Discurso durante a 257ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Elogios ao Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a expectativa do PMDB de lançar uma candidatura própria a Presidente da República.

Autor
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AC)
Nome completo: Geraldo Gurgel de Mesquita Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. ELEIÇÕES.:
  • Elogios ao Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a expectativa do PMDB de lançar uma candidatura própria a Presidente da República.
Publicação
Publicação no DSF de 18/12/2009 - Página 73354
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. ELEIÇÕES.
Indexação
  • REGISTRO, CONVENÇÃO, MUNICIPIO, RIO BRANCO (AC), ESTADO DO ACRE (AC), ESCOLHA, COMISSÃO EXECUTIVA, DIRETORIO ESTADUAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), REITERAÇÃO, COMPROMISSO, ORADOR, POLITICA PARTIDARIA, EXPECTATIVA, MELHORIA, SITUAÇÃO, PAIS.
  • DEFESA, POSSIBILIDADE, LANÇAMENTO, CANDIDATO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), PRESIDENCIA DA REPUBLICA, QUESTIONAMENTO, HISTORIA, SUBORDINAÇÃO, COLIGAÇÃO PARTIDARIA.
  • ELOGIO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), ATUAÇÃO, REPUTAÇÃO, JOSE SERRA, AECIO NEVES, GOVERNADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, RESPEITO, LEGISLAÇÃO ELEITORAL, AUSENCIA, ANTECIPAÇÃO, CAMPANHA ELEITORAL, CRITICA, CONDUTA, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), EXPECTATIVA, ORADOR, CONSCIENTIZAÇÃO, ELEITOR.

                          SENADO FEDERAL SF -

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            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, meu caro e querido amigo Senador Mão Santa, que preside esta sessão. Tenho certeza absoluta de que o lançamento do livro de Zózimo Tavares em Parnaíba vai ser um sucesso, porque, na sua terra, as pessoas o têm em alta estima. Aquele é um lugar maravilhoso. O senhor já me levou uma vez para visitar, e guardo boas lembranças de Parnaíba.

            Senador Mão Santa, quero inicialmente me dirigir aos companheiros do PMDB no Acre. Em Rio Branco, hoje, o PMDB realiza uma convenção para a escolha da nova comissão executiva do diretório estadual. Na verdade, estamos, em grande parte, reconduzindo companheiros que, na última gestão, foram bem sucedidos na condução dos assuntos de interesse do Partido, à frente o Deputado Federal Flaviano Melo, que presidiu a comissão e será reeleito juntamente com Mauri Sérgio, Vice-Presidente; Vagner Sales, Prefeito de Cruzeiro do Sul e também Vice-Presidente; Raimundo Barros de Lima, Secretário-Geral; Hidelbrando de Souza Meneses, Secretário Adjunto; Armando Dantas, um companheiro nosso muito estimado, Tesoureiro; Wellington, Segundo Tesoureiro; Sérgio, Ricardo, João Correia, Antonio Pádua, Adalberto Ferreira como vogais; e José Eugênio de Leão Braga, Wiliandro Oliveira Derze, Eduardo Ambro Reis e Maria Virgínia como suplentes.

            Eu, na verdade, deveria estar lá, mas daqui eu renovo o meu compromisso com essa chapa, com o meu Partido, no Estado, que busca uma situação que permita que as Oposições caminhem juntas, no Acre, em prol de um projeto que eu já vislumbro como bem-sucedido. Enfim, renovo aqui meu compromisso e minha solidariedade e minha confiança na gestão dessas pessoas que estão sendo praticamente reconduzidas, como eu disse, em especial condição o Deputado Flaviano Melo, Presidente Regional do nosso Partido, que teve, com a ajuda de todos, uma participação muito importante nos últimos anos no reencontro do PMDB consigo mesmo, com a população do Estado, reorganizando diretórios.

            Todo esse trabalho resultou na eleição de prefeitos, enfim, no resgate do prestígio que o PMDB sempre teve no Acre, no seio da população acreana. O PMDB é um partido muito querido no Acre. E a Comissão Executiva do nosso Diretório, com um trabalho eficiente, profícuo, conseguiu resgatar esse ambiente agradável, favorável, que sempre viveu o PMDB naquele nosso Estado.

            Mas, Sr. Presidente, ontem ocorreu um fato político significativo que me leva a fazer algumas considerações. O fato foi o anúncio do Governador de Minas, Aécio Neves, de que não mais disputaria, dentro do seu Partido, o PSDB, a indicação para a candidatura à Presidência da República.

            Os comentários, as interpretações são de diversas naturezas e ordens, mas eu queria aqui, Senador Mão Santa, dizer que não se trata de inveja, mas esse é o tipo de situação a que gostaria de estar me referindo em relação ao meu próprio Partido, o PMDB. Eu gostaria muito que esses fatos estivessem ocorrendo na órbita do PMDB, ou seja, que o PMDB estivesse determinado a ter uma candidatura presidencial e que um de seus grandes líderes estivesse, em nome da unidade, em nome de uma candidatura forte, que algum de seus grandes líderes estivesse abrindo mão da condição de pré-candidato, no sentido da construção coletiva de uma candidatura forte e competitiva no âmbito nacional. É esse sentimento, Senador Mão Santa, que acho grassa no seio de todo peemedebista deste País.

            Assisti, algumas vezes de muito longe, como é o caso do meu Estado, ao nosso Partido navegar sem sinalizar exatamente um determinado rumo. Um grande Partido como o PMDB diz à população brasileira alto e bom som: Olha, nós estamos propensos a aceitar a condição de vice-presidente, a condição de candidatos a vice-presidente, abrindo mão da possibilidade de lançarmos uma candidatura nacional forte neste País. Isso, para mim, confesso, Senador Mão Santa, é algo que não consigo engolir, é algo que não consigo assimilar, é algo que não consigo administrar politicamente. Para mim, eu diria até que é algo inadmissível. E esse fato ocorrido nas hostes do PSDB me traz um sentimento assim, olha, até de inveja, até de inveja. Como disse, eu gostaria muito que isso estivesse ocorrendo no âmbito do PMDB, ou seja, que uma grande liderança do PMDB anunciasse para o País inteiro que está se retirando da disputa de uma candidatura nacional a Presidente da República em razão e em função da construção de uma candidatura que tenha como base a unidade do Partido, a determinação do Partido de concorrer e, quem sabe, vencer as próximas eleições.

            Fica, portanto, aí no páreo - digamos assim - a perspectiva e a possibilidade da candidatura do Governador Serra. E aí, Senador Mão Santa, como atentos observadores políticos que nós somos - nós temos o dever de sermos atentos ao cenário político, à cena política -, observo há algum tempo o caminhar do Governador Serra e digo a V. Exª: olha, muita coisa nele se assemelha em grande parte à atividade pública do meu próprio pai, que V. Exª sabe que se tratava de um homem simples, uma liderança forte no meu Estado, um homem honesto. Uma das coisas que se diz com relação ao Governador Serra é que ele reluta em lançar a sua candidatura por insegurança.

            Senador Mão Santa, a burla à legislação eleitoral é uma coisa tão banalizada no nosso País hoje. O Presidente da República deixa um legado negativo; ele deixa alguns legados positivos, mas, nessa área, ele deixa um legado negativo. Ele “fulanizou”, ele banalizou, ele avacalhou com essa questão política no nosso País, a ponto de a Justiça Eleitoral hoje não ter - com todo o respeito digo isso - mais autoridade para conter seja o que for em termos de lançamentos antecipados e fora do tempo de candidaturas, principalmente de candidaturas nacionais.

            Creio que, se o Presidente Lula for novamente a uma beirada de rio dessas, como ele foi ao São Francisco, e fizer um comício em favor da candidatura ou da pré-candidatura da sua candidata, a Justiça Eleitoral não terá mais o que fazer, Senador Mão Santa, porque não fez da primeira vez, não conteve da primeira vez e agora é tarde. Agora o leite está derramado.

            Portanto, atribuir-se ao Governador Serra tratar-se de insegurança o fato de ele não antecipar ou não anunciar uma candidatura sua é equivoco. Na minha interpretação, trata-se de alguém que está obstinadamente determinado a respeitar o que diz a lei eleitoral.

            A lei eleitoral do País diz que tratamos de candidaturas no ano que vem, Senador Mão Santa. Tem prazos, tem época própria. Acho que o que faz o Governador Serra é tão-somente dar uma demonstração de respeito à legislação eleitoral. A ele é atribuída a pecha de trator.

            Eu disse quando, logo que comecei a falar do assunto, Senador Mão Santa, que o Senador José Serra lembra muito meu pai, meu pai também era considerado um trator, era um homem trabalhador, obstinado, pegava duro, era uma pessoa, por vezes, até de difícil trato, como se atribui também ao Governador Serra ele ser uma pessoa de difícil trato. O meu depoimento pessoal não conflui para essa conclusão.

            Eu tive já oportunidade de estar com o Governador Serra e tive dele a melhor impressão. Pessoa educada, ele não é de quiquiqui, meu pai também não era, meu pai não era de quiquiqui, era uma pessoa sisuda de fato, era uma pessoa por vezes até carrancuda, Senador Mão Santa, mas era uma pessoa, do ponto de vista do sentimento, do amor a sua terra, ao seu povo, era uma pessoa doce, era uma pessoa que demonstrava isso nas ações, no seu comportamento do dia a dia como homem público.

            Portanto, nós não estamos tratando aqui de um concurso de simpatia. É uma eleição à presidência da república. É bom que as pessoas interpretem o que está por trás dessa sisudez do Governador Serra. Será mau humor? Será algo negativo? Eu creio que não. Eu acho que é a concentração máxima na necessidade do cumprimento do dever público que faz com que, por vezes, as pessoas enxerguem na figura dele a sisudez. Mas eu acho que não.

            Veja, e aqui com todo o respeito ao meu querido companheiro João Pedro. O PT é um partido que se notabilizou por tentar desconstruir pessoas, tentou fazer isso comigo e tenta fazer isso diariamente com várias pessoas. Sei lá, parece que é assim uma coisa nata. Respeito muito individualmente pessoas e colegas, inclusive aqui do Senado, mas isso é uma coisa nata no PT, é uma predisposição para tentar desconstruir pessoas. E olha uma coisa que me chama atenção: acho que, se o PT tivesse uma vírgula para pregar na testa do Governador Serra, já o teria feito. Não tem, Senador Acir. Trata-se de uma pessoa honesta, uma pessoa íntegra. 

            Essa é a impressão que ele me passa. E olhem: não é uma impressão superficial. É como eu disse: nós temos o dever, mesmo militando em partidos diferentes, temos o dever de acompanhar a trajetória pública de todos aqueles que exercem função pública neste País. Essa minha impressão não é superficial. Ela é fruto da observação e não é de hoje. É uma pessoa íntegra, uma pessoa compenetrada, uma pessoa séria e um grande patriota que se bateu contra a ditadura militar, tem história política neste País, além de exibir um largo prestígio, Senador Mão Santa. Há mais de um ano sem ser candidato, o Governador Serra lidera as pesquisas de opinião pública com vistas à eleição presidencial. Sem ser candidato!

            Ele não lança a sua candidatura agora e é criticado por isso, mas vai lançar para quê? Não lança porque é um fiel observador da legislação eleitoral. Não lança porque, atualmente, governa o Estado de São Paulo, o maior Estado brasileiro. Por que ele deveria antecipar isso tudo, atrair problemas que ele pode administrar lá na frente? Não tem necessidade.

            Portanto, Senador, que inveja eu tenho de como as coisas estão sendo conduzidas dentro do PSDB! Eu gostaria de estar aqui me referindo aos fatos ocorridos dentro do meu próprio Partido, o PMDB. Eu gostaria aqui de estar dizendo: “olha, o PMDB terá uma candidatura nacional à Presidência da República e há um trabalho intenso sendo feito no sentido de construímos uma unidade em torno de uma candidatura”. Há lideranças do PMDB abrindo mão de candidaturas porque sabem que outros estão mais qualificados. Eu gostaria muito de estar falando isso do meu PMDB.

            E aqui eu declaro, eu confesso a minha inveja, Senador Mão Santa. E já disse aqui, por mais de uma vez: só tem uma possibilidade, de forma serena, de forma pensada, muito pensada, de eu não trabalhar, primeiro, no meu Estado, pela unidade das oposições em torno da candidatura que eu suponho que seja a candidatura do Governador Serra à Presidência da República, e em todo o País. Só tem uma possibilidade de eu não engajar nesse processo: é o meu próprio partido, para a alegria dos milhões de peemedebistas deste País, lançar uma candidatura própria à Presidência da República. Aí, sim, eu vou partir com a mesma determinação, com o mesmo entusiasmo, a pedir voto em Parnaíba, no Acre, no Ceará, no Rio, seja onde for, Senador Mão Santa, para que o candidato do PMDB seja bem sucedido na eleição presidencial.

            O meu temor é de que o partido se encaminha para aceitar uma posição. Não se trata de o cargo de vice-Presidente ser um cargo menor. Está aí o vice-Presidente José Alencar, querido da Nação inteira, que dignificou esse cargo. Está aí Marco Maciel, que, no exercício da vice-Presidência, também dignificou o cargo de vice-Presidente. Não se trata de um cargo menor. Trata-se de um grande partido ter um projeto nacional, Senador Mão Santa, ou não ter um projeto nacional.

            Essa é a grande diferença. Na minha cabeça, no meu coração, um grande partido como o PMDB não poderia, já na altura dos acontecimentos, abdicar de levar a Nação brasileira, por meio de uma candidatura nacional, um grande projeto nacional. Entrar no debate e não se conformar com uma posição que não lhe permitirá participar desse debate dessa forma.

            Somente uma candidatura nacional permitiria ao PMDB participar de forma direta, em linha direta com a população brasileira de um grande debate nacional acerca das questões caras ao povo brasileiro. Somente uma candidatura nacional. E me parece, Senador Mão Santa, pelo que sinto nas hostes do meu Partido, que as decisões de cúpula do Partido não são consoantes aos sentimentos dos milhões de peemedebistas deste País. Será que ela que determinará as coisas?

            Eu acho isso uma pobreza. Eu acho isso uma tristeza. Não seria deslealdade ao Presidente Lula, hoje, o PMDB anunciar uma candidatura ou a sua disposição de participar desse pleito nacional. Não seria. O PMDB participou do Governo Lula, contribuiu e vem contribuindo. Nenhuma infidelidade, nenhuma indelicadeza. Não seria traição, não seria nada disso o PMDB hoje anunciar ao País a sua disposição, a sua intenção de concorrer com uma candidatura própria à Presidência da República. Tenho certeza de que até o Presidente Lula entenderia essa questão de forma altaneira.

            Portanto, aqui, Senador Mão Santa, eu quero, mais uma vez, lamentar que até agora as coisas dentro do PMDB se encaminhem para aquilo que eu considero renúncia a uma posição de destaque no cenário nacional. É uma pena que isso esteja acontecendo. E mais uma vez, aqui, eu confesso a minha inveja de ver como as coisas estão se encaminhando dentro do PSDB, sob a presidência do Senador Sérgio Guerra, nosso companheiro aqui, pessoa afável, pessoa de muita conversa, pessoa que tem sobre seus ombros uma responsabilidade enorme de construir cenários estaduais, cenários regionais, locais, para dar suporte, para dar substância à candidatura que surgirá de dentro de seu Partido.

            Aqui, a minha saudação, os meus elogios à conduta que tem tido até agora o Senador Sérgio Guerra na condução dos assuntos. Eu digo isto porque, em relação ao Acre, eu tenho conversado muito com ele e com a Senadora Marisa, que são dirigentes nacionais do PSDB. Tenho conversado muito com eles no sentido de a gente encontrar uma maneira de reunir todas as oposições no Acre e assim construirmos um palanque forte para o candidato da oposição que, certamente, ou muito provavelmente, sairá das hostes do PSDB. Isto, repito, caso o meu Partido continue renunciando à possibilidade de ter uma candidatura nacional, de ter uma candidatura à Presidência da República.

            Portanto, Srs. Senadores, eram estas as considerações que eu queria trazer nesta manhã, além de, como é absolutamente natural nesta Casa de parte de todos nós, desejar, a quem nos ouve, a quem nos vê, a quem nos escuta, desejar aos nossos pares, às colaboradoras e aos colaboradores que temos nesta Casa, na pessoa dos funcionários desta Casa, aos meus conterrâneos lá no Acre, muitos dentro da mata, sofrendo, amargando dificuldades enormes... Eu quero, do fundo do coração, desejar que as coisas melhorem substancialmente para todos, Senador, que o País encontre, definitivamente, um rumo de crescimento, de progresso, de desenvolvimento, mas que não seja aquele progresso e aquele desenvolvimento pra poucos, e sim que ele seja estendido a toda a população brasileira, que de alguma forma isso aconteça.

            Espero, do fundo do coração, que todos tenham serenidade, tranquilidade e felicidade por ocasião das festas natalinas, que, no ano que vem, nós possamos participar de um grande debate nacional que se avizinha, porque teremos eleição nacional e que o povo brasileiro tenha o tirocínio, a inteligência, a sagacidade que lhe é própria de escolher aquele que poderá, com seriedade, com determinação e com amor à causa pública brasileira, conduzir os brasileiros e este País tão querido para melhores dias, para melhores tempos. É o que eu desejo do fundo do coração.

            Um bom final de semana a todos e que Deus nos proteja.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/12/2009 - Página 73354