO, DESIGUALDADE SOCIAL, PERCENTAGEM, POBREZA, AMPLIAÇÃO, RENDA PER CAPITA, ELOGIO, GESTÃO, PREPARAÇÃO, INFRAESTRUTURA, DESENVOLVIMENTO, DETALHAMENTO, EXPANSÃO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT - AC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Marconi Perillo - agora, o Senador Mão Santa assume a Presidência -; Senador Alvaro Dias, trago considerações sobre os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisando o ano de 2007 como o último ano de conclusão de observação a respeito do Produto Interno Bruto (PIB) nos Estados e fazendo uma análise sobre o PIB nacional, que diz respeito aos Estados da Amazônia, aos Estados da Região Norte, aos Estados brasileiros, de um modo em geral. Quero concentrar minhas observações exatamente nos Estados da Região Norte, lembrando a consideração que se faz dentro do IBGE, que é conceitual do próprio tema, de que o PIB é a soma do que a indústria, a agricultura, os serviços, o Governo e as famílias geram como riqueza no País no último ano ou trimestre, como se analisa no caso em questão.

            Aqui, tenho os dados referentes aos Estados de Rondônia, do Acre, do Amazonas, do Pará, de Roraima, do Tocantins e do Amapá, analisando exatamente o crescimento deles em relação ao exercício de 2007. Veja V. Exª: que alegria pelo nosso lado, do Estado do Acre, poder expressar os números, cumprimentando antecipadamente o Governador Binho Marques, o ex-Governador Jorge Viana, por todo o trabalho que vem sendo desenvolvido, nos últimos anos, naquele Estado!

            O ano de 2007 confirma, Sr. Presidente - este é o último dado do IBGE -, um crescimento da ordem de 6,5% em termos reais. Esse é um dado que mostra um índice superior à média nacional, que foi de 6,1%, e superior à média dos Estados da nossa Região Norte, que foi da ordem de 3,8%. Isso traz um alento muito grande para nós, porque é um Estado pobre, que vivia com todas as dificuldades há onze anos. Sua população considerada pobre era de 60%, Senador Paulo Paim, e, em onze anos, esse percentual de pobres foi reduzido para 38%. É alto comparado com o do Rio Grande do Sul, com o de São Paulo, com o de outras Regiões, mas essa é uma redução de 2% da taxa de pobreza ao ano. Isso nos dá uma alegria enorme. Essa é uma demonstração viva da responsabilidade política e da responsabilidade social do Governo do Estado, do Governo de Binho Marques, na busca de um desenvolvimento correto para o Estado, sobretudo porque aponta para a redução das desigualdades dentro do Estado e para uma maior inclusão social.

            Quando olhamos dados como o PIB per capita, estamos falando que, em 1999, o PIB per capita, no Acre, era de R$4,7 mil e, hoje, está em R$8.743,00. Essa é uma mudança extraordinária para um período tão curto! Não há dado semelhante. Quando voltamos a analisar apenas o PIB dentro do Estado do Acre, vemos que o crescimento foi de 6,5% - esse é o último dado do IBGE. Em Rondônia, o crescimento foi de 5,2%; no Estado do Amazonas, o crescimento foi da ordem de 4,5%, com a Zona Franca, com todo o desenvolvimento tecnológico e industrial. No Estado de Roraima, o crescimento foi da ordem de 2,6%; esse é um Estado sacrificado em termos de crescimento do PIB. O Estado do Pará também enfrenta dificuldades, é um Estado continente, com todas as suas contradições de infraestrutura e com um PIB de 2,2%. O Amapá tem um PIB de 5,1%; e, em Tocantins, o percentual é de 4,7% para o exercício a que me referi.

            Então, isso nos traz uma compreensão do valor que tem tido a gestão pública no Estado do Acre, no Governo Binho Marques, sucedendo o Governo Jorge Viana. E não estamos falando da melhora do investimento, da melhora do desenvolvimento socioeconômico daquele Estado, que se dá exatamente com o preparo da infraestrutura, para que haja a afirmação de uma economia nas áreas estratégicas, com as diretrizes muito bem estabelecidas e com o resultado que se quer alcançar.

            Quando o ano de 2008 e o ano de 2009 entrarem nessa análise, teremos uma alegria muito maior. Os indicadores serão muito mais consistentes. Assim, poderemos ter outro olhar no Brasil em relação às nossas condições sociais, às nossas condições econômicas e à redução de nossas desigualdades. Fico profundamente feliz de poder mostrar esses dados para o Brasil, porque é o melhor dado da Região Norte. É um dado melhor do que a média nacional, é um dado superior ao de Estados como Santa Catarina e outros Estados da Federação brasileira.

            Sr. Presidente, veja o que se diz mais em termos de comportamento dos diferentes setores econômicos do PIB do Acre. A agropecuária, com taxa de volume de 9,8%, foi responsável por 17,2% do valor adicionado do Estado para aquele período citado. A indústria, com 14,7% do valor adicionado para o Estado, teve seu crescimento da ordem de 11,6%. As atividades industriais que mais colaboraram com o incremento do setor foram as da construção civil, que é de geração de emprego direta e forte, que cresceu 13% e que responde por 53,9% da indústria do Estado. A participação da indústria de transformação na indústria total foi da ordem de 32,7%. A expansão em 2007 foi de 8,5%, impulsionada principalmente pelo segmento de alimentos, de bebidas, de fabricação de outros produtos minerais não-metálicos. Houve ainda o crescimento obtido pela indústria extrativa da ordem de 7,8%. Então, esses serviços tiveram um incremento de 58% na economia naquele período, e o crescimento foi de 4,5% em relação ao exercício anterior.

            Estamos falando de dados alvissareiros, de dados otimistas e reais, mostrando uma inversão da curva de crescimento e de desenvolvimento do Acre, sendo essa curva agora muito favorável às populações, especialmente àquelas que foram esquecidas ao longo de séculos. Ou seja, se no passado não souberam cuidar do Acre, agora se sabe cuidar bem desse Estado e partilhar as diretrizes e os desafios com a população. Os números são evidentes: quando se olha a curva da redução das desigualdades, vê-se que é menor que a brasileira; quando se olha a redução das desigualdades na Amazônia, vê-se a maior queda de redução em relação à nossa Amazônia; em relação ao Brasil, também é a melhor curva de queda em relação à pobreza.

            Então, Sr. Presidente, repito que é muito gratificante para nós a observação de um governo responsável, ético, inteligente, moderno, que incorpora a tecnologia às suas atividades, tendo um investimento forte no aspecto humano, no aspecto econômico e no aspecto tecnológico-industrial. Ou seja, o futuro do Acre está muito bem desenhado, é muito esperançoso para todas as gerações que estão ali.

            Encerro, lembrando, com muito orgulho, uma síntese dos dados que apresentei aqui. Há onze anos, nosso percentual de pobreza era da ordem de 60% - inaceitável, portanto - e, hoje, caiu para 38%, mostrando uma redução da pobreza da ordem de 2%, a cada ano, nesses últimos anos de Governo. Consideramos ainda que os dados de 2008 e de 2009, em breve, serão analisados pelo IBGE e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e mostrarão um avanço muito maior das políticas sociais e econômicas.

            Portanto, meus cumprimentos efusivos de muito respeito a tudo o que está acontecendo no Acre hoje, simbolizando o Acre na sua população e no Governador Binho Marques!

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/11/2009 - Página 61827