Discurso durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Papel do Senado Federal, que garante, com a presença de três Senadores por Estado, a representatividade e equidade federativas. Apelo no sentido de que sejam concluídas as obras do porto de Luís Correia.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DEMOCRATICO. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Papel do Senado Federal, que garante, com a presença de três Senadores por Estado, a representatividade e equidade federativas. Apelo no sentido de que sejam concluídas as obras do porto de Luís Correia.
Publicação
Publicação no DSF de 09/02/2010 - Página 1567
Assunto
Outros > ESTADO DEMOCRATICO. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • IMPORTANCIA, REFORÇO, INSTITUIÇÃO DEMOCRATICA, FUNÇÃO, SENADO, GARANTIA, EQUIDADE, ESTADOS, FEDERAÇÃO, SIMULTANEIDADE, FUNÇÃO LEGISLATIVA, FUNÇÃO FISCALIZADORA.
  • SOLICITAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, ATENDIMENTO, DEMANDA, DESENVOLVIMENTO, ESTADO DO PIAUI (PI), ESPECIFICAÇÃO, CONSTRUÇÃO, PORTO DE LUIS CORREA, TERMINAL, PETROLEO, FACILITAÇÃO, PESCA, TURISMO, REFINARIA, INTERIOR, RETOMADA, FERROVIA, ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO (ZPE), CRIAÇÃO, UNIVERSIDADE, LITORAL, RECUPERAÇÃO, PONTE, IMPLANTAÇÃO, LINHA AEREA, TRANSPORTE AEREO REGIONAL, ECLUSA, NAVEGAÇÃO, RIO PARNAIBA, CONCLUSÃO, HOSPITAL ESCOLA, RODOVIA, ESCOAMENTO, PRODUÇÃO, CERRADO, INDUSTRIALIZAÇÃO, LEITE.
  • LEITURA, CARTA, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA (ABI), ELOGIO, LIVRO, BIOGRAFIA, ORADOR.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) -Senador Mozarildo Cavalcanti, V. Exª preside esta reunião de segunda-feira e traduz a grandeza deste Senado. Hoje, fizemos uma sessão especial homenageando - em defesa - os aposentados. Foi uma beleza de sessão. Agora, estamos aqui desde às 14 horas.

            Parlamentares presentes, brasileiras e brasileiros aqui e que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, o Senado, nesta nossa democracia... E temos de entender, Senador Antonio Carlos Valadares, que nossas instituições são muito débeis ainda, daí termos conflitos, confrontos. Elas são ainda muito novas. Senador Adelmir Santana,

            Elas têm um pouco mais de um século e, mais ainda, esse modelo democrático de divisão de poder, que exige alternância, foi importado da Europa. As instituições, Mozarildo, foram importadas da França, da Inglaterra. Rui Barbosa está aí porque ele foi lá e trouxe-as. Mas são novas, têm pouco mais de cem anos. Então, nós temos que aperfeiçoá-las a cada instante com a nossa vivência, com o nosso sofrimento. Daí esses conflitos, esses confrontos entre poderes, que são muito normais, ouviu, Mozarildo, para aperfeiçoar as instituições para que tenham futuro.

            E quero dizer que o objetivo primeiro do Senado é fazer leis boas e justas. O segundo, Adelmir Santana, é fiscalizar seu contrapoder. O terceiro eu vou abordar. Nós é que garantimos a equidade dos Estados. A outra Casa - por isso é bicameral - é diretamente proporcional à população. Quanto mais gente tem mais representantes, os Deputados. Então, bastaria dizer que, se juntassem São Paulo, Minas e Rio de Janeiro - eles são a maioria -, eles ficariam com todo o Orçamento, com toda a riqueza. Aqui, não. Aqui, a Federação é garantida. Aqui está o nosso Piauí: eu, Heráclito e outro igual, os três representantes. Está aí Roraima hoje, esse bravo Senador Mozarildo, que já esperneou e gritou para não ficar reduzido à pobreza. Então, a gente tem que defender o nosso Estado. Isto eu faço com muito amor: defender o nosso Piauí.

            E quis Deus... Está ali o outro bravo companheiro, Heráclito Fortes. Então, democracia é isto mesmo: crença e descrença, esperança e desespero.

            Eu mesmo votei, em 1994, no Partido dos Trabalhadores, do Luiz Inácio, e no Governador do Piauí. Foi. Mas eu já pedi perdão ao povo do Piauí, do Brasil, não é? E cheguei até a rezar e a ensinar que três coisas a gente só faz uma vez na vida: nascer, morrer e votar no PT.

            Mas anuncia-se que Sua Excelência o Presidente da República, Luiz Inácio, vai ao Piauí lançar candidatos. Então, eu aproveito desde já, com um mês de antecedência - dizem que é cinco de março -, para dizer realmente que ele não tem culpa, não. O que faltou foi visão, visão. Ele foi muitas vezes, mandou muito dinheiro para lá, pelo que a gente vê dos jornais, viu, Adelmir Santana? Mas os aloprados de lá não aparecem. Tanto que os índices do Piauí decaíram todos. Quando eu governei aquele Estado, nós passamos todos os índices do Maranhão, alguns da Paraíba, do Rio Grande do Norte.

            Então, desde já aqui no meu dever de reivindicar e acreditando ainda que, neste ano, o Presidente possa recuperar aquele sonho de todos nós, piauienses... Realmente, como foi discutido aí, o Governo Fernando Henrique Cardoso foi mais profícuo do que o dele, embora ele não tinha tido culpa. Faltou visão ao Governador.

            Mas eu queria lembrar as coisas que poderíamos ainda neste último ano... Último ano não, agora já não temos mais ano não. Nós já estamos em fevereiro, faltando só dez meses. Mas temos tempo e nós mesmos somos médicos, fazemos nascer até uma criança - não é, Mozarildo? -, então vamos ver se nascem essas obras, Antonio Carlos Valadares.

            Primeiro, o porto de Luís Correia. O Piauí tem 68 quilômetros de litoral, e eu e o Heráclito fizemos renascer, através de audiência pública, lá na Comissão de infraestrutura, dirigida pelo ex-Presidente Collor, a necessidade desse porto, que é secular.

            Antonio Carlos Valadares, ele foi iniciado por Epitácio Pessoa, há quase cem anos. Mas eu, como sou cirurgião, Mozarildo, simplifico as coisas e, às vezes, dá certo. Juscelino Kubitscheck era um médico-cirurgião, como eu, de Santa Casa. E, às vezes, a gente rapidamente... O médico cirurgião é muito rápido.

            Enquanto o Henri Fayol ensinou ao mundo os princípios de administração, unidade de direção e unidade de comando - planejar, dar orientação, coordenar e fazer o controle -, o cirurgião resumiu isso em três itens, que é a sua vida. Isso está no livro Taylor, O Mago da Administração.

            Mozarildo, o pré-operatório, o transoperatório e o pós-operatório. O pré-operatório é o planejamento. O transoperatório é a obra em si. O pós-operatório é o controle. Então, está em cada gesto e na visão de um cirurgião. Por isso que dá certo a administração de muitos cirurgiões.

            Mas eu queria dizer e ajudar o Luiz Inácio, que ele esquecesse um pouco os aloprados e nos ouvisse - nós que somos Senadores da República. Primeiro, transporte marítimo é um transporte de carga pesada, para longa distância. Não tem. Porque o Sarney foi Presidente, antes de mim, ele fez logo ali no Maranhão. Se fosse eu, tinha feito no Piauí. E, no Ceará, já vale por dois. Então, o Piauí está no meio, é equidistante.

            Mas já está há 100 anos. Então, nós temos que tirar o lucro do prejuízo. Temos que terminar esse porto. Primeiro, é muito fácil ele fazer um terminal de petróleo. Em Paracuru, que é uma cidade perto de Fortaleza - eu fui lá e quando você for, é uma cidade balneária -, rapaz, a obra é muito simples. 

            São uns canos. O petroleiro fica distante. Entra e reserva de combustível.

            Adelmir Santana, então, o petróleo do nosso litoral... Por isso o turismo lá vai mal, a indústria pesqueira... Ele sai de Fortaleza, vai para Teresina, no meio do Estado, e volta para o litoral, para Parnaíba. Ou então sai de São Luiz e vai para Teresina. Então é o mais caro. Os turistas penam. E a indústria do pescado, os barcos pesqueiros... É o petróleo.

            Então, com um simples disso aí seria um avanço. No terminal petróleo vinha um porto pesqueiro, um porto misto para levar as cargas para esses portos maiores. Como Itaqui hoje é um dos maiores portos do Brasil, tem uma linha, um transatlântico que vai lá de São Luiz para Holanda, não é? E o Piauí teria uma perspectiva. Em vista disso, ressurgiria a estrada de ferro, acabada.

            Alberto Silva foi apoiá-los porque eles prometeram que iria reativar. Dois meses, Parnaíba-Luiz Correa, 14 Km, e Parnaíba-Teresina, em quatro meses. Mentiram... Mentiram... Mentiram... Enganaram o nosso bom velhinho, o nosso Alberto Silva, engenheiro político, como ele dizia, e não trocaram nenhum dormente. Viu, Adelmir Santana? Por isso, o Alberto deu apoio a ele. Ele queria essa oportunidade para o Piauí. Mas ele está lá no céu, Adelmir Santana. Ninguém está livre de ser enganado, não é, Antonio Carlos Valadares?

            As ZPEs... Heráclito Fortes, só conversa essa ZPE. Já pedimos juntos, acabou o prazo e eu e o Heráclito, por várias vezes, prorrogamos, mas não tem nem o terraço. Só conversa. Só mentira.

            Uma Universidade do Delta, que o Heráclito sabe muito bem que tem um campus muito avançado, com estrutura, e que foi construído por João Paulo dos Reis Velloso. O nome é dele. Transformar numa universidade é rápido. E foi aprovado. Eles não fazem porque não querem, porque o projeto foi nosso, ouviu, Heráclito? Foi o Paulo Renato; do Senado, foi o Alvaro Dias, que deu o parecer favorável. Aprovamos aqui e foi para a Câmara; e o PT, lá, com inveja, inveja, inveja, à falta de luz, não faz! E o Paulo Renato - teve Deputados do PT que foram contra - pegou, defendeu e foi aprovado.

            Então, defendemos essa Universidade do Delta como uma Faculdade de Medicina Federal, porque as que têm lá, Heráclito, a mensalidade é de R$ 3 mil, essas privadas. Então, quando governei, fiz as universidades do Estado, difundi, porque R$ 3 mil para um estudante nordestino não é mole, para um pai de família, viu, Adelmir Santana? Só a mensalidade. Os livros são muito caros, a manutenção, viu, Mozarildo?

            Então, queríamos isso. E está toda aprovada, toda feita, toda legalizada. E foi o Paulo Renato, que é uma figura ímpar, Ministro da Educação do Governo de Fernando Henrique Cardoso.

            Então, era isso. Não vá na onda desses aloprados, não, Luiz Inácio! Eu quero é ajudá-lo!

            Não tem nada, não. Mas ele fica lá, com os bichos miúdos, com inveja. Aí, não sai!

            Pontes! O Heráclito tem ajudado muito essa de Luzilândia. Tem a do sesquicentenário. Era para 150, em Teresina; está em 158. O Heráclito fez uma ponte em 100 dias, no mesmo rio, e eu fiz em 90 dias.

            Eles passam anos e anos, e é uma ladroagem! Como é que pode! Nunca vi se roubar tanto na história do mundo! No mesmo rio, fiz uma ponte em 87 dias! É o rio Poty, viu, Adelmir Saltana? Essa está com mais 8 anos.

            Luiz Inácio não tem culpa, mas ele tem que saber as verdades.

            Outra: voo. A verdade é que estão um caos as linhas aéreas no País. Só um dado, Adelmir Santa. V. Exª é empresário, é o que está ajudando. Havia no Brasil uns 400 aeroportos. Hoje, só há 100 funcionando. Aquelas linhas pequenas que o os americanos chamam de “linhas mamárias”, para ligar as pequenas às grandes, subsidiadas pelo grande... Na minha cidade, Parnaíba, que eles dizem ser internacional, não tem nem teco-teco! O Secretário de Cultura de lá, Professor Alcenor, fez um versinho que vou aprender, dizendo que lá só serve para pousar urubu, andorinha, esses bichos.

            Em São Raimundo Nonato, só foi construído no computador. Só há no computador uma imagem.

            Então, é tão grave, Adelmir Santana! E esse pessoal é despreparado mesmo. Estou aqui querendo ajudar. Isso aqui eu sei mesmo. Adelmir Santa, você, que é de lá - ele está sendo disputado se é piauiense ou maranhense -,

            para ir de São Luís a Teresina -, a Medicina de Teresina é muito avançada. Faz-se transplante cardíaco. Coloquei aquele Estado na era dos transplantes.

            Então, Adelmir Santana, se ele vai de São Luís para Teresina - olhe o mapa, Adelmir -, ele sai de São Luís, vem para Brasília, passa aí três horas no aeroporto e volta para Teresina. Se é um comerciante, que quer comercializar em São Luís, ele sai de Teresina - olha o voo -, vem de lá para Brasília, fica por aí e vai para São Luís. Antigamente, havia essas linhas mamárias. Isso é fácil. Fortaleza tem uma empresa...

            Estou ensinando, quero ajudar, viu, Mozarildo? Como você. Mas eles são despreparados mesmo. Nunca vi! Olhe o tripé: mentira, corrupção e incompetência. Aí, deu no que deu no Piauí: o atraso.

            Então, bem aí, em Fortaleza - Fortaleza é do lado, ali -, tem uma empresa: a Transporte Aéreo Fortaleza (TAF), do Ariston. É bom de negócio. Outro dia, eu e o Heráclito conseguimos a Ocean Air, mas o Governador andou, foi lá, usou e não pagou. Aí, o caboclo tirou a linha, Entendeu, Mozarildo? Eles não pagam, não. Os aloprados lá são ruins mesmo! Aí, tirou. Agora, pega essa TAF, que faria uma linha bem ali: Fortaleza-Sobral-Parnaíba, minha encantadora; Teresina-São Luís. Aí, voltava. Fiz isso, quando Governador. Agora, tem que ir lá, tem que ter credibilidade, que eles não têm mais, viu, Luiz Inácio? Por isso, estou fazendo esse apelo ao Governo Federal. Está bem ali a empresa.

            É fácil resolver. Eles não têm mais é credibilidade.

            Nunca deixou de passar avião na minha cidade. E isso não é só desde o meu Governo, não. Em todos, antes, havia avião. Agora, segundo o Professor Alcenor Candeira, tem um versinho: é só urubu, andorinha, mentira. E diz que é internacional!

            A Companhia Energética foi um caos. Foi um caos! Ô Luiz Inácio, Vossa Excelência mandou que me entregassem, e eu recebi, mas vi que aquilo ia para o caos, porque a roubalheira estava grande. Aí, não tenho nada com esse José Dirceu. Daqui, eu disse: Zé Maligno! No segundo Zé Maligno, ele mandou tirar o meu, mas eu queria era isso. Agradeço a José Dirceu, porque está uma roubalheira tão grande, entrou no caos, acabou, e ninguém nunca viu. É apagão todo dia, e o normal é apagão. Vi porque governei o Estado.

            Primeiro, eles não deixavam colocar o negócio do PCPR, dinheiro lá, porque isso é para ONG, para roubarem. Eles não deixavam o homem que botei cobrar dos colégios, dos prédios do Governo. Nunca tirei o ICMS; deixava lá, para fazer subestações e investir na empresa, porque aprendi com Juscelino que governar é energia e transporte.

            E eu, vendo que ia dar essa desgraceira, só tinha um jeito: eu tinha colocado um cara, tinha até mesada lá, um rolo. Daqui, fui o primeiro a chamar, quando Zé Dirceu era forte, quando era o “superzé”. E eu, daqui: “Zé Maligno!” No segundo Zé Maligno, o Mercadante disse: “Você é doido? O homem vai te tirar.” E eu, opa! Quando ele tirou, agradeci, porque, agora, fiquei com minha honra. Todo mundo sabe que com Mão Santa não tem nada disso. Ele botou, mas o Zé Dirceu... Então, tenho é que agradecer.

            Luiz Inácio, a companhia energética está falida, está falida. É apagão. Estou falando aqui. Quero o líder do PT. Então, um mês pra isso! Ele nos premia antes de sair. Ele é muito votado, é querido. Votei, em 94, nele. 

            Outro: o Governador de lá chegou... Sabe por que eu o larguei? Porque, na primeira vez em que fui a uma solenidade, ele disse que ia fazer cinco hidrelétricas - cinco! - no rio Parnaíba. Estava ao meu lado o Presidente do PMDB hoje, Deputado Marcelo Castro. Aí, pensei: rapaz, mentir assim não dá! O Piauí tem uma banda de hidrelétrica. Como é que disse que ia fazer cinco? Cinco! E, depois, para agradar o Alberto Silva, ele disse que ia fazer uma no rio Castelo. Nada! E nós só temos uma banda da hidrelétrica, que serve ao Maranhão e ao Piauí, porque falta eclusa.

            Então, Luiz Inácio, vamos terminar essa eclusa! Aí, o rio Parnaíba volta a ser navegável.

            Agora, o Governador do Piauí, o “Sr. Mentira”, disse que ia fazer cinco hidrelétricas e já está de saída. Uma no rio Parnaíba e uma no Poti, no Ceará.

            Então, Presidente, por amor à verdade de Deus, pelo Piauí - você não tem culpa -, vamos ao menos terminar o que tem lá, a eclusa, para o rio ter navegabilidade. Já foi navegável no passado.

            Outro: hospital universitário. Rapaz, lutei muito: Trindade. Essa era uma lida boa, era a melhor que tinha. Essa era mulher de vergonha. Ela morreu aqui, de pedir comigo e está lá. Não tem hospital universitário

            Aí, enrolaram, fizeram só um ambulatório. É preciso isso, e oncologia. O Magnífico Reitor tem esse projeto.

            Estrada do cerrado. O Piauí tem 11 milhões de cerrado, hein, Adelmir Santana? Você é o rei de lá, da região, não é?

            Então, os gaúchos foram para lá, os de Santa Catarina, do Paraná, pessoas ricas que tinham tradição de agricultura, e foram os netos, não tinham mais terra, compraram e desenvolveram. Não é verdade, ô Adelmir? Levamos para lá, para Uruçuí, a Bunge, mas as estradas, nada. E os homens já estão voltando.

            E outra: o Governador do Piauí, com pouca luz, míope, tem um projeto arrojado, está ouvindo, Adelmir Santana? Não se fala em refinaria, porque o Piauí não... Isso está na Petrobras. Presta atenção, Adelmir, que você entende das coisas, você é de lá.

            Paulistana, sabe onde é, não é? Perto de Picos. Então, uma refinaria lá, porque a ferrovia levaria. Por que Paulistana? Porque o petróleo refinado é carente nas capitais do Norte e Nordeste. Então, Paulistana, que é no sul do Piauí, é equidistante de Boa Vista, em Roraima, do Mozarildo, do Botelho, equidistante ...

            (Interrupção do som.)

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - ... de Belém, equidistante de Manaus.

            Vinte e dois. Foi bom, em dois minutos, dá para... Hein? Mas vou ser breve.

            É equidistante de São Luís, de Fortaleza, de Teresina, de Natal, de João Pessoa e de Sergipe.

            Então, realmente: “Não, mas no porto sai mais barato!” Sai.

            Uma capital, em qualquer outro lugar, era mais barato ter ficado em Salvador, no Rio de Janeiro, mas Juscelino teve a ousadia e a visão de gastar mais e construir Brasília no coração do País, que se desenvolveu todo.

            Então, isso aqui vindo, ô Luiz Inácio, é esse projeto que nós queremos, ver o time lá da mentira, da corrupção e da incompetência...

            E uma fábrica de leite. O Piauí tem uma bacia leiteira considerável. Então, fazia-se uma bacia lá. A bacia do Delta tem uma indústria, tem um projeto. Quando eu era Governador, eram dois milhões. O Governo já tem lei aprovada, daria 40%. O Banco do Nordeste eu não consegui porque tinha problemas, mas isso pode ser resolvido com outra coisa ou com uma nova direção dessa Delta, que agora tem um administrador muito competente, José de Lima e Silva, e nós realizaríamos uma fábrica de pó. Imperatriz do Maranhão, ô Adelmir Santana, tem e beneficiaria a bacia leiteira, porque eles têm de vender logo o leite porque estraga, o leite em pó.

            Então, são essas as palavras que nós tínhamos para pedir ao Luiz Inácio, para que veja isso aqui.

            Quem é o Líder do PT aqui? Augusto Botelho, está aqui. Eu passo às mãos de V. Exª as reivindicações sérias do Piauí para o PT, para o nosso Luiz Inácio, porque ele vai daqui a um mês. Quero passar a V. Exª. Só diga que ele estude, que mande os técnicos. Aqui não tem nada de aloprado, picaretagem, negócio de corrupção, não.

            É o Piauí sério que nós representamos.

            Mas para terminar mesmo: Associação Brasileira de Imprensa, Rua Araújo Porto Alegre, Centro, Rio de Janeiro.

            Estou com um documento, aqui, que recebi em meu gabinete:

            “Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2010.

            Caro Zózimo Tavares” - é aquele jornalista, o nosso Carlos Castelo Branco, que escreveu aquele livro que é um sucesso mesmo, Atentai bem! Assim falou Mão Santa. Ele recebeu esta carta da Associação Brasileira de Imprensa:

            Caro Zózimo Tavares,

            Atentai bem!, caro Zózimo, que recebi e agradeço o envio do exemplar de sua preciosa biografia do Senador Mão Santa, feita com rigor de dados e permeada de ponta a ponta pelo bom humor e pela irreverência, talvez, até, por influência do biografado, um dos mais singulares homens públicos do País.

            Além de agradecer, quero cumprimentá-lo pela obra, feita, como diria Camões, com engenho e arte.

            Abraço afetuoso do

            Maurício Azêdo

            Presidente [da Associação Brasileira].

            Então, aquela obra, Adelmir Santana, eu quis comprar hoje, mas não tem mais no aeroporto. Eu tenho recebido muitos convites para lançá-la em Fortaleza, no Recife, em Mossoró, nas capitais do Nordeste. Aqui, foi um êxito, os Senadores compareceram. Em Teresina, eu tinha compromisso aqui e não fui, mas na minha cidade, Parnaíba, eu sou da Academia de Letras, foi uma festa boa. Em Oeiras, que é a ex-capital do Piauí, foi na Câmara Municipal, e na cidade do Zózimo, que é Água Branca, o Prefeito e o povo promoveram.

            Então, nós queremos cumprimentar o jornalista, que, sem dúvida nenhuma, hoje, é um dos best sellers da nossa literatura.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/02/2010 - Página 1567