Pronunciamento de Renato Casagrande em 17/12/2009
Discurso durante a 257ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Análise sobre os trabalhos desenvolvidos na Conferência das Mudanças Climáticas - COP 15, que termina amanhã. (como Líder)
- Autor
- Renato Casagrande (PSB - Partido Socialista Brasileiro/ES)
- Nome completo: José Renato Casagrande
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
HOMENAGEM.:
- Análise sobre os trabalhos desenvolvidos na Conferência das Mudanças Climáticas - COP 15, que termina amanhã. (como Líder)
- Publicação
- Publicação no DSF de 18/12/2009 - Página 73303
- Assunto
- Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE. HOMENAGEM.
- Indexação
-
- ANALISE, REALIZAÇÃO, CONFERENCIA INTERNACIONAL, ALTERAÇÃO, CLIMA, REGISTRO, AUSENCIA, ACORDO, CRITICA, POSIÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), CHINA, ELOGIO, POLITICA, BRASIL, REDUÇÃO, DESMATAMENTO, EMISSÃO, GAS CARBONICO, CRIAÇÃO, FUNDO NACIONAL, IMPORTANCIA, INCENTIVO, FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA, ESPECIFICAÇÃO, ENERGIA EOLICA.
- HOMENAGEM, ATLETA PROFISSIONAL, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), PARTICIPAÇÃO, CAMPEONATO MUNDIAL, ESPORTE NAUTICO.
SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA |
O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB - ES. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs Senadores, senhoras e senhores, neste momento quero primeiro fazer uma referência à conferência de Copenhague, que termina amanhã. É a 15ª conferência das mudanças climáticas.
A expectativa que se tinha em torno dessa Conferência era muito grande. A Senadora Serys Slhessarenko esteve lá recentemente. Os debates são profundos, mas temos muito mais debates, Sr. Presidente, do que resultados nessa Conferência. Nós corremos o risco de não fecharmos um entendimento.
É importante que a população saiba que na Conferência de Bali, na Indonésia, há dois anos, foi definido um roteiro para se chegar a Copenhague e fechar um entendimento para um novo protocolo.
Nós temos um protocolo, que é o Protocolo de Kyoto, com vigência até o final de 2012. A partir de 2013, não temos nenhum compromisso firmado entre as nações. E não ter um compromisso firmado é muito ruim, porque já estamos sentindo os efeitos das mudanças ambientais globais. Já temos uma temperatura muito mais elevada do que tínhamos logo no início da Revolução Industrial; já temos os pólos deste mundo - a Antártica e o Ártico -, com um nível de degelo muito grande, especialmente o Ártico; temos eventos climáticos acontecendo com muito mais intensidade; temos o nível do mar se elevando a cada dia. Nós já temos consequências enormes das mudanças que estamos sofrendo. E está cada vez mais claro que a atividade humana é a responsável pela aceleração desse processo.
Portanto, quando se estabeleceu em Bali que Copenhague seria o momento de fecharmos o entendimento, de fecharmos um acordo, e assistimos à resistência ainda dos Estados Unidos, à resistência da China, à resistência ainda de alguns países, acabamos nos perguntando: qual é razão, qual é motivação, por que esses países estão adotando uma postura tão conservadora?
Na verdade, o Brasil levou uma posição que julgo avançada na hora em que assumiu o compromisso de redução de 36,1% a 38,9% das suas emissões até 2020; na hora em que assumiu o compromisso de reduzir o desmatamento da Amazônia em até 80%, até 2020; na hora em que aprovamos aqui a Política Nacional de Mudanças Climáticas; na hora em que aprovamos o Fundo Nacional de Mudanças Climáticas. O Brasil leva uma postura, mas nós estamos vendo uma Conferência em que o Brasil não conseguiu nem impor a sua posição, uma Conferência em que há uma ausência de liderança, e eu espero que, nestes dois últimos dias, hoje e amanhã, alguma liderança, ou algumas lideranças, com a presença do Chefe de Estado, possam, junto com o Presidente Lula, ter bom senso. E nós, Senadora Serys - V. Exª que acompanhou o clima dessa Conferência -, possamos fechar algum entendimento. Temos tempo ainda para o ano que vem? Temos, mas a expectativa criada foi para fecharmos uma posição neste ano e neste momento.
Então, estou aqui ressaltando e alertando para o que nós temos que enfrentar no mundo e no Brasil.
O Brasil, esta semana, deu um outro bom exemplo. E acho que é uma sinalização que faz com que nós possamos cobrar, Senador João Pedro, essa mesma postura todos os anos, essa mesma ação todos os anos: o Brasil fez um leilão de energia eólica, contratou 1.800 Megawatts de energia eólica, foi o primeiro leilão feito de energia eólica.
Nós temos que dar sequência a esse tipo de atividade, incentivando energia renovável e alternativa, energia limpa. Hoje, a base de energia do mundo ainda é o combustível fóssil, é carvão e é petróleo. Temos muito o que fazer nessa área e eu espero que o Brasil adote efetivamente a posição de...
(A Srª Presidente faz soar a campainha.)
(Interrupção do som.)
A SRª PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT - MT) - (Fora do microfone.) Senador Casagrande, temos que encerrar, estão nos chamando para a reunião do Congresso.
O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB - ES) - Só mais alguns minutos, Srª Presidente.
Que o Brasil adote essas posturas.
Eu quero fazer uma homenagem a uma mulher que, espero que V. Exª possa me dar esta oportunidade, que é a Neymara Carvalho.
Registro, com alegria, uma conquista inédita no mundo, realizada por uma atleta capixaba neste último sábado, na Espanha, Srª Presidente, mais precisamente, nas Ilhas Canárias. Falo com orgulho da esportista Neymara Carvalho, que conquistou o quinto título mundial de bodyboarding, esporte praticado nas praias de dezenas de países e que nos encanta pela coragem, pela habilidade e plasticidade dos praticantes nas ondas deste nosso litoral e em todo o mundo.
Nenhuma atleta conseguiu vencer tantas vezes o circuito mundial. Neymara Carvalho é campeã pela sexta vez, campeã mundial. Nossa Pequena Notável, como é conhecida pelo mundo afora, sempre carrega por onde passa as qualidades da sua terra, o Estado do Espírito Santo. Em todos os pódios que sobe, sempre leva junto uma bandeira do nosso Estado, o Estado do Espírito Santo. É um belo exemplo a ser seguido.
Menina de Barra do Jucu, balneário do Município de Vila Velha, desde cedo, colocou-se na vanguarda do esporte, desbancou todos os adversários e, com o mesmo vigor e coragem, venceu a adversidade que é prosseguir em uma carreira esportiva no nosso País.
Foram nas águas do rio Jucu, na pacata Praia do Barão, em Vila Velha, que a pequena Neymara Carvalho, então com 13 anos, aprendeu a pegar ondas, tomou seu primeiros caldos, se apaixonou pelo bodyboarding e seguiu seu caminho em busca de um sonho: ser campeã mundial.
Srª Presidente, e ela conseguiu ser campeã mundial por diversas vezes, campeã brasileira, campeã capixaba, campeã carioca. Então, aqui quero fazer uma homenagem, neste encerramento, praticamente, de ano legislativo, uma homenagem a Neymara Carvalho, a Pequena Notável, uma pessoa que encanta os capixabas, encanta os brasileiros e que é praticamente desconhecida. Falta apoio. Mas queria deixar essa homenagem registrada, como meu último pronunciamento. Talvez, na semana que vem ainda tenhamos a oportunidade de nos expressarmos, mas queria deixar essa homenagem a Neymara Carvalho, deixar registrada nos Anais desta Casa a homenagem a Neymara Carvalho e a homenagem aos capixabas.
Encerro, Srª Presidente, desejando a V. Exª e aos demais Senadores - talvez eu ainda encontre todos na semana que vem aqui - um Feliz Natal, um Natal com muita alegria, com muita paz no coração, com muita harmonia, e um Ano Novo melhor do que 2009. Temos que agradecer por estarmos terminando o ano com saúde, mas precisamos, no ano de 2010, recuperar o passivo deste 2009 e ter sabedoria para que esta Casa possa ter legitimidade e credibilidade na representação dos Estados da Federação e na representação da população brasileira.
Obrigado, Presidente, Senadora Serys Slhessarenko.
Modelo1 11/28/247:09