O SR. OSVALDO SOBRINHO (PTB - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero falar do privilégio, Sr. Presidente, de tê-lo presidindo esta sessão, principalmente porque se trata de um Paim. Nós todos temos respeito pelo seu trabalho e pela sua luta.

         Quero aproveitar este momento em que tenho a oportunidade de usar a tribuna do Senado Federal para, aqui, marcar a presença do meu amigo Ciro Pedrosa, Deputado Federal por Minas Gerais, do Município de Betim. Homem público de escol, homem público da maior qualidade, lá naquele Município. Quando secretário municipal, fez um trabalho espetacular pelo seu povo, pela sua gente. É um homem público que nós não encontramos mais, hoje, na vida pública. É uma pessoa de convicções, uma pessoa de luta, uma pessoa da simplicidade, homem inteligente e que faz política, realmente, com o coração, com a alma, com seriedade e com responsabilidade.

         Portanto, quero dizer ao Deputado Ciro Pedrosa que seja bem-vindo ao Senado da República. Aliás, o senhor fica muito melhor aqui no Senado do que na Câmara. Portanto, caiu-lhe bem essa cadeira para o senhor. Seja bem-vindo. É um prazer tê-lo conosco.

         Sr. Presidente, eu quero apenas usar a tribuna, hoje, para fazer um comunicado e um agradecimento por um trabalho que fizemos durante a semana- eu, o Senador Jefferson Praia e o Senador Sadi Cassol. Fomos representar o Congresso Nacional, o Senado da República no trabalho Proantar, na Antártica, a convite da Marinha do Brasil, que lá desenvolve um trabalho muito sério, um trabalho da melhor qualidade em pesquisa, dando apoio, logicamente, aos nossos cientistas, dando apoio a um trabalho que o Brasil faz na ocupação do território antártico.

            Eu tive o privilégio de lá estar, Deputado Ciro, no ano de 1987, quando eu era Constituinte, ainda. Fui, representando o Brasil, em dezembro daquele ano, quando estava apenas começando o Projeto Antártico, o Proantar. Ele estava, logicamente, com dois ou três anos, porque começou em 82 aquele projeto. Então, ele estava apenas começando, numa luta muito difícil, com pouca experiência naquele campo de pesquisa.

            Depois que saí daqui, eu passei por vários cargos públicos, mas eu tinha a curiosidade de voltar para ver, para sentir como lá estava, porque eu acredito que só há uma saída para o Brasil: através da pesquisa, da ciência, da tecnologia, da busca do conhecimento.

            A Marinha do Brasil, junto com a Aeronáutica, junto com o Exército brasileiro, num sistema de apoio, ajuda a fazer com que os cientistas lá fiquem para buscar aprender o que é aquele continente. E o Brasil tem um tratado com outros países que fazem parte desse tratado, desse acordo antártico, de que aqueles países que em 2040 tiverem pesquisa lá, tenham condições de conversar, falar e discutir o futuro daquele continente.

            E o Brasil lá está fazendo um grande trabalho, um trabalho muito sério, um trabalho que, na verdade, enobrece a nossa ciência, a nossa tecnologia. Ali podemos ver que o Brasil está caminhando a passos largos na sua pesquisa, utilizando bem os seus conhecimentos, os seus recursos, no sentido de fazer com que o povo brasileiro possa realmente se orgulhar dos nossos cientistas.

            Lá, tivemos a oportunidade de participar com pessoas que lá estão por uma temporada, e pudemos sentir que o dinheiro público está sendo bem gasto. Esse foi o papel principal que teve a nossa missão no ato de representar o Senado da República no Proantar. Presentes o Senador Jefferson Praia, que também teve oportunidade de fazer um grande trabalho, inclusive a sua participação foi muito boa naquela viagem, o Senador Sadi Cassol, que também observou, e este Senador que vos fala. Junto conosco estava também o General-de-Divisão, o General Geromel, que é Comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro, que, junto com o Contra-Almirante Ortiz, da Marinha do Brasil, que é o Secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, também estava comandando esse processo todo; o Capitão-de-Mar-e-Guerra, claro, chefe da assessoria parlamentar, e também o Capitão-de-Fragata Glênio, chefe também da EACF e o Capitão-de-Fragata Lampert, que nos ajudou, através da sua assessoria de operações junto com o Capitão-de-Fragata André Macedo, assessor parlamentar, que faz o trabalho desse projeto aqui no Senado da República e na Câmara dos Deputados. São, realmente, militares eméritos, pessoas que têm convicção do que fazem, pessoas que trabalham com o coração, trabalham com a alma, sabem que ali é um projeto que representa o Brasil, e são pessoas que, na verdade, fazem um trabalho que nos enobrece a todos como representantes do povo brasileiro aqui nesta Casa.

            A região de Magalhães, onde está situada a cidade de Punta Arenas, uma das cidades mais astrais do mundo, em território chileno, é uma das cidades que fazemos uma parada para que se possa chegar até a Estação Frei, no Chile, e de lá se deslocar para a Estação Comandante Ferraz, onde o Brasil tem várias frentes de pesquisa, lideradas pelas universidades do Brasil, com cientistas nas áreas em que o Brasil se coloca à disposição para pesquisar.

            Não é só o Brasil que lá está. No Continente Antártico, temos a oportunidade de ver vários países também com as suas estações, os seus cientistas, marcando presença e fazendo suas pesquisas.

            Deu-nos muito orgulho aquele projeto. Portanto, quero registrar, no Senado da República, que voltamos entusiasmados e conscientes de que nós, no Congresso Nacional, devemos nos preocupar com esses homens que se arriscam a vida representando o Brasil lá fora, produzindo conhecimento. E digo mais: esta Casa, quando da elaboração do Orçamento, tem de destinar, com carinho, os recursos necessários no sentido de aumentar nossa pesquisa científica, não só lá no Polo Antártico, mas onde houver, no Brasil, pesquisa séria, que realmente possa enobrecer a nossa pesquisa e o nosso núcleo de conhecimento.

            Sr. Presidente, também quero dizer que esses militares estão fazendo, na verdade, um trabalho que nos orgulha a todos. É necessário que o Brasil conheça mais, que aqui haja maior divulgação desse trabalho a fim de que o contribuinte possa sentir de que forma boa estamos investindo os recursos que vem dos cofres públicos.

            Portanto era a notícia que queríamos dar, dizendo que valeu aquele trabalho, aquela luta, passamos muito frio, mas tenho a certeza de que trouxemos para cá o conhecimento, e que vale a pena lutarmos juntos na Comissão de Educação, na Comissão de Tecnologia, em todas as Comissões, para darmos a esses técnicos, a esses cientistas, condições de trabalho no Polo Antártico.

            Era essa uma das comunicações. A outra, Sr. Presidente, é para dizer de viagem que fiz ontem à cidade de Rondonópolis, para visitar alguns projetos de relevo social que faz a Maçonaria naquela cidade. Lá, tive a oportunidade de me encontrar com membros de várias lojas maçônicas, que, ali, estavam reunidos no sentido de motivar os seus membros a continuarem com alguns projetos especiais que ali são desenvolvidos.

            Tivemos a oportunidade, em uma reunião de mais de três horas, de colocar o nosso ponto de vista e o de vários membros da Maçonaria de Cuiabá, para lhes dizer que nós, aqui no Congresso Nacional, estamos acompanhando o trabalho deles, porque confiamos que a Maçonaria do Brasil, que tantos trabalhos importantes fez para esta Pátria e para o mundo como um todo, também ali em Rondonópolis tem feito a sua parte.

            A Maçonaria, que esteve presente no mundo todo, principalmente nos movimentos libertários, em que o homem precisava levar a mensagem de fraternidade, de liberdade, é esta Maçonaria que conseguiu estar na revolução francesa, que conseguiu estar na independência dos Estados Unidos, a Maçonaria que conseguiu estar na independência do Brasil, na luta dos inconfidentes, e é esta mesma Maçonaria que hoje trabalha por aqueles mais necessitados, de forma anônima, de forma silenciosa, de forma a dar com uma mão sem que a outra veja, é esta Maçonaria que está atuando no Estado do Mato Grosso, principalmente no Município de Rondonópolis. E, ali, tivemos a oportunidade de ver projetos e planos que aqueles irmãos têm feito para minorar o sofrimento do mais carente e do mais necessitado, onde o Governo não pode chegar com as suas mãos.

            Portanto, deixo aqui meus parabéns àqueles homens eméritos que deixam o seu trabalho, deixam a sua luta, deixam os seus interesses pessoais, renunciam a tudo isso e vão lá prestar um serviço àquela comunidade, que precisa da ajuda de homens, que, na verdade, se desprendem do seu orgulho pessoal, da sua vaidade pessoal para servirem às classes mais necessitadas.

            E a Maçonaria, em Mato Grosso, principalmente as três potências, tanto o Grande Oriente do Brasil, como as Grandes Lojas, como também o Grande Oriente Independente, todos eles têm se irmanado, trabalhado de mãos dadas no sentido de diminuir o sofrimento do povo mais carente, quer seja trabalhando no campo educacional, quer seja trabalhando no campo social, quer seja trabalhando no campo da saúde, quer seja no campo psicológico, ajudando as comunidades mais carentes, estão lá aqueles nossos irmãos, fazendo com que a gente possa diminuir a distância entre a felicidade e o sofrimento daquele povo.

            Portanto, Sr. Presidente, queríamos, nesse momento, registrar esse nosso contentamento de saber que ainda tem gente que se desalia do seu egoísmo pessoal e se dedica àqueles que mais precisam.

            Quero parabenizar a todos os Grãos Mestres daquelas potências e também os Veneráveis Mestres, que trabalham, que lutam e que colocam a sua vida à disposição das comunidades.

            A Loja em que trabalhamos, temos, lá, uma creche para 120 alunos, em um bairro que estava completamente fora do contexto social, pessoas que estavam excluídas do processo social, e hoje estão numa verdadeira inclusão com o trabalho sério, competente e honrado daquelas pessoas que, na verdade, sabem que a vida não é só juntar, mas a vida é também distribuir e fazer aquilo que o Estado às vezes não faz, deixando as pessoas mais carentes sem o auxílio daqueles que podem ajudar.

            Sr. Presidente, fica aqui o nosso reconhecimento, no dia de hoje, àqueles que verdadeiramente trabalham para que possamos fazer um mundo muito mais feliz, um mundo muito mais alegre e um mundo à altura daqueles que o habitam.

            Não é fácil falar isso num mundo de tanta crueldade, de tantas guerras e tantas situações difíceis. Falo, aqui, para homens que sabem o que é isso, porque são pessoas que aqui também estão com a missão social no sentido de ajudar a população que os mandou para cá. Portanto, essa matéria social que falo aqui é matéria que V. Exª conhece, que todos os Senadores conhecem, que o Deputado Ciro Pedrosa conhece, todos nós, porque, na verdade, todos os que vêm aqui, vêm com desprendimento, também no sentido de ajudar o seu Estado, a sua Unidade da Federação, ajudar o seu povo a fazer o soerguimento e o desenvolvimento econômico de cada comunidade.

            Portanto, baseado nessa missão, colocamo-nos à disposição para continuar a trabalhar pelo nosso povo, porque essa é a missão do Senado da República, é a missão da Câmara dos Deputados, é a missão dos homens livres independentes que querem o melhor para a sua geração, para o seu povo e para sua Pátria.

            Muito obrigado Sr. Presidente.

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