O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mercadante; componentes da Mesa; senhoras e senhores; convidados aqui presentes, serei bem rápido, porque, na verdade, recebi um telefonema do Senador Aloizio Mercadante comunicando-me desta sessão especial, que iria homenagear Pedro Teixeira.

            Não sei se o Senador Mercadante lembra-se de que me deu uma aula, ao telefone, sobre quem foi Pedro Teixeira.

            Como Senador da República e representante de Minas Gerais e com conhecimento de tudo o que acontece nesta Casa - porque vejo no Senado Federal e no Congresso Nacional essa beleza que é todo o Brasil se encontrar aqui com as grandes lideranças, ouvir discursos e adquirir conhecimento -, ainda não tinha ouvido falar do Pedro Teixeira. Então, fiquei com aquele silêncio pela ignorância sobre o assunto, e o Mercadante me deu uma aula sintética, ao telefone, sobre quem foi Pedro Teixeira.

            Assim sendo, aproveitei-me da oportunidade - porque a gente sabe que aqui temos uma série de atividades -, enquanto outros Senadores discursavam, para ler o discurso do Senador Mercadante, já que não tive oportunidade de ouvi-lo falar. E uma parte do discurso de V. Exª, Senador Mercadante, sobre Pedro Teixeira que me deixou bastante interessado foi a expressão “ir para lugar nenhum”. V. Exª, em seu discurso, diz da beleza que era ele, o Pedro Teixeira ir, e, de repente, “ia para lugar nenhum” por não saber o que existia à frente, o que ele descobriria. Pelo fato de precisar fazer os relatórios para mandar para a Coroa, ele, com toda a sua expedição, acabou subindo o Amazonas até Quito, deixando ao Brasil toda a Região Amazônica. Àquela época, acho que ele já era um grande político, porque, na verdade, ele toma posse para Portugal em nome de Espanha - pelo menos está bem colocado aqui -, em nome do Rei de Espanha, o representante tome posse para Portugal.

            Naquele momento, ele faz com que a Amazônia pertencesse ao Brasil. Esse é um momento histórico de que poucos têm conhecimento, Senador Mercadante. Acho importante, inclusive para os aqui presentes, os representantes de outros países, de empresas que estão instaladas em nosso País, trazer vultos da nossa história, pessoas da nossa história, que são desconhecidas e que tiveram um valor estupendo.

            Sr. Presidente, não vou ficar aqui citando datas de quando ele subiu o rio, ou de quando foi criado o forte, porque eu já estudei a história inteira e, para mim, foi um conhecimento maravilhoso. Aliás, Senador Mercadante, lá em Uberaba, o dono de uma universidade, em certo momento de sua vida, abandonou tudo e foi morar na Amazônia e lá ele viveu, inclusive escreveu até um livro, e, com certeza, teve alguma inspiração em Pedro Teixeira. Vou até conversar com o filho dele, que hoje é o reitor da Uniube, para saber se houve alguma inspiração em Pedro Teixeira na vida do pai dele, porque, em algum momento da vida, ele parou tudo e foi morar na Amazônia; lá, ele conviveu com os índios e subiu também o rio Amazonas e, com certeza, foi por inspiração em Pedro Teixeira.

            Então, Senador Mercadante, quero parabenizá-lo. Sempre digo que o Mercadante é um grande político da minha geração, embora ele pareça muito mais velho, mas é da minha geração, e sempre traz conhecimentos para esta Casa, apesar de sua especialidade ser índices econômicos.

            Hoje, realmente, para mim, foi uma grata satisfação ser convidado pelo Senador para participar deste momento, para que possamos registrar na história esse grande herói que foi Pedro Teixeira.

            Eu queria só fazer esse comentário e parabenizá-lo, Senador Aloizio Mercadante, por esse momento vivido e também pelos nossos irmãos de outros país, representados hoje por empresas que acabam chegando ao nosso País, valorizando os heróis dessa relação histórica Portugal-Espanha-Brasil, valorizando os nossos heróis que viveram neste País, mostrando que a história, embora tenha acontecido, fez com que houvesse laços entre os nossos países. E esses não deixam que os heróis sejam apagados, não deixam que a história seja apagada, trazem essa história e procuram inspiração naquele momento do passado, para que as relações entre os nossos países... Que o Brasil, como bem colocou V. Exª em uma parte do seu discurso, um país que era do futuro e, no entanto, hoje, é um país do presente, não deixe afastar esses laços que existem entre nossos países.

            Muito obrigado. Era só isso que eu queria declarar, Senador Mercadante. Parabéns, mais uma vez. Parabéns aos senhores. Parabéns a todos que estão aqui. (Palmas.)

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