Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Contestação à acusação contra S.Exa., no âmbito da Justiça Eleitoral, de haver promovido carreata não permitida, atribuindo ao Governador Wellington Dias, do Estado do Piauí, articulações que teriam levado à referida ação judicial.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL. ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Contestação à acusação contra S.Exa., no âmbito da Justiça Eleitoral, de haver promovido carreata não permitida, atribuindo ao Governador Wellington Dias, do Estado do Piauí, articulações que teriam levado à referida ação judicial.
Publicação
Publicação no DSF de 05/02/2010 - Página 1071
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL. ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • REPUDIO, INJUSTIÇA, ACUSAÇÃO, PROMOÇÃO, ORADOR, MARCHA, VEICULOS, DIA, ELEIÇÕES, QUESTIONAMENTO, INFLUENCIA, GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), JUSTIÇA ELEITORAL, LEITURA, TRECHO, TEXTO, AUTORIA, RUI BARBOSA, MANIFESTAÇÃO, CONFIANÇA, JUSTIÇA.
  • LEITURA, ARTIGO DE IMPRENSA, INTERNET, DENUNCIA, INEXISTENCIA, OBRAS, DIVULGAÇÃO, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO PIAUI (PI), QUESTIONAMENTO, ENRIQUECIMENTO, GOVERNADOR, CRITICA, AUSENCIA, ETICA, COMPARAÇÃO, CONDUTA, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paulo Paim, que preside esta sessão, Parlamentares presentes na Casa, brasileiras e brasileiros que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado Federal, eu acho que a democracia foi a grande vitória da civilização.

            Paulo Paim, temos que entendê-la e acabarmos com as nossas vaidades, acabarmos com este negócio: Poder Executivo, Poder Judiciário e Poder Legislativo. Isso foi de Montesquieu, mas nós entendemos muito bem. O poder é o povo. O povo é soberano, é o povo que decide. Abraham Lincoln já disse: “A democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo”. É o povo. E assim começou. Começou na Grécia. A democracia se reunia diretamente com o povo. Conseguiu Péricles, muito e muito antes de Cristo, fazer a primeira Constituição diretamente com o povo. Evidentemente, as cidades eram menores e a praça, a Ágora, a confusão era grande, todo o povo queria falar, opinar. As coisas vão melhorando e lá, em Roma, consolida-se. O povo saiu da praça, da Ágora da Grécia, para estar presente e representar o povo.

           Daí um dos grandes líderes da História, Augusto Botelho, Cícero, que falava, e posso dizer a mesma coisa: o Senado e o povo de Roma. Eu posso dizer, nós podemos dizer: o Senado e o povo do Brasil. Nós somos o povo.

           Nos regimes absolutistas, o governante quase sempre era o rei, que podemos simbolizar, Senador Augusto Botelho, pela frase L’etat c’est moi, do poderoso e inteligente Rei Luis XIV: o Estado sou eu. Era bom para ele, era bom para os que moravam no palácio do rei; e o povo, insatisfeito, sofrido, foi às ruas e gritou: liberdade, igualdade, fraternidade. Dividiu-se, então, o poder, que era absoluto, que era único, que era quase um deus na Terra. E Montesquieu apelidou-os. Que hoje eu os transformo, melhorada... A civilização tem que melhorar. Leonardo da Vinci, o líder do Renascimento disse que mau discípulo é o que não suplanta o mestre.

            Nós somos bons discípulos. Nós temos de superar. Então, vamos mudar essa palavra de poder. Nós somos instrumentos da democracia. O poder é o povo: é o povo que trabalha, é o povo que paga a conta através dos sofridos impostos, que no Brasil são muitos. Essa é a verdade.

            E nós aqui orgulhosos somos do poder, porque nós somos povo. É longo e sinuoso estarmos aqui, estarmos nesta tribuna. Este Poder, em instante nenhum, é menor do que o Poder Judiciário, embora entenda, e entenda bem, que a Justiça é uma inspiração divina, de Deus. Deus entregou a seu líder Moisés as leis, mas elas são feitas por homens. E o homem-Deus que aqui esteve não tinha, como eu tenho agora, uma televisão, uma rádio AM/FM, ondas curtas, a Hora do Brasil, mas bradou, atentai bem: a ignorância é audaciosa, a humildade une os homes, o orgulho divide os homens. Mas o Filho de Deus, ô Cristovam, bradou: “Bem- aventurados os que têm fome e sede de justiça; eles serão saciados”. Mas ele foi adiante, ô Cristovam, atentai bem: “Bem-aventurados os perseguidos da justiça; eles terão o reino do céu”.

            Então, o filho de Deus deu essa visão que a ignorância não entende. Ela é uma inspiração divina, mas é feita por homens. Os latinos diziam: “Errare humanum est”. E como erram! Essa é a verdade, ô Cristovam. E como erram, como erram!

            E aqui a democracia temos que entendê-la e respeitá-la. É um olhando para o outro, um freando o outro. Eu estou aqui para frear o Executivo e frear o Judiciário. É o meu dever, é a minha missão, eu sou o povo, o povo não pode.

            O Poder Judiciário é forte, ele pune, ele cassa, ele multa. Poder Executivo é forte, ele tem o dinheiro, nós vivemos num mundo materialista, ele tem o BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica. E nós somos fortes.

            Ô Cristovam, quis Deus V. Exª estar aqui. Um quadro vale por dez mil palavras. Nós temos aquilo que está no Livro de Deus, a sabedoria. A sabedoria deve valer, Cristovam, mais do que ouro e prata. Nós devemos ter aqui isso, é longo...

            Está também no livro de Deus: “Muitos são chamados, poucos são escolhidos”. Nós é que fomos escolhidos. Atentai a diferença! E somos julgados a cada instante e a cada dia. Agora, não podemos ser humilhados, porque nós somos o povo, o povo é para ser exaltado.

            Entendam, aprendam!

            Rui Barbosa está ali. Eu estudei muito o que ele fez e o que ele disse. Pode até ser, ô Cristovam, que o Rui Barbosa tenha atingido mais do que nós. Mas também ele tinha mais idade, ele saiu daqui com 74 anos. Nós temos a mesma história dele, a mesma responsabilidade: nós representamos o povo do Brasil.

            Se nós não frearmos o Judiciário, quem vai frear? Intimidar-nos? Ô Cristovam, intimidar-nos?

            Atentai bem! O povo sofrido não pode. Nós somos o povo. Nós apresentamos, às vezes, manifestações de indignação, trememos de indignação por injustiça. Tem que se entender que a Justiça, ô Professor Cristovam, tem que ser casada com a verdade. Ela não pode ser casada com mentira. Processos forjados que nascem casados com a mentira e acalentados? Não é isso o que a civilização nos ensinou.

            Aristóteles disse que a Justiça deve brilhar mais do que a coroa dos reis, estar mais alta, ô Cristovam, do que a coroa dos santos. Outro filósofo, Montaigne, diz que é o pão de que mais a humanidade necessita. É isso. Ela é divina e bem real.

            Nesta Casa, não precisamos estudar a história toda. Aqui nós somos exemplo. Um grande homem que foi do Executivo e do Legislativo, homem de muita coragem, como todos nós nordestinos temos - nós nordestinos aprendemos a Canção do Tamoio, de Gonçalves Dias, que diz, ô Cristovam, que um covarde não pode nascer de um homem forte. E nós somos do Nordeste, de homens fortes:

Não chores, meu filho;

Não chores, que a vida

É luta renhida: viver é lutar.

A vida é combate,

Que os fracos abate,

Que os fortes, os bravos,

Só pode exaltar.

            Nós somos esses - não é, Cristovam - nordestinos. Quanto sofrimento o nosso, hein, Cristovam? Deus sabe. Deus sabe das pedras que nos atiraram, e também sabe que soubemos sempre perdoar, mas nunca nos faltou firmeza, nunca nos faltou a ciência de que a verdade vence a mentira.

            Queria dizer que nós pudemos aqui...

            O Senado, outro dia, muito recentemente, deu um exemplo: um Senador fez uma CPI do Judiciário.

            O Brasil conheceu que existem os “Lalaus”. Todo mundo sabe. E o que eu quero dizer é que estamos aqui para o aperfeiçoamento da democracia. Entendemos que o Executivo deve ser forte, que acerte e seja feliz. Que o Judiciário seja aquele pão da humanidade. Mas que nunca, nunca, nunca homem nenhum desobedeça a Rui Barbosa, que disse que o homem que não luta pelos seus direitos não merece viver.

            O Senado da República merece respeito. Nós não podemos ser vítima de processos que nasceram com a mentira, acobertados pelas ambições dos poderosos. Não podemos! Isso não é uma garantia minha, pessoal. Serei já, já julgado pelo meu povo do Piauí. E temos coragem para isso, não é Cristovam? Não é Augusto? Pensem nisso. Nós queremos ser julgados. Nós queremos. Então respeitem isso. Respeitem a nossa história, a nossa luta e o que significamos. Eu sou pai da Pátria! O Senado é isso.

            Cristovam, Moisés, o líder de Deus, pegou as leis; e o povo, desobediente, nas farras, nas falcatruas, nos bezerros de ouro, ele quis desistir. Naquele tempo, havia o privilégio de Deus falar com seus líderes: “Busque os mais velhos e os mais sábios, e eles lhe ajudarão a carregar o fardo do povo”. Aí nasceu a ideia de Senado.

            A ignorância é audaciosa. Cheguei aqui acreditando em Deus, acreditando que Deus é amor, o amor é Deus, que do amor nasce a instituição sagrada, a família, que tem que ser preservada por nós.

            Vimos, hoje, o Cristovam chorar pela infelicidade de algumas famílias que sofrem. E o amor é o cimento dessas famílias.

            Cheguei aqui, ó Renan, porque acredito no estudo. O estudo leva à sabedoria, Cristovam, que vale mais do que ouro e prata. E o trabalho faz as riquezas. Rui Barbosa disse: “A primazia é do trabalho e do trabalhador, ele vem antes”.

            É por isso que estamos aqui. Não é para sermos humilhados por processos nascidos da indignidade e da mentira. A Justiça tem que ser casada com a verdade, poltrões!

            Cristovam, eu sou vítima, porque fiz carreata no dia da eleição, de três, quatro carros. Eu, o maior líder da história do Piauí, Renan! Ninguém lá já teve mais voto do que eu, na história. É, Renan, aí bolaram esse PT. Afaste-me dele como o diabo se afasta da cruz!

            Olha, inventaram agora... Nasci na minha Parnaíba, de Evandro Lins e Silva - aprendam, homens da justiça! -, onde começou a grandeza. Peguei um avião, às três horas da tarde, para chegar às quatro e dez. Tinha três ou quatro amigos me recebendo. O maior líder da história do Piauí! O que teve mais votos fui eu. Cheguei depois de quatro horas, Renan, no dia da eleição. Entramos num colégio onde havia votação. Três, quatro pessoas: Carlos, um irmão meu; minha mulher; meu cunhado e um Deputado, Ciro Nogueira. Aí, houve uma discussão do Ciro com um caboclo lá, que disse ser advogado. Era do PT - e recebe DAS do Palácio, é ligado ao Governo. Aí, inventou um processo, alegando que nós fazíamos carreata no dia da eleição, Renan. Às cinco horas da tarde, do domingo já terminado no Estado. V. Exª disputava. Quanta indignidade!

            Renan, Renan! E aí os oficiais de justiça... Ainda ameaçam a gente! É interessante mesmo! Com um único intuito: “Mão Santa está sendo processado”. Vai para o STF, e ele diz: “Está sujo!”.

            Olhem aí a trama dessa gente!

            Ô Renan, Cristovam, peço uma CPI da minha vida. Peço uma CPI. Quero ser julgado todos os dias da minha vida. Já ganhei eleição, já perdi eleição. Nunca a dignidade.

            Acusado de fazer carreata em Teresina. Quatro carros, Renan! Teresina sabe que nunca fiz, e fiz muito, já ganhei eleição lá. Outro dia, minha mulher foi candidata a prefeita. Quase ganha. Foi para o segundo turno. Quatro carros, Renan! Fiz muitas carreatas em Teresina. Nunca com menos de mil carros.

            Processado! Para essas bandidagens botarem no jornal: “Mão Santa é processado”. Aí, vai para o STF, Internet. Está no STF, está sujo!

            É interessante, é interessante este País, este País que vai mal!

            Uma pesquisa da Folha de S.Paulo - atentai bem, ô Cristovam - mostra que a maior credibilidade do País é dos católicos, 27%; os evangélicos, 21%. A média dá uns 24% para 25%. Depois, vêm os militares. Olhem onde nós estamos! Poder Judiciário, Poder Legislativo, Exército, Aeronáutica e Marinha. A imprensa, uns 16%; nós, 8%; e a Justiça, 8%.

            Isso é credibilidade? Isso é País seguro? Está aí a violência! Está aí a corrupção! Estão aí as famílias, com meninos desaparecendo, Cristovam! É aquilo que você diz: a educação, o cérebro...

            E eu, sendo processado! Fiz uma passeata, carreata... E ainda fui humilhado por oficial de justiça - que negócio é esse, Renan? - no meio da rua! Onde é que nós estamos?

            Olha, atentai bem: não tenho medo do Luiz Inácio, Presidente da República, da Justiça. Só temo Deus. Só, só, Renan! Só Deus. E a intenção dessa gente é essa, porque, de repente, estamos numa situação muito boa, de respeito e de credibilidade no País e no meu Piauí, e aí entra um negócio desse para, amanhã, os jornais publicarem: “Mão Santa está sendo processado”. Internet, STF, e como é que se vai explicar, Renan, se não for aqui?

            Mas vou dizer o seguinte: entendo, entendo mesmo e sei.

            Ô Renan, Rui Barbosa está ali, com todo o respeito, mas ele está ali com 74 anos, e ainda não cheguei lá. Espero chegar lá com mais sabedoria do que Rui Barbosa. Eu acredito em Deus. Ele não era filho mais querido do que eu de Deus, não. Está ouvindo, Renan? Essa é a verdade.

            Aqui está a “Oração aos Moços”, que li para ensinar. Ele morreu com 74 anos. Ó Senador Borges, e aqui é para ensinar. O meu dever é esse, de pai da Pátria, Paim:

Porque o ódio ao mal é amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino. Vêde Jesus despejando os vendilhões do templo, ou Jesus provando a esponja amarga no Gólgota. Não são o mesmo Cristo, esse ensangüentado Jesus do Calvário e aqueloutro, o Jesus iroso, o Jesus armado, o Jesus do látego inexorável? Não serão um só Jesus, o que morre pelos bons, e o que açoita os maus?

O Padre Manuel Bernardes pregava [aqui, cita Rui Barbosa] [...]:

‘Bem pode haver ira, sem haver pecado:

[...] E às vezes poderá haver pecado, se não houver ira: porquanto a paciência, e silêncio, fomenta a negligência dos maus, e tenta a perseverança dos bons. [...] Nem o irar-se nestes termos é contra a mansidão: porque esta virtude compreende dous atos: um é reprimir a ira, quando é desordenada: outro excitá-la, quando convém. A ira se compara ao cão, que ao ladrão ladra, ao senhor festeja, ao hóspede nem festeja, nem ladra: e sempre faz o seu ofício. E assim quem se agasta nas ocasiões, e contra as pessoas, que convém agastar-se, bem pode, com tudo isso, ser verdadeiramente manso. [...]

Nem toda ira, pois, é maldade; porque a ira, se, as mais das vezes, rebenta agressiva e daninha, muitas outras, oportuna e necessária, constitui o específico da cura. Ora deriva da tentação infernal, ora de inspiração religiosa. Comumente se acende em sentimentos desumanos e paixões cruéis; mas não raro flameja do amor santo e da verdadeira caridade. Quando um braveja contra o bem, que não entende, ou que o contraria, é ódio iroso, ou ira odienta. Quando verbera o escândalo, a brutalidade, ou o orgulho, não é agrestia rude, mas exaltação virtuosa; não é soberba, que explode, mas indignação que ilumina; não é raiva desaçaimada, mas correção fraterna.

         Então, eu faço minhas as palavras de Rui Barbosa:

         Ei-la aí a cólera santa! Eis a ira divina! Deus me é testemunha de que tudo tenho perdoado.

            Então, o que queremos dizer é o seguinte. Posso aqui dizer como o apóstolo Paulo - eu, que sou líder do Partido Social Cristão - que disse: eu sou a verdade, o caminho e a vida. A verdade, atentai bem!

            A justiça tem que nascer da verdade, tem que se casar com a verdade e não com a mentira, e não com interesses escusos! Esse é o nosso pensamento. E como o apóstolo Paulo, eu posso aqui dizer: “Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a fé.”.

         E para terminar, quero aqui ler, Paim, isso que tem feito do meu Piauí. Esta é a verdade. Então, eu tenho lido alguns artigos. Ontem, eu li um de um portal G1, que mostrava obras inexistentes que o Governador anunciava no Piauí, com fotos, provava. Li, depois, outro portal da crônica do jornalista Zózimo Tavares, que é o nosso Carlos Castello Branco. E, hoje, vou ler aqui a verdade. Isso ofende com o Governo do Piauí. Esse que contrata esses processos que nascem da mentira, pensando que vão me intimidar.

         Tomaz Teixeira, ô, Renan, Tomaz Teixeira, João Goulart, ô, Paim, foi herdeiro de Getúlio? Tomaz Teixeira é herdeiro de Alberto Silva. Eu e Paim não somos herdeiros. Nós fizemos história, nós merecemos respeito do povo pela nossa luta e as nossas conquistas. Esse aqui herdou do Alberto Silva, é o herdeiro, foi Líder do Alberto Silva, Presidente do PMDB e é um grande jornalista. Aí eu trago aqui: Tomaz Teixeira, Deputado Estadual, Secretário de Comunicação, já foi de governo, é o herdeiro político de Alberto Silva. Então, ele publica Jogo Aberto. Aí o Governo lá do Piauí, o que paga esses processos para tentar nos difamar, olha aí, Paim, Tomaz Teixeira. Eu trago. Bota aqui. Bota bonitinho, o Tomaz. Ele é vaidoso também. Ele é boa pinta. Tomaz Teixeira. A verdade doa em que doer. Jornalista: Jogo Aberto. As diferenças de atitudes entre Lula e o Governador Wellington Dias.

            Esse aí que é o artífice desses processos contra mim. A diferença de atitude entre Lula e o Governador Wellington Dias, do Piauí.

            Paim, Paim, é ele que diz o Tomaz Teixeira. Eu fiz minhas palavras algumas de Cícero, de Rui Barbosa. Agora essa é do Tomaz Teixeira. Não é minha, não. Agora, que ele é competente, é; que ele é um grande jornalista, é.

            Olha aí, o Renan conhece quem é Tomaz Teixeira, não conhece? Olha aí, olha o que ele diz: “Ligo a televisão e vejo a notícia de que o Presidente Lula estava no seu apartamento de São Bernardo do Campo, o mesmo em que ele morava antes de ser Presidente e para onde sempre vai quando está em São Paulo.”

            Está aqui o retrato dos dois: Lula e Wellington.

            Olha aí, bota lá. Ó como é interessante. Ele é do seu PMDB. Tomaz Teixeira, você é delegado? O Raupp veio me pedir o voto ontem. Eu dizia: Infelizmente, o meu coração ficou lá, mas os desígnios de Deus... Aí, graças a Deus, eu fui para o Partido de Jesus, o Partido Social Cristão, mas não tem nada estou de coração partido. Está ouvindo, Renan. Hoje foi o almoço e vocês não me convidaram. Se fosse, eu tinha ido, do PMDB. “Foi por isso que resolvi fazer um análise de comportamento entre o Presidente Lula e o Governador Wellington Dias.” É o jornalista, é ele que está fazendo.

Lula continua morando no mesmo apartamento onde sempre viveu com a família.

Wellington jamais voltará a morar na sua casa Morada do Sol.

Lula não comprou um bom sítio ou uma boa chácara no interior da grande São Paulo.

Wellington, no seu primeiro governo, construiu um mega sítio, com quadras, campo de futebol, piscina e muito luxo, a melhor da estrada de Cacimba Velha.

Lula não está construindo uma mansão em São Paulo ou no cobiçado Guarujá.

Wellington [Paim, presta atenção, homem ] está construindo uma mansão na entrada da cidade, no mais luxuoso condomínio da Capital piauiense.

Não se tem notícia de que o Presidente Lula tenha construído alguma casa para parentes ou para membros da família de Dona Marisa.

            É o Tomaz Teixeira.

Wellington fez uma mansão para a sogra em São João do Piauí, com direito a uma bela praça na frente do casarão.

Lula, quando tiras férias, viaja para o interior do Brasil, praias da Bahia, Pernambuco e, de preferência, no Nordeste.

Wellington, às vezes em que tirou férias, viajou para a Europa para ficar perto da Realeza como o Rei Juan Carlos, de Espanha, e Rainha Elizabeth, da Inglaterra.

Lula constrói novas obras em todo o País: em Teresina mesmo está fazendo o elevado do metrô e mandando dinheiro para a ponte do Sesquicentenário, [diz o Jornalista Tomaz Teixeira, do PMDB.]

Wellington adora reformar as obras dos outros, como: Zoobotânico, Albertão, Centro de Convenções, poticabana, HGV, Maternidade E. Rosa, por isso, já está sendo chamado de governo da meia sola.

Lula, sempre que pode, visita os companheiros do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, inclusive participando de comemorações e de eventos.

Wellington nunca mais visitou o Sindicato dos Bancários do Piauí, de onde surgiu para a política. E sequer alguma vez visitou o Sindicato dos Professores, o mais fiel ao PT, especialmente na sua primeira eleição.

Lula continua comendo o que sempre comeu antes de ser Presidente. Gosta de feijoada, panelada e a tradicional buchada do Nordeste e churrasco, dia de sábado, e uma cachacinha de vez em quando.

Wellington só gosta de degustar camarão grande e lagosta, lula ao molho e adora um bom vinho francês ou scotch, de preferência com malte escocês.

Luiz Inácio Lula da Silva é o Presidente da República Federativa do Brasil.

Wellington Dias é Governador do Estado do Piauí.

Agora faça o seu julgamento sobre o comportamento e a mudança entre essas duas personalidades ilustres do PT o ex-Partido dos Trabalhadores.

            Isto é uma crônica do jornalista do PMDB, ex-Presidente e herdeiro político de Alberto Silva. É isto aqui que quero então pregar. Está sujo! Vamos ver o povo do Piauí, na sua coragem cívica, na sua força que me trouxe para cá. Na sua coragem, o Piauí vai dar o ensinamento. Nós é que tivemos a coragem de fazermos uma batalha sangrenta e expulsar os portugueses deste Brasil.

            Então, estas são as nossas palavras, mas as palavras finais são de esperança. Acabou de chegar o nosso Geraldo Mesquita, intelectual. Geraldo Mesquita, V. Exª leu O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway? Renan, ele diz o seguinte: a maior estupidez é perdermos a esperança. É um pecado. O homem não é para ser derrotado. Ele pode até ser destruído, e nós, no Piauí, nós vivemos com essa esperança, esperança na coragem de liberdade do Piauí e de uma alternância do Governo.

            Obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/02/2010 - Página 1071