Discurso durante a 244ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Agradecimentos aos Senadores que compareceram ontem ao lançamento do livro de Zózimo Tavares: "Atentai bem, assim falou Mão Santa" e leitura de trechos publicados no livro, do depoimento do Senador José Sarney. Convite ao povo do Piauí, para o lançamento do livro na segunda-feira, em Teresina, na assembléia municipal.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Agradecimentos aos Senadores que compareceram ontem ao lançamento do livro de Zózimo Tavares: "Atentai bem, assim falou Mão Santa" e leitura de trechos publicados no livro, do depoimento do Senador José Sarney. Convite ao povo do Piauí, para o lançamento do livro na segunda-feira, em Teresina, na assembléia municipal.
Publicação
Publicação no DSF de 11/12/2009 - Página 67095
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • AGRADECIMENTO, PRESENÇA, LANÇAMENTO, LIVRO, JORNALISTA, BIOGRAFIA, VIDA PUBLICA, ORADOR, COMENTARIO, LEITURA, TRECHO.
  • CONVITE, POVO, ESTADO DO PIAUI (PI), LANÇAMENTO, LIVRO, CAMARA MUNICIPAL, CAPITAL DE ESTADO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Parlamentares presentes, brasileiras e brasileiros que nos acompanham aqui pelo sistema de comunicação.

            Presidente Sadi Cassol, eu queria agradecer a todos os Senadores que compareceram ontem ao lançamento do livro de Zózimo Tavares: “Atentai bem, assim falou Mão Santa”. Praticamente esvaziada ficou a sessão em que se debatia o ingresso da Venezuela.

            Mas agradeço a todos que participaram daquele evento cultural, e os aplausos e as homenagens ao autor. O autor Zózimo Tavares, sem dúvida nenhuma um dos melhores escritores do nosso Brasil - aliás, da história da literatura do Brasil. O Zózimo, isso é raro, ele é profissional mesmo, ele é profissional da comunicação, secretário, é da Academia Brasileira de Letras, é um intelectual e de grande credibilidade. Ele tem um respeito extraordinário; é respeitado no Piauí.

            O bom, viu, Paim, é que o Zózimo não é inscrito em partido nenhum, porque difícil seria para qualquer político do Piauí vencer o Zózimo, pela credibilidade, respeito... Hoje mesmo vários Senadores já se manifestaram aqui. O Pedro Simon disse que leu a noite toda e gostou e disse que achou foi muito barato o livro, que deveria aumentar o preço. O nosso Camata disse que gostou muito, que riu principalmente quando eu governava o Estado, ele conta que tinha lá um metrô, uns trens e o Alberto Silva me exigindo nomear pessoas que eu achava que não eram idôneas. Aí ele foi em cima: Mas, Governador, por que você não nomeia a minha recomendação? Eu digo: Alberto é porque eu tenho medo que daqui a pouco ele vai comprar um bocado de pneus e câmara de ar para o trem. Quer dizer, então são coisas que ele toca... Tipo estilo Sebastião Nery, que nós conhecemos, estilo mais antigo, Machado de Assis. Coisas da política.

             Tem um agradecimento todo especial para o Presidente Sarney, que estava ausente, porque afastado, de licença. Eu nem sabia, mas ontem li apressadamente um depoimento de S. Exª. São fatos que enriquecem o livro. O Senado não se cala. Isso é muito significativo. Senadora Rosalba, tenho uma amizade muito longa com o Presidente Sarney. Meu pai é do Maranhão. Então, S. Exª deu essa contribuição para o Zózimo. Ela já a havia dado. Devo, tenho gratidão pelo Presidente Sarney. Todo mundo sabe que, semanalmente, ele escreve para a Folha de S.Paulo. Num dos artigos que li, logo que cheguei - e sem dúvida nenhuma foi um estímulo - ele disse que acordou e foi à biblioteca dele, Rosalba Ciarlini, e começou a relembrar grandes oradores do Senado da República. Ele sabia disso tudo e com os quais ele conviveu. Ele tem uma vida aqui. No fim, termina o artigo dizendo: “Hoje, o Senado da República vive do entusiasmo, da coragem e da oratória do Senador Mão Santa.” Terminou o artigo assim, isso no começo. Então foi um estímulo. Mas ele fez agora - e acho que Zózimo pesquisou tudo inspirado nesse artigo. Ele pegou um depoimento do Sarney que, sem dúvida nenhuma, é uma figura da história do Brasil e da história intelectual porque é da Academia Brasileira de Letras e autor de vários livros.

            Um dos livros mais interessantes, todos o são, e eu leio as quânticas dele, mas tem Saraminda, quem quiser dar um bom presente de Natal dê este livro do José Sarney: Saraminda. É interessantíssimo. Todos são bons. Eu conheço, Marimbondos de Fogo, O Dono do Mar.

            Então ele transcreve um depoimento de José Sarney, Presidente do Senado Federal que diz assim:

“‘Quero dizer que conheço o Senador Mão Santa há muitos e muitos anos, desde o princípio de sua carreira política. Eu o conheci quando era um médico lendário, cujo nome repercutia nos sertões do Nordeste, nas areias da Tutóia, nas praias do Maranhão, uma vez que Parnaíba fica entre o nordeste seco e o Maranhão úmido. E lá ele era um ídolo. Construiu sua carreira justamente com base em seu trabalho em favor dos pobres, na sua grande missão que teve na vida. E ficou como ícone na história do Piauí, não só como político popular, mas também como político popular alicerçado na grande vocação humana que desenvolveu e que prestou na sua vida.

Quem olha o Senador Mão Santa, na tribuna, não sabe o quanto de bem ele fez e do quanto é querido e foi querido durante os anos todos da sua vida dedicada ao povo daquela região, que conheço muito bem, porque, bem jovem, eu era político também ali às margens do Parnaíba: de um lado, está o Maranhão, e, do outro, o Piauí.”

            Sarney continua:

“Mas quero ressaltar, sobretudo, o trabalho do Senador Mão Santa, o que ele representa para o Senado Federal, neste momento em que o Parlamento vive uma crise tão grande no mundo inteiro, na democracia representativa. Ele sempre tem prestado um serviço extraordinário ao Senado. Em momentos em que a Casa está quase deserta, ele nunca deixa de, na tribuna, emitir sua voz e marcar sua presença no Senado, às vezes longamente, mantendo aquilo que é o Parlamento, cuja origem está justamente em falar, em exercer a crítica e a fiscalização pela palavra. Ele tem feito esse grande serviço ao Senado.

Quando vemos, nestes tempos difíceis - não por problemas só nossos, mas do mundo inteiro -, a contestação da democracia representativa,

“(...)ele mantém essa chama e, sobretudo, ao mesmo tempo, essa convicção interna da grandeza que é o Senado.

Eu disse uma vez que a soma de todos nós é muito menor do que o próprio Senado, que é muito maior, como instituição democrática, como instituição da Federação, que assegura a unidade nacional. O Senador Mão Santa fez mil discursos no Senado, mas não são mil discursos e, sim, mil manifestações em favor da vitalidade, da vida do Senado.Quando o Senado silenciava, a voz dele estava presente, mostrando que a Casa é o coração da democracia e, portanto, nunca poderá ser silenciosa diante dos valores da democracia para o país”.

            Então, sem dúvida nenhuma, esse depoimento do Sarney, com a sua experiência e vivência, enriquece o livro de Zózimo Tavares. Tenho toda a convicção... Olha eu recebi já... Ele vai lançá-lo em Teresina e me convidou. Quer dizer, a obra é dele, o pai da criança é ele, o autor é ele. A paternidade e os méritos do livro são dele, que é um grande escritor.

            Então, eu convido o povo do Piauí para esse evento. Ele lançará, segunda-feira, em Teresina, na Câmara Municipal, essa obra que desperta...

            O fim dele, para terminar também... A Rosalba já está ali porque quer prestar uma homenagem à Igreja, à nossa Igreja.

            Então ele pinçou várias frases.

            A última que ele pinçou aqui... Todas elas enriquecem... O Paim é citado inúmeras vezes. Olha! O nosso Zezinho é citado duas vezes por fatos que ocorreram aqui; quer dizer, ele buscou, misturou tudo, desde o Presidente Sarney, porque ele incluiu essa opinião dele, até o Zezinho, por duas vezes citado. Quer dizer, é o retrato da vida política com toda a independência e a sensibilidade do grande escritor que é Zózimo Tavares.

            O Pedro Simon hoje disse que leu todo o livro ontem à noite, todinho. Sofre de insônia e devorou e contou segmentos aqui do livro, dizendo que o achou muito barato. O Pedro Simon disse que já o leu e o comentou.

            Mas o Zózimo terminou o livro com uma frase que ele pinçou aqui do discurso: “Como comecei quero terminar, dirigindo-me aos Céus e a Deus. Pai, iluminai este Congresso para que ele faça leis boas e justas”!

            São essas as minhas palavras de agradecimento a todos que prestigiaram Zózimo Tavares. Sem dúvida nenhuma, é um momento de grandeza do Piauí.

            Nelito Marques, que é o nosso Ibrahim Sued, estava lá. É um jornalista afeito, vamos dizer, Rosalba Ciarlini, que promove o desfile das misses, das belas misses; é o Ibrahim Sued do Piauí. E ele estava lá e disse: “Senador, foi uma noite de grandeza para o Piauí”.


Modelo1 6/29/246:44



Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/12/2009 - Página 67095